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Mediação de Conflitos no Acesso à Justiça

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10
GRUPO SER EDUCACIONAL
FACULDADE MAURÍCIO DE NASSAU
UNINASSAU – UNIDADE PARNAÍBA
CURSO DE DIREITO
HÉLCIO VASCONCELOS BARBOSA
A MEDIAÇÃO DE CONFLITOS ENQUANTO RECURSO DE SUPERAÇÃO DE PARADIGMAS TRADICIONAIS DE ACESSO À JUSTIÇA: UM ESTUDO SOBRE SUA APLICABILIDADE NO CONTEXTO DA SOCIEDADE PARNAÍBANA
PARNAÍBA/PI
2019
HÉLCIO VASCONCELOS BARBOSA
A MEDIAÇÃO DE CONFLITOS ENQUANTO RECURSO DE SUPERAÇÃO DE PARADIGMAS TRADICIONAIS DE ACESSO A JUSTIÇA: UM ESTUDO SOBRE SUA APLICABILIDADE NO CONTEXTO DA SOCIEDADE PARNAÍBANA
Monografia apresentada ao Curso de Bacharelado em Direito da Uninassau-Unidade Parnaíba, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Direito. 
Orientadora: Prof(a) Mestre Luíza Márcia Carvalho dos Reis. 
PARNAÍBA/PI
2019
HÉLCIO VASCONCELOS BARBOSA
A MEDIAÇÃO DE CONFLITOS ENQUANTO RECURSO DE SUPERAÇÃO DE PARADIGMAS TRADICIONAIS DE ACESSO A JUSTIÇA: UM ESTUDO SOBRE SUA APLICABILIDADE NO CONTEXTO DA SOCIEDADE PARNAÍBANA
Monografia apresentada ao Curso de Bacharelado em Direito da Uninassau-Unidade Parnaíba, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Direito. 
Orientadora: Prof(a) Mestre Luíza Márcia Carvalho dos Reis. 
AVALIADORES
___________________________________________________________________
Orientadora: Prof(a) Mestre Luíza Márcia Carvalho dos Reis.
___________________________________________________________________
Avaliador 1
___________________________________________________________________
Avaliador 2:
PARNAÍBA/PI
2019
DEDICATÓRIA
		Dedico este trabalho a minha mãe Elzene Vasconcelos Barbosa, que sempre me apoiou nos momentos de maior turbulência, sempre com uma palavra de amor, de fé, como muita determinação e paciência; a minha companheira Mayra Cortez e minha filha Heloisa Cortez, que sempre me deram apoio nessa empreitada, também a meus irmãos Renato e Ricardo. 
“O SENHOR é o meu pastor, nada me faltará. Deitar-me faz em verdes pastos, guia-me mansamente a águas tranquilas. Salmos 23:1,2.
AGRADECIMENTOS
	
	Primeiramente agradeço a Deus pelo dom da vida, por minha saúde e de toda minha família, agradecer por tudo que tens me dado, e por ter superado essa importante fase.
	À minha orientadora, Professora Luíza Márcia, por ter aceitado o meu convite, pelas suas orientações, sempre muito atenciosa, sempre com muita satisfação, competência e cuidado.
	A todos os demais professores que, direta ou indiretamente repassaram seus conhecimentos para o nosso crescimento e nossa evolução, assim também com os demais funcionários da instituição que colaboraram de alguma forma para o nosso aprendizado.
	Ao grande amigo Fábio Araújo, por sua amizade, pelos conselhos e por todo apoio dado no decorrer do curso.
RESUMO
	
