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Trabalho Citologia- Doenças do tecido conjuntivo

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LISTA DE FIGURAS 
Figura 01- Cão apresentando sinais Lúpus Eritematoso Sistêmico............................ 7 
Figura 02- Cão apresentando sinais de Lúpus Eritematoso Sistêmico........................8 
Figura 03 – Equino em condições de elasticidade apresentando sinais de Astenia 
Cutânea......................................................................................................................10 
Figura 04- Cão com astenia cutânea apresenta elasticidade no tecido conjuntivo...11 
Figura 05- Fragilidade cutânea com fácil rompimento da pele no flanco direito (A) e 
na cabeça (A e B).......................................................................................................12 
Figura 06 - Diminuição do número de fibras de colágenos, observa-se seu padrão 
irregular……...............................................................................................................12 
Figura 07 - Microscopia eletrônica demonstrando o diâmetro da seção transversal 
diversificada das fibras de colágeno……………………………………………………..12 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Resumo 
 
Sabe-se que o tecido conjuntivo é um tecido de conexão, constituído por uma 
grande quantidade de matriz extracelular, células e fibras, todavia podem ocorrer 
distúrbios que alteram as atividades de organismos , desta forma o presente 
trabalho visa definir, etiologia, tratamentos e diagnósticos de doenças localizadas no 
tecido conjuntivo que agrega informações no estudo da medicina veterinária. 
Considera também a revisão bibliográfica ao qual é a base que sustenta qualquer 
pesquisa científica. Contudo, o objetivo do trabalho é traçar as possíveis causas da 
doença Lúpus Eritematoso Sistêmico e a Astenia Cutânea, delimitando uma ideia 
precisa sobre o atual conhecimento do tema. 
 
Palavras-chave: Tecido conjuntivo, revisão bibliográfica, doenças, tratamento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
SUMÁRIO 
 
 INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 6 
 MATERIAL E MÉTODOS .......................................................................................... 5 
 LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO CANINO ........................................................ 6 
 ETIOLOGIA .......................................................................................................... 7 
 SINAIS CLÍNICOS ................................................................................................ 8 
 TRATAMENTO ..................................................................................................... 8 
ASTENIA CUTÂNEA .................................................................................................. 9 
 ASTENIA CUTÂNEA EM EQUINOS .................................................................. 10 
 ASTENIA CUTÂNEA EM CÃES E GATOS ........................................................ 11 
CONCLUSÃO ........................................................................................................... 12 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 13 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
O tecido conjuntivo, também chamado de tecido conectivo , possui origem 
embrionária comum do mesênquima, caracterizando-se pela grande variedade de 
células e pela riqueza de matriz extracelular no qual está presente inúmeras 
proteínas, substâncias essenciais, líquidos intersticial e células próprias ou não do 
tecido conjuntivo como leucócitos , linfócitos e outros (GENESER;ROSS, M. H.; 
PAWLINA, W. ; JUNQUEIRA, L.C.U. & CARNEIRO, J. ). 
 A denominação do tecido conjuntivo está relacionada a sua função de unir 
tecidos, desta forma, servindo para sustentação (ligamentos e tendões), conexão e 
preenchimento (HAM, A. W.; CORMACK, D. H.; DIEGO PEREIRA). Devido a sua 
composição diversificada em sua matriz extracelular, é possível que o tecido 
absorva impactos, resistindo à tração ou possuindo elasticidade. Pode ser 
especializado na reserva de energia (triglicérides), calor ou até mesmo no 
armazenamento de íons como Ca2+. Além disso, é importante em vários processos 
metabólicos, também ajuda em processos imunológicos, transporte de gases, 
nutrientes, catabólitos, entre outras funções (OVALLE, W. K.; NAHIRNEY, P. C.; 
DIEGO PEREIRA). 
 Tecidos, assim como outros órgãos do corpo , possuem o sistema 
imunológico que pode ser considerado como uma barreira natural constituída por 
milhões de células e moléculas , por sua vez, possuem diferentes funções, sendo 
caracterizado por reconhecer antígenos ou estruturas moleculares e, 
consequentemente, produzir respostas através desses estímulos, gerando sua 
inativação e eliminando patógenos. Todavia, ocasionalmente o sistema imune não 
funciona de forma correta, pois não reconhece os tecidos do próprio organismo e por 
esse motivo produz anticorpos que atacam especificamente tecidos e células 
saudáveis. Esta resposta pode desencadear diversas doenças autoimunes, como 
por exemplo, o lúpus eritematoso canino, que podem surgir de duas formas: Lúpus 
Eritematoso Discóide (LED), afetando apenas a epiderme do cão, e Lúpus 
Eritematoso Sistêmico (LES), afetando completamente o organismo do animal. Já 
outros distúrbios podem afetar diretamente na genética do indivíduo, a chamada 
hereditariedade também pode ocasionar no tecido conjuntivo, como é o caso da 
Astenia cutânea. 
 
