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BLOCO DE QUESTÕES – DAS PROVAS NO PROCESSO PENAL 1. EJEF - Juiz Substituto – TJ/MG – 2009. Marque a opção CORRETA. a) o Código de Processo Penal permite ao Juiz determinar diligências apenas antes do encerramento da instrução; b) o Código de Processo Penal permite ao Juiz determinar diligências, de ofício, no curso do processo ou antes de proferir sentença, desde que seja para dirimir dúvida sobre ponto relevante ao julgamento da causa; CORRETA c) o Código de Processo Penal não permite ao Juiz, de ofício, determinar diligências; d) nenhuma das hipóteses é verdadeira. ➢ Comentários A assertiva B é a única correta. O juiz pode determinar, de ofício, a realização de diligências no curso do processo ou antes de proferir sentença para dirimir dúvida sobre ponto relevante. Note-se: Art. 156. CPP. A prova da alegação incumbirá a quem a fizer, sendo, porém, facultado ao juiz de ofício: II – determinar, no curso da instrução, ou antes de proferir sentença, a realização de diligências para dirimir dúvida sobre ponto relevante. 2. MPE/SC – Promotor de Justiça – MPE/SC – 2016. A teoria dos “frutos da árvore envenenada”, de origem norte-americana, encontra-se prevista no art. 157, § 1º, do Código de Processo Penal, quando este dispõe serem inadmissíveis, sem ressalvas, as provas derivadas das ilícitas. (C/E). ➢ Comentários - De acordo com o § 1º do art. 157 do Código de Processo Penal, são admissíveis as provas derivadas das ilícitas quando não evidenciado o nexo de causalidade entre umas e outras ou quando as derivadas puderem ser obtidas por fonte independente das primeiras. Existem ressalvas, portanto esta errada 3. FCC – Promotor de Justiça – MPE/PE – 2002. Afirmar que a prova produzida não pertence à parte que a produziu, servindo a ambos os litigantes e ao interesse da justiça, é enunciar o princípio da: a) comunhão da prova; CORRETA b) eficácia plena da prova; c) contraditoriedade da prova; d) responsabilidade mútua e recíproca da prova; e) concentração da prova. ➢ Comentários - O princípio da comunhão estabelece que a prova não pertence à parte que a produziu, mas ao processo, servindo ao interesse da Justiça. O próprio enunciado não deixa dúvidas de que está a se referir ao princípio da comunhão da prova quando sinaliza que a prova deve servir a ambos os litigantes 4. IBADE – Delegado de Polícia – PC/AC – 2017. No curso de uma interceptação telefônica que apurava a prática dos crimes de associação para o tráfico, bem como o crime de tráfico de drogas, foi descoberto que os mesmos criminosos também eram responsáveis por diversos outros crimes na região, como homicídios e roubos. Este encontro fortuito de elementos probatórios em relação a outros fatos delituosos é denominado pela doutrina e jurisprudência como Teoria da(o): a) nexo causal atenuado; b) fonte independente; c) serendipidade; CORRETA d) exceção da descoberta inevitável; e) aparência. ➢ Comentários Doutrina e jurisprudência se referem ao encontro fortuito de provas como serendipidade, que ocorre quando a prova de determinada infração é obtida a partir de diligência relacionada à investigação de outro crime. Fala-se também em ‘crime achado’ nessas situações 5. CESPE – Delegado de Polícia – PC/RN – 2009. Acerca do objeto da prova, assinale a opção correta. a) os fatos são objeto de prova, e nunca o direito, pois o juiz é obrigado a conhecê-lo; b) os fatos axiomáticos dependem de prova; c) presunção legal é a afirmação da lei de que um fato é existente ou verdadeiro, independentemente de prova. Entretanto, o fato objeto da presunção legal pode precisar de prova indireta, ou seja, pode ser necessário demonstrar o fato que serve de base à presunção, que, uma vez demonstrado, implica que o fato probando (objeto da presunção) considera-se provado; CORRETA d) no processo penal, os fatos não-impugnados pelo réu (fatos incontroversos) são considerados verdadeiros; e) as verdades sabidas dependem de prova ➢ Comentários – A alternativa A está incorreta, especialmente quando fala ‘nunca’. Pode se fazer necessária a prova do direito estadual e