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Aula 05 - Moldagem funcional em PT e em PPR

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Aula 06 – Moldagem funcional para próteses removíveis
Para edêntulos totais (prótese total)
Objetivos 
· Copiar mucosa em função (compressão)
· Detalhes anatômicos que possam não ter sido bem copiados na moldagem anatômica
· Aliviar zonas de alívio
· Garantir uma boa adaptação da prótese ao rebordo residual
Objetivos de fazer a moldagem funcional com moldeira individual
· Extensão por toda superfície aproveitável da maxila e da mandíbula
· Recortes a fim de evitar interferências musculares
· Adaptação periférica – selamento periférico
· Adaptação aos tecidos moles e de suporte
· Não comprimir zonas glandulares ou de emergência de vasos e nervos
Com o modelo anatômico, delimita-se na maxila a área chapeável, a área da moldeira individual e as zonas de alívio. A área chapeável corresponde ao freio labial, o fundo de vestíbulo labial, o fundo de vestíbulo bucal (contorno das inserções musculares), contorno do sulco hamular e o limite entre o palato duro e mole. No entanto, o limite da moldeira individual não corresponde a toda a área chapeável; a moldeira individual deve abranger de 2 a 3 mm aquém da área chapeável. A moldeira individual deve ser mais curta para que seja possível fazer a moldagem do selado periférico, sendo necessário que caiba material (godiva) nessa região da moldeira. As regiões obrigatórias de alívio incluem as rugas palatinas e a sutura palatina. Se houver áreas retentivas na região vestibular do rebordo, elas também devem ser aliviadas. A retenção é verificada posicionando um lecron tangenciando as regiões vestibulares do rebordo e avaliando se há algum espaço entre o lecron e o rebordo.
No arco inferior, a área chapeável inclui o freio labial, o fundo de sulco vestibular, a linha oblíqua externa, 2/3 da papila piriforme, linha oblíqua interna, fundo de sulco lingual e contorno do freio lingual. As regiões de alívio obrigatório incluem a crista do rebordo, 2/3 da papila piriforme e as áreas retentivas, se existirem. A área da moldeira deve ser 2 a 3 mm aquém do fundo de sulco 
Moldagem funcional superior
· Ajuste da moldeira individual: Coloca-se em boca e, no arco superior, observa-se o alívio nas regiões de freios e inserções musculares (se estiver passando por cima, aliviar com desgaste com peça reta), a distância da borda da moldeira para o fundo de saco e o posicionamento do limite da moldeira sobre o limite entre o palato duro e o palato mole. Para este último, pede-se que o paciente reproduza o som de “ah” e, com um lápis cópia, marca-se a região limítrofe entre a que não vibra (palato duro) e a que vibra (palato mole) na reprodução dos sons. Ao posicionar a moldeira individual sobre o palato riscado, o risco passa para a moldeira. 
· Moldagem do selado periférico
· Deve abranger toda a área chapeável, passando pelo:
· Espaço coronomaxilar (contorno do sulco hamular)
· Fundo de vestíbulo bucal
· Fundo de vestíbulo labial
· Freio lingual
· Término posterior
· A moldagem deve ser feita com um material com boa adesividade à moldeira, rigidez após resfriado e facilidade de acréscimos ou subtrações. Como material de eleição, temos a godiva.
· O bastão de godiva é aquecido, a godiva é colocada em determinado lado da moldeira e esta é levada à boca. Durante a moldagem do selado, é importante reproduzir movimentos que o paciente faz ao falar, ao comer etc. através da reprodução de movimentos funcionais para que a moldagem seja de fato funcional. Após moldar um lado, molda-se o outro e, por fim, o selado posterior, sendo que neste último o material deve ser colocado acima da moldeira, e não ao lado a estendendo.
· Para que a godiva não esteja tão quente ao ser posicionada na boca do paciente, ela pode ser mergulhada em água
· Após a moldagem periférica, idealmente deve-se ter um material fosco, com bordas arredondadas e regulares
· Moldagem funcional propriamente dita 
· Por que usar ZOE (pasta zincoenólica)?
· Vantagens: Baixa viscosidade, baixo custo, boa estabilidade dimensional, presa rápida e grande aceitação clínica
· Desvantagens: sabor e odor, material anelástico e dificuldade de limpeza
· A pasta zincoenólica deve ser colocada em toda a moldeira, inclusive sobre a godiva do selado periférico
· A proporção da pasta zincoenólica é de 1:1 da pasta base para a pasta catalisadora
· Na região posterior do molde, para reforçar a moldagem, pode ser colocada cera 7 na região posterior e moldar essa região novamente com o material de moldagem
· Por que utilizar o poliéter (impregum)?
· Vantagens: Alta estabilidade dimensional (maior que da ZOE), alta precisão, elástico e de fácil limpeza
· Desvantagem: Custo
· Outras opções são a silicona de adição pesada para o selado periférico e a silicona de adição leve para a moldagem propriamente dita. A desvantagem de utilizar silicona na moldagem do selado periférico, é que não tem como corrigir uma região pontual em caso de erros, diferente da godiva que pode ser reaquecida. Além disso a silicona é extremamente cara.
