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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA DEPARTAMENTO DE TECNOLOGIA CURSO DE ENGENHARIA DE ALIMENTOS Farinhas e produtos similares – Determinação de umidade FEIRA DE SANTANA OUTUBRO DE 2011 Relatório de atividade experimental para avaliação parcial da disciplina Análise Físico Química, ministrada pelo prof. Dr. Luiz Severo. UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA DEPARTAMENTO DE TECNOLOGIA CURSO DE ENGENHARIA DE ALIMENTOS Farinhas e produtos similares – Determinação de umidade Ivo Henrique Andrade Helen Costa Patrícia Silva FEIRA DE SANTANA OUTUBRO DE 2011 SUMÁRIO 1 – INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 4 2 – OBJETIVO ....................................................................................................................... 6 3 – MATERIAIS E EQUIPAMENTOS ..................................................................................... 7 3.1 - Material ........................................................................................................................... 7 3.2 - Equipamentos: ................................................................................................................ 7 3.3 – Alimentos utilizados para análise .................................................................................. 7 4 – MÉTODOS ........................................................................................................................... 8 5 – RESULTADOS E DISCUSSÃO ......................................................................................... 9 3.3 – Resultados ...................................................................................................................... 9 3.3 – Discussão ..................................................................................................................... 10 6 – CONCLUSÃO .................................................................................................................... 11 7 – REFERÊNCIAS ................................................................................................................. 12 1 – INTRODUÇÃO Denominada cientificamente como Manihot esculenta Crantz, a mandioca, originária da América do Sul, a mandioca constitui um dos principais alimentos energéticos para cerca de 500 milhões de pessoas, sobretudo nos países em desenvolvimento, onde é cultivada em pequenas áreas com baixo nível tecnológico (EMBRAPA, 2011) Devido ao elevado teor de umidade das raízes de mandioca recém-colhidas, em torno de 60%, este produto é classificado como perecível ficando sua conservação restrita há algumas horas após a colheita (FERREIRA NETO et al., 2003). Desta forma a utilização por períodos de tempo mais longos se dá através de produtos desidratados, reduzindo-se o teor de umidade para níveis que impeçam o desenvolvimento microbiano com conseqüente deterioração do produto. Estes produtos desidratados são, principalmente, os diversos tipos de farinhas de mandioca largamente empregadas na alimentação humana (VILELA, 1987). A farinha de mandioca é um alimento bastante consumido, principalmente no nordeste do Brasil, de fácil acesso e baixo custo. Um outro gênero alimentício bastante utilizado, considerado como “a matéria prima mais barata e abundante, principalmente para alimentação humana” (SERAVALLI, 2007) é o amido. O amido é bastante valorizado enquanto ingrediente para alimentos. A razão desta valorização vem de suas propriedades de aplicação. Estas propriedades são definidas por características como tamanho dos grânulos, teores de amilose e amilopectina, e tipo de cadeia destes polímeros. (CEREDA, 2008) Revisão bibliográfica A determinação de umidade é uma das medidas mais importantes e utilizadas na análise de alimentos. A umidade de um alimento está relacionada com sua estabilidade, qualidade e composição (CECCHI, 2003). Todos os alimentos, qualquer que seja o método de industrialização a que tenham sido submetidos, contêm água em maior ou menor proporção. A umidade representa a água contida no alimento, podendo ser classificada em: umidade de superfície (que se refere à água livre ou presente na superfície externa do alimento, facilmente evaporada) e umidade adsorvida, referente à água encontrada no interior do alimento, sem combinar-se quimicamente com o mesmo (INSTITUTO ADOLFO LUTZ, 2008). A água que será efetivamente medida vai depender do método analítico empregado, e somente a água livre é medida em qualquer método de analise de umidade, sendo a secagem em estufa a mais utilizada em amostras de alimentos (CECCHI, 2003). O método é baseado na remoção da água por aquecimento, com a umidade correspondendo à perda em peso sofrida pelo produto quando aquecido em condições nas quais a água é removida. O resíduo obtido no aquecimento direto é chamado de resíduo seco (INSTITUTO ADOLFO LUTZ, 2008). A pesagem da amostra deve ser feita somente após esfriá-la completamente no dessecador, e efetuada até que a amostra tenha peso constante, pois como a condutividade térmica dos alimentos é geralmente baixa, costuma levar muito tempo para o calor atingir suas porções mais internas. Por isso, esse método costuma levar muitas horas. (CECCHI, 2003) 2 – OBJETIVO Determinação da umidade de farinha de mandioca e de amido de milho, por meio da utilização de estufa. 