2 MATERIAL E MÉTODOS 
Como caminho metodológico para este estudo, elegeu-se a pesquisa 
bibliográfica, uma vez que esta, de acordo com Boccato (2006) é a revisão da 
literatura que abrange as principais teorias já publicadas em jornais, revistas, artigos, 
livros, monografias e teses, que dão origem ao trabalho científico. 
Foi realizada revisão bibliográfica na base de artigos científicos e monografias 
por meio de pesquisas em sites acadêmicos, abrangendo o período de 2007 a 2018. 
Os critérios de seleção de busca foram publicações do tipo artigos e monografias, 
tendo como palavras chaves: Lúpus Eritematoso sistêmico, Astenia Cutânea, 
tratamento, diagnóstico. 
Com a finalidade de realizar uma pesquisa aprofundada no assunto foram 
selecionados artigos em inglês e português e que estavam disponíveis 
gratuitamente. Foram obtidos um total de 11 artigos, que constituíram a população 
obtida. Após a leitura dos títulos e resumos foram selecionados 6 artigos que 
formaram esse modelo de estudo, atendendo aos critérios de inclusão da variável de 
interesse proposta. 
6 
 
3 LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO CANINO 
A denominação “Lúpus” (em latim “lobo”) foi determinada por Rogerius 
Frugard, um cirurgião salernitano, no século XIII. Ele utilizou esse termo para 
explicar lesões faciais erosivas que se assemelham a mordida de um lobo. As 
descrições das características dermatológicas do lúpus foram realizadas por Thomas 
Bateman, no início do século XIX, Cazenave, em meados do século XIX; e Mariz 
Kaposi, no final do século XIX. 
Após esse período, as lesões passaram a ser nomeadas como lúpus discóide 
(CAZENAVE, 1833). 
Durante a era neoclássica, através de experimentos científicos, foi possível 
observar que o lúpus podia ser desencadeado por alterações patológicas graves e 
que a morte seria um resultado das condições decorrentes da doença local, 
percebeu-se ainda que passaram a existir dois tipos de lúpus: discóide e sistêmico, 
sendo enumerados diversos sinais clínicos para a forma disseminada (sistêmica), 
dentre eles febre, nódulos subcutâneos, perda de peso, anemia e envolvimento do 
sistema nervoso central (KAPOSI, 1872). 
Em 1904, a forma sistêmica do lúpus foi mais detalhada e sua existência 
firmemente estabelecida através de Oster e Jadassohn. 
Sucedendo às diversas pesquisas e descobertas, em 1948, uma célula 
denominada pela sigla “LE”, foi encontrada na medula óssea de indivíduos com 
lúpuseritematoso sistêmico, sendo esta célula o resultado de uma fagocitose do 
material nuclear livre com um vacúolo redondo contendo esse material no interior 
(HARGRAVES, 1948). Através dessa descoberta, foi possível aplicar a imunologia 
ao estudo do lúpus, e também, o diagnóstico dos indivíduos com sintomas leves. 
O primeiro relato de LES canino foi feito por Lewis, Shwartz e Henry Jr. em 
1965. 
O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é exemplo de uma das doenças 
imunomediadas sistêmicas. Atualmente, é considerado como uma patologia 
inflamatória crônica do tecido conjuntivo, podendo comprometer rins, pele, 
articulações, membranas mucosas e até paredes dos vasos sanguíneos. 
O LES é uma doença rara na clínica veterinária, acontecendo 
aproximadamente 0,03% da espécie dos cães (ESCH, 2003; HOPPER, 1998; 
MEDLEAU e HNILICA, 2003; SCOOT et al. 1996). 
À medida que o animal vai envelhecendo, é mais comum a ocorrência de 
doenças imunomediadas, devido ao fato do seu sistema imune tornar-se hiperativo 
ou hiporeativo, um exemplo é o LES (HOSKINS, 2008). 
Algumas das principais características dessa patologia são a formação de 
autoanticorpos contra diversos antígenos e formação de imunocomplexos 
circulantes (BAKER E THOMSETT, 1990; ESCH, 2003 e MEDLEAU E HNILICA, 
2003). 
Além dos cães, os gatos e humanos também podem ser afetados pelo Lúpus 
Eritematoso Sistêmico (SCOTT et al, 1996). 
 
