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SP2 - Alterações Funcionais

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SP2 - Alterações Funcionais
1. DISSERTE SOBRE A FISIOLOGIA DA DIGESTÃO
https://www.ufjf.br/laura_leite/�les/2019/06/Sistema-gastrintestinal-I1.pdf
https://midia.atp.usp.br/impressos/redefor/EnsinoBiologia/Fisio_2011_2012/Fisiologia_v2_semana04.pdf
● Principais processos �siológicos do sistema gastrintestinal:
- MOTILIDADE: impulsiona o alimento ingerido a partir da boca até o reto
- SECREÇÃO: contribui para a digestão dos alimentos e absorção dos nutrientes
- DIGESTÃO: degradação dos alimentos em moléculas passíveis de absorção
- ABSORÇÃO: proporciona a captação de nutrientes, eletrólitos e água
- EXCREÇÃO: eliminação dos produtos não absorvidos
2. DIFERENCIE EPISÓDIO DIARREICO X DIARRÉIA X DISENTERIA:
https://www.sbp.com.br/�leadmin/user_upload/2017/03/Guia-Pratico-Diarreia-Aguda.pdf
De acordo com a OMS, a doença diarréica pode ser classi�cada em três categorias.
Diarreia aguda aquosa: diarreia que pode durar até 14 dias e determina perda de grande volume de �uidos e pode causar
desidratação. Pode ser causada por bactérias e vírus, na maioria dos casos. A desnutrição eventualmente pode ocorrer
se a alimentação não é fornecida de forma adequada e se episódios sucessivos acontecem.
Diarreia aguda com sangue (disenteria): é caracterizada pela presença de sangue nas fezes. Representa lesão na
mucosa intestinal. Pode associar-se com infecção sistêmica e outras complicações, incluindo desidratação. Bactérias
do gênero Shige�a são as principais causadoras de disenteria
Diarreia persistente: quando a diarreia aguda se estende por 14 dias ou mais. Pode provocar desnutrição e
desidratação. Pacientes que evoluem para diarréia persistente constituem um grupo com alto risco de complicações e
elevada letalidade
https://www.ufjf.br/laura_leite/files/2019/06/Sistema-gastrintestinal-I1.pdf
https://midia.atp.usp.br/impressos/redefor/EnsinoBiologia/Fisio_2011_2012/Fisiologia_v2_semana04.pdf
https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/2017/03/Guia-Pratico-Diarreia-Aguda.pdf
3. EXPLIQUE SOBRE DIARRÉIA AGUDA E CRÔNICA (de�nição, epidemiologia, causas, quadro clínico, diagnóstico e
tratamento)
Definição e classificação das diarreias
A diarreia é um sintoma/sinal caracterizado por dois componentes principais: aumento no número de
evacuações (mais de três vezes ao dia) e diminuição da consistência. Um terceiro componente, o peso
(mais de 200 g/dia), pode ser considerado, porém, é de difícil avaliação na clínica diária. As diarreias
podem ser classificadas, basicamente, de duas maneiras: quanto ao tempo de evolução, em agudas e
crônicas, e quanto à etiologia, em infecciosas e não infecciosas. A classificação quanto ao tempo é
definida pela duração do sintoma, sendo consideradas diarreias agudas aquelas com duração de até 15
dias, e diarreias crônicas quando os sintomas duram mais de 30 dias. O intervalo entre 15 e 30 dias é
considerado, por alguns, diarreia persistente, enquanto outros preferem classificar a diarreia que dura
mais de 15 dias como crônica.
Uma vez que o tempo é fator determinante das diarreias agudas e crônicas, toda diarreia crônica
começa como um quadro de diarreia aguda, insidiosa ou exuberante, e, dependendo da regressão
espontânea ou da resposta a medidas terapêuticas utilizadas, poderá se prolongar até caracterizar uma
diarreia crônica. O agente/fator etiológico será indicativo da maior ou menor probabilidade de evolução
crônica. Outra forma de classificação das diarreias, baseada no mecanismo fisiopatológico mais
importante, separa-as em quatro tipos: osmóticas, secretoras, exsudativas e motoras.