3 – MATERIAIS E EQUIPAMENTOS 3.1. Material - Cápsulas de porcelana - Espátula 3.2. Equipamentos: - Balança analítica - Estufa - Dessecador 3.3. Alimentos utilizados para análise - Farinha de Mandioca Marca: Tia Iza Fabricante: Bahiana Lote: 000-03 Data de fabricação: 08/03/10 Data de Validade: 09-2010 - Amido de milho Marca: Maizena Fabricante: - Lote: - Data de fabricação: - Data de Validade: 01/10/11 4 – MÉTODOS As cápsulas de porcelanas foram previamente aquecidas em estufa a 130º C, durante 01 hora, e conduzidas para o dessecador. Em seguida foram pesados nas cápsulas, aproximadamente 02 g de farinha de mandioca e 02 g de amido de milho. As capsulas com as amostras foram levadas para a estufa, permanecendo em aquecimento a 130º C por uma hora. Após este intervalo, as cápsulas foram colocadas no dessecador. Após 20 minutos no dessecador, determinou-se a massa das cápsulas, em balança analítica. O procedimento de aquecimento e pesagem foi repetido até a obtenção de peso constante. 5 – RESULTADOS E DISCUSSÃO 5.1. Resultados Cálculo: (100 x N) / P = umidade a 130º por cento m/m Onde: N = n° de g de umidade P = n° de g da amostra Amostra 1 – Farinha de Mandioca Peso da cápsula: 36,8167g Peso da amostra: 2,165 g Peso total: 38,9817 g Primeira pesagem (após aquecimento): 38,7334 g Segunda pesagem (após aquecimento): 38,7234 g Massa de umidade retirada: 0.2603 Umidade da farinha de mandioca, a 130º C = 12,02% Amostra 2 – Amido de Milho Peso da cápsula: 36,3981 Peso da amostra: 2,031 g Peso total: 38,4291 g Primeira pesagem (após aquecimento): 38,2318 g Segunda pesagem (após aquecimento): 38,2235 g Massa de umidade retirada: 0,2056 Umidade do amido de milho, a 130º C = 10,12% 5.2. Discussão A necessidade do controle de qualidade sensorial e microbiológica de produtos como farinhas e amidos se faz necessário a partir das análises físico-químicas destes produtos, como por exemplo a análisede umidade. Em comparação com os dados informados pela Legislação vigente, a umidade da farinha de mandioca e do amido encontra-se dentro do limite, estado passível de consumo e favorecendo ao consumidor segurança alimentar e qualidade sensorial. A farinha de mandioca apresentou teor de umidade igual a 12,02% e o amido de milho, teor de umidade igual a 10,12%. A ANVISA descreve para a farinha de mandioca e amido de milho teores de umidade de 14%, igualitariamente. A verificação de umidade destes produtos também possibilitou a análise da técnica, sendo considerada eficaz e de fácil manuseio. 6 – CONCLUSÃO De acordo com Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA – os teores de umidade médios de farinha de mandioca e de amido de milho devem ser ambos de no máximo 14,0%. Na farinha de mandioca do experimento em questão, o valor de umidade encontrado corresponde a 12,02%, já no amido de milho, 10,12%. Assim, ambos os produtos se encontram na faixa estabelecida pela legislação. REFERÊNCIAS CECCHI, Heloisa M. (2003). Fundamentos teóricos e práticos em análise de alimentos. 2ª edição revista – Campinas, SP – Editora da Unicamp. EMBRAPA. Disponível em <http://www.cnpmf.embrapa.br/index.php?p=pesquisa- culturas_pesquisadas-mandioca.php> Acesso em 06 de novembro de 2011. INSTITUTO ADOLFO LUTZ. Normas analíticas do Instituto Adolfo Lutz. Métodos físico-químicos para análise de alimentos. 4 Ed. São Paulo: IAL, 2008, v 1. Resolução - CNNPA nº 12, de 1978. ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Disponível em <http://www.anvisa.gov.br/legis/resol/12_78_farinhas.htm> Acesso em 06 de novembro de 2011. Resolução - CNNPA nº 12, de 1978. ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Disponivel em: <http://www.anvisa.gov.br/legis/resol/12_78_amidos.htm>. Acesso em: 04/11/2011. SERAVALLI, Elisena A. G. RIBEIRO, Eliana Paula. Química de Alimentos. 2ª edição revista – Campinas, SP – Editora Edgard Blucher Ltda. SOUZA, Joana Maria Leite de. et al. Caracterização físico-quimica de farinhas oriundas de variedades de mandioca utilizadas no vale do Juruá, Acre. Acta Amazônia. Disponível em <http://acta.inpa.gov.br/fasciculos/38-4/PDF/v38n4a21.pdf>. Acesso em 07 de novembro de 2011. http://www.anvisa.gov.br/legis/resol/12_78_farinhas.htm
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