	Nesse trabalho, analisaremos as ferramentas processuais de composição da lide, diante da atual situação do Poder Judiciário, com o acumulo de processos, necessitava-se de novas formas de resolução de conflitos, assim sendo, à aplicabilidade da Mediação se torna uma solução rápida e prática, que viabiliza o julgamento de ações, dando celeridade, contribuindo com o acesso à justiça. 
	Para tanto foi realizada uma pesquisa quati-qualitativa através da aplicação de questionários fechados à sociedade parnaibana, bem como análise documental nos órgãos que compõem o sistema de justiça criminal da cidade de Parnaíba-PI, além de pesquisa bibliográfica com apoio nos estudos já realizados por vários pesquisadores e institutos especializados no tema, especialmente Fidel, Miguel Reale, Mauro Capelletti, Bryant Garth, entre outros.
	Diante de poucas alternativas para solucionar os conflitos intrínsecos à vida humana, sendo a justiça comum ordinária a mais utilizada, surge a Mediação como instrumento de transformação e de suporte da justiça comum, surge então à figura do Mediador diante desse quadro. Almejar-se tratar, além da aplicabilidade da mediação, tratar dos centros de mediação, tanto privados como judiciais, onde foi feito a pesquisa de campo, que funcionam na busca soluções rápidas e mais baratas, abrangendo todas as camadas da população, principalmente aquela população mais carente que não tem o acesso à justiça.
Palavras-chave: Mediação. Acesso à Justiça. Solução de Conflitos. Mediador. Centros de Mediação
ABSTRACT
In this paper, we will analyze the procedural tools of the composition of the dispute, given the current situation of the Judiciary, with the accumulation of processes, new forms of conflict resolution were needed, thus, the applicability of Mediation becomes a quick and easy solution. practice, which enables the judgment of actions, giving speed, contributing to the access to justice.
Therefore, a qualitative research was conducted through the application of closed questionnaires to Parnaiban society, as well as documentary analysis in the organs that compose the criminal justice system of the city of Parnaíba-PI, in addition to bibliographic research supported by studies already carried out by several researchers and institutes specializing in the subject, especially Fidel, Miguel Reale, MauroCapelletti, Bryant Garth, among others.
Faced with few alternatives to solve conflicts intrinsic to human life, with ordinary common justice being the most used, Mediation emerges as an instrument of transformation and support of common justice, then appears to the figure of the Mediator before this picture. In addition to the applicability of mediation, the aim is to deal with the mediation centers, both private and judicial, where field research has been done, which works in the search for quicker and cheaper solutions, covering all sections of the population, especially that population. most needy who do not have access to justice.
Keywords: Mediation. Access to justice.Conflict Resolution.Mediator. Mediation Centers
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO..........................................................................................................10
CAPÍTULO 1 – PERCURSO METODOLÓGICO DA PESQUISA.............................13
1.1- Instrumentos de coletas de dados.....................................................................13
1.2- Do questionário..................................................................................................15
CAPÍTULO 2 – DO ACESSO À JUSTIÇA.................................................................17
2.1- Conceito de Justiça............................................................................................17
2.2- Acesso a Justiça................................................................................................18
2.3- Dificuldades do acesso a Justiça.......................................................................19
2.4- Defensoria Pública como meio de acesso a Justiça..........................................20
2.5- Resolução 125 do CNJ......................................................................................22
CAPÍTULO 3 – MODELOS NÃO JURISDICIONAIS DE SOLUÇÃO DE CONFLITOS
3.1-Mediação............................................................................................................25
3.2-Conciliação.........................................................................................................28
3.3-Negociação........................................................................................................29
3.4-Arbitragem..........................................................................................................29
CAPÍTULO 4 – RESULTADOS DA PESQUISA DE CAMPO...................................31
4.1- Do CEJUSC......................................................................................................31
4.2- Análise dos Assistidos...................................................................................... 32
4.3- Análise dos Profissionais..................................................................................37
CONSIDERAÇÕES FINAIS.....................................................................................46REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.........................................................................48
ANEXO 1: QUESTIONÁRIO ASSISTIDOS............................................................. 50
ANEXO 2: QUESTIONÁRIO PROFISSIONAIS.......................................................52
INTRODUÇÃO
O aumento da população é apontado como uma consequência do desenvolvimento de técnicas e meios que visam à melhoria de vida das pessoas e a própria preocupação destas em se manterem na vida em sociedade.
Considerando, portanto, esse novo contexto social que se apresenta aonde a estrutura demográfica do país vem sofrendo significativa mudança, o constante aumento da população levanta reflexões sobre a importância de se desenvolverem políticas públicas para assegurar que o cidadão exercite ao máximo seus direitos e consequentemente leve uma vida compatível com sua condição. Desse modo, a defesa dos direitos inerentes ao cidadão é algo necessário. É preciso que se tenha em mente a importância de prevenir e coibir ações que de algum modo possam trazer perturbações à vida da população.
	Partindo dessas premissas, o presente trabalho apresenta um estudo sobre uma forma de resolução de conflitos que cada vez mais vem ganhando importância no contexto social, qual seja a mediação. A referida técnica pode ser conceituada como um processo que proporciona aqueles que estão vivenciando um conflito, decorrente de uma relação conflituosa, a oportunidade e o ambiente adaptados para encontrar, juntos, uma solução para o problema. Essa simplificação na conversação entre as partes, conta com a ajuda de um terceiro, denominado mediador.
	O mediador, distinto do conciliador, além de ser imparcial, é neutro, ou seja, ele não pode aconselhar soluções para o conflito, devendo deixar que as partes sugiram, celebrem e cheguem à solução sem sua interferência direta. Seu papel é de um facilitador que deve se limitar a garantir as condições para a conversação entre as partes.
	No campo metodológico, o presente trabalho se caracteriza como pesquisa quantitativa e qualitativa, do tipo pesquisa de campo e descritiva, baseada no levantamento de dados por meio de questionário, como também um estudo de autores do tema como Fidel, Miguel Reale, Mauro Capelletti, Bryant Garth, bem como análise documental, especialmente da legislação e a jurisprudência relacionada ao tema. 
	O trabalho foi dividido em 4 (quatro) capítulos, além da presente introdução e das considerações finais, no decorrer dos quais foi realizada uma exposição das mais diversas formas de resoluções de conflitos existentes hoje no cenário nacional, além de comentar acerca da realidade da população em relação ao acesso à justiça, suas dificuldades, passando pelo devido estudo acerca dos direitos a eles inerentes.	No primeiro capítulo é apresentado o percurso metodológico da pesquisa, destacando a forma como os dados foram coletados no CEJUSC- Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania da cidade de Parnaíba-PI, com aplicação de questionários direcionados aos assistidos e profissionais que buscam o referido centro de solução de conflitos. No segundo, capítulo foram comentadas as principais leis que visam garantir o maior acesso do cidadão ao Judiciário na busca de seus diretos, em especial a Lei 13.140, e a Constituição Federal/1988. No terceiro capítulo, diferenciamos as varias formas de resolução de controvérsias no ordenamento jurídico, particularidades e aplicação de cada modalidade, por fim, no quarto capítulo trazemos os resultados da pesquisa de campo, onde analisaremos na forma de gráfico ponto a ponto da pesquisa.
	A Lei da mediação como é conhecida, completou 4 (quatro) anos no dia 26 de junho de 2019, a lei 13.140. A lei, que ingressou no ordenamento jurídico no final de dezembro daquele ano, introduziu o processo de mediação entre particulares, o exercício da mediação judicial e da mediação extrajudicial.
	Perla Cruz[footnoteRef:1], coordenadora da câmara de mediação on-line “Vamos Conciliar”, explica que a lei de mediação é de suma importância, por ser um marco que regula a mediação como solução de controvérsias no país, “numa época em que o atual panorama brasileiro converge para uma mudança paradigmática na forma de solucionar conflitos”. Nas palavras da autora: [1: ¹-Disponível em: https://www.migalhas.com.br/Quentes/17,MI261033,91041 Lei+de+mediacao+completa+2+anos.
] 
a mediação tem como um dos principais objetivos resolver os conflitos de forma barata, rápida e eficiente para ambas às partes e, com isso, reduzir a entrada de novos processos no Judiciário, razão pela qual esse método vem se estabelecendo como uma alternativa eficaz e satisfatória.
	Nossa pesquisa de campo visa apontar a importância da Mediação, o meio de resolução de conflito que propicia as partes uma solução dos seus conflitos através do dialogo sem a necessidade de encarar longos e custosos processos no âmbito judicial, gerando uma qualidade de vida imensamente melhor para as pessoas envolvidas. 	Essa nova técnica de resolução de conflitos, podendo ela ser judicial ou extrajudicial, que além de trazer rapidez e efetividade aos processos, trás uma nova perspectiva de acesso a justiça.
	Esperamos que o presente trabalho contribua para um maior aprofundamento da temática, bem como para conscientização da sociedade sobre a necessidade de se garantir o direito do cidadão ao acesso à justiça, bem como a significância da lei de mediação para a solução dos conflitos.
CAPÍTULO 1 – PERCURSO METODOLÓGICO DA PESQUISA
	Quando o pesquisador decide desenvolver uma pesquisa, é essencial que ele escolha o método mais adequado para alcançar os objetivos propostos, o qual será preponderante para o bom êxito de seu trabalho. Nesse sentido, nas palavras de Demo[footnoteRef:2]: [2: ²-DEMO, P. Introdução ao ensino da metodologia da ciência. 2.ed. São Paulo: Atlas, 1987.
] 
a metodologia é uma preocupação instrumental, que trata do caminho para a ciência tratar a realidade teórica e prática e centra-se, geralmente, no esforço de transmitir uma iniciação aos procedimentos lógicos voltados para questões da causalidade, dos princípios formais da identidade, da dedução e da indução, da objetividade, etc.
Dessa maneira, para que o pesquisador alcance os resultados desejados, é indispensável à escolha do método que melhor se encaixe ao tipo de trabalho escolhido.
	Na pesquisa descritiva, compete ao pesquisador fazer o estudo, a análise, o registro e a interpretação dos acontecimentos do mundo físico, sem a manipulação ou ingerência dele. Ele deve apenas descobrir a constância com que o fenômeno ocorre ou como se estrutura dentro de um algum sistema, método, processo ou realidade operacional.
	Ademais, a pesquisa descritiva utiliza métodos uniformizados de coleta de dados para apresentar as variáveis propostas. Estas podem estar ligadas às predicados socioeconômicos de um grupo ou outros atributos que podem ser alteradas durante o processo.
	Ela pode aparecer sob diversos tipos de pesquisas, como documental, estudos de campo, levantamentos, entre outras.
1.1 Procedimentos de coleta e análise de dados 
	Considerando que o tema pesquisado é cada vez mais corrente no cenário jurídico do país, e que a pesquisa foi baseada no estudo sobre o acúmulo de processos e das formas de resolução de conflitos, o método de abordagem utilizado foi do tipo qualitativo, que segundo Richardson[footnoteRef:3] diferencia-se sensivelmente da outra modalidade, do tipo quantitativo, senão vejamos: “este método difere, em princípio, do quantitativo, à medida que não emprega um instrumental estatístico como base na análise de um problema, não pretendendo medir ou numerar categorias”. [3: ³-RICHARDSON, Roberto Jarry. Pesquisa social: métodos e técnicas. São Paulo: Atlas, 1989.
] 
	Tesch[footnoteRef:4], por sua vez, acrescenta ainda outros recursos que também se encaixam nesse método de pesquisa: “dentro de tal conceito amplo, os dados qualitativos incluem também informaçõesnão expressas em palavras, tais como pinturas, fotografias, desenhos, filmes, vídeo tapes e até mesmo trilhas sonoras”. [4: ⁴-TESCH, Renata. Qualitative research: analysis types and software tools. Basingstoke:TheFalmer Press, 1990.).] 
	A coleta de dados é o ato de observar, coletar documentos e provas, buscar informações sobre um determinado tema ou conjunto de temas correlacionados e orientar-se de forma a facilitar uma posterior análise.
	A coleta de dados ajuda a avaliar ponto a ponto os fatos ou fenômenos que estão ocorrendo em uma organização, sendo o ponto de partida para a elaboração e execução de um trabalho.
	Como método de coleta de dados foi realizado uma leitura interpretativa dos conteúdos pesquisados para que pudéssemos compreender em que classificação social se encontrava cada assistido, tipo faixa etária, escolar, salarial, opinião sobre o procedimento da mediação etc. 
	Em razão de a pesquisa ser através de questionário, os dados serão apresentados por gráficos, além da análise do entendimento de importantes doutrinadores e profissionais do Direito sobre o tema.
	Portanto, a pesquisa procurou conhecer efetivamente a realidade dos assistidos pelo CEJUSC sobre o tema, proporcionando em tudo, a observação do que prescreve a legislação constitucional e infraconstitucional, bem como o entendimento dos tribunais sobre o tema.
	A amostra será obtida por assistidos do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania- CEJUSC, na cidade de Parnaíba-PI, sendo 30 pesquisados de ambos os sexos, com idade entre 18 e 70 anos, e os mesmos buscando uma solução para resolução de seus conflitos.
	Entre as várias técnicas de coletas de dados, usaremos o questionário aqui abordado de forma mais planejada.
	
	Os critérios de inclusão e exclusão são aqueles que permitem a declaração do perfil do pesquisado. Sem tais discernimentos não se terá nitidez de quem será o sujeito da pesquisa. 
	Os critérios de inclusão são as espécies que fazem com que tal indivíduo seja apto a ser participante de uma pesquisa. Já os critérios de exclusão, são aquelas qualidades que afastaria o sujeito da pesquisa uma vez que este não completasse os critérios de inclusão.	
	Assim, os critérios de exclusão não podem ser uma negação dos critérios de inclusão, o que levaria a um contrassenso, pois se eu abarco o indivíduo por uma razão, não será esta a mesma a afastá-lo.
	
 1.2 Do questionário
	
	Temos por definição que o questionário é uma ferramenta de coleta de dados, composto por uma série coordenada de perguntas, que devem ser respondidas por escrito e sem a presença do pesquisador.
	Em nosso trabalho, o questionário foi entregue nas mãos dos assistidos, informando ao mesmo se tratar se uma pesquisa para conclusão de curso, pedindo a concordância e autorização do mesmo para responder.
	O questionário, conforme Gil⁵, pode ser determinado:
“como a técnica de investigação composta por um número mais ou menos elevado de questões apresentadas por escrito às pessoas, tendo por objetivo o conhecimento de opiniões, crenças, sentimentos, interesses, expectativas, situações vivenciadas etc.”.
	Para ANDRADE⁶ o estudo dos instrumentos de coleta de dados:
instrumentos de pesquisa são os meios através dos quais se aplicam as técnicas selecionadas. Se uma pesquisa vai fundamentar a coleta de dados nas entrevistas, torna-se necessário pesquisar o assunto, para depois elaborar o roteiro ou formulário. Evidentemente, os instrumentos de uma pesquisa são exclusivos dela, pois atendem às necessidades daquele caso particular. A cada pesquisa que se pretende realizar procede-se à construção dos instrumentos adequados.
_________________
⁵-GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5. ed. São Paulo: Atlas, 1999.
⁶. ANDRADE, Maria Margarida de. Introdução à metodologia do trabalho científico. 9 ed. São Paulo: Atlas, 2009.
	