Etiologia
A etiologia das diarreias infecciosas e não infecciosas é extremamente variável, tendo, cada uma,
características fisiopatogênicas e clínicas específicas. A seguir, são descritas as características
epidemiológicas, fisiopatológicas e clínicas das diarreias infecciosas: Vírus: inúmeros agentes virais
podem desencadear quadros diarreicos. Há, no entanto, um grupo que tem predileção pelo tubo
digestivo. São transmitidos por água conta minada ou de uma pessoa para outra, estando associados a
surtos epidêmicos. Os mais prevalentes são o rotavírus e o norovírus. A fisiopatologia das alterações
intestinais ainda é mal compreendida, porém, sugere-se um possível efeito de proteína viral como
enterotoxina. Outro agente viral, o citomegalovírus, consiste também em uma infecção prevalente em
todo o mundo, a qual é usualmente sintomática apenas em indivíduos imunocomprometidos. As
diarreias virais manifestam-se em um contexto de gastroenterite aguda, com fezes aquosas, tendo
como característica importante a presença de vômitos, com duração habitualmente curta (máximo de 72
horas). A infecção pelo citomegalovírus pode se apresentar, no entanto, como forma persistente (entre
15 e 30 dias) e disentérica. Bactérias: são a segunda causa mais frequente das diarreias agudas, após
os vírus.
Fisiopatologia
Osmótica: depende da presença de soluto hiperosmolar no lúmen intestinal. É a clássica diarreia da
criança que comeu muito doce em algum evento no dia anterior. Outro exemplo é intolerância à lactose,
quadro no qual o acúmulo desse nutriente na luz intestinal, devido à deficiência de lactase (enzima que
digere a lactose), favorece a retenção de água e íons.
Secretora: ocorre secreção ativa de água e eletrólitos a partir da ativação do AMPc intracelular. É uma
diarreia volumosa que não cessa com o jejum. Um exemplo típico é a diarreia por Vibrio cholerae, que
gera deficiência importante de água e eletrólitos, classicamente conhecida como “diarreia em água de
arroz”.
Motora: é um distúrbio funcional que acarreta no aumento da motilidade gastrointestinal. Exemplo típico
é a Síndrome do Intestino Irritável (SII), no qual não há causa orgânica aparente que justifique o quadro,
mas há alternância entre ritmo constipado e diarreico. Outro exemplo é o hipertiroidismo que cursa com
o aumento do metabolismo de todas as células.
Inflamatória: é uma diarreia resultante de agressão da mucosa intestinal, cursando com sangramento,
produção de muco, presença de leucócitos e aumento na calprotectina (marcador não invasivo das
doenças inflamatórias) nas fezes. Algumas causas conhecidas são a diarreia por coli enteroinvasiva e
Doença Inflamatória Intestinal (DII). Como supracitado, em geral, nos quadros agudos não há
necessidade de investigação profunda da causa, visto que a maioria das diarreias são limitadas (por
volta de 7 dias). No entanto, é importante valorizar o estado nutricional e de hidratação do paciente.
Alterações no turgor/elasticidade da pele, ausência de lágrimas, retração palpebral e alteração do
estado mental são indicativos de desidratação. O tratamento com soro de reidratação oral está indicado
para todos os pacientes, visto que o mecanismo de co-transporte Na/aminoácido/glicose, que otimiza a
absorção de água no intestino delgado, mantém sua função. Em casos mais severos, pode-se optar
pela hidratação venosa. Alguns dados devem ser questionados para avaliação do agente agressor na
fase aguda como o uso recente de antibióticos (infecção por C. difficile), esteatorreia (presença de
gordura nas fezes, como por exemplo, no caso de infecção por Giardia), ingestão de alimentos com má
conservação (infecção por S. aureus), visualização de parasitos, presença de sangue nas fezes e sua
coloração (melena: sangue enegrecido semelhante a borra de café sugere hemorragia digestiva alta; e
enterorragia/hematoquezia: sangue vermelho vivo nas fezes sugere hemorragia digestiva baixa) e idade
(suspeita de carcinoma colorretal).
Mecanismos
1. Diarreia osmótica – presença de moléculas solúveis em água que levam a retenção osmótica da água.
2. Diarreia secretória – aumento da secreção dos �uídos isotônicos da mucosa intestinal.
3. Diarreia exudativa – áreas in�amadas do intestino podem causar secreção de substâncias como pus, soro, muco
e pus, causando diarreia.
4. Diarreia motora – ressecção intestinal ou fístulas enteroentéricas. A diarreia segundo a origem é classi�cada
em alta com volume grande evacuado contendorestos alimentares, baixa freqüência, cessa após jejum,
esteatorréia e distenção abdominal e; baixa contendo volume pequeno de fezes, não cessa após jejum, eliminação
de muco pode ocorrer, freqüência grande.
