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AULA VI- SAÚDE ESCOLAR

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SAÚDE ESCOLAR 
PROF.ª ENF.ª ANDRÉA VILLAS BÔAS
A educação em saúde é uma prática social cujo processo contribui para a formação da consciência crítica das pessoas a respeito de seus problemas de saúde e estimula a busca de soluções e organização para a ação individual e coletiva.
Atualmente, há diversas formas de divulgar os conhecimentos necessários para envolver o cidadão nas ações de melhoria de suas condições de vida e de sua comunidade, na perspectiva de estimular o exercício efetivo de sua plena cidadania. 
Higiene do escolar, diz respeito às condições necessárias ao ambiente escolar e ao educando, objetivando a realização eficiente da ação educativa, e garantindo a harmonia do desenvolvimento físico e da formação psíquica.
O Programa Saúde na Escola (PSE)
Faz parte tanto do Ministério da Educação como do Ministério da Saúde, visa à integração e articulação permanente da educação e da saúde, proporcionando a melhoria da qualidade de vida da população brasileira desde a infância.
O Programa tem como objetivo contribuir para a formação integral dos estudantes por meio de ações de promoção, prevenção e atenção à saúde, levando em conta a vulnerabilidade que compromete o desenvolvimento de crianças e jovens da rede pública de ensino. 
O público alvo do PSE
São os estudantes da Educação Básica, gestores e profissionais de educação e saúde, toda a comunidade escolar (desde funcionários a professores), e de forma mais amplificada, estudantes da rede Federal de Educação Profissional e Tecnologia e da Educação de Jovens e Adultos (EJA).
O Programa Saúde nas Escolas está estruturado em quatro blocos. 
O PRIMEIRO consiste na avaliação das condições de saúde, envolvendo estado nutricional, incidência precoce de hipertensão e diabetes, saúde bucal (controle de cárie), acuidade visual e auditiva e avaliação psicológica do estudante.
O SEGUNDO trata da promoção da saúde e da prevenção, que trabalhará as dimensões da construção de uma cultura de paz e combate às diferentes expressões de violência, consumo de álcool, tabaco e outras drogas. Também neste bloco há uma abordagem à educação sexual e reprodutiva, além de estímulo à atividade física.
O terceiro bloco do programa é voltado à educação permanente e capacitação de profissionais e de jovens. O último bloco de atuação do programa prevê o monitoramento e a avaliação da saúde dos estudantes por intermédio de duas pesquisas.
O tempo de execução 
De cada parte deve ser planejado pela Equipe de Saúde da Família, levando em conta o ano letivo e o projeto político-pedagógico da escola. 
As ações previstas na Saúde nas Escolas serão acompanhadas por uma comissão de educação e de saúde, formada por pais, professores e representantes da saúde, que poderão ser os integrantes da equipe de conselheiros locais.
HIGIENE HOSPITALAR
As infecções hospitalares são as que afetam o paciente durante sua internação. O controle e vigilância do cumprimento das normas de higiene do hospital dependem da equipe de enfermagem, por serem os profissionais que acompanham e atendem o paciente durante todo o dia. 
 Um descuido no cumprimento das normas – lavagem das mãos, esterilização, desinfecção, limpeza – aliado à existência de pacientes imunodeprimidos, incapazes de reagir a microrganismos, ou pacientes sujeitos aos problemas da tecnologia e procedimentos complexos, podem provocar uma infecção intra-hospitalar ou hospitalar, ao entrarem em contato com os germes
 As infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS) podem ser originadas por:
Flora do próprio paciente – infecção endógena; os microrganismos existentes na flora do próprio paciente convertem-se em patógenos pelas manipulações ou atos terapêuticos que modificam a sua estrutura e sensibilidade;
Flora de outro paciente – a infecção é transmitida de um paciente para outro.