municipal referente à localidade diversa daquela em que o juiz exerce jurisdição, bem como, eventualmente, do direito estrangeiro e consuetudinário. Sobre o tema, confira-se o que estabelece o art. 376 do CPC: Art. 376. A parte que alegar direito municipal, estadual, estrangeiro ou consuetudinário provarlhe-á o teor e a vigência, se assim o juiz determinar. A assertiva B está errada. De acordo com a doutrina, fatos axiomáticos (evidentes, óbvios) não dependem de comprovação. A assertiva C está correta. Os fatos presumidos por lei como verdadeiros podem depender de uma prova indireta que demonstre que se está diante do fato que pela lei é presumido verdadeiro. Exemplo: menor de quatorze anos não é capaz de consentir com ato sexual. A lei presume que, nesses casos, a violência é presumida e, via de consequência, haverá estupro de vulnerável. Entretanto, a condição de menor de quatorze anos, capaz de conduzir à presunção, deve ser comprovada. A alternativa D está errada. Ao contrário do que ocorre no processo civil, mesmo fatos não impugnados devem ser comprovados. A própria revelia no processo penal não conduz à presunção de veracidade dos fatos imputados. Há se ter em mente que o processo penal trabalha com o axioma da presunção de inocência. Ora, se a própria confissão (admissão de culpa) não é o bastante para embasar, por si, uma condenação, não se pode conceber que fatos não impugnados possam ser considerados verdadeiros. A alternativa E está errada. As verdades sabidas (fatos notórios) – aquelas de conhecimento geral – não dependem de prova. Aplicável, aqui, o art. 374, inciso I do CPC c/c art. 3º do CPP: Art. 374. Não dependem de prova os fatos: I – notórios. Art. 3º. A lei processual penal admitirá interpretação extensiva e aplicação analógica, bem como o suplemento dos princípios gerais de direito. 6. CESPE – Juiz Substituto – TJ/DFT – 2016. Acerca do princípio do livre convencimento do juiz, assinale a opção correta. a) tendo formado sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em contraditório judicial, o juiz poderá proferir decisão baseada exclusivamente nas provas não repetíveis, mas não poderá fazê-lo em caso de provas antecipadas ou cautelares; b) o juiz deve formar sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em contraditório judicial, não podendo proferir decisão baseada exclusivamente nos elementos informativos colhidos na fase de investigação, tampouco nas provas cautelares, não repetíveis e antecipadas; c) dada a previsão de que o juiz deve formar sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em contraditório, a prova produzida na fase de investigação poderá fundamentar a decisão do magistrado se a sua produção tiver sido acompanhada pelo advogado do réu, ou seja, poderá o juiz fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos informativos produzidos na fase de inquérito; d) em decorrência do princípio do livre convencimento adotado pelo CPP, o juiz pode decidir de acordo com sua vivência acerca dos fatos, desde que sua decisão seja devidamente fundamentada; e) o juiz deve formar sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em contraditório judicial, e poderá proferir decisão com base exclusivamente nas provas cautelares, não repetíveis e antecipadas.CORRETA ➢ Comentários - O art. 155 do Código de Processo Penal é a chave para resolver essa questão. Esse dispositivo estabelece que o juiz pode decidir baseado exclusivamente em provas não repetíveis, antecipadas e cautelares colhidas na fase de investigação. Primeiro, de acordo com o art. 155 do Código de Processo Penal, o juiz deve formar sua convicção com base na livreapreciação da prova produzida em contraditório judicial. Segundo, o simples fato de ter havido acompanhamento de advogado na produção de prova na fase de investigação não significa dizer que essa prova pode, exclusivamente, amparar uma decisão. A lei é clara. Apenas provas cautelares, não repetíveis e antecipadas produzidas na investigação podem subsidiar (por si sós/exclusivamente) decisão judicial. O juiz deve pautar sua decisão nos elementos de prova produzidos durante a persecução penal e não, simplesmente, com base em sua vivência. 