Diagnóstico
Diarreia aguda
O pleomor�smo etiológico, �siopatológico e clínico da diarreia exige do médico que atende aos pacientes
portadores dessa manifestação clínica um conhecimento profundo da epidemiologia e da �siopatologia de seus
agentes desencadeantes, de forma a poder fazer um diagnóstico clínico com maiores chances de acerto. Antes
disso, no entanto, faz-se necessário classi�car a diarréia aguda ou crônica, o que de�nirá a abordagem inicial. A
grande maioria das diarreias agudas é autolimitada, com tendência à regressão espontânea, exigindo apenas
tratamento sintomático. A tentativa de de�nição etiológica deve ser limitada à interpretação dos dados
epidemiológicos e clínicos, que permitirão hipóteses diagnósticas acuradas o bastante para servirem de guia às
medidas terapêuticas. Como em todo exercício diagnóstico em medicina, os primeiros passos serão uma boa
história clínica e o exame físico. Na avaliação de um paciente com diarreia algumas questões são importantes na
coleta dos dados da história:
• Tempo de evolução: como enfatizado anteriormente, uma evolução maior que 15 ou 30 dias, caracterizando
quadros persistentes ou crônicos, mudará a abordagem diagnóstica, uma vez que esses casos necessitam de uma
investigação complementar mais ampla, diferentemente dos quadros de diarreia aguda.
- Diarreias tóxicas: surgem entre 4 e 24 horas após a ingestão do alimento contaminado por toxinas de bactérias
como Staphylococcus aureus, Clostridium perfringens e Baci�us cereus, e tendem a regredir logo após a
eliminação da toxina, entre 1 e 2 dias após seu início. - Diarreia infecciosas: ocorrem 48 horas ou mais após a
contaminação. São mais frequentemente secundárias a infecções virais, porém, podem ser causadas por bactérias
ou protozoários. A duração das diarreias virais não costuma ser maior que 3 a 4 dias, ao passo que as bacterianas
podem evoluir por até 7 dias. Quadros diarreicos que duram mais de 1 semana devem levantar a suspeita de
infecção por protozoários.
- Diarreias funcionais: ao contrário das diarreias orgânicas, as funcionais apresentam características como
duração maior que três meses (Roma III), ausência de sintomas ou sinais de alarme como perda de peso
signi�cativa, são intermitentes e não costumam acontecer durante a noite.
• Características físicas das evacuações: consistência, presença de sangue ou muco, volume, número, presença de
gordura – diarreias secundárias a doenças do delgado costumam sem aquosas e volumosas, apresentando risco
maior de desidratação. Ao contrário, nas diarreias secundárias a colites as fezes são de pequeno volume e podem
apresentar muco ou sangue, o que será sugestivo de infecção por microrganismo com potencial invasivo
(Campylobacter, E. coli, Shige�a e V. parahemolyticus). Presença de gordura nas fezes sugere doença
disabsortiva. • Presença de outros sintomas: febre, náusea, vômitos, dor abdominal – a febre é sugestiva de
doença infecciosa, mais frequentemente viral. Já a presença de vômitos deve servir de alerta para a maior
probabilidade de desidratação, uma vez que aumenta a perda de líquidos, ao mesmo tempo que prejudica a
reposição oral. Além disso, vômitos sem diarreia ou com diarreia mínima são sugestivos de etiologia viral. A
presença de dor abdominal torna pouco provável o diagnóstico de diarreia funcional.
• Dados epidemiológicos: contatos, viagens, uso de medicamentos, refeições em ambientes que não o domicílio,
ingestão de alimentos crus, principalmente frutos do mar (ostras). • Antecedentes patológicos pessoais: alergias
(gastroenterites eosinofílicas), diabete melito (neuropatia diabética), doenças pancreáticas (má absorção),
intolerância à lactose (diarreia osmótica), hipertiroidismo (hiperperistaltismo), infecção pelo HIV
(imunodepressão), cirurgias digestivas mutilantes, como colectomias, gastrectomias e ressecções do intestino
delgado (diminuição da superfície absortiva).
• Antecedentes patológicos familiares: história de doenças neoplásicas, doença intestinal in�amatória ou doença
celíaca na família devem servir de alerta para a possibilidade desses diagnósticos, dependendo dos demais dados
clínicos apresentados. O exame físico do paciente com diarreia é útil, principalmente para avaliar a severidade
dos sintomas. A avaliação do nível de desidratação através do turgor da pele, da frequência cardíaca e da
mensuração da pressão arterial em decúbito e sentado é o mais importante dado a ser colhido, uma vez que ditará
a necessidade, ou não, da hidratação venosa. O exame do abdome avaliará distensão e sensibilidade abdominais.
Vale lembrar, ainda, que patologias in�amatórias do tubo digestivo apresentam manifestações extraintestinais
que poderão ser identi�cadas durante o exame físico. Fazem parte dessas manifestações as lesões oculares como
irites, iridociclites e ceratoconjuntivites, eritema nodoso, pioderma gangrenoso, artrites e ulcerações aftoides,
associadas à síndrome de Behçet e às doenças intestinais in�amatórias (retocolite ulcerativa inespecí�ca e
doença de Crohn). Achados in�amatórios articulares são também associados a infecções por. enterocolitica e C.
jejuni, como parte da síndrome de Reiter.
