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OFICINAS PEDAGÓGICA
Denise Viana da Silva
Resumo
O referido trabalho explanou a cerca do universo das oficinas pedagogias, trazendo em seus contexto as descobertas que fazem das oficinas uma nova estratégia de produzir conhecimento e a oportunidade de interação das crianças em grupo. Ao serem expostos a essas atividades os professores devem observar as atitudes de cada aluno em relação com o outro, buscando sempre que necessário uma intervenção positiva. As oficinas pedagogias precisam ser trabalhadas afim de desenvolver as habilidades e as competências de cada estudante, a utilização de jogos e brincadeiras em sala de aula, deverá proporcionar aos alunos o domínio dessas habilidades e o raciocínio utilizado servirá para que o aluno tem a oportunidade de redimensionar sua relação com as situações de aprendizagem, com seu desejo de buscar novos conhecimentos. O professor como peça fundamental de ensino se utilizará de varias forma para pôr em prática essas oficinas, cabe ao docente buscar sempre meios de trazer para sala de aula materiais que possa ser utilizados por seus alunos e que ao participarem das oficinas esses possam interage, trocar experiências experimentarem novas descobertas, se comunicarem e partilhar o que produzem, construírem objetos e conceitos e buscar as descobertas e os conhecimentos que sejam significativos.
Palavras-chave: Metodologias Ativas. Ludicidade. Jogos e Brincadeiras.
INTRODUÇÃO
 Muito se fala sobre oficinas pedagógicas no âmbito escolar, mas qual finalidade desta prática? Como se faz ? E qual o resultado que se deseja alcançar? Pôr em pratica a teoria é sempre algo muito difícil, o desafio e a necessidade de utilizar temáticas voltadas para a realidade de cada estudante devem ser planejadas.
 O trabalho em equipe é sempre proveitoso, as estratégias que serão desenvolvidas, traz um conhecimento de si mesmo, pois há uma interação entre quem se ensina e quem se aprende, isso se dá por um processo de transmissão de conhecimento, que é favorecida pelas oficinas pedagógicas.
As oficinas pedagógicas podem e deverão ser usadas como dispositivos para auxiliar e dinamizar o processo de ensino-aprendizagem dos estudantes e para isso são necessárias transformações na estratégia pedagógica, para que se promova uma melhoria nas formas de ensino, e que essas mudanças nas praticas contribuam no processo de construção do saber de cada aluno.
 Objetivos específicos das oficinas pedagógicas é oferecer aos estudantes um referencial para o desenvolvimento de trabalho pedagógico com a leitura e a escrita em sala de aula. Objetivo geral desenvolver práticas e habilidades que possibilite a troca de experiências e a construção do conhecimento. 
FUNDAMENTAÇÃO TEORICA 
 Atualmente muito se fala sobre oficinas pedagógicas como novas metodologias de ensino-aprendizagem, é fundamental que se entenda qual a real finalidade dessas oficinas no âmbito escolar. O uso dessa ferramenta devera proporcionar aos educandos uma aprendizagem lúdica, dinâmica e aberta, construindo um conhecimento e que essa prática seja enriquecedora e prazerosa. É muito importante que as escolas utilizem as oficinas em um espaço de aprendizagem coletiva, para que haja a oportunidade de interação em grupo.
As crianças têm modos próprios de conceber e interagir com o mundo. Cabe aos educadores auxiliar “a criação de um ambiente escolar onde a infância possa ser vivida em toda a sua plenitude, um espaço e um tempo de encontro entre os seus próprios espaços e tempos de ser criança dentro e fora da escola”(NASCIMENTO, 2007, p. 31).
 A ludicidade que as oficinas pedagógicas propõem estabelece um olhar para o mundo como as crianças o enxergam, e revela uma nova forma de ver e perceber a realidade do mundo. Para a elaboração de propostas diferenciadas, é necessário um trabalho que respeite a criança, tomando como parte sua infância como eixo primordial. Quando a criança está em contato com outras crianças percebe-se que essas tem um modo próprio de conceber e ver o mundo, a criação de brincadeiras, a invenção, a imaginação e as fantasias são características da infância.
 Dentro dessas características cabe aos professores auxiliar os alunos, criando espaços no ambiente escolar onde a infância possa ser vivida em toda a sua plenitude, um espaço e um tempo de encontro entre os seus próprios espaços e tempos de ser criança dentro e fora da escola” (NASCIMENTO, 2007, p. 31).
 Os jogos e as brincadeiras utilizados como metodologias de ensino precisa ter um planejamento, pois as oficinas perceber o quanto é importante valorizar os simples momentos de interação que acontecem entre as crianças e seu desenvolvimento.
 É inegável que quando bem planejadas, as oficinas favorece uma compreensão e o real, oferecendo novas conexões e saberes, promovendo o encontro da criança com a cultura e um entendimento de tudo que o cerca. 
 Para Wallon (2007), o brincar é a atividade própria da criança e que comprova as múltiplas experiências vividas pelas mesmas como: memorização, socialização, articulação de ideias, ensaios sensoriais, entre outras. Ainda segundo o teórico, a criança imita aquilo que ela observa e assume papéis se identifica, expressando sentimentos e buscando compreender o mundo.
