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Pele e anexos - Problema 3

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Beatriz Tavares – MD2 
 
Anexos cutâneos 
São estruturas que surgem de modificações da 
epiderme ainda na vida embrionária; são elas: 
folículo pilossebáceo, glândulas sudoríparas e 
unhas. 
 Folículo pilossebáceo 
Composto de folículo piloso, glândula sebácea 
e músculo eretor do pelo, é sempre provido de 
terminações nervosas; em algumas regiões (axilas, 
púbis, mama etc.) desembocam no folículo as 
glândulas apócrinas. 
Os folículos pilossebáceos existem em toda a pele, 
exceto nas regiões palmoplantares e em algumas 
regiões da genitália, denominadas por isso de pele 
glabra. 
Apresentam importância para a proteção da pele 
contra agressões físicas (mecânicas e radiação 
solar) e impedem a perda de calor para o 
ambiente. 
 
 Folículo piloso 
Os pelos são estruturas delgadas e queratinizadas 
que se desenvolvem na vida embrionária como 
uma projeção de queratinócitos modificados 
(tricócitos) para dentro da derme; isso ocorre por 
influência de células mesenquimais que, mais 
tarde, constituem a papila folicular, que se 
localizam na porção mais inferior. 
A cor, o tamanho e a disposição deles variam de 
acordo com a cor da pele e a região do corpo. São 
observados em quase toda a superfície corporal, 
com exceção de algumas regiões bem 
delimitadas, como palmas da moas e planta do pé. 
Organização histológica: Histologicamente, é 
dividido em: 
1. Infundíbulo, que se estende de sua abertura do 
folículo até o nível de abertura da sua 
glândula sebácea; faz parte do canal 
pilossebáceo. 
2. Istmo, se estende do infundíbulo até o nível 
da inserção do músculo eretor do pelo; 
3. Saliência folicular, que faz protrusão a partir 
do folículo piloso, próximo da inserção do 
musculo eretor do pelo e que contem células-
tronco epidérmicas; e 
4. Segmento inferior no folículo, apresenta um 
diâmetro uniforme, exceto na base onde se 
expande para formar o bulbo piloso. A base 
do bulbo é invaginada por um tufo de tecido 
conjuntivo frouxo vascularizado que é a 
papila dérmica ou folicular. 
As demais células que formam o bulbo, incluindo 
as que circundam a papila dérmica de tecido 
conjuntivo, são designadas como matriz do pelo, 
a qual é formada por células da matriz. As células 
da matriz imediatamente adjacentes à papila 
dérmica representam uma população de células 
contendo células-tronco epidérmicas. 
A proliferação dessas células é responsável pelo 
crescimento do pelo. Elas se diferenciam em 
células produtoras de queratina do pelo e formam 
a conjuntiva do folículo piloso, a bainha radicular 
interna. 
OBS: Se observa também a existência de melanócitos 
dispersos nessa camada germinativa, os quais 
contribuem com melanossomos para as células 
pilosas em desenvolvimento 
 
Beatriz Tavares – MD2 
 
A bainha radicular interna é uma cobertura 
celular de múltiplas camadas, que circunda a 
parte profunda do pelo. Ela tem três camadas: 
1. A camada de Henle, que consiste em uma 
única camada de células cuboides. Essas 
células estão em contato direto com a parte 
mais externa do folículo piloso, a bainha 
radicular externa, que é uma invaginação da 
epiderme. 
2. A camada de Huxley, que consiste em uma 
camada simples ou dupla de células 
achatadas. 
3. A cutícula da bainha radicular interna, que 
consiste em células pavimentosas, cuja 
superfície livre externa está voltada para a 
haste do pelo 
E a haste do pelo vai ser organizada em 3 
camadas: 
1. A medula que forma a parte central da haste 
e contém uma coluna de células grandes 
queratinizadas frouxamente conectadas 
contendo queratina mole. A medula está 
presente somente nos pelos espesso. 
2. O córtex é a camada mais desenvolvida e 
responde por aproximadamente 80% da 
massa total do pelo. Envolve a medula e é 
composto de células corticais preenchidas 
com filamentos intermediários de queratina 
dura. 
O córtex determina a textura, a elasticidade e 
a cor do pelo. 
3. A cutícula da haste do pelo é a camada mais 
externa do pelo. Contém várias camadas de 
células pavimentosas queratinizadas 
semitransparentes sobrepostas. Essas células 
se assemelham a escamas de peixe se 
afastando do folículo piloso. A cutícula 
protege o pelo de lesão física e química e 
determina a sua porosidade. 
Contextualização da cutícula: quando se vai ao 
cabelereiro e eles recomendam uma hidratação 
capilar para fechas as cutilas do pelo. Isso porque 
as células da cutícula ficam como escamas 
revestindo o pelo e quando essas cutículas estão 
abertas o cabelo fica arrepiado; a hidratação fecha 
as cutículas deixando elas bem grudadas no 
córtex. 
 