	As perguntas foram formuladas de forma clara e objetiva, com linguagem de fácil compreensão, com dicionário adequado ao nível de escolaridade dos assistidos, nem sugerem ou induzem as respostas, bem como seguiram uma sequencia lógica.
	A maior vantagem com o método de pesquisa através de questionário é a rapidez e uma grande quantidade de dados obtidos.
CAPÍTULO 2 – DO ACESSO À JUSTIÇA
2.1 Conceito de Justiça
	
Toda sociedade define justiça de uma forma diferente, dependendo da cultura, de suas tradições e de seus pensamentos. A humanidade vem ao longo dos tempos alterando sua consciência e suas concepções, de modo que o pensamento de justiça e moral vem sendo modificado com a evolução da humanidade e o pensamento coletivo.
	Desse modo, o conceito de justiça é relativo e amplo. A humanidade durante muitos anos, sempre buscou programar a justiça nas suas relações igualitárias e incluso da sociedade. 
	Conforme uma percepção comum de justiça, equitativo seria aquele que cumpre o Direito. A definição de justiça pode ser entendida como o que está em consonância com o Direito, um princípio moral que está conexo com Direito. 	Posteriormente notamos uma relação inseparável entre estes dois termos.
	
	Para Miguel Reale⁷, a justiça é:
se os homens fossem iguais como igual é a natural inclinação que nos leva à felicidade, não haveria Direito Positivo e nem mesmo necessidade de Justiça. A Justiça é uma valor que só se revela na vida social, sendo conhecida a lição que Santo Tomás nos deixou ao observar, com admirável precisão, que a virtude de justiça se caracteriza pela sua objetividade, implicando uma proporção ad alterum.
	Desta forma, para Miguel Reale a justiça é um valor, apreendemos então que o conceito de justiça é relativo, transformando sua definição segundo o progresso da humanidade. Ademais, não podemos conceituar justiça, se a mesma já está determinada, em questão pela doutrina e pensadores, sendo definida pelas normas do direito e costumes.
_____________________
⁷- REALE, Miguel. Fundamentos do direito. 3ª ed. São Paulo : Editora Revista dos Tribunais, 1998. Pág. 306.
2.2 Do acesso à justiça	
	
	O acesso à justiça pode ser interpretado por vários ângulos e vem se alterando ao longo do tempo. A doutrina clássica considera o acesso à justiça como direito de entrar no sistema jurisdicional e ao processo.
	A Carta Magna de 1988 prevê o referido direito nos termos do art. 5º, XXXV, ao dispor que “a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário, lesão ou ameaça a direito.”(BRASIL, 1988). Assim sendo, a demonstração constitucional do princípio da inafastabilidade da jurisdição, significando em conceito geral que o Estado-juiz não pode denegar a solucionar quaisquer conflitos em que alguém declare lesão ou ameaça de direito. Conforme preconiza a Constituição, o cidadão por meio do direito de ação tem o direito de demandar em juízo, impetrará a tutela jurisdicional ao Estado. 
	Segundo Mauro Capelletti e Garth⁸,
o acesso à justiça pode, portanto, ser encarado como o requisito fundamental, o mais básico dos direitos humanos de um sistema jurídico moderno e igualitário que pretenda garantir, e não apenas proclamar os direitos de todos.
	Assim, não se pode afirmar que acesso à justiça significa, somente, a postulação de um direito ao Estado (jurisdição), requerendo soluções aos seus conflitos, como também a garantia do direito a um processo justo, que cause resultados efetivos e dentro de um prazo aceitável.
	O acesso ao Judiciário deve ser ajustado como um direito fundamental a todas as pessoas de forma igualitária. Vejamos o que preconiza Cappelletti e Garth⁹:
de fato, o direito ao acesso a justiça tem sido progressivamente reconhecido como sendo de importância capital entre os novos direitos individuais e sociais, uma vez que a titularidade de direitos é destituída de sentido, na ausência de mecanismos para sua efetiva reivindicação. O acesso à justiça pode, portanto, ser encarado como o requisito fundamental o mais básico dos direitos humanos de um sistema jurídico moderno e igualitário que pretenda garantir, e não apenas proclamar os direitos de todos. 
	
_____________________⁸- CAPPELLETTI, Mauro e GARTN, Bryan. Acesso à Justiça. Tradução de Ellen Gracie Northfleet. Porto Alegre, Fabris, 1988. 
⁹- CAPPELLETTI; GARTH, 1988, p.10-11
	Para Robert e Seguin¹⁰, “o acesso à justiça não significa apenas o acesso aos Tribunais, o contato com juízes, por exemplo, mas sim o efetivo acesso ao Direito”.
	Na mesma toada, Rodrigues¹¹ afirma que:
o acesso à justiça não é apenas consistente ao acesso ao Poder Judiciário em si, mas tem um conceito mais amplo, sendo assim o acesso ao ordenamento jurídico justo, uma ordem de valores e direitos que são fundamentais e inerentes ao ser humano.
	
	Assim sendo, o acesso à justiça contido expressamente na Constituição Federal, é um direito fundamental de toda cidadão, que não deve ser confundido com o simples acesso ao Poder Judiciário, mas sim, o direito a receber do Estado uma tutela jurisdicional que seja apta a analisar seu conflito e fornecer-lhe uma solução justa, adequada e célere.
2.3 Dificuldades ao acesso à justiça
	Muitos são os empecilhos para um cidadão ter acesso à justiça, podemos citar, por exemplo, o alto valor das custas processuais, onde os mais humildes são lesados pela falta de recursos e de ciência de seus direitos.
	Com a promulgação da Lei nº 9.099, de 26 de setembro de 1995, a lei dos juizados especiais, houve uma melhoria em relação à dificuldade de acesso à justiça relativa às custas processuais e de outro modo, proporcionou uma maior celeridade processual.
 Nos termos do art. 9º da mencionada lei, nas causas de valor até vinte salários mínimos, as partes comparecerão pessoalmente, não necessitando da assistência de advogado, sendo gratuita sua impetração, ou seja, é assegurado ao cidadão, ajuizar ações com valor até 20 (vinte), salários mínimos, sem pagamento de custas processuais, o que ampliou significativamente o acesso à justiça no âmbito judicial, nesse aspecto. Porém, não se pode ignorar o problema decorrente do ajuizamento de uma ação sem a intervenção de um advogado, sobretudo para aqueles cidadãos que não têm um conhecimento mínimo acerca do procedimento de um processo judicial e de seus direitos.
____________________									
¹⁰- ROBERT, Cinthia; SÉGUIN, Elida. Direitos humanos, acesso à justiça: um olhar da Defensoria Pública. Rio de Janeiro: Forense, 2000, p. 18.
¹¹- RODRIGUES, Horácio Vanderlei. Acesso à justiça no direito processual. São Paulo: Acadêmica, 1994, p. 14.
Outro ponto de dificuldade ao acesso a justiça seria a distância geográfica, essa representa uma distancia grande entre o judiciário e o corpo social. É possível localizarmos lugares que são completamente excluídas em relação a esse acesso a justiça, muitas localidades não tem um órgão regular para tratar das questões judiciais. Seus moradores se mostram firmemente incapazes para identificar situações em que seus direitos são lesados. 
Preceitua Boaventura de Santos¹² que:
A distância dos cidadãos em relação à administração da justiça é tanto maior quanto mais baixo é o estado social a que pertencem e que essa distância tem como causas próximas não apenas fatores econômicos, mas também fatores sociais e culturais, ainda que uns e outros possam estar mais ou menos remotamente relacionados com as desigualdades econômicas. Em primeiro lugar, os cidadãos de menores recursos tendem a conhecer pior os seus direitos e, portanto, têm mais dificuldades em reconhecer um problema que os afeta como sendo problema jurídico. Podem ignorar os direitos em jogo ou as possibilidades de reparação jurídica.
	Portanto, o acesso á justiça é direito universal a ser coberto a todo cidadão. Com o advento do Novo Código de Processo Civil, como também de outras medidas pelo judiciário como a resolução 125 do CNJ, onde trata precipuamente da facilitação do cidadão ao judiciário com a implementação de outras formas de resolução de conflitos em concordância com princípios da nossa Carta Magna.
2.4 Defensoria Pública como meio de acesso à justiça 
	No Brasil, os primeiros modelos de acesso à Justiça foram grupos de advogados privados nomeados de Assessoria Jurídica Popular, que atuavam num modelo de serviço legal próprio para processos de movimentos sociais. 
	Ocorre que esses grupos de advogados foram poucos para a grande demanda existente, e sua atuação era predominante em grupo sindicalizado.
	No ano de 1985, foi instituída a Ação Civil Pública como um instrumento processual característico para solução judicial de conflitos coletivos. Determinadas instituições receberam a concessão para a representação de interesses coletivos e difusos na Justiça, inicialmente aconteceu com o Ministério Público na década de 1980.
_________________
¹²- SANTOS,Boaventura de Sousa. Pela Mão de Alice. O Social e o Politico na Pós-Modernidade. Porto: Afrontamento, 1994.p.74
	Então o legislador, na constituição de 1988, entendendo a necessidade da criação de uma instituição que garantisse o acesso à justiça aos cidadãos desprovidos, instituiu a Defensoria Pública, como instituição ativa para o bom andamento da sociedade, como tutor do direito dos menos assistidos.
	Nas últimas décadas, a principal inovação voltada ao enfrentamento dos problemas de acesso à Justiça foi à criação, ampliação e fortalecimento institucional da Defensoria Pública. 
	Ao longo dos últimos anos, a Defensoria vem passando por varias mudanças na sua estrutura institucional, passou por limitações de onde atuava preponderantemente com parte da população menos favorecida e conflitos individuais.
	A Constituição Cidadã, em seu artigo 5º, LXXIV contempla o direito fundamental à assistência jurídica integral e gratuita, exercida pela Defensoria Pública, prestando auxilio jurídico e a defesa dos menos favorecidos. 
	A Lei complementar Nº 80 de 12 de Janeiro de 1994 que organiza a Defensoria Pública, conceitua no seu Artigo 1º que: “A Defensoria Pública é instituição permanente essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe, como expressão e instrumento do regime democrático, fundamentalmente, a orientação jurídica, a promoção dos direitos humanos e a defesa, em todos os graus, judicial e extrajudicial, dos direitos individuais e coletivos, de forma integral e gratuita, aos necessitados, assim considerados na forma do inciso LXXIV do art. 5º da Constituição Federal.  	 
	Portanto, a Defensoria Pública possui legitimidade para requerer as mais variadas ações coletivas e individuais, atingindo em especial os indivíduos menos favorecidos da sociedade.
	Sobre a Defensoria Pública, Sadek¹³ leciona:
não se adentram as portas do Judiciário sem o cumprimento de ritos e a obediência a procedimentos. Entre eles está a necessidade de defesa por profissionais especializados - os advogados. Ora, o acesso aos advogados, por sua vez, depende de recursos que na maior parte das vezes os mais carentes não possuem. Assim, para que a desigualdade social não produza efeitos desastrosos sobre a titularidade de direitos, foi concebido um serviço de assistência jurídica gratuita - a Defensoria Pública. 
_________________ 
¹³. SADEK, Maria Tereza. Acesso à Justiça. São Paulo: Fundação Konrad Adenauer, 2001, p. 9.
	Diante do exposto, é possível compreender que, o acesso à justiça excede o próprio acesso ao Judiciário, ou seja, o acesso à justiça vai além de apenas um simples procedimento judicial, pois é possível assegurar o cumprimento desse direito fundamental através da celebração de um acordo em uma câmara de mediação extrajudicial. Nesse contexto, a atuação da Defensoria Pública tem se mostrado bastante relevante, pois tem atuado incansavelmente como garantidora dos direitos do cidadão mais carente e necessitado para o acesso a justiça.
2.5 Resolução 125 do CNJ
Como tratamos anteriormente, com a alta demanda de processos judiciais, constatadas por diversos fatores que a sociedade atual vive, como por exemplo, a globalização e o acesso fácil a informação que a tecnologia trouxe a todos, veio também a possibilidade do cidadão saber de seus direitos e exigir seu cumprimento perante o Poder Judiciário. Consequentemente,surge o acúmulo de processos decorrente desse desenfreado processo de judicialização dos direitos. 
Diante dessa grande e crescente demanda de processos, a precária estrutura do Judiciário mostrou-se impotente para atender a contento as mais variadas lides que a ele passaram a ser submetidas. Em razão desse novo contexto, tornou-se inevitável a busca de outros meios de resolução de conflito que fosse capaz de minimizar a problemática decorrente do acúmulo de processos. 
Nesse sentido, foi editada pelo CNJ¹⁴ (Conselho Nacional de Justiça) em 29 de novembro de 2010, a resolução de nº 125, que dispôs sobre a política pública de tratamento adequado dos problemas jurídicos e dos conflitos de interesses, que ocorrem em larga e crescente escala na sociedade, de forma a organizar, em âmbito nacional, não somente os serviços prestados nos processos judiciais, como também os que possam sê-lo mediante outros mecanismos de solução de conflitos, em especial dos consensuais, como a mediação e a conciliação. A referida resolução tratou de questões relativas aos conflitos que possam ser decididos através de métodos consensuais, principalmente a conciliação e a mediação, e sua inclusão à rotina do Poder Judiciário.
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¹⁴-BRASIL. CNJ. Resolução n.º 125/2010.
	No que tange aos tipos de questões que podem ser tratadas por meio de uma mediação, pode-se destacar: pensão alimentícia, guarda dos filhos, divórcio, partilha de bens, acidentes de trânsito, dívidas em bancos, danos morais, demissão do trabalho, dentre outros.
	Não se pode olvidar que, pode ser objeto de transação mediante mediação os direitos disponíveis como também os direitos não disponíveis, mas que admitam transação.
Os meios de resolução de conflito como a conciliação e a mediação são mecanismos efetivos de pacificação social, solução e prevenção de litígios, com sua aplicação, o país tem reduzido à excessiva demanda de conflitos de interesses, como também a impetração de recursos e execução de sentenças. 
CAPÍTULO 3 – MODELOS NÃO JURISDICIONAIS DE SOLUÇÃO DE CONFLITOS.
A demasiada jurisdicionalização dos conflitos, onde o cidadão tem buscado a justiça por órgãos especializados do Estado, tem ocasionado o “engarrafamento” do Judiciário, os últimos dados estão na ordem de mais de 100 (cem)¹[footnoteRef:5] milhões de processos em todo o Brasil, com o objetivo de obter a solução por meio de sentença judicial, que nem sempre satisfaz as partes envolvidas plenamente, nem promove o senso de justiça e a paz social almejada. [5: ¹ Disponível em: https://www.conjur.com.br/2015-set-15/brasil-atinge-marca-100-milhoes-processos-tramitacao] 
	É sabido que o Judiciário está sofrendo um momento de sobrecarga por conta do exagero de ações judiciais, fazendo com que sejam buscados novos meios mais 
dinâmicos quanto à sua rapidez e efetividade, que permitam a resolução de pendências fora do âmbito da justiça estatal.
	Nessa condição, diante da burocracia do Estado em dar efetivação às demandas, com rapidez e efetividade, necessário foi buscar outras formar de resolver as demandas, melhorando assim o fluxo de ações na justiça. Vejamos o que disciplina o professor Dinamarco¹[footnoteRef:6]: [6: ¹ DINAMARCO, Cândido Rangel. Instituições de Direito Processual Civil. 5ª ed. São Paulo: Malheiros, 2005.] 
	
