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Micoplasmose aviarias Doenças de monitoramento e vigilância oficial Junto com essa temos a influenza aviaria, salmoneloses e doença de Newcastle Introdução · Enfermidade infecto-contagiosa · Curso crônico · Endêmica · Disseminação lenta · Ocorrência mundial: aves silvestres e domesticas · Não tem importância em saude publica Etiologia · Classe mollicutes (Mollis= macio, cútis=pele) · Ordem Mycoplasmatales · Famílias Mycoplasmatacea · Gênero Mycoplasma Classificação do gênero Mycoplasma 1898- descoberta do micoplasma 1930 – Mycoplasma gallisepticum 1943 – denomicacao de Chronic respiratory disease –CRD 1970 – forma respiratória do MS 1980 – queda da ocorrência da forma articular Surgimento no Brasil no final da década de 1980 Procariotas – bactérias Menor organismos de vida livres Sem parede celular Intracelular facultativo Pleomorfico – cocobacilos, bastonetes, anéis ou filamentos Giemsa: corante de eleição Gram negativos: coloração fraca Adesão no tecido respiratório, sendo assim um fator de virulência, além de uma adesina que faz adesão nas hemácias Cultivo Meio de crescimentos complexos · Infuso de coração · Soro inativado de suíno/equino · Extrato de levedura Microaerofilia Frey 1968 Meio de enriquecimento – caldo de frey Meios seletivo em agar – agar de Frey – aparência de ovos fritos Caracteristicas física-quimicas Sensível a todos os desinfetantes devido ausência de parede celular Pouco resistente em condições ambientais – sensível a luz solar Fezes e exsudatos – infectante por poucos dias a 20 graus Implicacoes econômicas A infecção por micoplasma e uma das doenças que mais causa prejuízos a avicultura Perda em carne · Queda no ganho de peso e elevação da C.A. · Aumento da mortalidade geral em 1-4% · Perdas ao abate por aerossaculite e depreciação de carcaças · Perda anual de 30 mil toneladas de carne ao abate c/SIF, por lesões dos sacos aéreos Perda na postura · Aves assintomáticas · 5-10% de ocorrência Perda a eclosão · Afeta a eclodibilidade em 5-7% · Aumenta a mortalidade embrionária em 5% Prejuízos em controle (que visam a erradicao, biossegurança e tratamento) Interfere na vacinação para doença de Newcastle Ate 2014 se conseguia consultar no mapa da saude animal a mycoplasma, depois se parou de requisitar dos países 2013 no brasil se teve 121 mil de aves descartadas Hospedeiros M. gallisepticum – galinhas e perus – faisão, codorna, papagaio, pato, ganso, aves silvestres Transmissao Vertical – de mae para o pintinho através do ovário, ovidutos e sêmen Horizontal – pode ser direto de um animal com a doença para um animal sadio ou de forma indireta por meio de ventos, aerossóis, alimentos e cama, pessoas equipamentos, roedores e aves silvestres. Na transmissão vertical ela tem um aumento na taxa da transmissão após 6 semanas (50%) de infecção e tem uma queda com 15 semanas. Já na transmissão horizontal são divididas em 4 fases, assim se indentifica qual o período meljor para os testes de monitoramentos Fase 1 – Latente, sem a presenca de anticorpos vai durar de 12 a 21 dias Fase 2 – infecção gradual em 5-10% do lote de 1 a 21 dias Fase 3 – infecção em 90-95% do lote com anticorpos durante de 7 a 32 dias Fase 4 – todo o lote positivo para o mycoplasma durando 3-19 dias 23 a 93 dias para disseminação da doença em todo o lote Período para monitoramento? Vai ser por volta de 3 meses, ate no pior dos cenários vai se detectar a doença em todo o lote Fontes de infecção Portadoras crônicas · Reprodutoras e aves comerciais · Aves de fundo de quintal: galinhas domestica, peru, aves de corte, pato, ganso, aves silvestres, faisão, papagaio Patogenicidade e virulência · Imunossupressão temporária · MS -> metabolitos que atraem heterofilos · A presenca do MS eleva a patogenicidade de outros agentes · A infectividade depende do numero de células · A doença depende da via de penetração As aves vao ter contato com bactéria pela via conjuntiva ou nasal, trato respiratório superior, essa começa a se multiplicar na traqueia e no pulmao, e depois o coração, baco, e a proximidade dos sacos a areos aos ovidutos, então passa pra essa também. Quando a ave respira vai primeiro aos sacos aéreos abdominais, assim esse tem maior colonização de bactérias Período de incubação · Inoculação em aves (6-20 dias) · Ovo embrionado (em torno de 28-40 dias) · Infecção por contato (11-21 dias para desenvolvimento da doenças) Difícil de determinar em infecção natural M. gallisepticul Sinais clínicos, lesões macroscópicas e microscópicas Morbidade: ate 100% - mortalidade – ate 30% · Apatia, anorexia · Perda de peso, baixo desempenho · Dispneia, espirros, coriza, estertores respiratórios · Queda de postura, de qualidade da casca e da eclodibilidade · Aumento de volume nos seios infraorbitários – lacrimejamento, congestão de vasos conjuntivais · Perus mais suscetíveis – sinais graves, incluindo sinusite, dificuldade respiratória – traqueite e aerossaculite Em perus causa uma sinusite infecciosa em perus: edema infraorbitários e descarga nasal Lesoes macroscópicas · Inflamação catarral: narinas, faringe, traqueia, brônquios, sacos aéreos Casos graves: · Sacos aéreos opacos e espessos, podendo ter deposito de fibrina, com extensão da área · Perihepatite, fibrinosa ou fibrinopurulenta · Pericardite Altera a som desses animais devido a exsudato Podendo também ver a pneumonia O musculo interno do peito coberto por fibrina tendo alteração na cor Lesões microscópicas Trato respiratório · Infiltração de células mononucleares · Presenca de heterofilos · Hiperplasia de glândulas mucosas · Reação linfofolicular · Pneumonia intersticial, < 50% dos casos · Presenca, em menor grau, de granuloma nos pulmões M. synovie Sinais clínicos Morbidade: ate 1-20% - mortalidade – ate 10% · Subclínica ou dificuldade de locomoção · Edema de articulações · Fezes esverdeadas · Queda na qualidade dos ovos Lesoes macroscópicas · Aumento e edema da articulação · Erosão da cartilagem articular · Bainha do tensão: exsudato caseoso (creme e cinza) · Hepatomegalia · Esplenomegalia · Atrofia da Bursa e timo · Rins edemaciados · Aerossaculite (forma respiratória) Lesoes microscópicas Articulacoes · Infiltração de células mononucleares · Presenca de heterofilos, maior que nos MS · Hiperplasia de glândulas mucosas · Reação linfofolicular M. Meleagridis Sinais clínicos Apenas em perus · Deformidades esqueléticas Arqueamento, deformação de vertebras cervicais e tarso e metatarso · Queda no empenamento · Aerossaculites em perus · Sinais respiratórios raramente observados · 5-6% de perda em eclodibilidade Lesões macroscópicas · Sinovite · Ascite · Bursite · Aerossaculite – sacos aéreos opacos e espessos Diagnostico · Epidemiológico: investigação de surtos e monitoramento · Clinico: observações de sinais e sintomas · Anatomopatológicos: lesões macroscópicas e microscópico · Etiológico: imunodiagnostico e detecção do agente Imunodiagnostico: sorologia Soroaglutinacao rapida em placa (SAR) · Triagem · Mais sensível · Reações inespecíficas falsos positivos: vacinas oleosas, Staphylococcus, soros congelados (grumos), soros contaminados, soros hemolisados. Elisa Inibição da hemaglutinacao (mais especifico) Isolamento e/ou PCR para detecção do agente infeccioso Interpretação da aglutinação em micoplasmose aviaria (PNSA) · Usar aglutinação rapida (AR) em soro (SAR) ou gema/testes diluídos como triagem · Se AR for igual ou superior a 1:10 considera-se o plantel infectado · Se AR for igual a 