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Displasia coxofemoral

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Displasia Coxofemoral
Introdução
Dis= Má, ruim. Plasia= Plástica, formação. => Má formação da articulação
coxofemoral.
● Definição: É uma moléstia no desenvolvimento, identificada na maioria das
raças caninas, sendo mais comum em raças de grande porte, de crescimento
rápido.
As raças grandes são mais sujeitas devido ao peso, ganham grande massa
muscular em um curto espaço de tempo para a articulação imatura, somando a
isso tem uma articulação que é displasia, ou seja, com má formação, ficando
mais susceptível às suas deformações.
● Fatores Pré Disponentes:
o Hereditariedade
o Grau de exercício
o Meio ambiente
o Dieta alimentar
Principal fato é a questão genética. Lembrando que a displasia coxofemoral o que
causa é um ação poligênica excessiva, então são vários genes que combinados
ou recombinados vão levar esse paciente a ter displasia coxofemoral. A
co-sanguiniedade excessiva. O grau de exercício excessivo ou mal feito pode
levar a um estresse articular excessivo, levando a alterações na sua morfologia.
Pode ocorrer o fusionamento da linha de crescimento. Anabolizantes utilizados
em Bull Terrier, American Bully. Piso antiderrapante ou grama (ideal).
Patogenia da Displasia Coxofemoral
Fatores genéticos
Alterações hormonais <-Fatores Adicionais -> Alterações de cápsula,
e musculares. ligamento, líquido sinovial.
Superalimentação e Deficiência de Vitamina C
Alterações biomecânicas e instabilidade articular
Alterações articulares secundárias
Displasia Coxofemoral
● Sinais e Sintomas:
- Assintomático no início;
- Dificuldade em subir e descer escadas, rampas, permanecer em estação, relutância
em se manter em apoio bi-pedal; levantar o animal pelos anteriores, se tiver
displasia, ele vai sentar imediatamente
- Sentar-se de pernas abertas, com postura lateral, tendo dificuldade de se levantar;
- Postura de “cowboy”;
- Frouxidão articular / sub-luxação;
- Dor e claudicação;
- Atrofia muscular (posteriores) / hipertrofia compensatória (anteriores).
OBS: Associação de Pastor Alemão aceita laudo definitivo com 12 meses de idade.
● Diagnóstico:
o Clínico: - Histórico
- Sinais e sintomas
- Resultado de exames clínicos específicos
o Radiográfico: Provisório – a partir de 12 meses;
Definitivo – a partir de 2 anos.
● Exame Radiográfico
o Usar filme 30x40cm (exemplo – deve ser de acordo com o tamanho do
animal)
o Animal deve estar anestesiado (sedado)
o Diagnostico definitivo após 24 meses de idade
● Análise anatômica da articulação coxofemoral (CAI NA PROVA)
o Borda cranial do acetábulo
o Contorno do acetábulo
o Cabeça do fêmur inserção do ligamento redondo
o Borda caudal do acetábulo
o Cartilagem articular
o Colo femoral
o Crista
ARTICULAÇÃO NORMAL: Visualizar as asas do íleo até a articulação
femuro-tíbio-patelar. Os fêmures tem que estar paralelos um ao outro, e alinhado
em relação ao seu plano sagital. A patela tem que estar posicionada no sulco
inter-côndilar, posicionada no centro do fêmur. Asas do íleo paralela uma com a
outra.
Deve constar no filme radiográfico: Data do exame, número de registro do
paciente (pedigree – dificultar o rastreamento de um 2º ou 3º avaliador), número
do microchip ou tatuagem, data de nascimento do paciente, raça e sexo.
● Incidências Radiográficas
o Incidências ventro-dorsal padrão: fêmures em paralelo um ao outro e à
linha média
▪ Posicionamento;
▪ Diagnóstico pelas alterações anatômicas e ângulo de Norberg.
● Método de Norberg (não cai em prova)
Achar a o centro da cabeça
femoral direita e esquerda,
faz-se uma reta do centro
da cabeça femoral direita
para o centro da cabeça
femoral esquerda, reta de
união. Traçar uma segunda
reta que vai partir do
centro da cabeça femoral
até o ângulo anterior cranial da fossa acetabular; faz isso tanto na articulação
coxofemoral direita quanto esquerda. Por isso a importância da qualidade da
técnica radiográfica, para conseguir fazer a marcação dessa reta de forma mais
precisa possível. Saindo da cabeça femoral um reta unindo esses dois centros e
essa segunda reta que sai parte da cabeça femoral e tangencia o contorno
anterior da fossa acetabular e vamos mensurar esse ângulo. Esse ângulo
formado dentro do normal deve ser igual ou superior o 105°
● Classificaçao da Displasia
A HD - Sem sinais de displasia; articulação perfeita. Apto à reprodução.
