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UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP INSTITUTO DE CIÊNCIAS E SAÚDE – ICS CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM Mayara Letícia Corrêa de Sinval Ra: D3320a4 8º Tutelado 45A4 – Gestão de Processos e Certificação Da Qualidade SÃO JOSÉ DOS CAMPOS 2020 Mayara Leticia Correa De Sinval- D3320A4 45A4 – Gestão de Processos e Certificação Da Qualidade Orientadora: Prof.ª Ms. Rosana Maria Vador, SÃO JOSÉ DOS CAMPOS 2020 Resumo Podemos afirmar que toda prestação de serviço, principalmente a prestação de serviços de saúde em saúde é como uma via de mão dupla, que possui dois componentes principais de qualidade: O operacional, que consiste nos processos e como eles são realizado. E a percepção, que nos mostra como o cliente ou paciente percebe o serviço/assistência oferecido. A percepção também nos mostra como os prestadores de serviço se sentem com relação a sua oferta. SUMARIO 1 INTRODUÇÂO............................................. 2 OBJETIVO GERAL...................................... 2.1 OBJETIVO ESPECIFICO.......................... 3 METODOLOGIA ......................................... 4 DISCUSSÃO................................................ 5 DESENVOLVIMENTO.................................. 5.1 Identificar as particularidades dos processos em saúde............. 5.2 Modelos para gestão em saúde................................................... 5.3 Definição de qualidade em saúde ......................................................... 5.4 Certificação para qualidade 5 CONCLUSÃO .................................................................................. REFERENCIAS 1 INTRODUÇÂO Para dar início, precisamos definir o que são esses processos e os motivos de serem tão importantes na gestão hospitalar e na qualidade geral do funcionamento de uma instituição. (BITTAR. 2000). A certificação de qualidade é um processo executado por uma agencia do governo ou uma associação profissional particular que atesta oficialmente uma instituição ou um indivíduo com as qualidades e qualificações definidas anteriormente. (BITTAR. 2000). A acreditação é um termo utilizado para definir um procedimento de qualificação e avaliação de recursos próprios da instituição, voluntario, periódico e reservado que pode garantir um nível maior de qualidade da assistência prestada através de parâmetros estabelecidos anteriormente, esses padrões podem ser mínimos ou básicos, considerados base ou piso, ou mais elaborados, para níveis mais altos de exigência. (BITTAR. 2000). Enquanto a qualidade define o grau dos serviços prestados, se eles podem ou não gerar resultados favoráveis. (BITTAR. 2000). Nos dias atuais, a busca pela excelência se tornou uma condição primordial, devemos ter em mente que atender os anseios dos clientes e muitas das vezes, superar suas expectativas é essencial para as instituições. (NETO; TAVARES; HOFFMANN.2019). No momento, a qualidade é a ciência que usa conhecimentos matemáticos, estáticos, lógicos, administrativos, psicológicos e muitos outros para atender as novas demandas que a crescente globalização, trouxe. (NETO; TAVARES; HOFFMANN.2019). Qualidade também incluiu, fundamentalmente participação e satisfação de todos os membros da organização, tendo como objetivo a longo prazo, a lucratividade, incluindo benefícios para os membros da equipe. (NETO; TAVARES; HOFFMANN.2019). 2 OBJETIVO GERAL Esta revisão de artigos tem como objetivo conhecer os modelos de gestão em processos de saúde, conhecer suas principais características e particularidades. 2.1 OBJETIVOS ESPECIFICOS Identificar as particularidades dos processos em saúde Conhecer os modelos para gestão em saúde Definir qualidade em saúde Conhecer a certificação de qualidade 3 METODOLOGIA Definimos como revisão bibliográfica buscando informações sobre gestão de qualidade e processos de saúde. (NETO; TAVARES; HOFFMANN.2019) Foi pesquisados artigos, dissertações, publicações em livros e revistas, na língua portuguesa, por meio da internet e literatura básica. (NETO; TAVARES; HOFFMANN.2019) 4 DISCUSSÃO De acordo com os autores pesquisados para produção desta revisão cientifica, podemos avaliar que todos tem a mesma opinião contundente do quanto as fases e processos de gestão, para garantir a qualidade do atendimento são necessárias. De acordo com Bittar, definir os processos pode trazer vantagens tão grandes, levando até a redução dos custos dos procedimentos realizados. (BITTAR. 