Evolução dos Hominínios

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Antropologia 
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 Hominínios 
 São uma subtribo dos primatas hominídeos, 
são os nossos ancestrais bípedes. 
 Transição insetívoros / primatas – 65 
milhões anos atrás 
Ordem Primatas → prossímios: lórios, lêmures 
e társios 
Hominídeos → refere-se a família dos grandes 
primatas, incluindo chimpanzé, gorila e homo 
(humanos) 
 Não houve uma evolução linear dos hominínios. 
 Várias características comuns entre todos 
eles: mãos, pês, capacidade craniana e visão, 
qual o elo perdido? A espécie entre nós e o 
chimpanzé? (homo sapiens e hominídeos). 
 Ancestrais da linhagem humana. 
 Ancestral comum entre Homo e Chimpanzé 
(supõe-se!): encontrado em início de 2000, na 
África central (Chade), por Michel Brunet 
Primata estimado entre 8 e 7 milhões anos 
atrás → Sahelanthropus Tchadensis. 
 Características: bípede (hominínios), 
foramem magno (um canal que liga os nervos 
da caixa craniana na coluna vertebral) deslocado 
por baixo (base do crânio) (em um chimpanzé 
estaria inclinado), capacidade craniana de 
300cm3, mãos liberadas, grande torus orbital 
(uma arcada acima das órbitas) (até maior do 
que no chimpanzé), eram nomopedálicos (pés e 
nódulos nos dedos para locomoção, coluna um 
pouco inclinada, mas já não era totalmente 
inclinada como nos chimpanzés. 
 Um hominínio diferente dos dois: homo e 
chimpanzé. 
 Nós e chimpanzés evoluímos há 7 milhões 
desse ancestral comum, os dois. 
 
 
Não existem, até agora, resquícios fósseis 
entre 8 e 7 milhões do chimpanzé atual, com 
400 cm3 de capacidade craniana) 
Não sabemos como ele era (sem registros 
fósseis) já que também evoluiu. Possivelmente 
habitava florestas tropicais úmidas (difícil a 
conservação) 
Já nossos ancestrais habitavam também as 
savanas. 
 
 Há 7 milhões de anos já temos hominídeos na 
terra – e a partir de 4,5 milhões de anos havia várias 
linhagens (Gênero Homo, Espécie Sapiens, Subespécie 
Sapiens) de hominínios e todas se extinguiram menos 
nos. 
 Ramapithecus 
Vieram, mais ou menos, entre 12 e 8 milhões de 
anos atras – extintos pelas alterações 
morfoclimáticas. Provavelmente viviam na 
África, Europa e asia – fosseis foram achados 
de fragmentos de maxilares e colunas 
vertebrais em 1980 no Paquistão – tinham um 
pré andar, mandibular e caninos pequenos. A 
pressão da seleção natural – precisavam 
desenvolver a precisão das mãos, alteração nos 
pés e uso de ferramentas (uso de varas, paus 
e pedras), desenterrar raízes e tirar tutano 
dos ossos para alimentação. 
Chimpanzés – parente mais próximo , em torno de 98% de familiaridade 
genética com os homens ( gens comuns ), com a evolução ocorre mudanças 
pequenas nesses gens , mas que podem esclarecer as enormes diferenças 
entre nós e eles. 
 
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Fragmento de mandíbula. 
 Ardipithecus ramidus. 
Hominínio de 4,5 milhões de anos atras – foi 
encontrado na etiópia um esqueleto quase completo: 
crânio pequeno (menor que dos chimpanzés), sem 
orbitais destacadas, face em meio termo (mais 
afastada do corpo que nos chimpanzés), corpo coberto 
de pelos, caninos pequenos, foramen magno na base do 
crânio e bípede, dedos oponíveis, braços mais longos e 
pernas mais curtas, 1,20 de altura e alimentação 
onívora. Espécie mais próxima dos Australopithecus (co 
irmãs). Extinto nas mudanças climáticas. 
 Alterações climáticas. 
Mais ou menos 15 milhões de anos atras- 
surgem as cadeias de montanhas e os 
continentes se resfriaram – surgem campos e 
savanas – exigências do novo habitat forçou o 
ritmo da evolução. 
 Alterações fisiológicas: características 
provisórias e mutações 
Na vida arbórea → braços longos, tronco 
rígido e curto e pés curvos 
 
Nas savanas →encurtamento dos braços, 
endireitamento dos pés, alargamento da bacia 
pélvica. 
 