 
Fases de desenvolvimento do pelo 
O folículo piloso passa, cíclica e 
permanentemente, por três fases caracterizadas 
por modificações na sua porção inferior, o bulbo, 
que sofre processo de retração e expansão, e, por 
isso, é considerada como a porção transitória do 
folículo, enquanto a porção superior é 
permanente. 
A fase anágena: se caracteriza por ter o bulbo e a 
papila foliculares bem desenvolvidos, com sua 
extremidade situada na derme profunda ou 
hipoderme; a matriz, composta apenas de células 
amplificadoras transitórias, portanto com número 
limitado de possíveis mitoses, se encontra em 
plena atividade mitótica, dando origem a uma 
haste de pelo terminal, em geral grossa e 
pigmentada. É a fase de crescimento ativo, com 
duração de 2 a 3 anos, corresponde a 85% dos 
pelos. 
A próxima fase: a catágena, é quando, 
aparentemente por sinalização da papila, as 
células da matriz e da bainha interna iniciam 
processo de apoptose e interrompem suas 
mitoses, provocando a retração da porção inferior 
do folículo até o nível da protuberância e da 
inserção do músculo eretor. É a fase de involação, 
com duração de 2 semanas, correspondendo a 1% 
dos pelos. 
Beatriz Tavares – MD2 
 
A terceira fase: é a fase telógena ou de repouso, 
quando as células da papila, agora bastante 
diminuída de volume, parecem emitir sinais 
capazes de aumentar a atividade mitótica das 
células-tronco, presentes na protuberância do 
folículo, fazendo surgir novo contingente de 
TAC, responsáveis pela expansão do bulbo e pelo 
estabelecimento de uma nova fase anágena. É a 
fase de queda, com duração de 3 a 4 meses, 
correspondendo a 13% dos pelos. 
 