2000). Além disso, mostra o quanto é necessário também para a equipe, que esses processos sejam respeitados, não sobrecarregando só um membro e mostrando em tom de reconhecimento o quanto é importante prestar uma assistência de saúde de qualidade. (BITTAR. 2000). 5 DESENVOLVIMENTO 5.1 IDENTIFICAR AS PARTICULARIDADES DOS PROCESSOS EM SAÚDE Quando definimos os processos, eles nos mostram que estão presentes em todas as áreas das unidades de uma instituição. Podemos dividir de forma a ver os que são aplicados diretamente ao paciente e aqueles que servem de suporte para o atendimento. (BITTAR. 2000). Esses processos são caracterizados com aspectos como diversidade, complexidade e as demais que serão citadas abaixo (BITTAR. 2000). Para um mesmo processo, que será executado em diversos pacientes, vamos observar diferentes doses de medicamentos ou uma doença mesma doença que acomete pessoas diferentes e assim exige diferentes tratamentos que pode ir de invasivo até uma simples observação. (BITTAR. 2000). A mesma coordenação de uma equipe, precisa lidar de maneiras diferentes com seus liderados, pois cada um tem uma personalidade, jeito diferentes. Isso também incluiu a forma como uma equipe multidisciplinar trabalha, diferentes formações, desenvolvendo processos variados embora corretos entre si. (BITTAR. 2000). Quando paramos para observar a área de recrutamento e treinamento, é imprescindível atentar para quais são as exigências da vaga, garantindo assim uma contratação segura, de qualidade e alta produtividade. Para que isso aconteça, inúmeros pontos precisam ser analisados, como por exemplo, fatores estressantes, emocional, carga horaria e turnos, responsabilidade, comprometimento com a unidade em que está sendo inserido e a complexidade dos procedimentos realizados. (BITTAR. 2000). Normalmente, na área da saúde quem ordena as despesas, não é quem autoriza a compra dos materiais, ou seja, quem autoriza a compra desconhece o custo benefício, rotatividade de materiais, quantidade de atendimentos, entre outras características que acabam inviabilizando o atendimento a uma certa parcela da população. (BITTAR. 2000). Outra parte que interfere de forma direta na qualidade dos processos e na gestão de qualidade de uma unidade é a área física, podemos citar o fluxo de insumos, lixos, materiais que não possuem um local adequado para serem descartados, causando assim um maior risco de infecção hospitalar e suas consequências completamente catastróficas como o aumento de morbidade e mortalidade da instituição. (BITTAR. 2000). A adaptação constante a novas tecnologias como novos equipamentos, solicitação de conserto, entre outras necessidades diárias que, exigem da equipe uma capacidade inovadora, arrojada atenta e comunicativa que viabilize a transmissão de novos processos e mudanças quesão constantes na área da saúde. (BITTAR. 2000). Processos administrativos que são influenciados por fatores internos e externos, se tornam mais exigentes, e como consequência acabam adquirindo certificação ou acreditação. (BITTAR. 2000). Quando nos deparamos com uma situação de urgência/emergência, é necessário contar com uma equipe preparada, insumos prontos para serem usados, equipamentos funcionando em perfeito estado e protocolos claros e objetivos para que a qualidade plena seja atingida. Em grande maioria das vezes, as atividades podem estar em series ou paralelas, isso quer dizer, em sequência ou simultâneas, mostrando que existe uma logística estudada especialmente para o seu desenvolvimento. (BITTAR. 2000). Quando o ato de avaliar os processos citados anteriormente é dificultado, podemos resumir que depende-se de uma mão-de-obra especializada e diversificada, com tecnologias complexas, fatores ambientais e institucionais favoráveis e redes internas e externas de processos de saúde que interagem entre si. (BITTAR. 