Uma vez completada a especiação do 
ramapithecus, pressões evolucionárias 
desconhecidas diversificaram-no em 2 ramos 
→ Australopithecus e homo 
 
Temos: Ramapithecus- 12 a 8 milhões de anos 
Australopithecus - 3,5 a 2 milhões de anos 
Homo - 3 milhões de anos. 
 Fases da evolução. 
 Sabemos que várias espécies de hominínios 
conviveram desde 30 mil anos atras. Ex. H 
Neandertal, H Denisovanos (Sibéria e Tibet: 1 
milhão – 40 mil aa – achados poucos 
fragmentos dente, crânio, dedos, maxilar - 
1984 a 2010, H floresienses, H Sapiens Sapiens 
 Não foram acontecendo de maneira linear 
como imaginamos e temos a ideia erra de que 
foi. Foi um processo confuso, interrompido com 
avanços e recuos. 
 Os ancestrais humanos passaram: 
- Andar semiereto e ereto (bipedalismo) bipedia 
completa há 2 milhões no Homo Sapiens. 
- Alteração na coluna vertebral, joelhos e 
tornozelos mais fortes, pelve mais curta. 
 - Especialização do polegar e da mão – 
precisão e força. 
- Visão estereoscópica do cérebro. 
- Foramem magno (abertura no meio da caixa 
craniana que se liga a coluna vertebral): passam 
os nervos. 
-Diminuição dos caninos. 
- Alteração do formato da arcada dentária 
(forma parabólica) diminuição das mandíbulas, 
surgimento do queixo, laringe se alterando para 
a fala. 
- Perda de pelos no corpo e aumento glândulas 
sudoríparas. 
-Desenvolvimento de artefatos simples e seu 
uso para obter alimentos. 
- Desenvolvimento da linguagem simples. 
Obs.: só o H S Sapiens teve testa e queixo bem 
formados. 
 
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 Aula dia 09/04 
• Australopithecus: 
 
O esqueleto e o crânio mostram que esse hominínio 
está cada vez mais próximo do homo sapiens (ainda não 
é 100% bípede) 
Hominínio que viveu de 4,5 / 3 milhões de anos atrás 
Habitat : florestas e savanas na África 
Capacidade craniana : 450 a 650 cm3 
Altura : de 1 m a 1,50 cm 
Locomoção : bípede , arbórea, postura semiereta, 
arcada supra orbital mais discreta, 
Semelhante ao macaco com corpo coberto de pelos, 
braços longos, grandes mandíbulas, molares 
trituradores. 
Informações sobre o fóssil: 1ºs fósseis definitivamente 
hominídeos : descobertos por Donald Johanson , Etiópia , 
1974: a Lucy -, australopithecus afarensis , de 1,30 cm 
, que viveu em 3,2 milhões de anos. Muito importante 
para os cientistas, pois com um esqueleto quase 
completo ,ajudou a reformulação da evolução. 
Alimentação : herbívora / onívora : raízes , bulbos, 
sementes, frutos, arbustos, pequenos lagartos, ovos, 
besouros. 
Não fabricavam instrumentos: utensílios e ferramentas 
usados eram os fornecidos pela natureza: pedras, 
seixos pontudos, paus, pontas de galhos, mandíbulas de 
animais encontrados. 
Longo período de existência entre eles e os homos 
devido a distinção de hábitos alimentares e campos de 
obtenção de alimentos. 
 
• Homo Habilis 
 
É o 1º representante do gênero Homo 
Encontrado há 3 a 1.5 milhões de aa 
No leste oriental da África ( muitos fósseis ) 1º fóssil – 
encontrado em 1961 por Louis Leakey Capacidade 
craniana – 800 a 650 cm3 Locomoção : bípede , com 
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ossatura mais delicada , testa mais alta. Caninos e 
mandíbulas menores. Capacidade de fabricar 
instrumentos líticos e ósseos. Viviam em bandos ( 50 a 
75 pessoas) ,nômade, com intenso relacionamento social. 
Inclusão de carne na dieta - não eram caçadores. 
Carne mais rica em proteínas - tempo maior para 
aperfeiçoamento das armas, da intelectualidade, 
comunicação. O comer carne ajudou na partilha : maior 
coesão social. 
Cultura Olduvaiense ( Olduvai , na Tanzânia – lascas 
afiadas de pedras obtidas pelo atrito direto com os 
seixos 
 
 
 
Sílex - principal matéria prima na indústria lítica. 
 