7. VUNESP – Juiz Substituto – TJ/SP – 2011 –A respeito da prova no processo penal, analise as proposições seguintes. I. O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em juízo, mas também pode fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos informativos colhidos na investigação. II. As provas cautelares podem ser consideradas pelo juiz na formação da sua convicção, ainda que não produzidas perante o contraditório real. III. O ônus da prova cabe a quem fizer a alegação, sendo vedado ao juiz determinar a produção de provas de ofício, diante do princípio da inércia da jurisdição. IV. As provas ilícitas e as delas derivadas são inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do processo, salvo, por exemplo, quando as derivadas puderem ser obtidas por uma fonte independente das primeiras. V. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado. Estão corretas somente as proposições a) I, III e IV; b) II, IV e V; CORRETA c) III, IV e V; d) I, II e III; e) I, II e V. ➢ Comentários A proposição I - o juiz não pode fundamentar a decisão exclusivamente em elementos informativos colhidos na investigação, ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas (art. 155, CPP). A proposição II - As provas cautelares se submetem ao contraditório diferido (postergado) e isso basta para que sejam consideradas pelo juiz na formação de sua convicção. Art. 155, CPP. O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos informativos colhidos na investigação, ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas. A proposição III - O juiz pode determinar a produção de provas de ofício. O art. 156 do Código de Processo Penal lhe confere essa prerrogativa. Art. 156. A prova da alegação incumbirá a quem a fizer, sendo, porém, facultado ao juiz de ofício: I – ordenar, mesmo antes de iniciada a ação penal, a produção antecipada de provas consideradas urgentes e relevantes, observando a necessidade, adequação e proporcionalidade da medida; II – determinar, no curso da instrução, ou antes de proferir sentença, a realização de diligências para dirimir dúvida sobre ponto relevante. A proposição IV - As provas ilícitas e as delas derivadas são inadmissíveis e devem ser desentranhadas do processo. Há casos, contudo, em que provas derivadas das ilícitas podem ser admitidas, como por exemplo quando puderem ser obtidas por uma fonte independente das primeiras. Perceba-se: Art. 157, CPP. São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do processo, as provas ilícitas, assim entendidas as obtidas em violação a normas constitucionais ou legais. § 1º São também inadmissíveis as provas derivadas das ilícitas, salvo quando não evidenciado o nexo de causalidade entre umas e outras, ou quando as derivadas puderem ser obtidas por uma fonte independente das primeiras. A proposição V - retrata a orientação do art. 158 do Código de Processo Penal. Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado. 8. CESPE – Juiz Substituto – TJ/AL– 2008. Acerca das provas, à luz do disposto no CPP, assinale a opção correta. a) juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em contraditório judicial. Os elementos informativos colhidos na investigação não poderão servir de fundamentos para a sua decisão, sob pena de nulidade absoluta; b) considerando que o MP é o titular da ação penal pública, é vedado ao juiz, antes do início da ação penal, ordenar a produção de qualquer tipo de prova; c) são inadmissíveis as provas ilícitas, as quais devem ser desentranhadas do processo. O juiz que conhecer do conteúdo da prova declarada inadmissível não poderá proferir a sentença; d) preclusa a decisão de desentranhamento da prova declarada inadmissível, esta terá de ser inutilizada por força de decisão judicial, facultando-se às partes acompanhar o incidente; CORRETA e) são inadmissíveis as provas derivadas das ilícitas, ainda que não seja evidenciado o nexo de causalidade entre uma e outra, ou que as derivadas poderiam ter sido obtidas por uma fonte independente das primeiras. ➢ Comentários A assertiva