 A criança repete nas brincadeiras as impressões que acabou de viver. Reproduz, imita. Para as menores, a imitação é a regra das brincadeiras. A única acessível a elas enquanto não puderem ir além do modelo concreto, vivo, para ter acesso à instrução abstrata. Pois, inicialmente, sua compreensão é apenas uma assimilação do outro a si e de si ao outro, na qual a imitação desempenha precisamente um grande papel. (...) a imitação não é qualquer uma, é muito seletiva na criança (WALLON, 2007, p. 67).
 De acordo com Piaget, o processo de construção do conhecimento envolve três aspectos importantes: o interacionismo, o construtivismo sequencial e os fatores que interferem no desenvolvimento. Na aquisição de novos conhecimentos o sujeito passa pelos processos de assimilação e acomodação, buscando reestabelecer um equilíbrio cognitivo. A assimilação seria o processo de integração de novos conhecimentos em estruturas já existentes. E a acomodação seria a reestruturação dos esquemas anteriores. Sendo assim, para o teórico, o jogo é puramente assimilação predominando sobre a acomodação.
 O professor precisa está preparado para pôr em práticas as oficinas pedagógicas, e entender que cada criança tem seu tempo, a busca por uma formação que cumpra esse papel de ensina de forma lúdica e utilizando jogos é de fundamental importância para a formação de seus discentes. Analisar e planejar cada atividade de jogos e brincadeiras que acompanhe o desenvolvimento intelectual dos alunos e facilitar a aprendizagem, ao permitir que estas possam vivenciar situações dinâmicas no cotidiano escolar. Além de poder oportunizar ao professor ser um mediador no processo de ensino e aprendizagem dessa disciplina, tornando-o mais significativo para o educando. 
Cada ato de inteligência é definido pelo desequilíbrio entre duas tendências: acomodação e assimilação. Na assimilação, a criança incorpora eventos, objetos ou situações dentro de formas e pensamentos, que constituem as estruturas mentais organizadas. Na acomodação, as estruturas mentais existentes reorganizam-se para incorporar novos aspectos do ambiente externo. Durante o ato de inteligência, o sujeito adapta-se ás exigências do ambiente externo, enquanto, ao mesmo tempo, mantêm sua estrutura mental intacta. O brincar neste caso é identificado pela primazia da assimilação sobre a acomodação. Ou seja, a criança assimila eventos e objetos a suas estruturas mentais (PIAGET, 1998, p.139).
 Durante a utilização das oficinas pedagógicas o professor deve perceber a aproximação e a aceitação das crianças para com os jogos, busque visualizar quais brincadeiras e jogos os estudantes se identificam e assim se estabeleça uma correlação entre o que o professor expõem e os resultados que se desejaalcançar.
Ao tratar sobre os cuidados que o professor deve ter na utilização dos jogos, Moura et al. (2007, p. 41) argumentam: 
... ao propor um jogo a seus alunos, o professor deve tê-lo jogado anteriormente para que conheça o jogo selecionado, conseguindo criar e registrar as próprias estratégias de jogo para que 
possa realizar intervenções pedagógica adequadas no momento da aplicação em sala de aula.
 O professor deve, então, assumir a função de mediador entre os alunos e o conhecimento, via ação do jogo, para não destruir a ação lúdica inerente ao jogo. O discente busca primeiro explorar os objetos, encontrar um conforto em manusear aquilo que o interessa e realmente estabelecer seu próprio objetivo. 
 Ao concluir sua discussão sobre o brinquedo, Vigotsky destaca três pontos fundamentais: 
(...) primeiro que ele não é o aspecto predominante da infância, mas é um fator muito importante do desenvolvimento. Em segundo lugar (...) o significado da mudança que ocorre no desenvolvimento do próprio brinquedo, de uma predominância de situações imaginárias para a predominância de regras. E, em terceiro, (...) as transformações internas no desenvolvimento da criança que surgem em consequência do brinquedo (VIGOTSKY, 1990, p. 133).
 A ZDP, Zona de Desenvolvimento Proximal, segundo Vigotsky, define funções que ainda não amadureceram, mas que estão em processo de maturação. Portanto, é nas interações sociais, em relações assimétricas com o adulto ou com crianças mais competentes, que se estabelecem as Zonas e Desenvolvimento Proximal e se desenvolvem as funções mentais superiores, delineando estado dinâmico de desenvolvimento do indivíduo. Vygotsky considera a ZDP como essencial no processo de mediação para a construção do conhecimento, que não se produz apenas por meio da soma das experiências, mas principalmente pelas vivências das diferentes interações, das relações heterogêneas. A criança menos experiente beneficia-se dessa interação, pois o outro pode ajudá-la em atividades que ela não consegue realizar sozinha, assim como a mais experiente também se beneficia, pois ao “ajudar o outro a desenvolver novos conceitos, isso implica uma organização e estruturação de suas próprias ideias, a fim de sistematizá-las e compartilhá-las com o outro, reestruturando e consolidando, assim, suas antigas concepções”(LIMA, 2000.p. 225).