7 
 
 
 
Figura 01- Cão apresentando sinais Lúpus Eritematoso Sistêmico 
 (Fonte: www.equalisveterinaria.com.br) 
3.1 ETIOLOGIA 
Sugere-se que a etiologia do LES seja um distúrbio imunológico (deficiência 
de células T supressoras, hiperatividade das células B (SCOTT et al, 1996) e 
desregulação das cistocinas (HARGIS E GINN, 2007), podendo acometer animais 
predispostos geneticamente, supostamente sendo desenvolvida no organismo 
através da ingestão de certos medicamentos (Snyder, 2007) e/ou fatores externos, 
como espoliação à luz ultravioleta (SCOTT et al, 1996). 
O descontrole das células B dão origem a uma elevação de anticorpos 
produzidos por diferentes plasmócitos -gamopatia policlonal- contra órgãos e tecidos 
saudáveis. (TIZARD, 2002). 
Os nervos, articulações, lábios, mucosas da boca, músculos, plaquetas, 
esôfago, glândula lacrimal, trato gastrointestinal, tireoide, fígado, ânus, leucócitos, 
paratireóide e eritrócitos são os tecidos e órgãos que mais reagem com sucessões 
drásticas no animal (HOSKINS, 2008). 
A etiologia do LES é incerta, porém, sabe-se que o seu desenvolvimento é 
causado por uma série de fatores, dentre eles as alterações do sistema imunitário, 
predisposições genéticas, infecções virais e radiação ultravioleta-fatores externos- 
(HARGIS e GINN, 2007). Ao contrário dos humanos a influência de hormônios 
exumais ainda não foi diagnosticada em cães. (SNYDER, 2007). 
A luz ultravioleta aumenta os materiais do núcleo e de autoantígenos, na face 
exterior dos ceratinócitos, no momento em que penetra nas células basais 
epidérmicas. Os autoanticorpos encontrados no plasma e no fluido dos tecidos 
percorrendo a epiderme ligam-se a essas células, consequentemente, gerando uma 
dependência por parte da citotoxicidade (propriedade que é capaz de destruir 
células liberando substâncias nocivas) em relação ao anticorpo dos ceratinócitos, 
que liberam citocinas envolvidas na ativação e morte programada dos linfócitos T 
(IL-2) e grandes quantidades de fatores de necrose tumoral alfa (TNF-a), interleucina 
pró-inflamatória (IL-1) e fatores criteriosos em relação ao controle do sistema imune 
e hematopoiético (IL-6), que elevam anticorpos antinucleares.(SCOTT et al, 1996). 
Todos esses fatores pertencem a uma hipótese atual para a doença das lesões 
cutâneas nos animais que apresentam predisposição genética. 
A produção de anticorpos contra o DNA do hospedeiro é considerada a 
principal característica do LES (THOMSON, 1983 e TIZARD, 2002). 
Além dos anticorpos antinucleares, são produzidos auto-anticorpos contra 
hemácias gerando uma anemia hemolítica, anticorpos anti musculares, que causam 
miosite, contra o miocárdio, induzindo - miocardite e endocardite, antilinfócitos 
afetando a regulação imune e anticorpos contra a membrana basal da pele, que dão 
origem a dermatites (TIZARD, 2002). 
 