2000). 5.2 Conhecer os modelos de gestão em saúde Quando pensamos em uma estrutura de qualidade, precisamos entender que dentro dela existe a necessidade de desenvolver tecnologias, métodos, modelos administrativos, obtendo processos que chegam ao resultado final de excelência que é prevenir as doenças, promover a saúde ou reabilitar a mesma dos indivíduos. (BITTAR. 2000). Dividir os processos técnicos e científicos, para simplificar, onde, por onde, os primeiros seriam aqueles que atingem diretamente o cliente e os administrativos são os outros processos, aqueles que servem de base e apoio para as subáreas, mantendo o pleno funcionamento de sua rotina cotidiana. (BITTAR. 2000). Os processos, assim como os procedimentos vão dos mais simples até os complexos, os quais exigem recursos humanos especializado e, em sua grande maioria, equipamentos mais sofisticados. (BITTAR. 2000). Alguns processos se assemelham a uma linha de produção, a lavandaria de uma unidade, é um exemplo claro disso. Para organizar esses processos citados e combinar com recursos disponíveis, são utilizados modelos teóricos, modelos que foram resultantes de muita observação e estudo e são aplicados para otimização do tempo e melhoria dos resultados. (BITTAR. 2000). Dentro desses modelos, estudos e teorias citados, podemos nomear: Clássica, das relações humanas, Neoclássica, Burocrática, Estruturalista, Comportamental, e Dos Sistemas de Contingencia. Todas elas tem características individuais e em comum. (BITTAR. 2000). Outras abordagem vieram depois dessa, que são as mais clássicas, cada uma dando destaque em algum ponto aonde havia necessidade de melhoria imediata ou a longo prazo. Hoje, no dia a dia das instituições, o que vemos é a utilização desses modelos de forma individual ou mescladas. (BITTAR. 2000). Tudo que foi dito, é voltado para a organização interna da unidade, uma vez que o fornecedor, o cliente e até mesmo o visitante são merecedores de vivenciar ações que tornem a passagem pelo instituição hospitalar ou unidade básica a mais agradável possível (BITTAR. 2000). 5.3 Definição de qualidade em saúde Segundo o dicionário, qualidade é a ‘’ propriedade, atributo ou condição das coisas ou pessoas que as distingue das outras e lhes determina a natureza”. (CARVALHO; MOCELIN, 2004). Na área da saúde, a definição de qualidade se torna mais ampla, dependendo da responsabilidade da equipe e da instituição em questão. Isso quer dizer, que os envolvidos nos processos de saúde precisam estar constantemente atentos quanto as característica, benefícios e malefícios dos serviços que estão sendo prestados. (CARVALHO; MOCELIN, 2004). A gestão da qualidade é o desenvolvimento de programas internos ou segundo padrões externos estabelecidos anteriormente, com a função de comprovar um padrão mais alto de qualidade, com o objetivo de chegar a excelência assistencial, partindo do princípio de uma estrutura de constante melhoria, nos processos com visão dos resultados (CARVALHO; MOCELIN, 2004). O Brasil busca por qualidade a aproximadamente 60 anos, a Divisão de Organização Hospitalar, que é vinculada ao ministério da educação e saúde da época, foi criada em 1941, visando coordenar e dirigir estudos para solução de problemas relacionados aos pacientes. A partir disso, foram realizadas inúmeras avaliações dos serviços prestados nas unidades hospitalares, criação de publicação de normas e portarias regulamentadoras de meios necessários para a capacitação de um sistema que fosse capaz de avaliar a qualidade da assistência prestada. (CARVALHO; MOCELIN, 2004). Apesar de várias propostas, esse programa de avaliação acabou se restringindo ao credenciamento de hospitais para a venda de serviços ao Instituo Nacional de Previdência Social. (CARVALHO; MOCELIN, 2004). Dentro dessa premissa, a busca pela qualidade dos serviços de atenção a saúde se tornam uma necessidade técnica e social. Da mesma maneira, adotar um sistema de gestão de qualidade, certificando processos é uma decisão estratégica, uma vez que essa execução pode levar