não basta alargar o âmbito de pessoas e causas capazes de ingressar em juízo, sendo também indispensável aprimorar internamente a ordem processual. Um eficiente trabalho de aprimoramento deve pautar-se pelo trinômio, não o processo produza decisões intrinsecamente justas e bem postas, mas tardias ou não traduzidas em resultados práticos desejáveis; nem sendo desejável uma tutela jurisdicional efetiva e rápida, quando injusta.
	Com a promulgação da Lei da Mediação como é conhecida, surge uma nova opção para a solução de conflitos e uma expectativa de celeridade maior aos processos que travam o Judiciário brasileiro. A Lei da Mediação (lei nº 13.140/15), entrou em vigor em 26 de junho de 2015 e completou quatro anos recentemente. Com sua entrada em vigor, passou a regulamentar, oficialmente, o processo de mediação entre particulares, seja no âmbito judicial ou extrajudicial.
	
	Nos itens a seguir, será dado um enfoque no conceito de mediação, imparcialidade do mediador, princípios e fases da mediação, posteriormente, será feita uma diferenciação entre as formas de solução de conflitos existentes no ordenamento jurídico brasileiro. 
	
3.1 Mediação
	O termo mediação vem do latim “mediare”, que significa intervir, mediar. A mediação em suma é um meio alternativo que buscar uma solução consensual através do diálogo entre as partes, e criando assim um contexto onde as duas partes debatam soluções, sendo sobre seus interesses e suas diferenças, na busca das melhores soluções para a lide, o mediador faz um papel de facilitador nessa relação, não interferindo ou dando opinião direta para a solução da controversa, como é o caso do conciliador, este sim emite sua opinião, sugere alternativas, para a solução do conflito como será visto no próximo tópico.
	Sales¹⁷ descreve a mediação como:
procedimento consensual de solução de conflitos por meio de uma terceira pessoa imparcial escolhida ou aceita pelas partes, age no sentido de encorajar e facilitar a resolução de uma divergência. As pessoas envolvidas nesse conflito são as responsáveis pela decisão que melhor as satisfaça. A mediação representa um mecanismo de solução de conflitos utilizado pelas próprias partes que, motivadas pelo diálogo, encontram uma alternativa ponderada, eficaz e satisfatória. O mediador é a pessoa que auxilia na construção desse diálogo.
	
	A mediação é uma metodologia de caráter voluntário para resolução de conflitos no qual as partes se deparam na presença de um mediador e os mesmos tem a faculdade de chegar a um acordo. Vale advertir que a mediação é um procedimento fora do Poder Judiciário.
Por intermédio da Mediação, as partes podem discutir seu pensamento e tem uma chance de solucionar demandas importantes de um modo de cooperação e resolutivo, o que busca a mediação é uma possibilidade do diálogo para a resolução do conflito.
_________________	
⁷ SALES, Lilia Maia de Morais. Mediare: um guia prático para mediadores. 2. Ed. Fortaleza: Universidade de Fortaleza, 2004.
	Para o Professor Walsir Edson Rodrigues Júnior¹⁸, a mediação é:
o processo dinâmico que visa ao entendimento, buscando desarmar as partes envolvidas no conflito. O mediador, terceiro neutro e imparcial, tem a atribuição de mover as partes da posição em que se encontram, fazendo-as chegar a uma solução aceitável. A decisão é das partes, tão somente delas, pois o mediador não tem poder decisório nem influencia diretamente na decisão das partes por meio de sugestões, opiniões ou conselhos.
A mediação é um procedimento voluntário, não obrigatório, confidencial e baseado em interesses.
O alvo da mediação é prestar amparo na obtenção de acordos, o que pode estabelecer um exemplo de conduta para futuras relações, em um ambiente de propicio para o diálogo.
O mediador é um profissional devidamente qualificado que vai auxiliar as partes na busca da resolução do conflito, agindo como facilitador ajudando ambas as partes a chegar ao acordo bom para ambos.
É imperativo que o mediador não favorece a nenhuma das partes, seja o mais imparcial possível na lide, obtendo assim a confiança delas, essa é uma diferença das outras modalidades de resolução de controvérsias como a arbitragem e a conciliação, porque tanto o árbitro como o conciliador interferem e decidem de alguma forma na busca pelo acordo.
A mediação também é norteada por fases, que devem ser obedecidas pelo mediador para a melhor solução da controvérsia, o Manual de Mediação Judicial juntamente com a Emenda 2 da Resolução 125/10¹⁹, trás um rol de fases da mediação, vejamos então: 
1) Temos de inicio da mediação a chamada declaração de abertura, onde inicialmente o mediador se apresenta, irá explanar para as partes como consiste a mediação,quais serão as fases da mediação, perguntara se as partes preferem ser chamadas pelo nome próprio ou outro nome, tudo para tornar o ambiente mais favorável para o acordo. 
	