Funções do pelo 
Além da função sensorial, da colaboração na 
homeostasia térmica, da proteção aos raios UV e 
dos aspectos estéticos, os folículos pilosos têm 
importância capital no processo de reparação 
tecidual, funcionando como reservatório de 
células-tronco epidérmicas, presentes na sua 
protuberância. Em relação aos hormônios 
andrógenos, os folículos podem ser indiferentes 
(supercílio, região occipital), estimulados 
positivamente (barba, axilas, púbis) ou 
estimulados negativamente (área frontoparietal do 
couro cabeludo). 
Ps: A cor do pelo depende dos melanócitos 
localizados entre a papila e o epitélio da raiz, que 
fornecem melanina às células do córtex e da 
medula do pelo por processo semelhante ao que 
ocorre na epiderme. 
 Músculo eretor do pelo 
O músculo eretor do pelo é um músculo liso que 
emerge da porção superior da derme, logo abaixo 
da epiderme, e se insere obliquamente no folículo 
piloso. 
Sua extremidade distal é composta por várias 
fibras musculares que se projetam em 
ramificações ao nível da derme papilar. Se 
acredita que na zona de inserção do músculo 
eretor do pelo, chamada de bulge, haja células-
tronco epiteliais responsáveis pela regeneração 
dos folículos, desempenhando um papel crítico no 
ciclo de crescimento dos folículos pilosos. 
A contração do músculo puxa o pelo para uma 
posição mais vertical, tornando-o eriçado. 
Classicamente, se acreditava que cada músculo 
eretor do pelo se relacionasse com um folículo 
piloso. No entanto, alguns estudos recentes 
sugerem que, na verdade, a unidade muscular 
mantémrelação com uma unidade folicular 
inteira, o que gera possíveis evidências quanto à 
participação do músculo eretor do pelo na 
secreção do sebo. 
 Glândula Sebácea 
As glândulas sebáceas se desenvolvem como 
evaginações da bainha externa da raiz do folículo 
piloso, produzindo geralmente várias glândulas 
por folículo. 
As glândulas sebáceas se situam na derme não 
tendo na pele da palma das mãos e a da planta 
dos pés. Os seus ductos são revestidos por 
epitélio estratificado e geralmente desembocam 
nos folículos pilosos. 
Se trata de uma glândula holócrina, na qual as 
células se rompem, liberando todo o seu 
conteúdo; deste, o componente lipídico é 
secretado, enquanto as outras estruturas celulares 
podem ser recicladas. 
Formação e secreção do sebo: 
A porção secretória da glândula é mais 
frequentemente polilobular, constituída, na área 
central, por células claras, cujo citoplasma é 
espumoso e rico em lipídios, enquanto a parte 
periférica é formada por células basais 
germinativas. 
Então, para a formação do sebo, essas células 
basais proliferam e se diferenciam em células 
arredondadas, que acumulam no citoplasma o 
produto de secreção, de natureza lipídica. Os 
núcleos tornam-se gradualmente condensados e 
desaparecem. Aí, as células mais centrais morrem 
e se rompem, formando a secreção sebácea. 
Beatriz Tavares – MD2 
 
Por fim, tanto o produto secretor quanto os restos 
celulares são descarregados da glândula como 
sebo dentro do infundíbulo de um folículo piloso, 
que forma o canal pilossebáceo com o ducto curto 
da glândula sebácea. 
 
Novas células são produzidas por mitose das 
células da camada basal da glândula. O processo 
de produção do sebo a partir de mitoses das 
células basais até a sua secreção leva em torno de 
8 dias. 
Sobre o sebo 
O sebo é constituído principalmente por 
esqualeno, colesterol, ésteres do colesterol, 
ésteres graxos e triglicerídios; os triglicerídeos, 
ao sofrerem ação enzimática das bactérias do 
folículo, dão origem aos ácidos graxos livres. 
O sebo colabora na formação do manto lipídico 
com atividade antimicrobiana, emulsificadora de 
substâncias e de barreira protetora. 
 Glândulas Sudoríparas 
 Glândulas sudoríparas écrinas ou merócrinas 
São glândulas tubulares espiraladas que se 
localizam por toda a pele e são muito numerosas, 
exceto em algumas regiões como a glande. Os 
ductos dessas glândulas se abrem na superfície da 
pele. 
Consiste em dois segmentos: um segmento 
secretor, localizado profundamente na derme ou 
na parte superior da hipoderme, e um segmento 
ductal menos espiralado, que leva a secreção 
diretamente à superfície epidérmica. 
 
 
Existem três tipos de células no segmento secretor 
da glândula: as células claras e as células escuras, 
que consistem em células epiteliais secretoras, e 
as células mioepiteliais, que são células epiteliais 
contráteis. 
1. As células claras se caracterizam pela 
existência de quantidades abundantes de 
glicogênio; estão entre as células escuras e 
as mioepiteliais; As células claras 
apresentam muitas dobras da membrana 
plasmática, uma característica das células 
que participam do transporte transepitelial 
de fluido e sais. Essas características 
estruturais sugerem que a função das 
células claras seja produzir a parte aquosa 
do suor. 
2. As células escuras se caracterizam por um 
RER bem desenvolvido e grânulos 
secretores; são adjacentes ao lumen; 
3. As células mioepiteliais se limitam à face 
basal do segmento secretor; O citoplasma 
contém numerosos filamentos contráteis 
(de actina); A contração dessas células é 
responsável pela rápida expressão do suor 
da glândula. 
Beatriz Tavares – MD2 
 