Flora Nosocomial - infecção acontece através da contaminação com os microrganismos do próprio hospital
Os mecanismos mais comuns de transmissão:
Contato direto ou físico de dois indivíduos – mãos, corpo;
Contato indireto ou por objetos contaminados; esse mecanismo tem uma grande variedade de formas: contato com comadres, papagaios, mamadeiras, copos, materiais sujos, mal desinfetados ou mal esterilizados;
Vias respiratórias, quando se disseminam os microrganismos em gotículas ou aerossol, podendo ser inalados ou depositados na pele ou nas mucosas;
Vetores – quando o mecanismo de transmissão são os insetos ou artrópodes que depositam os microrganismos nos objetos e alimentos por onde passam, podendo infectar o paciente;
Inoculação traumática – quando se introduz o microrganismo no paciente mediante alguma técnica médica, cirúrgica ou de enfermagem.
Para o controle de IRAS, são tomadas medidas relacionadas com:
A formação de equipes multiprofissionais especializadas em normas de higiene e profilaxia;
A discussão entre a equipe sobre os níveis de infecção da unidade;
Aplicação de normas preventivas;
O uso adequado de antibióticos;
A adoção de tratamentos menos agressivos para com o organismo
Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH)
Responsável por uma série de medidas como o incentivo da correta higienização das mãos dos profissionais de saúde; o controle do uso de antimicrobianos, a fiscalização da limpeza e desinfecção de artigos e superfícies, etc.
Essa comissão deve:
Desenvolver ações na busca ativa das IRAS;
Avaliar e orientar as técnicas relacionadas com procedimentos invasivos;
Participar da equipe de padronização de medicamentos;
Prevenir e controlar as IRAS;
Controlar o uso de antibiótico;
Implantar e manter o sistema de vigilância epidemiológica das IRAS;
Elaborar treinamentos periódicos das rotinas do CCIH;
Executar busca ativa aos pacientes com infecção;
CCIH - –Cuidados com Materiais Perfuro cortantes
Máxima atenção durante a realização dos procedimentos;
Jamais utilizar os dedos como anteparo durante a realização de procedimentos que envolvam materiais perfuro cortantes;
As agulhas não devem ser reencapadas, entortadas, quebradas ou retiradas da seringa com as mãos;
Cuidados com Materiais Perfuro cortantes
Todo material perfurocortante (agulhas, scalp, lâminas de bisturi, vidrarias, entre outros), mesmo que estéril, deve ser desprezado em recipientes resistentes à perfuração e com tampa;
Os recipientes específicos para descarte de material não devem ser preenchidos acima do limite de 2/3 de sua capacidade total e devem ser colocados sempre próximos do local onde é realizado o procedimento.
Equipe da CCIH
Médicos
Enfermeiros
Farmacêuticos
Epidemiologista (Vigilância Sanitária)
Lixo Hospitalar
Lixo hospitalar é o lixo que resulta da manipulação em hospitais e clinicas, e formado em sua maioria por seringas, agulhas, luvas, fraudas, sondas, cateteres e demais materiais descartáveis. Esse lixo representa um grande perigo a saúde, uma vez que pode estar contaminado com micro-organismos causadores de doenças.
Lixo Hospitalar
Esse lixo deve ser recolhido por empresas especializadas, seu destino é o incinerador onde é queimado.
Conhecido como RSS (Resíduos de serviços de saúde)
Classificação dos RSS
Grupo A:
Resíduos com a possível presença de agentes biológicos que, por suas características de maior virulência ou concentração, podem apresentar risco de infecção.
Sangue e hemoderivados 
Excreções, secreções e líquidos orgânicos
Meios de cultura
Tecidos, órgãos, fetos e peças anatômicas
Filtros de gases aspirados de áreas contaminadas
Resíduos advindos de área de isolamento
Grupo B
Resíduos de substâncias químicas que conferem risco à saúde pública ou ao meio ambiente dependendo de suas características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade e toxicidade. 
Podem ser: Efluentes de processadores de imagem (reveladores e fixadores), efluentes dos equipamentos automatizados utilizados em análises clínicas, produtos hormonais, antimicrobianos, medicamento vencidos. Saneantes, desinfetantes.
Grupo C
Quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que contenhamradionuclídeos e para os quais a reutilização é imprópria ou não prevista. São enquadrados neste grupo, todos os resíduos dos grupos A, B e D contaminados com radionuclídeos, provenientes de laboratório de análises clínicas, serviços de medicina nuclear e radioterapia. 