Feita a moldagem funcional, o molde é enviado para o laboratório. Antes de vazar gesso é necessário que o laboratório faça a dicagem ou encaixotamento lateral, procedimento no qual é colocada cera utilidade ao redor de todo o molde, cerca de 3 mm abaixo da borda da prótese, formando um anteparo, o qual é necessário para que o gesso, quando vazado, não escorra e deixe a borda da prótese irregular. Ou seja, o encaixotamento lateral ou dicagem e feito para preservar as futuras bordas das próteses, com bom acabamento. Alguns profissionais preferem fazer a dicagem ou encaixotamento lateral no próprio consultório. 
Moldagem funcional inferior
· Ajuste da moldeira individual: Verificar fundo de saco, freios e bridas, extensão da moldeira e limite posterior ocupando 2/3 da papila. Para esta última verificação, delimitar toda a papila piriforme na boca do paciente com lápis cópia e dividi-la em terços. Marcar a região correspondente aos 2/3 da papila e posicionar a moldeira. A moldeira vai copiar o lápis e então o profissional deve desgastar a moldeira se estiver maior que o desejável.
· Moldagem do selado periférico
· Deve abranger toda a área chapeável, passando por:
· Chanfradura do músculo masseter
· Fundo de vestíbulo bucal
· Fundo de vestíbulo labial
· Fossa distolingual
· Flange sublingual
· Freio lingual
· Na região lingual, já que não é possível manipular os movimentos funcionais, deve-se pedir para, após posicionar a moldeira, o paciente realizar movimentos com a língua para um lado, para o outro, para baixo e para cima
· Moldagem propriamente dita
· Pode ser feita com ZOE, com impregum (poliéter) ou com silicona de adição leve (caso o selado periférico tenha sido feito com a silicona de adição pesada)
· Após a moldagem propriamente dita, também é importante fazer a dicagem ou encaixotamento lateral antes de vazar o gesso.
A partir do modelo funcional é feito o plano de orientação, assunto da próxima aula
Para edêntulos parciais (PPR)
Deve ser feita, especialmente, nos casos de extremidade livre. Se a moldagem funcional for feita no dia da prova da estrutura metálica, ela pode ser chamada de modelo alterado. Outra opção é fazer a moldagem funcional no dia da prova dos dentes em cera
Objetivos
· Estabelecer os limites precisos da área chapeável
· Reproduzir a fibromucosa em sua forma de trabalho, ou seja, sob compressão
· Reduzir a movimentação da prótese através de uma melhor adaptação da base da prótese do rebordo
Indicações
· Classe I e II inferior (sempre)
· Classe I superior (ocasionalmente)
· Classe IV extensa (ocasionalmente)
Outros objetivos da moldagem funcional em PPR
· Garantir uniformidade de assentamento
· Conforto
· Extensão da base
· Reduzir movimento em torno da linha de fulcro
Existem 4 tipos de moldagem funcional em PPR. A técnica mucostática registra o tecido mucoso na posição estática (não é moldagem funcional). A moldagem funcional pode ser feita por transferência ou corretiva. A moldagem funcional por transferência pode ser feita com moldeira individual ou composta (2 moldeiras) e a moldagem funcionalcorretiva pode ser feita por meio do modelo alterado ou direta ou boca fechada.
Moldagem funcional utilizando a técnica da moldeira individual
· Tem o objetivo de fazer a moldagem de trabalho e a funcional ao mesmo tempo, gerando um mesmo modelo para fabricar a estrutura metálica e a prótese
· Durante a moldagem de trabalho, 
· Passo a passo: No modelo de estudo, é feito o delineamento e o planejamento dos guias do preparo de boca como é feito normalmente. É feita uma moldeira individual sobre o modelo de estudo e são feitos alívios de 2 mm acima dos dentes, além dos alívios realizados normalmente na moldeira individual. É colocada godiva na região periférica da moldeira e são realizados movimentos funcionais para moldar o selado periférico do paciente. Em seguida, é utilizado impregum (é importante que seja utilizado um material elástico, pois se for utilizado um material anelástico como a ZOE, a pasta vai quebrar na região dentada durante a remoção), por exemplo, para moldar a região dentada e a região de mucosa desdentada.