 
O ducto da glândula se abre na superfície da pele e 
segue um curso em hélice ao atravessar a 
epiderme. Se apresenta constituído por epitélio 
cúbico estratificado (duas camadas de células), 
que repousa sobre a membrana basal. 
Essas glândulas estão sob controle hipotalâmico 
por meio de terminações simpáticas de 
característica única, por utilizarem a acetilcolina, e 
não norepinefrina como neurotransmissor; a 
acetilcolina estimula a secreção do suor e a 
contração das células mioepiteliais, promovendo a 
sudorese, que atinge, em média, 100 mL/dia em 
uma pessoa bem aclimatizada; durante exercícios 
intensos ou em dias de extremo calor pode chegar 
a 1 a 2 L/h. 
Principal responsável pela termorregulação do 
corpo humano em decorrência da perda 
evaporativa de calor. 
 Glândulas sudoríparas apócrinas 
Além das glândulas sudoríparas merócrinas, nas 
axilas, nas regiões perianal e pubiana, bem como 
na aréola mamária, existem glândulas de maior 
tamanho com partes secretoras muito dilatadas, 
que são as glândulas sudoríparas apócrinas, 
localizadas na derme e na hipoderme. 
Os ductos dessas glândulas desembocam em um 
folículo piloso, e o lúmen de suas partes secretoras 
é dilatado. A secreção é ligeiramente viscosa e 
inodora, mas adquire um odor desagradável e 
característico pela ação das bactérias da pele. Na 
mulher, as glândulas apócrinas axilares passam 
por alterações durante o ciclo menstrual. As 
glândulas apócrinas são inervadas por fibras 
adrenérgicas, enquanto as merócrinas o são por 
fibras colinérgicas. 
As glândulas de Moll da margem das pálpebras e 
as de cerume do ouvido são glândulas sudoríparas 
modificadas. 
 
Sobre o suor: 
O suor secretado por essas glândulas é uma 
solução extremamente diluída, que contém 
pouquíssima proteína, além de sódio, potássio, 
cloreto, ureia, amônia e ácido úrico. 
O suor, que inicialmente é semelhante a um 
ultrafiltrado isotônico do plasma, composto por 
NaCl, K, lactato, ureia, amônia e traços de 
aminoácidos e proteínas, após a reabsorção de 
NaCl e HCO3 pelas células ductais, dá origem à 
secreção hipotônica que chega na superfície. Ao 
alcançar a superfície da pele, o suor evapora, 
fazendo baixar a temperatura corporal. 
Os catabólitos encontrados no suor mostram que 
as glândulas sudoríparas participam da excreção 
de substâncias inúteis para o organismo. 
 Classificação das glândulas exócrinas 
quanto ao modo de secreção 
As glândulas exócrinas podem ser classificadas, de 
acordo com o modo de liberação da sua secreção, 
como merócrinas, holócrinas e apócrinas. 
Nas glândulas merócrinas, como o pâncreas e a 
glândula sudorípara, a secreção é liberada por 
exocitose, sem perda de outro material celular. Nas 
glândulas holócrinas, como as glândulas sebáceas, 
o produto de secreção é eliminado juntamente com 
toda a célula, processo que envolve a destruição 
das células repletas de secreção. Um tipo 
Beatriz Tavares – MD2 
 
intermediário é o apócrino, encontrado na glândula 
mamária, em que o produto de secreção, é 
secretado junto com porções do citoplasma apical 
das células. 
 