 As oficinas como estratégia de ensino envolve muito mais do que brincadeiras e jogos, a interação e a aproximação, faz com que as crianças construam meios de enfrentarem os problemas e desafios, levantarem hipóteses, na tentativa de compreender a realidade, o meio, na qual interagem. Assim, ao brincarem, os alunos constroem a consciência da realidade e, ao mesmo tempo, vivenciam a possibilidade de transformá-la.
METODOLOGIA
 As oficinas pedagógicas como roteiros de estudos e de aprimoramento do ensino, é fundamental para o desenvolvimento das crianças, visto que promovem um trabalho coletivo e que traz reflexões acerca das estratégias didáticas que possibilitam os alunos em formação a proximidade dos professores com seus alunos e também com a teoria e a prática e para as crianças terem contato direto com ao demais colegas, além de promoverem situações de experiências significativas e espaço de aprendizagem para as crianças.
 É necessário no entanto que o professor esteja preparado para realizar essas oficinas, que por sinal são ótimas oportunidades de desenvolvimento das formas de relacionamento. O docente precisa está com o olhar sempre atento para os comportamentos em sala de aula, buscando durante a realização dessas estratégias, observar a interação das crianças e se precisar intervir de forma simples, sempre é claro, humanizada para que haja de fato uma aprendizagem dentro das propostas esperadas.
 Oficina é uma forma de construir conhecimento, dentro de ações de trocas um processo ativo de aprendizagem recíproca entre o sujeito e o objeto, sem perder de vista a base teórica e as propostas que se espera alcançar. A metodologia que as oficinas pedagogias trazem é uma mudança no foco tradicional da aprendizagem que considera apenas o aspecto cognitivo, e passa a incorporar a ação e a reflexão, sendo também um espaço de aprendizagem permanente e de troca de informações e experiências diversas no cotidiano da escola.
 A proposta metodológica de oficina pedagógica, busca apreender o conhecimento a partir do conjunto de acontecimentos vivenciais no dia-a-dia, onde a relação teoria – prática constitui o fundamento do processo pedagógico. Assim, o conceito de oficinas aplicado à educação, refere-se ao lugar onde se aprende fazendo junto com os outros. Um planejamento organizado dentro das perspectivas a serem alcançadas faz o que haja resultados satisfatórios para o corpo docente e uma aprendizagem significativa para os alunos.
CONCLUSÃO 
 Portanto, as oficinas pedagógicas possibilitam um processo de aprendizagem significativa composto de interação, onde o espaço da sala de aula serve como local de construção coletiva de múltiplos conhecimentos de trocas de experiências.
 A partir das oficinas pedagógicas, busca-se favorecer as crianças o desenvolvimento das suas capacidades de pensamento, reflexão, crítica e ação. Nesse sentido, eles poderão compreender a realidade nos níveis mais profundos, buscando alternativas para recriá-la e transformá-la. Esse tipo de metodologia promove a ação coletiva, e potencializa a participação, possibilita condições para uma maior interação entre todos aqueles que participam dessas atividades.
 Vale ressaltar que para que haja realmente uma eficácia no uso dessas oficinas o professor deve esta preparado para assumir a responsabilidade de ensina de forma lúdica, para que os estudantes não vejam apenas como brincadeira, mas, como um novo método de aprendizagem para eles, percebendo que essas oficinas os enriquecem de forma significativa.
REFERÊNCIAS 
LIMA, A.P.B. A teoria sócio-histórica de Vygotky e a educação: reflexões psicológicas. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. Brasília, V. 81, n. 1998. p. 219-228, maio/ agosto. 2000.
MOURA, A. R. MARCO. F. F de; SOUZA, M. do C. de PALMAR, R.C.D. da. Resolver problemas: o lado lúdico do ensino da matemática-Programa de Formação continuada para professores das series iniciais do ensino fundamental. Pro-letramento/matemática. Brasília: MEC/SEB/SEED:2007. (Pró-letramento, Fascículo 7 ).
NASCIMENTO, Jeani Delgado Paschoal. A dimensão tempo-espacial cotidianas do brincar. In: PASCHOAL, Jaqueline Delgado; BATISTA, Cleide Vitor Mussini, Moreno, Gilmara Luplon. (Orgs). As crianças e suas infâncias: o brincar em diferentes contextos. Londrina: Humanidades, 2008.p. 107-116.
PIAGET, J. A Formação da criança. Rio de Janeiro. Ed. Bertrand, 1998.
Thais Caroline Coutinho da Costa, Pedagoga formada pela FEPI - Fundação de Ensino e Pesquisa de Itajubá e Coordenadora Pedagógica da Academia do Leite. Possui especialização em Organização do Trabalho Pedagógico: Orientação Educacional, Supervisão e Gestão Escolar pela Uninter - Centro Universitário Internacional.
VYGOTSKY, L. A Formação social da mente. Rio de Janeiro: Martins Fontes, 1996.
WALLON, H. A evolução psicológica da criança. São Paulo: Martins Fontes, 2007(Coleção Psicologia e Pedagogia).

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