1:5, considera-se o plantel suspeito · Se AR for inferior a 1:5, considera-se o plantel negativo Isolamento e identificação Amostras: suabes de traqueia, sacos aéreos, fenda palatina e pulmões Isolamento: ovos embrionários, ou em agar frey em 37 graus em microaerofilia · Depois e feito caracterização imunológica IFD ou IFI ou IPD Detecção: por PCR e uma caracterização molecular PCR ou PCR/RFLP Fatores que influenciam no diagnostico das micoplasmose Diagnostico atual = mais difícil do que antes quando a prevalênciaera elevado Consequência: utilização de varios métodos de diagnostico e inclusão de monitoramento de MG (AR, ELISA, HI) Fatores ambientais e variabilidade antigênica Diagnostico diferencial Perus: NDV, AIV, aMPV, aspergilose, pasteurelose, clamidiose, cristosporidium, deficiência por vit A Viroses: AIV, NDV, IBV, ILTV Doenças bacterianas: cólera aviaria, coriza aviaria Controle Programa de controle de Mycoplasma em aves (Brasil) 1 medida de controle · Erradicao de MG em planteis de reprodutoras: livres (linhas puras, bisavos, avos, matrizes, aves SPF e incubatorios) · Controle permanentes (a cada 3 meses) Monitoramento nas reprodutoras inicia nas aves de 12 semanas, e depois a cada 3 meses quando atingirem 5% de postura ai vao ser testada metade do que foi testado em 12 semanas e vai ser assim ate o descarte do lote. O monitoramento e feito um teste de triagem, soroaglutinacao, e se reagente são retestada pelo teste de HI ou ELISA, se reagente se deve fazer o isolamento e/ou PCR Diagnostico positivo Todos os tipos Avos, bisavos e linhas puras: todo o núcleo positivo deve ser feito sacrifício abate de todos os ovos Matrizes perus todos os tipos – idem para avos Matrizes galinha + para M. gallisepticum – idem avos + para M. synoviae – sob vigilância e acompanhamento * em alguns casos, pode ser idem aves, porem não obrigatório Programa de controle de Mycoplasma Tipos de certificação Certificado de livre: comercio de aves ou ovos férteis de todos os núcleos Núcleo sob vigilância e acompanhamento: proibição de comercio internacional de aves ou ovos férteis ao referido núcleo *possível apenas para MS em matrizes de galinhas Aves de corte e postura: controle eventual · Adquirir aves de reposição livres de micoplasma · Adotar medidas rígidas de biossegurança · Tratamento com antimicrobianos diante de surtos · Obedecer o período de carência para elimicao de resíduos, antes de comercializar carne e ovos · Vacinação em postura Lote de poedeiras – combinação de antibiótico + vacinação (vacina inativada) + aspersão de desinfetantes Vacinação Vacinação: vacinas inativadas Vacinas atenuadas Combinação: vacinação inativadas + tratamentos Somente em estabelecimentos de controle eventual · Imunização – 2 semanas antes da provável exposição a partir de 9 semanas O controle nas aves reprodutoras e importante Não vai gastar com vacinação lote de corte, sendo melhor aquelas aves de vida longa MS Vacinas vivas atunuadas utilizadas em poedeiras, melhora a qualidade das cascas dos ovos e diminui sinais repiratorios Tratamento – uso continuo pode selecionar cepas · Oxitetraciclina · Espiramicina · Tilosina · Espectinomicina · Tiamulina · Fluorquinolonas Reduz a colonização de micoplasma nos tecidos das aves Efeitos benéfico em sinais clínicos e em perdas na produção Aspersão diária de desinfetantes (glutaraldeido/amônia quaternária) Procedimentos adicionais Adotar medidas rígidas de profilaxia e biosseguridade · Rever os critérios de interpretação e uso dos testes diagnósticos no monitoramento · Reforçar as exigências sanitárias na importação de galinhas, perus, ovos e outros · Quarentenas nas granjas: aves/ovos importados, monitoramento eficaz, ate a postura
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