8 
 
3.2 SINAIS CLÍNICOS 
Os sinais clínicos encontrados nos cães são semelhantes aos observados em 
humanos (MONESTIER et al, 1995). 
As manifestações clínicas ainda são incertas e em determinados períodos 
podem melhorar ou piorar (BAKER e THOMSETT, 1990; GORMAN, 1997). 
Por conta da capacidade que o LES tem de mimetizar diversas patologias, foi 
denominado de “o grande imitador” (SCOTT et al, 1996). 
Atualmente, sabe-se que os sinais são inespecíficos e possuem frequência 
muito variada (CHABANNNE et al, 1995), porém os sintomas mais comuns são 
febre, anemia, úlceras orais, doença cutânea e poliartrite (SCOTT et al, 1996). 
As lesões encontradas em um animal afetado pelo lúpus eritematoso 
sistêmico podem ser vesico borbulhosas, úlceras, eritema, crostas, escoriações e 
alopecia, sendo capazes de afetar qualquer parte do corpo, todavia, é mais comum 
na face, orelhas e extremidades distais (MEDLEAU e HNILICA, 2003; SCOTT et al, 
1996). 
Foi possível observar, através de estatísticas, que dentre os cães acometidos 
pelo lúpus 90% tendem a desenvolver artrite em algum período da doença, 65% 
podem ter insuficiência renal, 60% doenças da pele, 13% anemia hemolítica, 8% 
miosite e 1,6% anormalidades neurológicas. (TIZARD, 2002). 
 
 
Figura 02- Cão apresentando sinais de Lúpus Eritematoso Sistêmico 
(Fonte: www.peritoanimal.com.br) 
 
3.3 TRATAMENTO 
O lúpus eritematoso sistêmico ainda não possui cura e nem um tratamento 
específico. 
A princípio, são feitos tratamentos para diminuir a inflamação dos tecidos do 
animal, além disso é essencial tratar a insuficiência dos múltiplos órgãos para que 
infecções bacterianas sejam evitadas (GORMAN, 1997). 
Sugere-se que o tratamento ideal para amenizar o LES seja aplicando doses 
imunossupressoras de Prednisona-diariamente por via oral-, mantendo a medicação 
até que as lesões sejam amenizadas (BAKE E THOMSETT, 1990; MEDLEAU E 
HNILICA, 2003; SCOTT et al,1996 e TIZARD, 2002). 
Os Glucocorticóides (GC) também apresentam respostas consideradas 
positivas em relação ao tratamento do LES (CHABANNE et al, 1999), pois age de 
forma multifuncional e são capazes de bloquear a imunidade, regulado por células T 
(ALMAWI e MELEMEDJIAN, 2002). 
Caso os GC não despertem as respostas positivas, a adição de Azatioprina é 
a opção mais indicada para substituir, devido ao fato de manter a eficácia 
terapêutica e ainda diminuir a toxicidade (BEALE, 1988). 
9 
 
A Plasmaferese tem grande sucesso no tratamento do lúpus em humanos. 
Essa técnica, onde há uma separação do plasma e outros elementos do sangue 
para que sejam removidas substâncias que possam estar causando a doença, não é 
uma opção eficaz na opinião de alguns profissionais (SHNEIDER, 2000). No 
entanto, o tratamento já foi inserido na Medicina Veterinária e obteve sucesso 
(MATUS, SCOTT, SAAL, GORDON e HURVITZ, 1983). 
A exposição ao sol pode agravar o caso do indivíduo afetado, ligo o contato 
com a luz solar deve ser evitado ao máximo (BAKER e THOMSETT, 1990). 
 