A - O juiz pode utilizar elementos informativos colhidos durante a investigação para fundamentar sua decisão. Veda-se apenas que tais elementos constituam os seus únicos fundamentos. Sobre o tema, confira-se o que dispõe o art. 155 do Código de Processo Penal. Art. 155. O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos informativos colhidos na investigação, ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas. A alternativa B - porque incompatível com as disposições do art. 156, inciso I do Código de Processo Penal. Art. 156. A prova da alegação incumbirá a quem a fizer, sendo, porém, facultado ao juiz de ofício: I – ordenar, mesmo antes de iniciada a ação penal, a produção antecipada de provas consideradas urgentes e relevantes, observando a necessidade, adequação e proporcionalidade da medida. A alternativa C - provas ilícitas realmente são inadmissíveis e devem ser desentranhadas do processo. Entretanto, não há previsão na lei que impeça o magistrado, que teve contato com essa prova inadmissível, de proferir sentença. A assertiva D - retrata, basicamente, o teor do § 3º do art. 157 do Código de Processo Penal. § 3º Preclusa a decisão de desentranhamento da prova declarada inadmissível, esta será inutilizada por decisão judicial, facultado às partes acompanhar o incidente. A assertiva E - As provas derivadas das ilícitas que não tenham com elas relação de causalidade ou, ainda, que pudessem ter sido obtidas por uma fonte independente das primeiras não são inadmissíveis. Inteligência do § 1º do art. 157 do Código de Processo Penal. § 1º São também inadmissíveis as provas derivadas das ilícitas, salvo quando não evidenciado o nexo de causalidade entre umas e outras, ou quando as derivadas puderem ser obtidas por uma fonte independente das primeiras. 9. VUNESP – Promotor de Justiça – MP/ES – 2013. X, funcionário público, foi denunciado por prevaricação. Durante o curso da instrução processual, recebe uma carta confidencial de Y, suposta vítima do crime, que comprova sua inocência. X junta aos autos o referido documento, que deverá ser considerado: a) prova ilícita, tendo em vista que o sigilo de correspondência é inviolável nos termos da Constituição Federal; b) prova ilícita, porque fere o princípio do contraditório; c) prova lícita, apesar de violar o princípio do contraditório; d) prova lícita, tendo em vista que não viola normas constitucionais ou legais; CORRETA e) prova ilícita porque sua utilização fere o princípio constitucional que garante privacidade à vida privada da vítima do crime de prevaricação. ➢ Comentários - De acordo com o art. 233, parágrafo únicodo Código de Processo Penal, cartas podem ser exibidas em juízo pelo destinatário, para defesa de seu direito, ainda que não haja consentimento do signatário. Há se ter em mente que todas as provas se submetem a contraditório; a documental, não foge à regra. Não se está, portanto, diante de prova ilícita, tampouco de prova que viola o contraditório 10. TRF4 – Juiz Federal Substituto – TRF4 – 2012 –Provas que constituam derivação de uma prova ilícita são sempre inutilizáveis no processo penal, tendo em vista o princípio constitucional da proibição da prova ilícita, que engloba a ilicitude derivada ou de segundo grau. (C/E). ERRADA ➢ Comentários - Provas derivadas das ilícitas nem sempre são inutilizáveis. O Código de Processo Penal admite aquelas que não tenham nexo de causalidade com as ilícitas e, ainda, as que puderem ser obtidas por fonte independente. Art. 157, CPP. São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do processo, as provas ilícitas, assim entendidas as obtidas em violação a normas constitucionais ou legais. § 1º São também inadmissíveis as provas derivadas das ilícitas, salvo quando não evidenciado o nexo de causalidade entre umas e outras, ou quando as derivadas puderem ser obtidas por uma fonte independente das primeiras. 