Diarreia crônica
A persistência de quadro de diarreia por mais de 4 semanas, ou por mais de 2 semanas para alguns, caracteriza a
diarreia crônica. Ao contrário da diar reia aguda, a permanência dos sintomas por tanto tempo poderá exigir
investigação cuidadosa de forma a identi�car o agente etiológico, permitindo, assim, abordagem terapêutica
especí�ca. Diretrizes da British Society of Gastroenterology sugerem o algoritmo, reproduzido na Figura 25.1,
para o diagnóstico da diarreia crônica. A coleta dos dados da história e o exame físico, como descritos para a
diarreia aguda, são essenciais. Poderão ser su�cientes para orientar abordagem terapêutica empírica, sem a
necessidade de qualquer exame complementar. O aspecto das fezes, por exemplo, poderá servir como guia na
formulação das hipóteses diagnósticas: • Diarreia crônica sanguinolenta: apesar de poder ser secundária a
infecções bacterianas por Shige�a, Salmone�a, C. di�icile, E. coli e outras, essa forma de apresentação está, mais
provavelmente, relacionada à doença intestinal in�amatória. • Diarreia crônica não sanguinolenta: pequena
probabilidade de infecções bacterianas mais comuns. A investigação deve ser direcionada para G. lamblia e C.
di�icile.
Os termos “síndrome de má absorção” ou “síndrome disabsortiva” podem ser de�nidos como qualquer síndrome
etiolo- gicamente relacionada com alguma anormalidade na absorção pelo intestino delgado. Com este
embasamento, uma grande variedade de condições necessitam ser investigadas e diferencia- das. Adicionalmente,
como o conhecimento é contínuo, outras afecções poderão ser agregadas, no futuro. Considera-se a má digestão
como resultante dos problemas concernentes à hidrólise do conteúdo luminal e má absorção ou disabsorção o
impedimento ao transporte através da mucosa. Entretanto, na prática clínica, má absorção é usada para
descrever o resultado �nal de ambos os processos. Quando um amplo espectro de nutrientes está envolvido,
denomina-se pan má absorção ou pandisabsorção; e, se apenas um ou uma classe de nutrientes está implicado, má
absorção seletiva ou especí�ca. Tais conceitos podem ser úteis no diag- nóstico diferencial dessas doenças
4. EXPLIQUE AS SUBCLASSIFICAÇÕES DE DIARREIA (magnitude, tempo, aspecto, localização)
5. DESCREVA A FISIOPATOLOGIA DA DIARREIA E DISENTERIA (relacionar com local acometido)
6. QUAIS SÃO AS SÍNDROMES DE MÁ ABSORÇÃO INTESTINAL E SUAS CARACTERÍSTICAS?
(Síndrome do Intestino Irritável e Doença Celíaca)
SII
A causa da síndrome do intestino irritável é desconhecida. Em muitas pessoas com SII, o trato digestivo
é especialmente sensível a vários estímulos. A pessoa pode sentir desconfortocausado por gases ou
contrações intestinais que não incomodam outras pessoas. Embora as alterações nos movimentos
intestinais causadas pela SII pareçam estar relacionadas com contrações anormais do intestino, nem
todas as pessoas que sofrem dessa síndrome têm contrações anômalas e, em muitas das que têm, as
contrações anômalas nem sempre coincidem com os sintomas. Em algumas pessoas, os sintomas da
SII têm início após um episódio de gastroenterite.
Refeições com alto teor de calorias ou uma dieta com alto teor de gordura podem ser um fator
desencadeante para algumas pessoas.
Para outras pessoas, trigo, laticínios, feijão, chocolate, café, chá, alguns adoçantes artificiais, certos
vegetais (como aspargos ou brócolis) ou frutas (como damasco) parecem agravar os sintomas. Esses
alimentos contêm carboidratos que são mal absorvidos pelo intestino delgado. Os carboidratos são
fermentados por bactérias no intestino, o que causa gases, distensão abdominal e cólicas. Uma vez que
muitos produtos alimentares contêm vários ingredientes, pode ser difícil identificar o fator
desencadeante específico.
Já outras descobrem que comer muito rápido ou comer após ficar um longo período de jejum estimula
uma exacerbação (um surto ou crise). Entretanto, essa relação não é consistente.
Fatores emocionais (por exemplo, estresse, ansiedade, depressão e medo), dieta, medicamentos
(incluindo laxantes), hormônios ou pequenos fatores irritantes podem desencadear ou piorar uma
exacerbação da SII.