· É utilizado em casos de poucos dentes presentes em boca (até 6 dentes)
· Pode ser utilizada em todos os casos de indicação para moldagem funcional, mas por ser mais trabalhosa, é mais utilizada em casos de poucos dentes presentes em boca (até 6 dentes)
Moldagem funcional de transferência
· Quase ninguém usa
· Modificação do anterior, só que utilizando duas moldeiras
· É realizada após o preparo dos dentes (não deu tempo de terminar de copiar)
· Confecção de moldeira individual sobre modelo de estudo, mas sem encobrir os dentes (abrangendo apenas a região edêntula). Deve ser feito prova e ajuste da moldeira, de forma que se tenha 1-2 mm até o fundo de sulco sem áreas de compressão. A moldeira individual deve conter pontos retentivos no lado que não será feita a moldagem para reter um outro material que virá por cima (explicado mais adiante). Com a moldeira individual, é feita a moldagem funcional do selado periférico e, em seguida a moldagem do rebordo (pode ser feita com ZOE, realizando os movimentos funcionais), lembrando que se está moldando somente a área desdentada. Com o molde posicionado na boca do paciente, pega-se uma moldeira de estoque, manipula-se o alginato e a partir da moldeira posicionada em boca, molda-se tudo, incluindo os dentes. O molde final ficará então com a região desdentada moldada em ZOE com moldagem funcional e moldagem da região dentada com alginato.
· Essa técnica dá mais trabalho que a anterior e tem o mesmo efeito
Moldagem funcional da fibromucosa pela técnica do modelo alterado
· Nesse caso o modelo de trabalho e o funcional serão modelos diferentes
· Após fazer o modelo de trabalho com a moldagem com alginato ou silicona de condensação pesada + alginato e receber a estrutura metálica do laboratório, no dia da prova da estrutura metálica, será feita a moldagem funcional. Após verificar que está tudo okay com a estrutura metálica (prova em boca), isola-se o modelo de trabalho, alivia-se a região edêntula com cera, coloca-se a estrutura metálica de volta no modelo e na região desdentada constrói-se uma moldeira individual por cima da sela da estrutura metálica. Em seguida, faz-se o acabamento e polimento da moldeira individual, faz-se a prova dela em boca (estendendo até 2/3 da papila, ficando 2 a 3 mm distante do fundo de saco e tal) e em seguida faz-se a moldagem, iniciando a moldagem do selado periférico com godiva e procedendo para a moldagem propriamente dita, que pode ser feita com impregum ou ZOE. Com a moldagem funcional realizada, o laboratório vai pegar o molde preso à estrutura metálica e, para gerar o modelo funcional, vai recortar o modelo de trabalho, deixando somente a região dentada. A partir desse recorte, o TPD vai posicionar a estrutura metálica e o molde sobre o modelo de trabalho só com os dentes anteriores, será feita a dicagem e o gesso vai ser vazado sobre esse molde funcional, envolvendo o gesso que já havia do modelo de trabalho. Essa técnica é chamada de técnica do modelo alterado porque o modelo de trabalho é alterado para se obter o modelo funcional. 
· Em arcos com extremidade livre, muitos preferem fazer essa técnica quando se tem uma boa quantidade de dentes remanescentes, apesar de que a técnica da moldeira individual também seria possível nesses casos, pois se pode fazer uma moldeira individual menor.
Moldagem funcional da fibromucosa por técnica da moldagem direta ou da boca fechada
· É realizada durante a prova dos dentes em cera
· Não há necessidade de fazer a moldeira individual
· É mais simples, mais fácil e reduz uma etapa clinica (Quando se faz a técnica do modelo alterado, após fazer a prova da estrutura metálica não se faz a confecção dos planos do orientação, pois tem que mandar a estrutura do laboratório para fazer o modelo funcional. Nesta técnica, na mesma etapa que se faz a prova da estrutura metálica pode fazer a confecção dos planos de orientação e registro das relações maxilomandibulares. Quando o laboratório mandar os dentes em cera, aí sim faz-se a moldagem funcional)
· A técnica direta ocorre da seguinte forma: Quando o laboratório envia os dentes para prova, a base de prova é de resina acrílica e envolve toda a estrutura metálica. Na região inferior, que é de resina acrílica com metal, é colocado o material de moldagem e os dentes montados em cera são posicionados em boca. Então, é feita a manipulação do tecido e pede-se para o paciente ocluir. Com o paciente em oclusão, continua realizando os movimentos funcionais até o material tomar presa. Se o paciente não estiver ocluindo, pode haver alteração da relação maxilomandibular que já foi capturada na sessão anterior. Ao devolver para o laboratório, ele vai acrilizar a prótese com a moldagem funcional já realizada. Nesta técnica, a godiva não é utilizada para fazer o selado periférico, pois a godiva aquecida derreteria os dentes em cera, e isto representa uma desvantagem, pois é uma omissão da reprodução mais fidedigna do selado periférico.
	Modelo alterado
	Técnica simples
	Maior número de sessões
	Menor número de sessões
	Mais demorada
	Menos demorada
	Maior dificuldade técnica
	Procedimento mais simples
	Maior delimitação da área chapeável
	Menos detalhes na delimitação da área chapeável
A moldagem funcional diminui a reabsorção do tecido ósseo, diminui o esforço sobre os dentes pilares e gera maior conforto ao paciente. Independente da técnica de moldagem funcional utilizada, sempre haverá (não deu tempo, mas acho que era tipo dizendo que haveria algum tipo de movimentação da prótese)

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