Grupo D
Resíduos que não apresentam risco biológico, químico ou radiológico à saúde ou ao meio ambiente. Suas características são similares às dos resíduos domiciliares. Papel de uso sanitário e fralda, absorventes higiênicos. Peças descartáveis de vestuário. Resto alimentar de pacientes. 
Grupo E
Materiais perfuro cortantes ou escarificantes: objetos e instrumentos contendo cantos, bordas, pontas ou protuberâncias rígidas e agudas, capazes de cortar ou perfurar.
HIGIENIZAÇÃO DAS MAÕS
É a medida individual mais simples e menos dispendiosa para prevenir a propagação das infecções relacionadas à assistência à saúde. Recentemente, o termo “lavagem das mãos” foi substituído por “higienização das mãos” devido à maior abrangência deste procedimento.
O termo engloba a higienização simples, a higienização antisséptica, a fricção antisséptica e a antissepsia.
 As mãos constituem a principal via de transmissão de microrganismos durante a assistência prestada aos pacientes, pois a pele é um possível reservatório de diversos microrganismos, que podem se transferir de uma superfície para outra, por meio de contato direto (pele com pele), ou indireto, através do contato com objetos e superfícies contaminados.
A higienização das mãos apresenta as seguintes finalidades:
• Remoção de sujidade, suor, oleosidade, pelos, células descamativas e da microbiota da pele, interrompendo a transmissão de infecções veiculadas ao contato;
 • Prevenção e redução das infecções causadas pelas transmissões cruzadas.
 Devem higienizar as mãos todos os profissionais que trabalham em serviços de saúde, que mantém contato direto ou indireto com os pacientes, que atuam na manipulação de medicamentos, alimentos e material estéril ou contaminado. 
As mãos dos profissionais que atuam em serviços de saúde podem ser higienizadas utilizando-se: água e sabão, preparação alcoólica e antisséptico.
TÉCINICAS - As técnicas de higienização das mãos podem variar, dependendo do objetivo ao qual se destinam. Podem ser divididas em:
HIGIENIZAÇÃO SIMPLES DAS MÃOS – Remover os microrganismos que colonizam as camadas superficiais da pele, assim como o suor, a oleosidade e as células mortas, retirando a sujidade propícia à permanência e à proliferação de microrganismos.
Duração do procedimento: 40 a 60 segundos.
HIGIENIZAÇÃO ANTISSÉPTICA DAS MAÕS - Promover a remoção de sujidades e de microrganismos, reduzindo a carga microbiana das mãos, com auxílio de um antisséptico.
Duração do procedimento: 40 a 60 segundos.
A técnica de higienização antisséptica é igual àquela utilizada para higienização simples das mãos, substituindo-se o sabão por um antisséptico. Exemplo: antisséptico degermante.
FRICÇÃO ANTISSÉPTICA DAS MÃOS - Reduzir a carga microbiana das mãos (não há remoção de sujidades). A utilização de gel alcoólico a 70% ou de solução alcoólica a 70% com 1-3% de glicerina pode substituir a higienização com água e sabão quando as mãos não estiverem visivelmente sujas.
Duração do Procedimento: 20 a 30 segundos.
ANTISSEPSIA CIRÚRGICA - Eliminar a microbiota transitória da pele e reduzir a microbiota residente, além de proporcionar efeito residual na pele do profissional.
As escovas utilizadas no preparo cirúrgico das mãos devem ser de cerdas macias e descartáveis, impregnadas ou não com antisséptico e de uso exclusivo em leito ungueal e subungueal.
Para este procedimento, recomenda-se: Antissepsia cirúrgica das mãos e antebraços com antisséptico degermante.
Duração do Procedimento: de 3 a 5 minutos para a primeira cirurgia e de 2 a 3 minutos para as cirurgias subsequentes (sempre seguir o tempo de duração recomendado pelo fabricante).