B HD+/- Articulação próxima do normal, pequeno desvio dos 105° de Norberg.
Apto à reprodução.
C HD+ Displasia leve; incongruência evidente; perto de 100° de Norberg,
discretos sinais de osteoartrose. Ainda permite entrar na reprodução
D HD++ Displasia moderada; sub-luxação; osteoartrose mais evidente, 90° a 96°
de Norberg. Fora da reprodução.
E HD+++ Displasia grave, chegando à luxação; sinal de coxoartrose, encurtamento
do colo femoral; ângulo de Norberg <90°. Fora da reprodução.
Classificação proposta pelo Colégio brasileiro de Radiologia Veterinária e Federação
Internacional de Cinologia. Existe outra classificação pela fundação americana de Bull
Terrier, outra na Alemanha , outra na África do Sul e outra na suíça. São essas 5
graduações em relação à displasia coxofemoral.
*Larissa fez uma pergunta sobre cirurgia no caso de displasia, mas não consegui
entender: existem vários protocolos, mais no exterior., para displasia, mas é apenas
por uma questão clinica. Ele tem displasia, fez a cirurgia, ele não é mais displásico? Sim,
continua sendo pois a característica genética dele diz que ele é displásico. Umas da
técnicas que você pode fazer de forma precoce, que se chama Método de PennHIP
(Universidade da Pensilvânia), faz com o animal ate 6 meses de idade e te da uma
precisão de 98%.
Sinfisiodese púbica: técnica cirurgia que serve para animais com no máximo 5 meses de
idade. Isso depende do diagnostico precoce, para fazer a correção morfológica desse
paciente, mas ele nunca vai deixar de ser displásico.
Classificação: HD – Hip Dysplasia
A)HD–
Fossa Acetabular: profunda, formato de C, para que envolva ou abrace toda a cabeça
Femural.
Cabeça Femoral: sueprficie côncava – arredondada, formato esfeirodal.
Colo femoral: tem que ser destacado, diferenciada o do bordo ventral e a cabeça
femoral.
Articulação Coxofemoral – relação existente entre a fossa acetabular e a cabeça
femoral: articulação simétrica, boa inserção da cabeça femoral na fossa acetabular,
não pode estar afastado, a cabeça estando bem envolta pela fossa acetabular.
Pelo método de Norberg o ângulo deve ser igual ou superior o 105°.
B)HD+/–
Nem displásico, nem isento de displasia. Alterações são discretas e sutis. Muito mais
difícil de identificar do que um HD– ou HD+
Fossa Acetabular: Discreto razamento da fossa acetabular , sendo pouco profunda.
Cabeça Femoral: Discreta perda do formato arredondado da cabeça
Colo Femoral: não falou
Articulação Coxofemoral: não falou
Ângulo próximo a 105°.
C)HD+ Displasia Leve
Fossa Acetabular: Leve arrazamento
Cabeça Femoral: Leve achatamento
Colo Femoral: Permanece destacado, mas pode se apresentar discretamente alargado
ou pouco definido
Articulação Coxofemoral: Discreta ou leve assimetria articular – não observa tanta
inserção da cabeça femoral.
Angulação em torno de 100°.
D)Moderada HD++
Fossa Acetabular: Moderado arrazamento
Cabeça Femoral: Moderado achatamento
Colo Femoral: Se apresentara alargado
Articulação Coxofemoral: Moderada assimetria, podendo apresentar sub-luxação
coxofemoral lateral, e dependendo, vamos observar sinais de osteoartrose – presença
de crescimento ósseo irregular articular quanto intra-articular.
Angulação inferior a 100°.
E) Grave HD+++
Fossa Acetabular: Grave com acentuado arrazamento
Cabeça Femoral: Acentuado e grave achatamento
Colo Femoral: Pode se apresentar curto, alargado, com reação osteoproliferativa
Articulação Coxofemoral: Assimetria articular bem pronunciada, sub-luxação podendo
evoluir para uma luxação coxofemoral.
Subluxação – perda parcial do contato articular.
Luxação – perda total do contato articular.
*OBS:O ideal é cruzar animais apenas com HD–. No máximo, cruzar HD– com HD+/– ,
no máximo HD+. Ser mais criterioso com o macho porque a probabilidade desse macho
cruzar é maior do que a fêmea, disseminando esse gene recessivo.

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