Nem sempre a pessoa apresenta os sintomas após um fator que normalmente os desencadearia, e os
sintomas frequentemente aparecem sem nenhum fator desencadeante óbvio. A maneira pela qual todos
os fatores desencadeantes se relacionam com as causas da SII é desconhecida.
Sintomas
A SII tende a começar na adolescência e por volta dos 20 anos de idade, causando surtos de sintomas
que aparecem e desaparecem em intervalos irregulares. O início dos sintomas da SII na idade adulta
avançada ocorre com menos frequência, mas não é uma ocorrência rara. As exacerbações ocorrem
quase sempre quando a pessoa está acordada e raramente despertam uma pessoa de seu sono.
Os sintomas da síndrome de intestino irritável incluem dor abdominal relacionada ou aliviada pela
evacuação (defecação), mudança na frequência da defecação (como, por exemplo, constipação ou
diarreia) ou na consistência das fezes (moles ou empelotadas e duras), inchaço (distensão) abdominal,
muco nas fezes e a sensação esvaziamento incompleto após a defecação. A dor pode se apresentar
em episódios de dor contínua e forte ou cólicas, normalmente na região inferior do abdômen.
Distensão abdominal, gases, náusea, dores de cabeça, fadiga, depressão, ansiedade, dores
musculares e dificuldade de concentração são outros possíveis sintomas.
Em geral, a característica e a localização da dor, os fatores desencadeantes e o padrão dos
movimentos intestinais são relativamente constantes ao longo do tempo. Entretanto, os sintomas podem
aumentar ou diminuir em gravidade, bem como também mudar com o tempo.
Diagnóstico
● Avaliação médica com base nos critérios de Roma
● Exames de laboratório e de imagem para procurar outros problemas de saúde
A maioria das pessoas com SII parece ser saudável. O médico faz o diagnóstico da síndrome de
intestino irritável com base nas características dos sintomas da pessoa. O médico também utiliza
critérios padronizados, baseados em sintomas, para diagnosticar a SII, denominados critérios de Roma.
É possível que ele também faça exames para diagnosticar doenças comuns que podem causar
sintomas semelhantes, sobretudo quando a pessoa tiver mais de 40 anos ou estiver apresentando
sinais de alerta como, por exemplo, febre, perda de peso, sangramento retal ou vômito.
O médico utiliza os critérios de Roma para diagnosticar a SII em pessoas que tiveram dor abdominal no
mínimo uma vez por semana nos últimos três meses, juntamente com dois ou mais dos seguintes
sintomas:
● Dor que está relacionada à defecação.
● Dor associada a uma mudança na frequência da evacuação (constipação ou diarreia).
● Dor que está relacionada a uma alteração na consistência do alimento.
O exame físico geralmente não revela nada anormal, exceto sensibilidade na região do intestino grosso
algumas vezes. O médico realiza um exame retal digital, em que um dedo enluvado é inserido no reto
da pessoa. As mulheres realizam um exame pélvico.
O médico geralmente realiza alguns exames – por exemplo, exames de sangue e de fezes – para
diferenciar a SII de outros quadros clínicos como a doença de Crohn, a colite ulcerativa, câncer
(principalmente em pessoas com mais de 40 anos), colite colagenosa, colite linfocítica, doença celíaca e
muitas outras doenças e infecções que podem causar dor abdominal e alterações nos hábitos
intestinais. O resultado desses exames é geralmente normal em pessoas com SII.
O médico geralmente realiza outros exames como, por exemplo, uma ultrassonografia abdominal,
radiografias do intestino ou uma colonoscopia em pessoas idosas ou naquelas com sintomas incomuns
para a SII como, por exemplo, febre, fezes sanguinolentas, perda de peso e vômito. É possível que o
médico faça um exame para descartar a presença de intolerância à lactose ou de crescimento
excessivo de bactérias e faça perguntas para descartar a possibilidade de abuso de laxantes.
Outros distúrbios do trato digestivo (como, por exemplo apendicite, doença da vesícula biliar, úlceras e
câncer) podem aparecer em pessoas com SII, sobretudo após os 40 anos de idade. Assim, outros
exames podem ser necessários caso os sintomas da pessoa apresentem uma mudança significativa,
caso novos sintomas surjam ou caso os sintomas sejam incomuns para a SII.
Uma vez que os sintomas da SII podem ser desencadeados por estresse e conflitos emocionais, o
médico faz perguntas para ajudar a identificar a presença de estresse, ansiedade ou transtornos do
humor.