 Unhas 
As unhas são placas de células queratinizadas 
localizadas na superfície dorsal das falanges 
terminais dos dedos e se originam na matriz 
ungueal e repousam sobre os leitos ungueias. O 
leito ungueal consiste em células epiteliais que são 
contínuas com o estrato basal e o estrato 
espinhoso da epiderme. 
A parte proximal da unha, a raiz da unha, está 
enterrada em uma prega da epiderme e cobre as 
células da zona germinativa ou matriz. A matriz 
contém uma variedade de células, incluindo 
células-tronco, células epiteliais, melanócitos, 
células de Merkel e células de Langerhans. 
As células-tronco da matriz dividemse 
regularmente, migram para a raiz da unha e, nesse 
local, se diferenciam e produzem a queratina da 
unha. O acréscimo constante de novas células na 
raiz e a sua queratinização são responsáveis pelo 
crescimento da unha. À medida que cresce, a 
placa ungueal se move sob o leito ungueal 
A área branca em formato de crescente próximo 
da raiz da unha, a lúnula, deve a sua cor à camada 
opaca e espessa de células da matrizparcialmente 
queratinizadas nessa região. 
A borda da prega cutânea que cobre a raiz da unha 
é o eponíquio ou cutícula. A cutícula também é 
composta de queratina dura. Uma camada 
epidérmica espessada, o hiponíquio, fixa a borda 
livre da placa ungueal à ponta do dedo 
 
 
Beatriz Tavares – MD2 
 
Minoxidil 
É uma vasodilator que atua aumentando a duração 
da fase anágena, contribuindo para o aumento da 
densidade capilar. O pico de ação é notado por 
volta de 16 semanas do uso, e após seis meses de 
descontinuação o quadro retorna a seu estádio 
inicial 
Finasterida 
O hormônio DHT é a di-hidrotestosterona. Esse 
hormônio é um derivado da testosterona. Quando 
em níveis adequados, o hormônio DHT é ótimo 
para a nossa saúde. Porém, como em qualquer 
outro desequilíbrio hormonal, apresentar altos 
níveis desse hormônio pode não ser tão benéfico. 
Estudos mostram que a calvície padrão masculina 
ocorre em homens que apresentam níveis elevados 
de DHT. Uma maior quantidade de DHT em 
mulheres pode causar o efeito oposto observado 
nos homens. Enquanto eles sofrem com a calvície, 
elas podem sofrer com crescimento de pelos 
comuns em pessoas do sexo masculino. 
Para evitar isso, usa-se ta finasterida, que se trata 
de inibidor da 5α-redutase tipo 2, que reduz em 
dois terços a transformação de testosterona em 
DHT. A finasterida não reduz as ações 
fisiológicas da testosterona, diminuindo apenas as 
concentrações de DHT que é o principal hormônio 
que causa perda de cabelo em homens. 
Cortisol 
No caso da pele, ele está relacionado ao aumento 
da oleosidade, agravando o quadro de acne e 
espinhas. Atua também diminuindo a fase de 
crescimento dos fios, o que causa a queda 
acentuada dos cabelos. 
Hormônios 
A distribuição dos pelos é influenciada, em grau 
considerável, pelos hormônios sexuais; incluem, 
no homem, os pelos faciais pigmentados e 
espessos, que começam a crescer na puberdade, e 
os pelos púbicos e axilares, que se desenvolvem 
na puberdade em ambos os sexos. No homem, a 
linha de implantação dos cabelos tende a 
retroceder com a idade; em ambos os sexos, os 
cabelos se adelgaçam com a idade, devido à 
secreção reduzida de estrogênio e hormônios 
semelhantes ao estrogênio. 
 
Beatriz Tavares – MD2 
 
Acne: é de uma doença genético-hormonal, 
autolimitada, de localização pilossebácea, com 
formação de comedões, pápulas, pústulas e lesões 
nodulocísticas, que podem surgir durante a 
evolução e que, dependendo da intensidade, o 
processo inflamatório leva a abscessos e cistos 
intercomunicantes, com frequente êxito cicatricial. 
Patogenia 
Está relacionada com quatro parâmetros 
fundamentais: aumento da secreção sebácea 
(seborreia decorrente da hiperplasia das glândulas 
sebáceas); ceratose do canal folicular com 
consequente estreitamento e retenção do sebo 
(comedogênese); colonização do ducto sebáceo 
pelo Propionibacterium acnes (cutibacterium 
acnes, mais recente); e inflamação. 
A acne, em toda a sua plenitude, é uma erupção 
polimorfa caracterizada por comedões (cravos), 
pápulas, pústulas e lesões nodulocísticas, com 
grau variável de inflamação e cicatrizes. 
Classificação: 
Acne não inflamatória: acne comedoniana (grau 
I). Acne inflamatória: acne papulopustulosa (grau 
II) acne nodulocística (grau III) acne conglobata 
(grau IV) acne fulminans (grau V). 
Acne comedoniana: Tem quatro tipos de 
comedões: microcomedões, comedões pretos ou 
brancos e macrocomedões; os primeiros não são 
percebidos clinicamente; os comedões pretos são 
abertos, com os poros dilatados e, no seu ápice, 
apresentam a cor escura devido à oxidação da 
melanina e lipídios na superficie, enquanto, nos 
brancos, os poros são pequenos, quase invisíveis e 
fechados; os macrocomedões seriam comedões de 
maior tamanho. Os comedões são essencialmente 
constituídos de sebo e queratina. 
 