 
 
 
• Homo erectus 
 
 De 2 milhões a 500 mil aa. Capacidade craniana - 900 
a 1250 cm 
Fósseis : África, Ásia, Extremo Oriente. 
Estatura : 1,60 – braços mais curtos , postura bem 
ereta , forame magno no centro do crânio, osso pélvico 
adaptado, , face mais achatada, redução arcada 
dentárias , caninos pequenos. 
Pele negra coberta de pelos – aparecimento das 
glândulas sudoríparas 
Há aproximadamente1 milhão de anos ele emigrou da 
África : Erectus / Ergaster – para o extremo oriente 
e asia ( primeiro a fazer isso, primeira espécie a sair da 
África) 
 Alteração aos mais variados ambientes e alteração da 
cor da pele. 
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Esqueleto do que sai da África: 
 
Dominavam o fogo ( indícios fósseis ) há 1,5 milhão aa 
que possibilitou → controle do ambiente frio, 
alimentos cozidos, menor uso das mandíbulas e aumento 
cerebral 
Fogo : afugentar predadores, , encurralar a caça, 
produzir melhores armas, iluminação das cavernas, arte 
rupestre. 
Formas mais eficientes de comunicação - a linguagem 
nasceu da caça ativa. 
Industria Acheulense – ferramentas bem elaboradas – 
facas, machados, cutelos, com bordas afiadas 
 
• Homo Heidelbergiensis 
Essa espécie viveu na África, Índia, Extremo 
Oriente e Europa 
Descoberto na cidade alemã de Heidelberger – 
1908, mandíbula 
Tipo físico: capacidade craniana de 1200 cm3, 
cabeça em forma alongada, comprido para 
trás, toro supraorbital bem destacado, sem 
testa e queixo, face menos saliente para 
frente e arcada dentária próxima a nossa. 
Aproximadamente entre 600 e 400 mil aa. 
essa espécie ocupou, portanto, inúmeras 
regiões, viveu em climas frios, caçador de 
animais de grande porte ( ossos deles juntos 
aos esqueletos) 
É o último elo comum entre o H de Neanderthal 
e o H Sapiens. 
• Homo Neanderthal 
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Local :Europa, Oriente Médio e Sibéria. 
O Homo Heidelbergiensis – da África foi para 
Europa, viveu de 600 a 400 mil aa, foi o 
ancestral comum do :H Neanderthal →vão 
depois para o Oriente Médio e sul da Sibéria. E 
do Homo Heidelbergensis que ficaram na África 
originaram o Homo Sapiens: encontrados muitos 
fósseis (aprox. 300 mil anos) que mostram 
essa transição do H Neidelbergensis e H 
Sapiens. 1º fóssil de Neanderthal - encontrado 
na Alemanha em 1956. Teve uma história 
própria – extintos (há 30 – 28 mil anos). Tipo 
físico: capacidade craniana de 1600 cm3, testa 
baixa e curta, arcadas superciliares salientes, 
toros orbitais acentuado, crânio alongado para 
trás, nariz largo, corpo atarracado, membros 
curtos, baixo – 1,65 cm e largo. Opinião dos 
cientistas – corpo adaptado ao ambiente frio 
Culturalmente – hábeis caçadores, hábeis 
artesãos, ferramentas de pedra, 60 
variedades de facas , raspadores, pontas de 
lanças → Cultura Musteriense . 
Tinham rituais fúnebres? 
 Convivência com HSS e superados por eles. 
 