Tratamento
● Consumir uma dieta normal e evitar alimentos que produzem gases e que causam diarreia
● Aumentar o consumo de fibra e de água no caso de constipação
● Às vezes medicamentos
O tratamento da síndrome do intestino irritável difere de pessoa para pessoa. Se alimentos específicos
ou tipos de estresse derem a impressão de causar o problema, eles devem ser evitados, se possível.
Para a maioria das pessoas, sobretudo as que tendem a sofrer de constipação, a atividade física regular
ajuda a manter a função normal do trato digestivo.
Outros tratamentos
Técnicas de modificação comportamental (como, por exemplo, a terapia cognitivo-comportamental),
psicoterapia e hipnoterapia (hipnose) geralmente são eficazes para o controle dos sintomas da SII.
DC
A doença celíaca é uma doença hereditária causada pela sensibilidade a uma fração de gliadina do
glúten, uma proteína encontrada no trigo; proteínas similares estão presentes na cevada e no centeio.
Em um indivíduo geneticamente predisposto, células T sensíveis ao glúten são ativadas quando
peptídeos e epitopos derivados do glúten são apresentados. A resposta inflamatória provoca a
característica atrofia dos vilos da mucosa do intestino delgado.
Manifestações clínicas
A apresentação clínica é variável. Alguns pacientes são assintomáticos ou apenas apresentam sinais de
deficiência nutricional. Outros têm sintomas gastrointestinais significativos.
A doença celíaca pode se manifestar na infância depois da introdução de cereais na dieta. A criança
tem dificuldades de se desenvolver, apatia, anorexia, palidez, hipotonia generalizada, distensão
abdominal e perda de massa muscular. As fezes são amolecidas, esfareladas, com cor de barro e mal
cheirosas. Crianças mais velhas podem apresentar anemia ou dificuldade para crescer normalmente.
Nos adultos, cansaço, fraqueza e anorexia são mais comuns. Diarreia leve e intermitente algumas
vezes é o sintoma inicial. A esteatorreia (fezes mal cheirosas, pálidas, volumosas e gordurosas) varia de
leve a grave (7 a 50 g de gordura/dia). Alguns pacientes têm perda ponderal, raramente o suficiente
para ficarem emagrecidos.Anemia, glossite, estomatite angular e úlceras aftóides são geralmente vistas
nesses pacientes. Manifestações da deficiência de vitamina D e cálcio (p. ex., osteomalacia, osteopenia,
osteoporose) são comuns. Tanto homens como mulheres podem ter fertilidade reduzida; mulheres
podem não ter períodos menstruais.
Cerca de 10% dos pacientes têm dermatite herpetiforme, exantema papulovesicular pruriginosa
simetricamente distribuída nas áreas extensoras dos cotovelos, joelhos, coxas, ombros e couro
cabeludo. Esse exantema pode ser induzido por dieta rica em glúten.
Diagnóstico
● Marcadores sorológicos
● Biópsia do intestino delgado
Suspeita-se do diagnóstico de doença celíaca clinicamente e por alterações laboratoriais sugestivas de
má absorção. A incidência familiar é uma pista importante. A doença celíaca deve ser fortemente
considerada em pacientes com deficiência de ferro sem sangramento gastrointestinal óbvio.
A confirmação do diagnóstico depende de biópsias do intestino delgado na segunda porção duodenal.
Os achados incluem falta ou encurtamento dos vilos (atrofia vilosa), células intraepiteliais com número
aumentado e hiperplasia de criptas. Entretanto, esses achados também podem ser encontrados no
espru tropical, hipercrescimento bacteriano grave, enterite eosinofílica, enterite infecciosa (p. ex.,
giardíase) e linfoma.
Pela falta de especificidade das biópsias, os marcadores sorológicos podem ajudar no diagnóstico. Um
anticorpo antiglutaminase antitecidual (AAG) e um anticorpo antiendomísio (AEM— um anticorpo contra
uma proteína do tecido conjuntivo) têm sensibilidade e especificidade superiores a 90%. Esses
marcadores também podem ser usados para a triagem de populações com alta prevalência de doença
celíaca, incluindo parentes de 1º grau dos indivíduos afetados e pacientes com doenças que ocorrem
em uma frequência maior em associação com a doença celíaca. Caso nenhum dos testes seja positivo,
o paciente deve ser submetido à biópsia de intestino delgado. Se ambos forem negativos, a doença
celíaca é bastante improvável. A titulação desses anticorpos diminui em pacientes com dieta sem glúten
e, portanto, eles são úteis para monitorar a adesão à dieta. Todos os testes diagnósticos sorológicos
devem ser feitos para pacientes que seguem uma dieta contendo glúten.