4 ASTENIA CUTÂNEA 
 A SED (Síndrome de Ehlers-Danlos), quando acometidos em animais, 
recebe uma pluralidade de nomes, como dermatosparaxis, astenia cutânea e/ou 
hiperelastose cutânea (RASHMIR-RAVEN, 2013). A doença foi experimentalmente 
induzida em camundongos transgênicos (SHI-WU L.I., MACHIKO A., FERTALA A., 
YUNHUA B.A.O., KOPEN G.C., LANGSJO T.K., HYTTINENÃ M.M., HELMINENÃ 
H.J., PROCKOP D.J). Está associada a uma doença autossômica recessiva ou 
dominante que abraça um grupo de distúrbios hereditários , com distintos padrões 
de segregação, causada por mutações que influenciam negativamente o 
metabolismo do colágeno, uma classe de proteínas fibrosas que possuem um 
importante papel nos tecidos já que é responsável,por exemplo pela integridade da 
pele e vasos sanguíneos. Devido a séries de repercussões que a doença pode 
acometer, a gravidade da mesma pode variar de tranquila e chegar a risco de morte, 
portanto é fundamental o reconhecimento precoce de tal doença (MEDLAU & 
HNILICA, 2003). 
 Contudo, sinais clínicos devem ser analisados. Deste modo, suspeita-se de 
astenia cutânea quando na ausência de outras causas, ocorrer hipermobilidade 
articular, hematomas, sangramento anormal, fragilidade cutânea, cicatrizes atróficas, 
luxações articulares, ruptura/dissecção vascular, hiperextensibilidade cutânea ou 
ruptura espontânea de órgãos ocos , todavia a realização do diagnóstico familiar é 
de total relevância para fortalecer o diagnóstico (FIKREE A; AZIZ Q, GRAHAMER 
R.) 
 Apesar de ser uma doença rara e não estar ao certo esclarecido o 
mecanismo de ocorrências da doença, foram relatados em humanos e gatos que o 
distúrbio pode estar envolvido na deficiência da enzima procolágeno-N-peptidase 
em um gato Himalaio de um gene autossômico dominante (COUNTS et al., 1980; 
PATTERSON & MINOR, 1977; COLLIER et al., 1980). Entretanto, a enfermidade 
também abrange para equinos, ovinos, caprinos, cães, bovinos e martas, sendo que 
cada animal possui sua particularidade. 
 Por conseguinte, não há um tratamento curativo para a doença, porém 
pode ser acompanhado fazendo fisioterapias, tomando medicamentos como 
analgésicos e anti-inflamatório e às vezes fazendo cirurgia. Exercer um teste de 
DNA para identificação de portadores ainda não está disponível, por isso, alertar os 
tutores sobre o curso crônico, é crucial. Além disso, a estratégia de criação 
gerenciada é atualmente uma opção ideal para que não haja incidências de astenia 
cutânea (JONES et al., 1997). 
 