 
Hormônios da puberdade 
As glândulas sebáceas têm maior atividade na 
época da puberdade, devido à ação hormonal 
androgênica, principalmente da testosterona. Ela é 
transformada, na célula sebácea, em di-
hidrotestosterona, por intermédio da enzima 5α-
redutase, sobretudo a do tipo 1. A di-
hidrotestosterona se liga a determinados 
receptores proteicos, estimulando a lipogênese em 
razão do aumento desencadeado no volume das 
glândulas sebáceas. 
Roacutan 
As espinhas são habitualmente formadas por um 
processo que envolve o aumento da produção de 
sebo (oleosidade) pelas glândulas sebáceas, 
obstrução do folículo piloso e proliferação 
da Propionibacterium acnes, renomeada 
recentemente para Cutibacterium acnes. A 
isotretinoína é muito eficaz exatamente por agir 
diretamente nas causas da acne. O fármaco 
provoca contração das glândulas sebáceas e 
redução significativa da produção de sebo. Com 
menos sebo, há menor risco de obstrução dos 
poros da pele e menos alimento disponível para 
a Cutibacterium. 
Hiperidrose e Toxina Botulínica 
Essas glândulas (sudoríparas) estão sob controle 
hipotalâmico por meio de terminações simpáticas 
de característica única, por utilizarem a 
acetilcolina, e não norepinefrina como 
neurotransmissor; a acetilcolina estimula a 
secreção do suor e a contração das células 
mioepiteliais, promovendo a sudorese. 
Toxina botulínica (tipo A): bloqueia a liberação 
do neurotransmissor acetilcolina, ou seja, a 
transmissão sináptica, produzindo desnervação 
química eficaz da glândula e cessação temporária 
da sudorese excessiva. 
 
Beatriz Tavares – MD2 
 
São doenças causadas por fungos ou cogumelos 
chamados dermatófitos. Estes fungos se 
alimentam de queratina e se localizam na pele, no 
pelo e nas unhas. Eles podem ser transmitidos 
diretamente (de homem para homem, de animal 
para homem e da terra para o homem) e também 
indiretamente, por meio de materiais 
contaminados com escamas de pele parasitadas 
pelos cogumelos. 
Estas infecções são mais comuns em países de 
clima quente e úmido, sendo que os de clima 
tropical e subtropical são os mais afetados. 
Como a mesma espécie pode causar infecções em 
diferentes localizações do corpo, dependendo da 
área afetada, pode haver sintomas distintos. 
Diversos quadros clínicos bem individualizados 
podem ser descritos. Os mais comuns são: 
dermatofitose do corpo (Tinea corporis), 
dermatofitose dos pés (Tinea pedis), dermatofitose 
ungueal ou onicomicose, dermatofitose do couro 
cabeludo (Tinea capitis), dermatofitose das dobras 
da virilha (Tinea cruris) e nas dobras dos pés 
(vulgarmente chamada de pé de atleta). 
O quadro mais comum na pele sem pelo, ou pele 
glabra, é representado por lesões avermelhadas, 
descamativas, isoladas ou confluentes, de modo 
que a parte externa é a mais ativa. 
No couro cabeludo pode se apresentar sob a forma 
de placa de alopecia. 
A dos pés pode aparecer de forma aguda 
representada por vesículas bastante pruriginosas 
na região plantar ou de forma crônica como 
descamação fina sem muita sintomatologia, ou 
seja, coceira. 
Já as dermatofitoses ungueais ou onicomicoses, se 
caracterizam por lesões destrutivas se iniciando 
pela borda livre da unha, de cor branco-
amarelado. 
Na virilha, as lesões são avermelhadas, 
descamativas, muito pruriginosas e afetam parte 
ou toda a área do púbis, expandindo-se para região 
abdominal inferior e também para as nádegas, em 
casos extensos. 
O pé de atleta pode afetar as dobras interdigitais e 
vir acompanhado de onicomicose. Pessoas com 
diabetes mellitus e déficit de retorno venoso 
devem cuidar muito da saúde dos pés e evitar o 
intertrigo, que serve de porta de entrada para 
infecções bacterianas no tecido mole das pernas, 
causando quadros de erisipela (infecção cutânea). 
Pacientes imunodeprimidos podem ter quadros 
extensos e difíceis de tratar. 
 
