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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARANÁ - UNESPAR CAMPUS DE PARANAVAÍ Campus Universitário “Frei UlricoGoevert – Av. Gabriel Esperidião, S/N Caixa Postal, 306 – CEP 87703-000 – PARANAVAÍ – PARANÁ www.unespar.edu.br Acadêmicos: Fabricio da Silva Marinho e Kevin Junior Weigert Disciplina: Direito Aplicado Professor: João Egidio Curso: Ciências Contábeis Turma: B Trabalho de Direito Aplicado - 3º Bimestre 01- Um trabalhador foi contratado nos termos do Art. 452-A, para exercer a função de controlador de estoque. Foi convocado diversas vezes e sempre atendeu a empresa. No entanto resolveram transforma-lo em trabalhador definitivo com jornada de oito horas. Aceitou o contrato. De vez em quando faltava ao serviço sem nenhuma justificativa e assim passaram-se oito meses. O chefe do RH descobriu que ele continuava a exercer a função de trabalhador intermitente, sendo este o motivo de suas faltas. Optou-se pela sua demissão. No entanto precisa definir e justificar em que modalidade (com ou sem justa causa), suas rescisórias serão calculadas de que forma? O aviso prévio poderá ser indenizado? Neste caso poderá ser realizado a rescisão por justa causa, considerando que o empregador faça um documento ou uma advertência por escrito justificando o comportamento indisciplinar do empregado por faltar constantemente sem justificativa. Sendo assim o trabalhador perde o direito ao aviso prévio, fundos do FGTS, multa compensatória de 40% do FGTS, férias e 13º salário. Ele receberá apenas o saldo do salário e, se tiver mais de um ano de serviço, as férias vencidas. Outra hipótese é quando ocorre a dispensa sem justa causa, o empregador deve nos termos de lei, arcar com a indenização compensatória, dentre outros direitos, no qual se aplica o pagamento de 40% (por cento) sobre o FGTS devido ao empregado, a título de reparação pela dispensa sem motivo. O empregador também deverá pagar ao empregado: saldo de salário, aviso prévio, férias vencidas e a vencer e décimo terceiro salário. Nestas circunstâncias, o trabalhador tem direito ao saque do FGTS e ao seguro desemprego. Já se o pedido de demissão partir por parte do empregado, o mesmo deve comunicar ao empregador por meio do aviso prévio. O empregado, caso não seja dispensado, deverá cumprir o aviso prévio. O trabalhador que pedir demissão terá direito ao 13º salário, férias vencidas e proporcionais, mas não tem direito ao saque do FGTS e ao seguro desemprego. 02- Um empregado foi dispensado sem justa causa. Passados sete meses a empresa resolveu contrata-lo na modalidade de trabalho intermitente. Foi correta a decisão? Justifique. Com efeito, a MP 808/2017 – cuja vigência encerrou em 23.4.2018 – tinha uma previsão expressa no sentido de proibir a recontratação na modalidade de contrato de trabalho intermitente do empregado que teve seu contrato de trabalho por prazo indeterminado rescindido pelo empregador. Essa disposição estava assentada no art. 452-G da MP 808/2017: “Art. 452-G. Até 31 de dezembro de 2020, o empregado registrado por meio de contrato de trabalho por prazo indeterminado demitido não poderá prestar serviços para o mesmo empregador por meio de contrato de trabalho intermitente pelo prazo de dezoito meses, contado da data da demissão do empregado. ” Em não havendo qualquer disposição legal a respeito da impossibilidade de recontratação do empregado registrado por meio de contrato por prazo indeterminado demitido sem justa causa, tem-se que a eventual recontratação na modalidade de intermitência encontra amparo no princípio da legalidade estampado no art. 5º, caput, da Constituição Federal. 