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¹⁸.RODRIGUES JÚNIOR, Walsir Edson. A prática da Mediação e o Acesso à Justiça. Belo Horizonte: Del Rey, 2006, p.75.
¹⁹-Disponível em: http://www.cnj.jus.br/files/conteudo/arquivo/2016/07/f247f5ce60df2774c59d6e2dddbfec54.pdf
	Após as primeiras explicações, o mediador reunirá todas as informações começando sempre pela parte que buscou o centro de mediação, a outra parte ouvirá atentamente e terá também sua oportunidade de falar e expor seus argumentos, ao mediador cabe elaborar perguntas para melhor entendimento do caso.
2) Identificado a questão pelo mediador, o mesmo fará um resumo do caso para não restar nenhuma duvida, confirmando para as partes que o mediador está atento ao caso, que observou todos os argumentos de ambas as partes e estará pronto para a fase seguinte que será as propostas. 
3) Esclarecidos todos os argumentos, o mediador dará inicio as propostas para um possível acordo, lembrando que ele deve permanecer neutro com relação à propositura de soluções, cabendo somente ao mesmo facilitar as partes que cheguem ao acordo.
	
	Lançada a proposta inicial pela parte que buscou o centro de mediação, o mediador dará à outra parte a palavra onde à mesma decidirá se concorda com a proposta feita pela parte autora, se não favorável, o mediador indagará qual seria então a melhor proposta para ela e para a outra parte, mantendo sempre a neutralidade e buscando sempre o melhor acordo para ambas.
	Por fim teremos 3 possibilidades da sessão de mediação, podemos ter uma sessão frutífera, onde as partes chegaram ao acordo, celebrado pelo termo de acordo e assinado por ambas as partes e o mediador, teremos uma sessão infrutífera quando as partes não chegam a um acordo, encerando a sessão pelo ter-mo de sessão infrutífera e podemos ainda ter uma sessão prejudicada, acontecendo quando uma parte não comparece a sessão.
 	Temos ainda a possibilidade de reunião individual com cada uma das partes, chamada de “Caucus”, Essa modificação não é uma etapa imperativa da mediação, e sim um método para facilitar o testemunho de uma das partes do conflito.
A mediação deve ser alcançada respeitando alguns princípios basilares e comuns ao direito, tais como: imparcialidade do mediador, isonomia entre as partes, oralidade, informalidade, autonomia da vontade das partes, busca do consenso, confidencialidade e boa-fé.
Vale ressaltar que a mediação podem ocorrer em apenas 1 (uma) sessão ou pode ocorrer em mais sessões, vai depender se as partes necessitam ou não de mais tempo para a solução da lide, fica a cargo do mediador entender que em mais 1 ou 2 sessões a controvérsia possa chegar a um melhor acordo.
3.2-Conciliação
	Conciliação significa acordo de litígios. Podemos então considerar que a conciliação é um meio de resolução de controvérsias onde ambas as partes, com o auxilio de um terceiro que é o conciliador, acompanhadas por seus advogados, buscam através da justiça dirimir suas divergências e tendo como objetivo central a obtenção de um acordo, podendo o conciliador opinar sobre as condições de um melhor acordo para as partes.
	Além da Conciliação judicial, poderá também ocorrer a Conciliação no âmbito extrajudicial onde as partes, antes do início do processo decidem o litígio sem a intervenção judicial, quando a Lei permitir.
	Temos também a Conciliação nos Juizados especiais, o Juizado Especial Cível valer-se da conciliação e dá ênfase a esse instituto como meio alternativo de solução de conflitos, a conciliação pode ser conduzida por um conciliador, Juiz leigo ou mesmo o Juiz Togado.
	Ademais, o CNJ através do provimento 67, autorizou os Cartórios extrajudiciais a oferecer serviço de conciliação, atividade antes exclusiva do Judiciário, segundo as regras determinadas pelo provimento, cada cartório agirá dentro da área que tem autonomia e sob regulação e supervisão dos Núcleos Permanentes de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (Nupemec).
	A conciliação, como instrumento de harmonia social, propõe resgatar uma concepção positiva dos conflitos, os quais passam a ser vistos como conveniências para melhor comunicação entre as partes, com diálogos construtivos e entendimentos recíprocos o que, por sua vez, vem a acelerar a efetividade da prestação pelo judiciário para atender as partes em conflitos e tornar o Judiciário mais eficiente e célere.
	Vejamos os ensinamentos de Teresa Mônica de Menezes Grossi²⁰:
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²⁰. GROSSI, Tereza Mônica. – democrática. 2009. 126p. Monografia para obtenção do
título de Especialista em Direito Constitucional. Universidade Estadual Vale do
Acaraú. Ceará, Fortaleza. 2009.
“a conciliação é o exercício diante das adversidades e a busca dos sentimentos e atitudes áureas: amor, compaixão, generosidade, paciência, perdão, solidariedade, respeito, paz, diálogo, etc.”
3.3- Negociação
	A Negociação por sua vez é a forma mais simples entre os meios de solução de conflitos, e se dá pelas vias do diálogo direto entre as partes, sem a interferência de uma terceira pessoa, ou seja, no caso da negociação não existe a figura do mediador ou conciliador.
	Conforme Cohen²¹: “A negociação é o campo de conhecimento e empenho que visa à conquista de pessoas de quem se deseja alguma coisa. [...] Desejamos inúmeras coisas: prestigio liberdade, dinheiro, justiça, status, amor, segurança e reconhecimento”.	
	Na realidade, a negociação faz parte do cotidiano de todas as pessoas, todos os cidadãos fazem alguma negociação durante seu dia, podendo ser uma compra, venda, acordos etc, não deixando de ser também um meio de solucionar um conflito.
	Segundo Saner²² Negociação é: “um processo no qual duas ou mais partes buscam um acordo para determinar o que cada uma delas deverá dar ou ganhar, ou fazer e receber, numa transação entre elas.”
3.4- Arbitragem
	A expressão arbitragem que significa aquele que julga, é outro meio alternativo à via judicial, onde a composição de litígios que diz respeito aos direitos patrimoniais disponíveis, pode ser decidida ou julgada por um terceiro que foi nomeado pelas partes para fazê-lo, através de um contrato ou de um acordo, onde serão submetidos à decisão do juiz arbitral, e a decisão proferida pelo juiz arbitral te valor de um titulo executivo judicial, mesmo não sendo produzido pela via judicial estatal.
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²¹. COHEN, Herb. Você pode negociar qualquer coisa. Rio de Janeiro: Record, 1980. 252 p.
²². SANER, Raymond. O negociador experiente: estratégias, táticas, motivação, comportamento, liderança. 2. ed São Paulo: SENAC/SP, 2004. 27 p.
Paulo Furtado e Uadi Lammêgo²³ preconiza Arbitragem como: 
surgido o conflito de interesses entre os particulares, estaremos diante da heterocomposição do conflito. Se esses particulares convergem as vontades no sentido de nomear um terceiro, com o objetivo de oferecer solução ao litígio, suscetível de apreciação por este, que não o juiz estatal, comprometendo-se os figurantes, previamente, a acatar sua decisão, temos a arbitragem.
	Conforme Artigo 2º da Lei Nº 9.307, de 23 de Setembro de 1996, a arbitragem poderá ser de direito ou de equidade, a critério das partes. No § 1º do Art. 2º trás que as partes poderão escolher livremente, as regras de direito que serão aplicadas na arbitragem, desde que não haja violação aos bons costumes e à ordem pública. As partes ainda podem convencionar que a arbitragem se realize com base nos princípios gerais de direito, nos usos e costumes.
	Não se pode olvidar que a Lei de Arbitragem, conforme artigo 18, tipifica expressamente que a sentença arbitral é irrecorrível, ou seja, não existe recurso hábil a reformar, como também não necessita de homologação pelo Poder Judiciário.
	De tal modo, a arbitragem consiste na escolha pelas as partes de um terceiro capaz, onde o mesmo com os poderes dado pelos mesmos irá proferir uma decisão, dando o direito a quem pertença nessa modalidadeo arbitro é quem decide.
_____________________
²³. FURTADO, Paulo; BULOS, Uadi Lammêgo. Lei da arbitragem comentada: breves comentários à Lei 9.307, de 23-9-1996. 2ª ed. rev. e atual. São Paulo: Saraiva, 1998. 163 p. pág. 22..
CAPÍTULO 4 – RESULTADOS DA PESQUISA DE CAMPO
	Analisaremos nesse capitulo todos os dados resultantes da nossa pesquisa de campo realizada no Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania- CEJUSC, localizado na cidade de Parnaíba-PI, compreendido nos meses de Agosto e Setembro de 2019, utilizamos questionários específicos aos dois grupos, os profissionais envolvidos nas audiências, Advogados, Conciliadores, Mediadores, estes essenciais para as partes na assistência jurídica e os cidadãos envolvidos no conflito, que buscam de alguma forma uma solução para seus conflitos.
4.1. Do CEJUSC
	