ANÁLISE LABORATORIAL
Teste de histocompatibilidade pode ser útil em situações clínicas selecionadas. Mais de 95% dos
pacientes celíacos têm o haplótipo HLA-DQ2 ou HLA-DQ8, embora esses haplótipos não sejam
particularmente específicos para a doença celíaca. Mas dada a alta sensibilidade, testes que não
conseguem mostrar HLA-DQ2 ou -DQ8 podem efetivamente descartar a doença celíaca quando a
biópsia e os marcadores sorológicos são discordantes.
Outras anormalidades laboratoriais ocorrem com frequência e devem ser pesquisadas. Elas incluem
anemias (ferropriva em crianças e por deficiência de folato em adultos); redução na albumina, cálcio,
potássio e sódio; e aumento da fosfatase alcalina e tempo de protrombina.
Testes para má absorção não são específicos para doença celíaca. Quando realizados, achados
comuns são esteatorreia de 10 a 40 g/dia e resultados anormais dos testes de d-xilose (na doença ileal
grave) e de Schilling.
Tratamento
● Dieta sem glúten
● Suplementos para repor quaisquer deficiências graves
O tratamento da doença celíaca consiste em dieta sem glúten (evitando-se alimentos que contenham
trigo, cevada ou centeio). O glúten é amplamente usado (p. ex., em sopas comerciais, molhos, sorvetes
e cachorros quentes) de modo que o paciente necessita de uma lista detalhada dos alimentos a evitar.
Recomenda-se que os pacientes procurem um nutricionista e juntem-se a um grupo de suporte celíaco.
A resposta à dieta sem glúten é geralmente rápida e os sintomas se resolvem em 1 a 2 semanas.
Mesmo a ingestão de pequenas quantidades de glúten pode dificultar a remissão ou induzir a recaída.
A biópsia do intestino delgado deve ser repetida depois de 3 a 4 meses de uma dieta sem glúten. Caso
a anormalidade persista, outras causas de atrofia vilosa (p. ex., linfoma) devem ser consideradas. A
diminuição dos sintomas e melhoria da morfologia do intestino delgado é acompanhada por uma
redução nos títulos de anticorpos antiglutaminase antitecidual (AAG) e anticorpos antiendomísio (AEM).
Podem-se suplementar vitaminas, minerais e hematínicos, dependendo das deficiências específicas.
Casos mais leves podem não necessitar de suplementação, ao passo que os casos mais graves podem
requerer reposição. Para adultos, a reposição é feita com sulfato ferroso 300 mg VO uma vez ao dia a
tid, ácido fólico 5 a 10 mg VO uma vez ao dia, suplementos de cálcio e qualquer polivitamínico. Algumas
vezes, crianças (mas raramente adultos) seriamente enfermas ou recém-diagnosticadas necessitam de
repouso intestinal e NPT.
Se determinado paciente responder mal à retirada do glúten, então o diagnóstico está incorreto ou a
doença se tornou refratária. Corticoides podem controlar os sintomas na doença refratária.
7. COMO OS FATORES SOCIOECONÔMICOS INTERFEREM NAS SÍNDROMES DE MÁ ABSORÇÃO
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micos-e-ambiente-alimentar-em-uma-cidade-do-sul-do-brasil/17918?id=17918
Os padrões alimentares representam um retrato geral do consumo de alimentos e de nutrientes, e são
caracterizados com base no hábito de ingestão usual. Nas últimas décadas, a estrutura dos padrões
alimentares em diversos países, inclusive no Brasil, vem sofrendo modificações importantes,
principalmente pelo aumento na ingestão de gorduras, açúcares e alimentos ultraprocessados e
redução no consumo de alimentos considerados de alto valor nutricional, como frutas e hortaliças, e as
alterações estão associadas às doenças crônicas não transmissíveis (DCNT)2,3.
Estudos internacionais e brasileiros mostram associações consistentes entre padrão alimentar e
características sociais, econômicas e de estilo de vida, e apresentam outros fatores que também podem
interferir nos padrões de consumo alimentar como o tamanho do domicílio, estado civil e cor da pele do
indivíduo.
Mais recentemente, o ambiente alimentar vem sendo apontado como uma importante característica
social na determinação do consumo alimentar dos indivíduos. Ambiente alimentar é definido a partir de
quatro dimensões incluindo os meios físicos, econômico, político e sociocultural. Estas dimensões se
referem às características de disponibilidade, qualidade e promoção; ao custo; as regulamentações e
normatizações e, ao sociocultural que inclui as normas, representações e significados do alimento para
um indivíduo ou grupo
O ambiente alimentar influencia os padrões alimentares através da disponibilidade, acesso, preço e
qualidade dos alimentos e também por fatores individuais como cultura, preferência, aceitabilidade e
conhecimento do indivíduo em relação ao alimento. A distância entre os pontos de comércio e a
residência, assim como a forma de deslocamento para a compra dos itens alimentares são, portanto,
fatores que constituem o ambiente alimentar.