03- Um empregado recebia diárias e auxilio alimentação. Também tinha o direito de permanecer com o veículo da empresa nos finais de semanas. Foi demitido sem justa causa. Entrou na justiça buscando a incorporação de todas as benesses em seu salário. Qual seria o seu real direito, de acordo com a CLT (explique). Ao encerrar um contrato de trabalho com um colaborador da empresa, o empregador deve imediatamente dar baixa na carteira de trabalho e previdência social, comunicando a dispensa aos órgãos competentes. A entrega da anotação da extinção do contrato de trabalho na carteira de trabalho e previdência social é de extrema importância, pois, é o documento necessário para que o empregado acesse o benefício do seguro-desemprego e a possibilidade de movimentação do FGTS. É importante ficar atento aos prazos, tanto os documentos comprobatórios de dispensa do empregado quanto os valores a serem pagos, devem ser entregues e realizados no prazo de 10 dias após a rescisão do contrato de trabalho. Afinal, o não cumprimento da entrega dos documentos e pagamentos acarretará em multa a favor do empregado, no valor equivalente ao salário deste. O empregador somente será desobrigado do pagamento da multa quando o funcionário não aparecer para o recebimento das verbas rescisórias ou não ser encontrado em sua residência. Da multa rescisória – art. 477 CLT: No recibo de quitação, ou em qualquer que seja a causa ou forma de encerramento do contrato de trabalho, é necessário que tenha especificada a natureza de cada parcela paga ao colaborador e discriminado o seu valor. A quitação é válida apenas relativamente às mesmas parcelas. O pagamento da quitação deve ser efetuado, conforme acordem as partes: • em dinheiro; • depósito bancário; • cheque visado (neste cheque, o banco emitente certifica que a conta tem saldo suficiente para pagá-lo). No entanto, caso o empregado seja analfabeto, o pagamento deverá ser efetuado somente em dinheiro ou depósito bancário. Outro ponto a ser frisado: qualquer compensação na folha de pagamento do empregado não poderá exceder o equivalente a um mês de remuneração do mesmo. Para as dispensas imotivadas, também não é necessária a autorização prévia do sindicato para efetivação do processo, como prevê o art. 477-A. 04- No art. 468 estabelece as condições para alteração das condições de trabalho. Faça uma síntese. Art. 468 - CLT Nos contratos individuais de trabalho, só é lícita a alteração das respectivas condições por mútuo consentimento e, ainda assim desde que não resultem, direta ou indiretamente, prejuízos ao empregado, sob pena de nulidade da cláusula infringente desta garantia. § 1o Não se considera alteração unilateral a determinação do empregador para que o respectivo empregado reverta ao cargo efetivo, anteriormente ocupado, deixando o exercício de função de confiança. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017) § 2o A alteração de que trata o § 1º deste artigo, com ou sem justo motivo, não assegura ao empregado o direito à manutenção do pagamento da gratificação correspondente, que não será incorporada, independentemente do tempo de exercício da respectiva função. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017). O contrato de trabalho representa uma relação importante entre duas partes, o empregado e o empregador, garantindo que um não seja explorado pelo outro. Tanto por meio da garantia que o contrato não seja alterado sem consentimento do trabalhador e que este não acabe em desvantagem com as mudanças realizadas - como um salário mais baixo, por exemplo. Essa questão (de não causar prejuízo ao empregado) é válida mesmo que o funcionário concorde com a alteração feita. Se estiver causando prejuízo, direta o ou indiretamente, a condição é anulada. É um artigo (e uma legislação) bastante importante, visto que o trabalhador acaba sendo dominado, de certa maneira, por quem faz a contratação, que é a pessoa com mais poder dentro dessa relação. 05- Explique as diferenças entre interrupção e suspensão do contrato de trabalho. A interrupção e a suspensão são dois institutos que inviabilizam a extinção do contrato de trabalho. No caso da interrupção, a empresa continua pagando salários ao empregado e o período será computado como tempo de serviço. Interrompem o contrato de trabalho, por exemplo, as férias, o DSR e o afastamento do empregado por doença até o 15º dia. Já na suspensão, o empregado não recebe pelo tempo inativo e tal período não conta como tempo de serviço.Acarretam a suspensão do contrato de trabalho a falta injustificada, o período de greve, etc.
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