Figura 1Tínea Capitis Figura 2 tinea Corporis 
 
Figura 3Tinea PedisFigura 4 Pé de atleta 
 
 
Beatriz Tavares – MD2 
 
Imunidade Inata e Adaptativa aos Fungos 
Inata: Os principais mediadores da imunidade 
inata contra os fungos são os neutrófilos, 
macrófagos e ILCs. 
Macrófagos e células dendríticas percebem os 
organismos fúngicos através dos TLRs e 
receptores do tipo lectina, chamados dectinas, que 
reconhecem β-glucanas na superfície dos fungos. 
Esses macrófagos e células dendrtiticas liberam 
citocinas que recrutam e ativam neutrófilos 
diretamente ou via ativação de ILCs residentes 
teciduais (As células linfoides inatas (ILC) são 
linfócitos que não expressam receptores para o 
reconhecimento específico de antígenos e que são 
ativados por citocinas produzidas por 
outras células). 
Os neutrófilos provavelmente liberam substâncias 
fungicidas, como as espécies reativas de oxigênio 
e as enzimas lisossômicas, e fagocitam os fungos 
para o killing intracelular. 
Adaptativa: Muitos fungos extracelulares 
deflagram fortes respostas Th17, que são 
dirigidas, em parte, pela ativação de células 
dendríticas pela ligação de glicanas fúngicas à 
dectina-1. 
As células dendríticas ativadas por meio desse 
receptor de lectina, estimulam a diferenciação de 
células TCD4+ naive em células Th17 por meio 
de IL1, 6 e 23. 
As células Th17 estimulam inflamação, enquanto 
os neutrófilos recrutados e monócitos destroem os 
fungos. 
As respostas Th1 são protetoras nas infecções 
fúngicas intracelulares, como a histoplasmose, 
porém essas respostas podem deflagrar uma 
inflamação granulomatosa que causa importante 
de lesão tecidual no hospedeiro nessas infecções 
Estresse 
O sistema imunológico reage ao estresse, através 
de componentes da imunidade inata pelos 
monócitos e macrófagos, e componentes da 
imunidade adaptativa através dos linfócitos T 
help. 
O estresse é, portanto um potencial supressor da 
proliferação e das respostas imune celular pelos 
linfócitos Th1, principalmente pela supressão da 
IL-2, reduzindo a produção de TNFα, o IFN-γ, de 
células natural killers (NK) e macrófagos. O 
estresse também suprime as resposta imune 
humoral mediada por anticorpos, inibe a produção 
de linfócitos Th2 e as citocinas IL-4, IL-5, IL-6, 
IL-10. A IL-10 suprime a síntese de IL-12 pelos 
monócitos, macrófagos e linfócitos B. Os 
glicocorticoides inibem a produção da IL - 12 e 
IL-2. Sendo que a IL-12 é responsável pela 
diferenciação dos linfócitos Th1, e a IL-2 
responsável pela proliferação dos mesmos. A 
supressão desses dois fatores é suficientemente 
capaz de suprimir, fragilizar e reduzir a 
capacidade do sistema imune responder a 
estímulos, dificultando assim, uma resposta 
inflamatória e desestabilizando as atividades do 
sistema imunológico.

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