HIGIENE OCUPACIONAL - A SAÚDE DE QUEM CUIDA 
Higiene ocupacional é a ciência responsável por avaliar e analisar os riscos ocupacionais, assim como promover medidas corretivas e preventivas relacionadas ao ambiente de trabalho, assegurando a saúde do servidor.
O que são riscos ocupacionais?
Os riscos ocupacionais são os danos em potencial à saúde do trabalhador classificados em cinco categorias, sendo: físico, químico, biológico, acidente e ergonômico.
O que são agentes de riscos?
Risco físico: Formas de energia perceptíveis ao sentido humano: ruído, vibrações, pressões anormais, temperatura, radiações ionizantes e radiações não ionizantes; umidade;
Risco químico: Substâncias químicas que estão presentes no ambiente são classificados em gases, vapores e aerodispersóides (estes últimos são subdivididos ainda em poeiras, fumos, névoas, neblinas, fibras); podemos entender os agentes químicos como todas as substâncias puras, compostos ou produtos (misturas) que podem entrar em contato com o organismo por uma multiplicidade de vias, expondo o servidor;
Risco biológico: são os agentes que se apresentam na forma de microrganismos e parasitas infecciosos vivos e suas toxinas, tais como: bactérias, fungos, bacilos, parasitas, protozoários e vírus, entre outros organismos, que podem penetrar no corpo humano através da pele, mucosas, por ingestão ou por via respiratória; agentes estes que os servidores estão de forma habitual ou permanente em contato.
Risco de acidente: Situações da estrutura física que influenciam na ocorrência de acidentes como: arranjo físico inadequado, máquinas e equipamentos sem proteção, ferramentas inadequadas ou defeituosas, iluminação inadequada, eletricidade, probabilidade de incêndio ou explosão, armazenamento inadequado, animais peçonhentos, outras situações de risco que poderão contribuir para a ocorrência de acidentes. 
Risco ergonômico: Agentes ergonômicos são os que fazem a relação direta homem x postos de trabalho e que possam interferir negativamente nos trabalhadores tais como: esforço físico intenso, levantamento e transporte manual de peso, exigência de postura inadequada, controle rígido de produtividade, imposição de ritmos excessivos, jornadas de trabalho prolongadas, monotonia e repetitividade e outras situações causadoras de stress físico e/ou psíquico.
OBSERVAÇÃO
Ao cuidar de seus clientes, os Técnicos em Enfermagem devem também preocupar-se com os cuidados necessários à preservação de sua própria saúde, seja na realização de técnicas de acordo com o preconizado, seja utilizando-se dos equipamentos necessários para tal, uma vez que são bastante suscetíveis a situações de risco e acidentes, como as descritas a seguir:
Lombalgia (Dor lombar)
Afeta significativa parcela dos trabalhadores da área de enfermagem, daí a importância de se educar o trabalhador para que faça os movimentos adequados, visando evitar futuras complicações.
Acidentes com material perfuro cortante
Os profissionais devem ser orientados quanto aos diversos riscos no manuseio desses materiais, tendo em vista os riscos aí envolvidos e o descaso quanto ao seu manuseio e eliminação. Exemplo: corriqueiramente, vemos profissionais reencaparem as agulhas após sua utilização, o que é completamente incorreto.
Contato com produtos químicos
Mais acentuado no ambiente hospitalar seja durante o manuseio de medicamentos - que acabam sendo inalados quando de seu preparo - seja pelo contato com produtos utilizados em desinfecção, esse fato igualmente não recebe a devida atenção.
Contato com secreções e eliminações
A probabilidade de adquirir uma doença infectocontagiosa representa sério problema entre os profissionais de saúde. Para sua minimização, as instituições devem dar especial atenção aos programas de educação continuada, vacinação, monitoramento periódico da incorporação de novos hábitos e fiscalização da utilização dos equipamentos de proteção individual.
Estresse
O permanente convívio com situações-limite faz com que o profissional de saúde tenha maior susceptibilidade ao estresse, seja devido ao contato com a misériae o sofrimento humanos, seja pela impotência diante da dimensão dos problemas, dificuldades e complexidade do trabalho em equipe. 
No caso da mulher, soma-se ainda a percepção de desvalorização de seu trabalho e a sobrecarga de atividades externas (o cuidado com familiares e a casa, por exemplo). 