 
10 
 
 2.1 ASTENIA CUTÂNEA EM EQUINOS 
 A doença dermatológica afeta principalmente cavalos da raça quarto-de-
milha e seus cruzamentos (WHITE et al., 2004). Normalmente esses equinos 
apresentam sinais quando jovens, mais ou menos aos dois anos de idade e 
costumam indicar lesões assimétrica bilaterais das regiões tronco e lombar , onde a 
pele é hiperextensível sendo que as primeiras lesões podem surgir com o início da 
doma e pelo uso de selas, ocasionando pequenos traumas. 
 Registrou-se que tal enfermidade é originado pela substituição de um 
resíduo de glicina para arginina no domínio N-terminal da proteína (TRYON et al., 
2007). 
 A ciclofilina B , integrante da família de enzimas , catalisam ligações 
contendo prolil em procolágenos na configuração trans sendo que tal aspecto é 
necessário para formar moléculas de tripla hélice de colágenos que , quando há 
mutações como o caso da astenia cutânea, atrasa a enzima ciclofilina B, logo o 
dobramento e a secreção do colágeno é alterando e , portanto identifica proteínas 
dobradas incorretas no retículo endoplasmático o que causa a chamada síndrome 
de Ehlers-Danlos (ISHIKAWA et al., 2012; RASHMIR-RAVEN, 2013). 
Quanto a relatos de casos, nota-se que em exames de microscopia óptica e 
microscopia eletrônica de transmissão, equinos com esse aspecto, possui fibrilas 
individuais, frequentemente curvadas e não paralelas, posto isso, animais afetados 
ainda apresentam um faixa maior de fibrila comparado a um animal normal. A 
camada dérmica profunda do abdômen dorsal também foi analisada e percebeu-se 
que era muito mais fina comparada a de animais normais além de frouxidão em 
fibras de colágeno. Ademais, os cavalos examinados tinham algumas fibrilas 
incomumente grossa, com contornos muito exótico, não encontrado no animal 
normal (HARD MH, FISHER KR, VRABIC OE, YAGER JA, NIMMO-WILKIER JS, PARKER W, 
KEELEY FW; 1988) 
 Outro relato, foi utilizado amostras de peles submetidas à extração de ácido 
acético, digestão com pepsina, análise de aminoácidos e eletroforese em gel de 
poliacrilamida. Concluiu-se que a pele dos cavalos afetados possuía duas vezes a 
quantidade de colágeno comparado a um equino normal (MINOR RR: AM J Pathol 
98: 226, 1980) 
 
Figura 03 – Equino em condições de elasticidade apresentando sinais de Astenia Cutânea 
(Fonte: http://www.conhecer.org.br/) 
 
 
https://europepmc.org/search?query=AUTH:%22Hardy%20MH%22
https://europepmc.org/search?query=AUTH:%22Fisher%20KR%22
https://europepmc.org/search?query=AUTH:%22Vrablic%20OE%22
https://europepmc.org/search?query=AUTH:%22Yager%20JA%22
https://europepmc.org/search?query=AUTH:%22Nimmo-Wilkie%20JS%22
https://europepmc.org/search?query=AUTH:%22Parker%20W%22
https://europepmc.org/search?query=AUTH:%22Keeley%20FW%22
http://www.conhecer.org.br/
11 
 