	Conforme o Conselho Nacional de Justiça- CNJ²⁴ os “CEJUSCs são unidades do Poder Judiciário às quais compete, preferencialmente, a realização das sessões e audiências de conciliação e de mediação a cargo de conciliadores e mediadores, bem como o atendimento e a orientação aos cidadãos que possuem dúvidas e questões jurídicas”.
	O CEJUSC Parnaíba inaugurou no dia 27 de Agosto de 2018, ou seja, completou 1 (um) ano de funcionamento em Agosto de 2019, nesse período de 12 meses, foram realizadas no CEJUSC 1.035 audiências de mediação/ conciliação, desse total foram efetivamente realizadas ( frutíferas e infrutíferas), 558 audiências, com 324 acordos, assim sendo o índice de êxito foi de 79,02%, numero bastante expressivo.
	Ocorreu em 01 a 05 de 2019 o I Mutirão Poliferro, onde foram designadas 44 audiências, realizadas 10, com 8 acordos, índice de 80%.
	Ainda em 2019 ocorreu a I Pauta Concentrada Equatorial Parnaíba, de 01 a 05 de Julho de 2019, foram designadas 143 audiências, sendo realizadas 66, prejudicadas 77 e 47 acordos, ou seja, considerando as audiências realizadas o incide de acordos foi de 71,2%.
_______________
²⁴. Disponível em:http://www.cnj.jus.br/programas-e-acoes/conciliacao-e-mediacao-portal-da-conciliacao/perguntas-frequentes/politica-judiciaria-nacional-nupemecs-e-cejuscs
4.2. Análise dos Assistidos
	O questionário aplicado às partes contém 7 (sete) questões, conforme se verifica no Anexo A. Já o questionário aplicado aos Profissionais, foram 8 (oito) questões.
	Foram entrevistados 15 (quinze) cidadãos, que participaram das audiências no CEJUSC, e 15 profissionais envolvidos das audiências, sendo Advogados, Conciliadores e Mediadores.
	Iremos analisar os índices obtidos na pesquisa e explanar com gráficos para melhor visualização dos resultados.
	As 3 (três) primeiras perguntas feitas aos cidadãos envolvidos nas audiências foram faixa etária, renda e grau de escolaridade, para sabermos um pouco quem são as pessoas que mais procuram o CEJUSC, vejamos os resultados.
	Extraímos que quase metade, ou seja, 46,66% das pessoas que buscaram o CEJUSC para a solução dos seus conflitos então na faixa etário compreendido entre 18 a 29 anos.
	Em seguida temos a faixa de 30 a 49 anos com 33,34%.
	 Passamos para a analise dos dados relativo à renda das pessoas que procuram o CEJUSC.
	Extraímos então que a grande maioria das pessoas que procuram o CEJUSC, ou seja, 73,34% estão na faixa de renda de ate 1 (um) salário mínimo, e com 26,66% estão as pessoas com renda entre 1 e 2 salários, não ocorrendo procura na nossa pesquisa entre pessoas com renda entre 2 e 3 salários e acima de 3 salários.
	No terceiro questionamento, temos a analise dos dados reletivo a escolaridade e para termos ideia sobre os graus a LDB (Lei 9394/96 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação), nos informa que a educação escolar se divide em:
Nível Fundamental – é a etapa seguinte à educação infantil e consequentemente anterior ao ensino médio. Está compreendida no período de 9 (nove) anos, e divide-se em fundamental 1 e fundamental 2.
Nível Médio – fase que compreende um período de 3 (três) anos, fase final da educação básica.
Nível Superior - A educação superior é provida em instituições de ensino superior, públicas ou privada, ao final o estudante terá sua graduação.
	Analisaremos a seguir os índices relativos à escolaridade das pessoas que buscaram o CEJUSC no período da pesquisa.
	Extraímos desse recorte que, em nossa pesquisa não registramos índices para os analfabetos e para o ensino superior, e temos como maior índice das pessoas que procuraram o CEJUSC o nível de escolaridade para o ensino médio, com 46,66%, em seguida temos o índice de escolaridade com o ensino fundamental 1 com 33,34% e por fim com 20% para o ensino fundamental 2.
	Próximo recorte é sobre a perspectiva dos assistidos sobre a poder judiciário, vejamos os dados:
 	Percebemos então que a maioria, 73,34% mudou a visão que os mesmos tinham sobre o judiciário, ou seja, a percepção para com o poder judiciário foi melhorou, foi positiva.
	
	
	Próxima questão, perguntamos aos assistidos, se as audiencias foram bem conduzidas pelos Mediadores, extraímos um resultado impressionante, 100% das pessoas questionadas na pesquisa disseram que os mediadores conduziram perfeitamente às audiências, demonstrando que os mesmos estão preparados para os diversos conflitos existentes nessas audiências, dando oportunidades as partes de forma igualitária, sem interferência no resultado da lide.
	A penúltima pergunta indagou os assistidos do CEJUSC sobre os benefícios das audiências, vejamos:
	Tivemos nessa questão um dado interessante, que são os 40%, mesmo não chegando ao acordo, que e o principal objetivo das audiências, eles apontaram que tiveram algum beneficio, já para os 60% o beneficio só ocorreu devido ao acordo que as partes chegaram.
	Nas audiências ocorrem às vezes as chamadas audiências prejudicadas, são aquelas aonde as partes não chegaram a um denominador comum, podendo para tanto ser remarcado, o mediador observando que nessa audiência que se realizou o acordo não saiu por um pequeno detalhe temos então a possibilidade de um acordo numa próxima audiência, o mediador então remarcará um novo momento onde as partes podem chegar ao acordo.
	Por fim, chegamos ao último questionamento para os assistidos do CEJUSC, e perguntamos se depois da audiência, se eles achavam que esse método de conciliação por meio do dialogo devia ser ampliado vejam os dados:
	Nesse questionamento tivemos novamente, segundo nossa pesquisa, um aproveitamento de 100% com relação à ampliação ou não desse método de resolução de conflito através da Mediação, os assistidos falam que sim, esse método deve ser ampliado.
	Percebemos que os assistidos apoiam esse método, que trás uma nova forma para resolução dos conflitos, a mediação é um processo voluntário que oferece àqueles que estão vivendo uma situação conflituosa a chance e o ambiente apropriado para conseguir buscar uma solução que acolha a todos os envolvidos.
	Ante o exposto, em uma analise geral com todos os itens, podemos considerar que os assistidos aprovam a realização das audiências de Mediação praticadas pelo CEJUSC, mesmo aqueles que não obtiveram o acordo que é o motivo que os levaram ao CEJUSC, consideram importante o instituto da Mediação e que o mesmo deve ser ampliado. 
4.3. Análise dos Profissionais
	Aos Profissionais, aqui representados pelos Advogados, Mediadores e Conciliadores, o questionário conta com 8 (oito) perguntas, objetivas e subjetivas, perguntamos sobre a relevância da Mediação na ótica dos profissionais, como também se existe alguma diferença numa audiência de Mediação e à aquelas realizadas nos processos do rito comum, vejamos os resultados:
	Nesse recorte temos que a ampla maior, ou seja, 93,34% acham relevante a instalação dos Centros Judiciários de Solução de Conflitos – CEJUSC, e essa relevância podem ser comprovadas com o grande número de acordos que relatamos anteriormente quando tratamos do primeiro ano de instalação do CEJUSC de Parnaíba, onde tivemos o índice de 79,02% de acordos realizados, mostrando que é relevante e positiva a instalaçãodo CEJUSC, e os profissionais que participaram da pesquisa comprovam pela pratica já vivenciada.
	Foi divulgado em fevereiro de 2019, pesquisa²⁵anual de satisfação nacional sobre o CEJUSC, os resultados são muitos satisfatório, dos participantes, mais da metade 56,3% respondeu que obteve acordo sobre todas as questões; 81,3% creem que a mediação colaborou para evitar conflitos futuros, e 100% conheceram que participaram da construção da solução.
	