Características socioeconômicas e ambientais não se distribuem de forma uniforme geograficamente
nas grandes cidades. Populações que vivem em áreas de baixa renda e alta vulnerabilidade social,
como as favelas nas grandes cidades, compartilham características sociodemográficas e ambientes
sociais construídos diferentes das dos indivíduos que vivem em áreas de média e alta renda e, podem
ser mais vulneráveis a padrões alimentares menos saudáveis.
8. MINTI: colonoscopia, endoscopia e retossigmoidoscopia
A primeira colonoscopia total realizada com sucesso utilizando fibra óptica foi reportada em
1966 por OVERHOLT e POLLARD. A partir de então, com o aperfeiçoamento do método e
melhor desenvolvimento técnico, esse exame despontou como o principal meio de avaliação do
cólon, sendo mais sensível do que o exame radiológico e oferecendo uma gama de opções
terapêuticas. Há 25 anos, o surgimento e aperfeiçoamento datecnologia em videoendoscopia
transformaram a colonoscopia em um procedimento de mais simples execução, facilitando
assim, seu aprendizado. No entanto, devido ao fato de ser um exame invasivo, pode trazer
certos riscos ao paciente, mesmo quando realizado por médico experiente. Dentre as
indicações para a realização da colonoscopia, o sangramento retal e anemia são as causas
mais comuns para a realização do exame, seguido pela alteração do hábito intestinal. Outras
indicações, como história familiar de câncer colorretal, emagrecimento a esclarecer, exame de
enema opaco inconclusivo e dor abdominal também são indicações frequentes. A
Colonoscopia é particularmente importante para o diagnóstico das doenças inflamatórias
intestinais, como a Doença de Chron e a Retocolite Ulcerativa. Os diagnósticos mais
frequentes nos exames realizados são os pólipos. É de grande importância a detecção e
tratamento adequados de pólipos, considerando que a maior parte dos carcinomas colorretais
decorram de pólipos adenomatosos pré-existentes (seqüência adenoma-adenocarcinoma).
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Outros achados comuns são divertículos e, mais raramente, neoplasias intestinais avançadas.
Apesar de sua alta sensibilidade, a colonoscopia pode apresentar resultados falso-negativos,
fato que pode ser atribuído a impossibilidade anatômica de visibilizar o ceco, preparo intestinal
inadequado ou técnica e treinamento inapropriados. É de fundamental importância o
conhecimento das complicações associadas ao uso da colonoscopia, por ser exame
rotineiramente utilizado. As principais citadas na literatura são: sangramento, perfuração e
alterações cardiopulmonares associadas à sedação. Sangramento e perfuração após
polipectomias endoscópicas são as complicações mais freqüentes, ocorrendo respectivamente
em torno de 2% e até 0,5%. Assim, as polipectomias devem ser realizadas de forma criteriosa
e com técnica adequada. As perfurações colônicas associadas à colonoscopia são
complicações mórbidas que geralmente necessitam de laparotomia de urgência. A complicação
mais freqüentemente associada à sedação é à hipóxia, resultando tanto da quantidade de
medicação administrada, quanto de fatores individuais (idade, insuficiência hepática ou
pulmonar, anemia e instabilidade hemodinâmica). A criteriosa seleção de doentes, o uso da
monitorização com oximetria de pulso, o emprego judicioso da medicação se-dativa, bem como
a disposição de suporte ventilatório de emergência constituem medidas eficazes na prevenção
e tratamento da hipóxia. A colonoscopia é um procedimento operador-dependente. De acordo
com a revisão colonoscópica nacional no Reino Unido, a intubação do ceco foi relata em 77,1%
dos casos. Guias atuais e a literatura mundial sugerem que colonoscopistas treinados devem
ter taxa de intubação do ceco de, pelo menos, 90%. Algumas condições, como lesões
obstrutivas, constrições, aderências, irradiação pélvica e doença diverticular estão associadas
a dificuldades técnicas e exames menos sensíveis. Nestas situações, o intestino grosso pode
ser avaliado através do enema opaco, mesmo que este não seja elucidativo para certa parcela
dos doentes, é alternativa diagnóstica freqüente.
Pra melhor compreensão, vejam o vídeo disponibilizado no link abaixo:
https://www.youtube.com/watch?time_continue=135&v=rGkpLfpj2NE&feature=emb_logo
https://www.youtube.com/watch?time_continue=135&v=rGkpLfpj2NE&feature=emb_logo

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