11. CESPE – Defensor Público Federal – DPU – 2017. Acerca dos sistemas de apreciação de provas e da licitude dos meios de prova, julgue o item subsequente. Situação hipotética: Arnaldo, empresário, gravou, com seu telefone celular, uma ligação recebida de fiscal ligado a uma autarquia a respeito da liberação de empreendimento da sociedade empresária da qual Arnaldo era sócio. Na conversa gravada, o fiscal exigiu para si vantagem financeira como condição para a liberação do empreendimento. Assertiva: Nessa situação, de acordo com o STF, o referido meio de prova é ilícito por violar o direito à privacidade, não servindo, portanto, para embasar ação penal contra o fiscal. (C/E). ERRADA ➢ Comentários - Prevalece o entendimento de que não há ilicitude em gravação telefônica realizada por um dos interlocutores sem o conhecimento do outro, podendo ela ser utilizada como prova em processo judicial (AI 602724 AgR-segundo, Relator(a): Min. TEORI ZAVASCKI, Segunda Turma, julgado em 06/08/2013) 12. INSTITUTO AOCP – PC/ES – INVESTIGADOR – 2019. Sobre as provas no processo penal brasileiro, assinale a alternativa correta. a) O direito processual penal brasileiro não adota o sistema de avaliação de prova denominado "livre convicção" em nenhum dos ritos existentes no Código de Processo Penal. b) O Tribunal do Júri utiliza o sistema de avaliação de prova chamado de "prova legal ou tarifada", onde há o preestabelecimento de um determinado valor para cada prova produzida no processo. c) O juiz poderá fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos informativos colhidos na investigação se a defesa do réu assim anuir em audiência de interrogatório. d) A prova da alegação incumbirá a quem a fizer, sendo, porém, facultado ao juiz de ofício ordenar, mesmo antes de iniciada a ação penal, a produção antecipada de provas consideradas urgentes e relevantes, observando a necessidade, adequação e proporcionalidade da medida.CORRETA e) São expressamente vedadas ao Juízo. ➢ Comentários A alternativa A - segundo o gabarito divulgado à época. Por outro lado, a bem da verdade, não se costuma tratar o sistema adotado como regra no Brasil como sistema da ‘livre convicção’, mas sim ‘(livre) convencimento motivado’. Não se confere ao juiz liberdade irrestrita na apreciação do conjunto probatório; deverá sempre fundamentar a conclusão a que chegou, observando-se as balizas legais fixadas. De todo modo, há autores que se referem ao sistema, pelo menos em um primeiro momento, como ‘livre convencimento’ (RENATO MARCÃO, por exemplo), o que permitiria, com um certo esforço, em se reconhecer a ‘livre convicção’ como a (não ideal) nomenclatura para o mesmo sistema. A alternativa B - O Tribunal do Júri representa exemplo de aplicação do sistema da íntima convicção no que diz respeito à apreciação das provas pelos jurados. A alternativa C - Independentemente da vontade do acusado, o CPP é peremptório ao vedar, em seu art. 155, a fundamentação de decisão exclusivamente nos elementos de informação colhidos, ressalvadas, claro, as provas antecipadas, não repetíveis e cautelares. A alternativa D - constitui transcrição do at. 156, I do CPP. A alternativa E está incorreta. O CPP confere iniciativa probatória (subsidiária) ao juiz, nos termos do art. 156 do CPP. 13 - Nos termos do Código de Processo Penal Brasileiro (Decreto-lei nº 3.689/1941), são inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do processo, as provas ilícitas, assim entendidas as obtidas em violação a normas constitucionais ou legais. São também inadmissíveis as provas derivadas das ilícitas, salvo quando não evidenciado o nexo de causalidade entre umas e outras, ou quando as derivadas puderem ser obtidas por uma fonte independente das primeiras. Considera-se fonte independente: A - Aquela que por si só, seguindo os trâmites típicos e de praxe, próprios da investigação ou instrução criminal, seria capaz de conduzir ao fato objeto da prova. CORRETA B- Aquela que por si só, seguindo os trâmites típicos e de praxe, próprios da investigação ou instrução criminal, não seria capaz de conduzir ao fato objeto da prova. C - Aquela que por si só, independente dos trâmites típicos e de praxe, não seria capaz de conduzir ao fato objeto da prova. D - Aquela que não produz resultados por si mesma.
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