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Acne: causas, tipos e tratamentos

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Gabrielle França, CESUPA 2021 
Definição 
A acne é a mais comum das doenças do 
folículo pilossebáceo da pele humana, causada 
por múltiplos fatores e que leva ao 
aparecimento de algumas lesões características. 
É uma doença extremamente comum que 
geralmente tem início na puberdade. 
A acne vulgar é uma enfermidade inflamatória 
da unidade pilossebácea da pele, caracterizada 
inicialmente pela presença de um cômedo, 
comedão ou “cravo”. Essa estrutura ocorre pela 
obstrução do orifício de saída da unidade 
pilossebácea, com acúmulo de secreções, 
restos celulares e algumas vezes um ácaro: o 
demodex foliculorum. 
A formação 
Quatro são os principais pilares da 
patogênese da acne: a comedogênese 
(formação do cômedo), a produção de sebo, a 
colonização bacteriana pelo 
Propionibacterium acnes (P. Acnes) e o 
processo inflamatório, Os dois primeiros são 
diretamente favorecidos pela mudança dos 
padrões estruturais da glândula por estímulo 
hormonal, que geralmente ocorre na 
adolescência e em distúrbios 
hiperandrogênicos. 
As glândulas pilossebáceas sofrem uma 
modificação fundamental para o processo de 
formação da acne, há uma hipertrofia de toda 
a glândula decorrente da ação androgênica 
sobre sua estrutura, não necessariamente 
levando à formação de acne, mas criando 
condições para a formação do cômedo. Uma 
hiperproliferação no infundíbulo da glândula 
(porção epidérmica) forma uma “rolha” e oclui 
o óstio ductal, impedindo a drenagem do sebo 
normalmente produzido pela glândula e 
favorecendo a comedogênese. 
Quando o orifício não se dilata surge o 
comendão fechado (ou ponto branco), o 
precursor das lesões inflamatórias. As paredes 
do folículo distendidas e inflamadas (pápula) 
podem romper e espalhar o seu conteúdo para 
a derme provocando uma reação inflamatória 
de corpo estranho (pústulas e nódulos). A 
produção de sebo retida pelo cômedo oclusivo 
propicia a colonização principalmente 
bacteriana pelo P. acnes e a instalação do 
processo inflamatório e infeccioso em toda a 
glândula. Os pacientes com acne têm glândulas 
sebáceas maiores e produzem mais sebo que 
indivíduos sem acne, que praticamente não 
têm o P. acnes na flora cutânea. 
 
Classificação 
Clinicamente a acne é classificada conforme a 
sua tipologia em vulgar, hiperandrogênica, 
iatrogênica, cosmética, escoriado, neonatal, 
conglobata, fulminante, comendônica, pápulo-
pustuloso grave, nódulo-quisto e da mulher 
adulta. Conforme o seu grau de acometimento 
ou evolução clínica os diferentes tipos de acne 
podem ser classificados em acne não 
inflamatória ou comendoniana, de grau leve, 
moderado ou grave. 
Segundo Souza (2005) o acne é uma doença 
da unidade pilossebácea (composta pelo 
folículo piloso e pela glândula sebácea), que 
possuí vários fatores capazes de serem 
desencadeante, afeta normalmente áreas onde 
estas são maiores e mais numerosas (face, 
tórax e dorso). Gomes (2006) define os graus 
da acne de I ao IV, de acordo com certas 
características. 
Tratamento da acne 
O tratamento da acne pode ser tópico, 
sistêmico e até cirúrgico, quando predominam 
as cicatrizes, os cômedos e cistos. A escolha 
depende do grau de acometimento da pele, da 
tolerância e etc. Muitas vezes as três 
modalidades podem ser usadas 
simultaneamente para o controle mais rápido 
das lesões. 
O tratamento tópico tem papel importante 
em todos os pacientes com acne e pode ser 
usado isoladamente nas formas leves a 
moderadas. Os produtos prescritos mais 
frequentemente são os antibióticos em 
associação a outros agentes como peróxido de 
benzoíla, ácido retinóico, ácido salicílico, 
nicotinamida e ácido azelaico. 
O tratamento sistêmico deve ser considerado 
nas formas inflamatórias da acne e nas de difícil 
controle. Podem ser usados antibióticos 
antiandrógenos e retinóides sistêmicos. 
Contextualização 
PEELINGS: geram uma destruição controlada 
da epiderme e, ou derme, através da aplicação 
de agentes cáusticos, com posterior 
regeneração dos tecidos. Realizam uma 
renovação celular, atenuando rugas superficiais, 
removendo comendões e reduzindo discromias 
e diminuindo a oleosidade da pele. Agem em 4 
grupos classificados de acordo com sua 
profundidade. 
ROACUTAN: Esse medicamento tem seu 
principio ativo de Isotretinoína, indicada em 
casos graves de acne. Ela age basicamente 
realizando uma contração significativa nas 
glândulas sebáceas, portanto há menos sebo na 
pele o que facilita e reduz também a obstrução 
dos poros. 
HORMÔNIOS SEXUAIS: Por volta dos sete 
anos de idade, as glândulas sebáceas e os 
queratinócitos foliculares são estimulados por 
hormônios androgênicos, implicando maior 
produção sebácea e hiperqueratose folicular, 
com formação de microcomendões e, 
posteriormente lesões inflamatórias. As células 
sebáceas e os queratinócitos possuem enzima 
como 5α redutase, 3β- e 17β-hidroxiesteróide 
deidrogenase que são capazes de metabolizar 
os androgênios. 
Com o tempo, as células sebáceas se 
diferenciam e se rompem, liberando lipídios no 
ducto sebáceo e folículo. De modo geral, a 
produção sebácea depende dos androgênios 
circulantes e da resposta da unidade 
pilossebácea.

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