2.2 ASTENIA CUTÂNEA EM CÃES E GATOS 
 Em modo geral, cães e gatos possuem sintomas clínicos principalmente 
limitados ao tegumento, seus sinais clínicos são apresentados como em outros 
animais, pele fina e hiperextensíveis, propício a lesões, outrossim, é de extrema 
importantância calcular índices de extensibilidade da pele em exames clínicos. Em 
aspectos gerais, a doença para essas espécies, são consideradas uma doença rara 
(GROSS T.L., IHRKE P.J., WALDER E.J., AFFOLTER W.K., 2005; GRIFFIN C.E, 
2001). Felinos possuem dois tipos especificados de astenia: dominante e recessiva 
enquanto cães foram apenas verificados ao gene dominante, todavia há algumas 
sugestões sobre um tipo recessivo ocorrido nesta espécie (SCOTT D.W., MILLER 
W.H., GRIFFIN C.E.; 2001). 
 Em cães, a predisposição da doença foi frequentemente observada em raças 
Dachshunds, Boxers, São Bernardo, Pastores alemães e English Springer Spaniels, 
não aparentando estar correlacionada com o sexo do animal (SCOTT D.W., MILLER 
W.H., GRIFFIN C.E.; 2001). Já em felinos, foram apresentados mais frequentemente 
em gatos himalaios e domésticos de pelos curtos (COUNTS D.F, 1980; GROSS T.L, 
2005; MILLER W.H, 2001; BYERS P.H, 1980). 
 Em alguns casos de cães, além das anomalias, podem ocorrer distúrbios 
de outros sistemas, como a flacidez articular ou distúrbios oculares, como é o caso 
de um relato de caso em uma pug fêmea de oito meses cuja queixa principal era a 
ruptura do globo ocular esquerdo , quando diagnosticada , notou-se hipermotilidade 
articular, extensibilidade e fragilidade da pele além de algumas sensibilidades, após 
esses sinais , foi encaminhada para fazer exame radiológico e biópsia da pele , no 
decorrer do processo , foi encaminhado amostras para ser feito análises 
histopatológicas, o resultado revelou epiderme íntegra, derme delgada com áreas 
minuciosas com fibras de colágeno desorganizadas em tamanho e altura, formando 
pacotes irregulares e fragmentados, ou seja, foram resultados compatíveis com 
astenia cutânea sem nenhuma relação clínica entre os locais de dor(PIRANIL. B. Z.; 
ASSISF. M. S.; DELLOVA D. C. A. L.). 
 Com relação a gatos, além dos casos comuns já citados, essa classe de 
animal pode ser narrado hérnias, um deslocamento de um tecido ou órgão por meio 
de aberturas anormais, sendo que os diagnósticos são confirmados pela 
histopatologia, além disso, existem alguns métodos auxiliares que revelam a 
estrutura do tecido conjuntivo, sendo úteis em diagnósticos. Diagnosticou-se um 
gato com dois anos de idade, após o tutor verificar hiperextensibilidade na 
pele sendo que 4 meses antes, surgiram ferimentos hemorrágicos, depois da 
análise, o gato foi tratado por suplementos de vitamina C via oral. Seis meses se 
passaram e as feridas não foram relatadas mais, porém ainda houve a 
hiperextensibilidade (SCOTT et al., 1996; MEDLAU & HNILICA, 2003). 
 
 
Figura 04- Cão com astenia cutânea apresenta elasticidade no tecido conjuntivo 
(Fonte: https://www.emaze.com/) 
https://www.emaze.com/
12 
 
 
 
 
Figura 05- Fragilidade cutânea com fácil rompimento da pele no flanco direito (A) e na cabeça 
(A e B). 
(Fonte: www.researchgate.net) 
 
 
Figura 06 - Diminuição do número de fibras de colágenos, observa-se seu padrão irregular. 
(Fonte: http://www.piwet.pulawy.pl/) 
 
 
Figura 07 - Microscopia eletrônicademonstrando o diâmetro da seção transversal 
diversificada das fibras de colágeno. 
(Fonte: http://www.piwet.pulawy.pl/) 
 
 
3 CONCLUSÃO 
Animais assim como seres humanos, apresentam doenças que acarretam 
uma serie de mudanças em seus órgãos que por sua vez, podem afetar os tecidos. 
Apesar de serem doenças descobertas a bastante tempo, como apresentado no 
trabalho, ainda não são tão exploradas pelo fato de serem doenças raras, sendo 
assim, para médicos veterinários ainda é um grande obstáculo para solucionar tais 
enfermidades. Pode-se dizer que os animais com essas doenças sobrevivem bem a 
base de cuidados específicos, porém estudos mais aprofundados, são cruciais para 
que cada vez mais gere o âmbito de conhecimento e resoluções de casos anormais. 
http://www.piwet.pulawy.pl/
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