 
 
• Homo Sapiens 
Homo Sapiens - surge há 200 mil na África e sai dela 
há 50 mil anos. A partir daí vai conviver com outras 
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espécies que existiam: H. de Neanderthal, H. Florisiense, 
H. Erectus , H . Heidelbergensis. Duas espécies que 
cruzaram com o H Moderno: Neanderthal e H 
Denisoniano (achado na caverna de Denisova, na Sibéria, 
de 40 mil anos). Obs.: leitura de artigo a parte. Várias 
formas de transição até chegar nele. H Sapiens 
somente após 200 mil aa (toda alteração física). Vem do 
H Heidelbergensis que ficaram na África. 
Crânio – 1350 a 1400 cm3, com queixo, testa, face “ 
achatada”, sem toros orbital destacado, mais alto – 
1,70 
Comunidades bem-organizadas, coletavam, caçavam, 
partilhavam. Há partir de 50 mil aa ele deixa a África e 
se espalha pela Terra – desenvolvimento da capacidade 
cognitiva, simbólica, fala, enfeites corporais, inicia a arte 
:esculturas e pintura rupestre. Industria lítica e óssea 
bem diversificada e aperfeiçoada. 
Primeiras manifestações de espiritualidade – indivíduos 
enterrados em posições bem definidas. 
Cultuavam os espíritos: vida com conteúdo religioso, 
religião animistas, preocupação com a morte. Arte 
rupestre – pinturas nas paredes internas das 
cavernas. 
 
Portanto, Homo Sapiens Modernos – Na África há 200 
mil anos. Ele só sai da África em, mais ou menos, 50 mil 
anos: ocupa todas as regiões (África, Europa, Ásia): 
maior capacidade de cognição e surge o pensamento 
simbólico, a linguagem e temos a grande separação 
com os Homo Sapiens arcaicos. 
 
• A revolução cognitiva do Homo Sapiens 
Introdução - pode parecer estranho à primeira 
vista a questão do processo de hominização. 
Temos muitas hipóteses. Mas muitas 
comprovações também, baseadas em 
evidências da cultura material e comprovadas 
por muitos cientistas. Estes, são profissionais 
de várias áreas: arqueólogos, paleoantropólogos, 
biólogos, antropólogos, geólogos, linguistas, 
paleontólogos, historiadores etc. São muitos 
saberes diferentes. Vale lembrar que a 
Arqueologia / Antropologia, que estudam o 
passado da humanidade, são Ciências Sociais, 
sujeita a constantes revisões, com verdades 
provisórias. Portanto, cada novo achado, 
realmente significativo e comprovado altera (ou 
não) as afirmações anteriores. 
O Homo Sapiens surgiu há 200 mil anos atrás e 
há 50 mil (alguns estudos afirmam 70 mil), com 
o corpo anatomicamente moderno, saiu do seu 
berço: a África. Os cientistas se perguntam 
quando ele se tornou Sapiens, com evidentes 
amostras de inteligência. Os marcos que 
afirmariam que aquele hominínio era realmente 
humano foram se alterando conforme o avanço 
das pesquisas científicas. Primeiramente, o que 
definia era a bipedia → com uma capacidade 
craniana superior aos grandes símios. Porém, 
quando a Lucy, australopithecus afarensis, foi 
achada (1974) comprovou-se que ser bípede 
não era compatível com o tamanho do cérebro, 
pois sua capacidade craniana era de 400 cm3. 
Praticamente como os chimpanzés. Em 2020, 
achou-se o Salehantropus Tchadensis – de 7 
milhões anos, o primeiro bípede até agora 
achado, com 350 cm3 de caixa craniana. Então 
ser bípede não era ser humano. 
Em seguida, pelos anos 80, foi pensando na 
fabricação e uso de instrumentos para se 
considerar homem. Que também não pode ser 
sustentado: pedra lascada mais antiga é 
calculada em 2,6 milhões de anos. Bem 
rudimentar: bater pedras para tirar lascas. 
Porém, pesquisas com chimpanzés mostraram 
que eles pegavam galhos, tiravam as folhas e 
enfiavam na terra para pegar larvas. 
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Nem organização social e aprendizagem pode 
ser considerado como critério de humanidade, 
animais também tem. (babuínos, golfinhos). No 
momento, o critério para se explicar a 
humanidade é a capacidade de ter 
comportamento simbólico. Nossa espécie é a 
única que pode atribuir significado as coisas. 
Não ocorre no mundo animal e nem nos nossos 
ancestrais. Enfim, a cultura nos define 
enquanto humanidade. E quando essa nossa 
capacidade começou? Quando começamos a nos 
manifestar artisticamente e a ter rituais 
fúnebres. Podemos ver isso nos resquícios 
arqueológicos.