diretamente a redução de custos. (CARVALHO; MOCELIN, 2004). Uma instituição de saúde é avaliada de várias formas e por várias unidades, seja para satisfazer exigências legais ou outro critério. (CARVALHO; MOCELIN, 2004) Habilitação, Licença Sanitária ou Alvará: Consiste em um processo executado por uma autoridade de cunha sanitário, da qual tem o objetivo de identificar de a organização de saúde atende as exigências prescritas em instrumentos da lei. O licenciamento ou alvará é a permissão legal do governo cedida a instituição para o seu devido funcionamento dirigido a comunidade. (CARVALHO; MOCELIN, 2004). Credenciamento: É afirmar que um serviço ou profissional demonstrou habilidade o suficiente para uma certa atividade e pode continuar desenvolvendo a mesma por um período de tempo especifico. (CARVALHO; MOCELIN, 2004). Certificação: Com a certificação, é mostrado que certo grau de treinamento ou desempenho foi atingido em determinado tempo. . (CARVALHO; MOCELIN, 2004). Acreditação: Como já foi definido anteriormente, a acreditação na área da saúde é tecnicamente conceituada como ‘’ um procedimento voluntario, periódico e reservado de avaliação dos recursos institucionais’’ Representa um instrumento que avalia o grau de qualidade, caráter externo e confere ao usuário do serviço confiança estabelecida. (CARVALHO; MOCELIN, 2004). Resumidamente, o processo de acreditação tende criar uma consciência no setor da saúde sobre a melhoria continua da qualidade na assistência prestada, de tal forma que os gestores se sintam motivados a participar. (CARVALHO; MOCELIN, 2004). 5.4 Certificação para a qualidade De acordo com o Manual de Acreditação de Hospitais para a América Latina, a criação, desenvolvimento e aplicação de programas que garantem a qualidade em termos de eficácia, a racionalização da oferta de cuidados, visando uma melhora tecnológica, administrativa, econômica e assistencial que serão ao certo benéficas ao paciente, colaboradores e a comunidade. (BITTAR. 2000). A avaliação de processos é completa, a medida em que começam a existir necessidades conjuntas da estrutura e dos resultados, considerando as influencias e calculando as consequências das ações do meio e ambiente. (BITTAR. 2000). Existem inúmeras vantagens para utilizar esses programas, uma delas está no período do início e no final da avaliação da melhora na comunicação entre a equipe, mostrando que é completamente necessária para a melhora da assistência prestada. (BITTAR. 2000). Conclusão De acordo com o descrito na presente revisão de artigo, podemos observar o quanto a qualificação de qualidadee todos os seus processos são importantes para a construção de uma assistência de saúde de excelência. Concluímos que quando utilizamos esses processos, os benefícios são inúmeros e podemos até mesmo reduzir os custos provenientes da instituição. Nesta fase tão complicada, aonde observamos os serviços de saúde a beira de um colapso, entendemos a real necessidade da implantação desses processos e quão é importante para as instituições adquirirem as certificações de qualidade. Um ato que afeta diretamente a saúde de seus colaboradores e usuários dos serviços prestados. Referencias BITTAR, Olimpio J. Nogueira V. Gestão de processos e certificação para qualidade em saúde. Revista da Associação Médica Brasileira, v. 46, n. 1, p. 70-76, 2000. Data de acesso 05 nov. 2020. Disponivel em: https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104- 42301999000400013&script=sci_arttext NETO, João Batista M. Ribeiro; DA CUNHA TAVARES, José; HOFFMANN, Silvana Carvalho. Sistemas de gestão integrados: qualidade, meio ambiente, responsabilidade social, segurança e saúde no trabalho. Editora Senac São Paulo, 2019. Data do acesso: 05 nov, 2020. Disponivel em: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103- 21002005000400008&lng=en&nrm=iso&tlng=pt DE CARVALHO, Cristiane O. Mocelin. Qualidade em Saúde: Conceitos, Desafios e Perspectivas. 2004. Data do acesso: 05 nov, 2020. Disponivel em: https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/ens-26453
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