Irritação, cansaço e desânimo.
Frequentes no dia-a-dia, estes problemas refletem as condições insatisfatórias de trabalho, merecendo investimento sério e urgente.
CIPA - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes
Características: A CIPA tem suporte legal no artigo 163 da Consolidação das Leis do Trabalho e na Norma Regulamentadora nº 5 (NR 5), aprovada pela Portaria nº 08/99, da Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego. A NR 5 trata do dimensionamento, processo eleitoral, treinamento e atribuições da CIPA. 
Objetivo: O objetivo da CIPA é "observar e relatar as condições de risco nos ambientes de trabalho e solicitar medidas para reduzir até eliminar os riscos existentes e/ou neutralizar os mesmos..." Sua missão é, portanto, a preservação da saúde e integridade física dos trabalhadores.
Seu papel mais importante é o de estabelecer uma relação de diálogo e conscientização, de forma criativa e participativa, entre gerentes e empregados, em relação à forma como os trabalhos são realizados, objetivando sempre melhorar as condições de trabalho, visando a humanização do trabalho. Não obstante, a CIPA é um órgão supra corporativo e independente, não subordinado a nenhuma área da empresa nem a nenhum funcionário desta.
Principais atribuições da CIPA
Discutir e ajudar na investigação dos acidentes ocorridos, na empresa e de trajeto;
– Sugerir medidas de prevenção e neutralização dos riscos no ambiente de trabalho, que se julguem necessárias;
– Promover a divulgação e zelar pela observância das normas de segurança do Ministério do Trabalho, como as normas de segurança da empresa;
– Promover o interesse dos empregados pela preservação de acidentes e doenças ocupacionais, ser propagador das questões de segurança;
– Realizar inspeções de segurança na empresa, seja por causa de denúncia dos empregados, do empregador ou iniciativa própria. Relatar os riscos encontrados ao empregador e Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT) para que os mesmos tomem as medidas de correção necessárias;
– Promover anualmente em conjunto com o SESMT (onde houver) a Semana Interna de Prevenção de Acidentes – SIPAT;
– Participar anualmente em conjunto com a empresa de campanhas de prevenção ao HIV/AIDS; 
– Participar anualmente em conjunto com a empresa de campanhas de prevenção ao HIV/AIDS; 
– Participar das reuniões ordinárias (mensais), e extraordinárias (quando houver caso de riscos iminente – risco de morte);
– Registrar as reuniões mensais em livro próprio e entregar e entregar cópias aos membros da CIPA e empregador;
– Solicitar cópia das Comunicações de acidentes de trabalho (CAT’s) emitidas e discuti-las nas reuniões mensais; 
– Sugerir cursos, melhorias e adequações no ambiente de trabalho sempre que necessário;
– Participar com o SESMT (onde houver) das investigações de acidentes de trabalho, causas e fontes de risco. E acompanhar a implantação das medidas corretivas;
– Requisitar ao empregador e analisar informações que tenham interferido na segurança e saúde dos trabalhadores;
– Requerer do SESMT (onde houver) e do empregador a paralisação de máquina ou setor que considere haver risco grave e iminente (risco de morte) a saúde e vida do trabalhador;
– Colaborar na elaboração e implantação dos programas de saúde da empresa, Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA), Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) e outros programas relacionados a saúde no trabalho;
– Elaborar Mapa de Riscos da empresa em parceria com o SESMT (onde houver), na ocasião entrevistar funcionários sobre riscos encontrados no ambiente de trabalho.
Estabilidade 
A Consolidação das Leis do Trabalho e a Constituição Federal brasileira garantem aos membros titulares da CIPA eleitos (os representantes dos empregados) dois anos de estabilidade no emprego, durante os quais só poderão ser desligados através de demissão por justa causa. O período de estabilidade, na verdade, tem uma duração um pouco maior do que dois anos: vai do momento de registro da candidatura do empregado à CIPA até um ano após o término de seu mandato.
Hoje é reconhecida também a estabilidade do suplente eleito, conseguida através de jurisprudência.

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