_________________
²⁵. Disponível em: http://www.trt17.gov.br/principal/comunicacao/noticias/conteudo/2447-resultado-final-da-pesquisa-de-satisfacao-do-cejusc
	Também foram aferidos itens como atendimento dado pelos servidores do Tribunal, sendo excelente para 100% dos entrevistados, tempo de espera e espaço físico. Já para 68,8% dos que responderam à pesquisa, foi possível ver o Poder Judiciário como um centro de paz e 100% indicariam a mediação para outras pessoas.
	Próximo item foi perguntado qual o grau de conhecimento sobre as técnicas de solução de conflito.
	Identificamos nesse tópico, que um pouco mais da metade, 53,33% dos entrevistados, tem conhecimento vasto sobre os métodos de solução de conflitos, mas os que desconhecem ainda esses métodos chamam atenção por se tratar de profissionais que lidam diariamente com audiências, sejam elas no âmbito civil ou criminal desconhecer essas técnicas antes da implantação do CEJUSC na cidade de Parnaíba, isso pode ser reflexo do pouco tempo da Lei de mediação, que entrou em vigor em 2015, vinda ainda posteriormente a essa data a implantação dos CEJUSC de Parnaíba que foi inaugurado no dia 27 de Agosto de 2018.
	No recorte seguinte foi perguntado sobre a oferta por parte das instituições de ensino sobre disciplinas que tratavam do tema solução de conflito, vejamos os resultados:
	Desse recorte temos a triste constatação que as instituições de ensino não estão disponibilizando para seus alunos, disciplinas com as novas técnicas de solução de conflitos, a pesquisa revela que para 53,34% dos profissionais entrevistados, nada foi ofertado em disciplina no período da graduação, nada sobre os novos meio de solução de conflitos como a mediação, outro dado chama atenção, para 26,66% dos entrevistados, quando houve oferta foi de modo superficial e para apenas 20% a oferta foi de modo intensivo, acredito ser de suma importância que disciplinas que tratam do tema de meios de solução de conflitos sejam ofertadas na grande curricular das instituições de ensino o quanto antes.
	Perguntamos aos profissionais, se fora ofertado pela entidade de representação profissional de sua categoria, curso de aperfeiçoamento voltado para os novos meios de solução de conflitos veja:
	Tivemos nesse recorte uma falha por parte das entidades de representação profissional, para a grande maioria dos profissionais entrevistados, ou seja, 73,34% não foram oferecidos nenhum curso de capacitação nas novas técnicas de resolução de conflitos, se falarmos em pessoas com graduação e em áreas especificas como o direito e a psicologia por exemplo, seus respectivos conselhos (OAB e CRP), falham em não oferecer cursos nessa área, lembrando, que para ser mediador extrajudicial conforme a Lei 13.140/2015 (Lei da Mediação) no artigo 9º é qualquer pessoa capaz que tenha a confiança das partes e seja capacitada para fazer mediação, independentemente de integrar qualquer tipo de conselho, entidade de classe ou associação, ou nele inscrever-se, assim sendo, a capacitação é de suma importância para formar excelentes profissionais para atuar como mediadores. 
	No item seguinte perguntamos aos profissionais a relevância das técnicas utilizadas pelos mediadores nas audiências, vejamos os resultados:
	Aqui tivemos 100% dos profissionais entrevistados confirmando a relevância das técnicas especificas utilizada pela mediação, além da técnica da escuta ativa poderíamos destacar também o Rapport, uma técnica que visa receber a confiança das partes, sugerindo um diálogo aberto e construtivo a fim de entusiasmar as partes a alcançarem a solução do conflito e o Parafraseamento, que versa na reformulação, pelo mediador, de frases ditas pelas partes, a fim de resumir ou reformular sem alterar seu conteúdo.
	Na sexta pergunta, indagamos aos profissionais, se existia alguma diferença entre as audiências realizadas pelos mediadores daquelas realizadas por Juizes, vejamos:
	Como observamos 70% dos profissionais relatam que há diferença nas audiências, caso a resposta do entrevistado fosse SIM, pedimos para relatar as diferenças e tivemos respostas como: “o preparo dos mediares era diferenciado”; “os mediadores procuram sensibilizar mais as partes para tentar um acordo”; “Juízes limitam-se a perguntar se há acordo ou não”; “o diferencial é a manifestação de interesse na efetiva solução do conflito pelos mediadores”.
	Em seguida, perguntamos aos profissionais se é desestimulante participar das audiências de mediação devido o não recebimento de honorários sucumbências devidos a acordos celebrados pelas partes, vejamos:
	Destaque para esse recorte é que para 26,66% dos entrevistados, há sim desestimulo em participar das audiências de mediação devido a falta de recebimento de honorários de sucumbência devido aos acordos celebrados pelas partes ao final, mas a grande maioria 73,34% dizem não desestimulante, participando então estes normalmente as audiências com seus clientes.
	Por fim, perguntamos aos profissionais, como eles enquadrariam as audiências do CEJUSC, seriam adequadas ou inadequadas, mereciam ser expandidas ou não, vejamos:
	Por unanimidade, apesar de discordarem de um ponto ou outro, todos os profissionais acreditam que as audiências de mediação realizadas pelos Centros judiciários de Soluções de Conflitos – CEJUSC, são adequadas e merece sua ampliação, os novos meios de solução de conflitos com as devidas técnicas utilizadas pelos mediares tem alcançado grandes índices como comprovado nessa pesquisa de campo.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
	Com a promulgação da Lei nº 13.140, em junho de 2015, regulamentando a mediação Judicial e extrajudicial como meio de resolução de controvérsias, juntamente com a Resolução nº 125/2010 do Conselho Nacional de Justiça - CNJ, dispondo sobre a Política Judiciária Nacional de tratamento adequado dos conflitos de interesses, foi inaugurado uma nova etapa para a resolução de conflitos através de técnicas exercida por terceiro imparcial sem poder decisório, que, escolhido ou aceito pelas partes, as auxilia e estimula a identificar ou desenvolver soluções consensuais para a controvérsia.
	A mediação será orientada por princípios tais como, imparcialidade do mediador; isonomia entre as partes; oralidade; informalidade; autonomia da vontade das partes; busca do consenso; confidencialidade e boa-fé.
	A Lei também enumera as exigências tanto para o mediador judicial como também extrajudiciais quais sejam, o mediador extrajudicial qualquer pessoa capaz que tenha a confiança das partes e seja capacitada para fazer mediação, independentemente de integrar qualquer tipo de conselho, entidade de classe ou associação, ou nele inscrever-se e para o mediador judicial a pessoa capaz, graduada há pelo menos dois anos em curso de ensino superior de instituição reconhecida pelo Ministério da Educação e que tenha obtido capacitação em escola ou instituição de formação de mediadores, reconhecida pela Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados - ENFAM ou pelos tribunais, observados os requisitos mínimos estabelecidos pelo Conselho Nacional de Justiça em conjunto com o Ministério da Justiça.
	A mediação é uma metodologia de caráter voluntário para resolução de conflitos no qual as partes se deparam na presença de um mediador e os mesmos tem a faculdade de chegar a um acordo. Vale advertir que a mediação é um procedimento fora do Poder Judiciário.
Por intermédio da Mediação, as partes podem discutir seu pensamento e tem uma chance de solucionar demandas importantes de um modo de cooperação e resolutivo, o que buscaa mediação é uma possibilidade do diálogo para a resolução do conflito.
	O objeto de estudo o CEJUSC Parnaíba, teve sua inauguração no dia 27 de Agosto de 2018, ou seja, completando 1 (um) ano de funcionamento em Agosto de 2019, nesse breve período já obteve números satisfatórios, podemos destacar que foram realizadas no CEJUSC 1.035 audiências de mediação/ conciliação, desse total foram efetivamente realizadas ( frutíferas e infrutíferas), 558 audiências, com 324 acordos, assim sendo o índice de êxito foi de 79,02%, numero bastante expressivo.
Por fim, temos que a satisfação tanto dos assistidos como os profissionais que atuaram nas audiências como Advogados, Mediadores e Conciliadores, aprovam a metodologia como as técnicas utilizadas na mediação, onde através do diálogo e o modo facilitador do mediador na busca do melhor acordo para ambas as partes tem obtido aproveitamento de cerca de 80%, números comprovados pelo levantamento feito no CEJUSC unidade Parnaíba- PI. 
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Disponível em: https://www.migalhas.com.br/Quentes/17,MI261033,91041
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RICHARDSON, Roberto Jarry. Pesquisa social: métodos e técnicas. São Paulo: Atlas, 1989.
TESCH, Renata. Qualitative research: analysis types and software tools. Basingstoke:TheFalmer Press, 1990.).
GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5. ed. São Paulo: Atlas, 1999.
ANDRADE, Maria Margarida de. Introdução à metodologia do trabalho científico. 9 ed. São Paulo: Atlas, 2009
REALE, Miguel. Fundamentos do direito. 3ª ed. São Paulo : Editora Revista dos Tribunais, 1998. Pág. 306.
CAPPELLETTI, Mauro e GARTN, Bryan. Acesso à Justiça. Tradução de Ellen Gracie Northfleet. Porto Alegre, Fabris, 1988. 
CAPPELLETTI; GARTH, 1988, p.10-11
ROBERT, Cinthia; SÉGUIN, Elida. Direitos humanos, acesso à justiça: um olhar da Defensoria Pública. Rio de Janeiro: Forense, 2000, p. 18.
RODRIGUES, Horácio Vanderlei. Acesso à justiça no direito processual. São Paulo: Acadêmica, 1994, p. 14.
SANTOS, Boaventura de Sousa. Pela Mão de Alice. O Social e o Politico na Pós-Modernidade. Porto: Afrontamento, 1994.p.74
SADEK, Maria Tereza. Acesso à Justiça. São Paulo: Fundação Konrad Adenauer, 2001, p. 9.
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Disponível em: https://www.conjur.com.br/2015-set-15/brasil-atinge-marca-100-milhoes-processos-tramitacao
DINAMARCO, Cândido Rangel. Instituições de Direito Processual Civil. 5ª ed. São Paulo: Malheiros, 2005.
SALES, Lilia Maia de Morais. Mediare: um guia prático para mediadores. 2. Ed. Fortaleza: Universidade de Fortaleza, 2004.
RODRIGUES JÚNIOR, Walsir Edson. A prática da Mediação e o Acesso à Justiça. Belo Horizonte: Del Rey, 2006, p.75.
Disponível em: http://www.cnj.jus.br/files/conteudo/arquivo/2016/07/f247f5ce60df2774c59d6e2dddbfec54.pdf
GROSSI, Tereza Mônica. – democrática. 2009. 126p. Monografia para obtenção do
título de Especialista em Direito Constitucional. Universidade Estadual Vale do
Acaraú. Ceará, Fortaleza. 2009.
COHEN, Herb. Você pode negociar qualquer coisa. Rio de Janeiro: Record, 1980. 252 p.
SANER, Raymond. O negociador experiente: estratégias, táticas, motivação, comportamento, liderança. 2. ed São Paulo: SENAC/SP, 2004. 27 p.
FURTADO, Paulo; BULOS, Uadi Lammêgo. Lei da arbitragem comentada: breves comentários à Lei 9.307, de 23-9-1996. 2ª ed. rev. e atual. São Paulo: Saraiva, 1998. 163 p. pág. 22..
Disponível em: http://www.cnj.jus.br/programas-e-acoes/conciliacao-e-mediacao-portal-da-conciliacao/perguntas-frequentes/politica-judiciaria-nacional-nupemecs-e-cejuscs
Disponível em: http://www.trt17.gov.br/principal/comunicacao/noticias/conteudo/2447-resultado-final da-pesquisa-de-satisfacao-do-cejusc
ANEXO 1
GRUPO SER EDUCACIONAL
FACULDADE MAURÍCIO DE NASSAU
UNINASSAU – UNIDADE PARNAÍBA
CURSO DE DIREITO
Prezado (a) Senhor (a),
 Estamos realizando uma pesquisa que tem como objetivo “Pesquisar como a técnica da mediação tem melhorado o acesso à justiça na cidade de Parnaíba-PI”.
 A presente pesquisa, de tema A MEDIAÇÃO DE CONFLITOS ENQUANTO RECURSO DE SUPERAÇÃO DE PARADIGMAS TRADICIONAIS DE ACESSO A JUSTIÇA: UM ESTUDO SOBRE SUA APLICABILIDADE NO CONTEXTO DA SOCIEDADE PARNAÍBANA.
 Nesse sentido, você está sendo convidado para participar gratuitamente da pesquisa de campo, respondendo ao questionário abaixo.
 Você foi selecionado aleatoriamente e sua participação não é obrigatória. A qualquer momento você pode desistir de participar e retirar seu consentimento. Sua recusa não trará nenhum prejuízo em sua relação com o pesquisador ou com a instituição.
 Antecipadamente, registramos os nossos agradecimentos por sua colaboração na realização deste trabalho, ao tempo em que informamos que sua identificação não é obrigatória.
Hélcio Vasconcelos Barbosa
Aluno pesquisador
Luíza Márcia Carvalho dos Reis
Orientadora
Local da Aplicação do questionário: CEJUSC da Comarca de Parnaíba-PI
Nome: ______________________________________________________________
Assistidos
QUESTIONÁRIO
1) Em qual faixa etária você se enquadra?
( ) 18 a 29 anos ( ) 30 a 49 anos ( ) 50 a ¨69 anos ( ) acima de 70 anos
2) Em qual renda você se enquadra?
( ) até 1 salário mínimo 
( ) entre 1 e 2 salários 
( ) entre 2 e 3 salários
( ) acima de 3 salários
3) Qual o seu grau de escolaridade?
( ) analfabeto
( ) fundamental 1
( ) fundamental 2
( ) ensino médio
( ) ensino superior 
4) A audiência de mediação da qual você participou mudou a sua visão quanto ao Poder Judiciário:
( ) Sim, para melhor ( )Não, continua a mesma
5) As audiências de mediação foram bem administradas pelos mediadores, de modo a permitir a facilitação do diálogo entre as partes?
( ) Foram bem conduzidas ( ) Foram conduzidas normalmente ( ) Não
6) A audiência de mediação da qual você participou, acarretou algum proveito?
( ) Sim, pois houve acordo ( ) Sim, mesmo não tendo o acordo ( ) Não
7) Após participar da audiência de mediação, você acha que essa metodologia de solução de conflitos deve ser ampliado?
( ) Sim ( ) Não
ANEXO 2
GRUPO SER EDUCACIONAL
FACULDADE MAURÍCIO DE NASSAU
UNINASSAU – UNIDADE PARNAÍBA
CURSO DE DIREITO
Prezado (a) Senhor (a),
 Estamos realizando uma pesquisa que tem como objetivo “Pesquisar como a técnica da mediação tem melhorado o acesso à justiça na cidade de Parnaíba-PI”.
 A presente pesquisa, de tema A MEDIAÇÃO DE CONFLITOS ENQUANTO RECURSO DE SUPERAÇÃO DE PARADIGMAS TRADICIONAIS DE ACESSO A JUSTIÇA: UM ESTUDO SOBRE SUA APLICABILIDADE NO CONTEXTO DA SOCIEDADE PARNAÍBANA.
 Nesse sentido, você está sendo convidado para participar gratuitamente da pesquisa de campo, respondendo ao questionário abaixo.
 Você foi selecionado aleatoriamente e sua participação não é obrigatória. A qualquer momento você pode desistir de participar e retirar seu consentimento. Sua recusa não trará nenhum prejuízo em sua relação com o pesquisador ou com a instituição.
 Antecipadamente, registramos os nossos agradecimentos por sua colaboração na realização deste trabalho, ao tempo em que informamos que sua identificação não é obrigatória.
Hélcio Vasconcelos Barbosa
Aluno pesquisador
Luíza Márcia Carvalho dos Reis
Orientadora
Local da Aplicação do questionário: CEJUSC da Comarca de Parnaíba-PI
Nome: ___________________________________________________ 
Profissão: Advogado/ Mediador/ Conciliador
QUESTIONÁRIO
1) A instalação dos Centros Judiciários de solução de conflitos - CEJUSC, que visam promover os métodos consensuais de solução de conflitos com as respectivas audiências de mediação, é vista na sua opinião como?
( ) Relevante ( ) Inadequada ( ) Desnecessária ( ) Indiferente
2) Qual o seu conhecimento sobre métodos de solução de conflito antes da implantação dos CEJUSCS?
( ) Vasto conhecimento, com aplicação profissional
( ) Vasto conhecimento, sem aplicação profissional
( ) Pouco conhecimento
( ) Nenhumconhecimento
3) Foi ofertado pela sua Instituição de ensino, no período da graduação, alguma disciplina sobre os métodos de solução de conflito?
 ( ) Sim ( ) Sim, só que de maneira superficial ( ) Não
4) A entidade de representação profissional de sua categoria, ofereceu a você nos últimos anos algum curso de capacitação voltado para os novos meios de solução de conflitos?
( ) Sim ( ) Não
5) Qual a importância das técnicas especificas utilizadas pela mediação a exemplo da Escuta Ativa, que observa a linguagem verbal e não verbal das partes e tenta compreender informações relevantes, estimulando-as a expressar suas emoções e instigá-las a ouvir uma à outra?
( ) Acho importante e necessário a aplicação de técnicas específicas
( ) Desnecessário, limitando a audiência a saber se há ou não proposta
( ) Acho indiferente
6) Nas audiências realizadas pelo CEJUSC e aquelas realizadas por Juizes, você poderia identificar alguma diferença?
 ( ) Sim ( ) Não
Se sim, digam quais:
_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________
7) Com acordos obtidos pelas partes nas audiências do CEJUSC, onde não existe honorários sucumbenciais, ocorre desestímulo por parte de profissionais em atuar nessas audiências? 
( ) Sim ( ) Não ( ) As vezes
8) Após participar das audiências no CEJUSC você acredita que a mediação é?
( ) Adequada, devendo ser expandida
( ) Adequada, devendo permanecer como está
( ) Inadequada, devendo ser reformada
( ) Inadequada, devendo ser extinta
Em qual faixa etária você se enquadra?
Série 1	18 a 29 anos	30 a 49 anos	50 a 69 anos	Acima dos 7	0 anos	46.66	33.340000000000003	13.34	6.66	Em qual renda você se enquadra?
Vendas	Até 1 salário	Entre 1 e 2 salários	Entre 2 e 3 salários	acima de	 3 salários	73.34	26.66	0	0	Qual o seu grau de escolaridade?
Série 1	Analfabeto	Fundamental 1	Fundamental 2	Ensino Médio	Ensino Superior	0	33.340000000000003	20	46.66	0	A audiência de mediação no qual você participou, mudou a sua visão quanto ao poder judiciário?
Série 1	Sim, para melhor	Não, continua a mesma	73.34	26.66	As audiências de mediação foram bem administradas pelos mediadores, de modo a permitir a facilitação do diálogo entre as partes?
Vendas	Foram bem conduzidas	Foram conduzidas normalmente	Não foram bem conduzidas	1	0	0	A audiência de mediação da qual você participou, acarretou algum proveito?
Vendas	Sim, pois houve acordo	Sim, mesmo não tendo acordo	Não	0.6	0.4	0	Após participar da audiência de mediação, você acha que essa metodologia de solução de conflitos deve ser ampliado?
Vendas	Sim	Não	1	0	A instalação dos Centros Judiciários de solução de conflitos - CEJUSC, que visam promover os métodos consensuais de solução de conflitos com as respectivas audiências de mediação, é vista na sua opinião como?
Vendas	Relevante	Inadequada	Desnecessária	Indiferente	0.93340000000000001	0	6.6600000000000006E-2	0	Qual o seu conhecimento sobre métodos de solução de conflito antes da implantação dos CEJUSCS?
Vendas	Vasto conhecimento, com aplicação profissional	Vasto conhecimento, sem aplicação profissional	Pouco conhecimento	Nenhum Conhecimento	0.5333	0.1333	0.33339999999999997	0	Foi ofertado pela sua Instituição de ensino, no período da graduação, alguma disciplina sobre os métodos de solução de conflito?
Vendas	Sim, de modo intensivo	Sim, de modo superficial	Não	0.2	0.2666	0.53339999999999999	A entidade de representação profissional de sua categoria, ofereceu a você nos últimos anos algum curso de capacitação voltado para os novos meios de solução de conflitos?
Vendas	Não	Sim	0.73340000000000005	0.2666	Qual a importância das técnicas especificas utilizadas pela mediação a exemplo da Escuta Ativa, que observa a linguagem verbal e não verbal das partes e tenta compreender informações relevantes, estimulando-as a expressar suas emoções e instigá-las a ouvi
Vendas	Acho importante e necessário a aplicação de técnicas específicas	Desnecessário, limitando a audiência a saber se há ou não acordo	Acho indeferente	1	0	0	Nas audiências realizadas pelo CEJUSC e aquelas realizadas por Juizes, você poderia identificar alguma diferença?
Vendas	Si	m	Não	0.7	0.3	Com acordos obtidos pelas partes nas audiências do CEJUSC, onde não existe honorários sucumbenciais, ocorre desestímulo por parte de profissionais em atuar nessas audiências? 
Vendas	Sim	Não	As vezes	0	0.73340000000000005	0.2666	Após participar das audiências no CEJUSC você acredita que a mediação é?
Vendas	Adequadas, devendo ser expandidas	Adequadas, mas devendo permanaecer como está	Inadequadas, devendo ser reformada	Inadequada, devendo ser extinta	1	0	0	0

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