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Nutrição CAPÍTULO 1 – ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO NOS CICLOS DE VIDA 3Nutrição E-BooK ENADEÍndice CAPÍTULO 1 CAPÍTULO 2 CAPÍTULO 3 1 NECESSIDADES E RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS NOS DIFERENTES CICLOS DE VIDA QUESTÕES REFERÊNCIAS 1.1 MÉTODOS DE AVALIAÇÃO NUTRICIONAL 1.2 FASES DE PLANEJAMENTO E PRESCRIÇÃO DE PLANOS ALIMENTARES 1.3 DETERMINANTES PSICOLÓGICOS, SOCIOLÓGICOS E ANTROPOLÓGICOS DO COMPORTAMENTO ALIMENTAR OBJETIVOS • Conhecer as necessidades e recomendações nutricionais nos diferentes ciclos de vida. • Compreender os diferentes métodos de avaliação nutricional. • Identificar as fases de planejamento e prescrição de planos alimentares. • Reconhecer a influência dos determinantes psicológicos, sociológicos e antropológicos no comportamento alimentar. CONTEXTUALIZAÇÃO Para começar, acreditamos que seja importante refletirmos sobre os questionamentos da nutricionista e escritora Marle Alvarenga (2015), os quais provavelmente você já tenha parado para se perguntar: • Como a alimentação e nutrição podem estar relacionadas com a prevenção ou resgate da saúde? • O que é o ato de se alimentar? • Nossos conhecimentos em nutrição estão cientificamente embasados para atingir os objetivos das nossas práticas? 4Nutrição E-BooK ENADEÍndice CAPÍTULO 1 CAPÍTULO 2 CAPÍTULO 3 1 NECESSIDADES E RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS NOS DIFERENTES CICLOS DE VIDA QUESTÕES REFERÊNCIAS 1.1 MÉTODOS DE AVALIAÇÃO NUTRICIONAL 1.2 FASES DE PLANEJAMENTO E PRESCRIÇÃO DE PLANOS ALIMENTARES 1.3 DETERMINANTES PSICOLÓGICOS, SOCIOLÓGICOS E ANTROPOLÓGICOS DO COMPORTAMENTO ALIMENTAR • As ações que os profissionais nutricionistas têm desenvolvido efetivamente modificam comportamentos? • Consigo individualizar e humanizar minhas ações dentro das coletividades? (ALVARENGA M, 2015). A partir dessas respostas, torna-se possível perceber a complexidade da ciência da Nutrição, demonstrando a necessidade não apenas de um domínio técnico, mas também de um olhar mais atento e amplo sobre o indivíduo e as coletividades. 1 NECESSIDADES E RECOMENDAÇÕES NUTRICIO- NAIS NOS DIFERENTES CICLOS DE VIDA A fim de analisar a qualidade nutricional da alimentação e do planejamento alimentar, consideram-se as necessidades de nutrientes e energia, determinadas de acordo com as características de sexo, ciclos de vida, atividade física e medidas corporais de indivíduos saudáveis. Desse modo, para a avaliação da dieta, como também para a prescrição, são estabelecidos valores de referência para ingestão 5Nutrição E-BooK ENADEÍndice CAPÍTULO 1 CAPÍTULO 2 CAPÍTULO 3 1 NECESSIDADES E RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS NOS DIFERENTES CICLOS DE VIDA QUESTÕES REFERÊNCIAS 1.1 MÉTODOS DE AVALIAÇÃO NUTRICIONAL 1.2 FASES DE PLANEJAMENTO E PRESCRIÇÃO DE PLANOS ALIMENTARES 1.3 DETERMINANTES PSICOLÓGICOS, SOCIOLÓGICOS E ANTROPOLÓGICOS DO COMPORTAMENTO ALIMENTAR de nutrientes (FAO, 2002; HEGSTED, 1959; FAO, 2004). Em 1941, o Food and Nutrition Board (FNB) definiu a Recommended Dietary Allowance –RDA (Ingestão Dietética Recomendada) – para a população dos Estados Unidos, para que servisse como meta para uma boa nutrição e como padrão de medida por meio do qual seria possível medir o progresso até o alcance da meta, e, então, as RDAs foram reavaliadas periodicamente até 1989 (NRC, 1989). Da mesma forma, o Canadá estabeleceu a primeira recomendação para ingestão de nutrientes em 1938, a qual também foi revisada periodicamente até 1990, como Recommended Nutrient Intakes (Ingestões Recomendadas de Nutrientes, RNIs) (HWC, 1990). Após as duas últimas revisões das RDAs e RNIs, pelos Estados Unidos (NRC, 1989) e Canadá (HWC, 1990), cientistas destes países, em conjunto, revisaram as recomendações existentes, o que culminou no estabelecimento das Dietary Reference Intakes (DRIs). As DRIs podem ser utilizadas na avaliação da alimentação, na elaboração de planos alimentares adequados, na rotulagem de alimentos, no planejamento de programas de orientação nutricional, no desenvolvimento e melhoramento de produtos alimentícios, bem como na fortificação de alimentos. 6Nutrição E-BooK ENADEÍndice CAPÍTULO 1 CAPÍTULO 2 CAPÍTULO 3 1 NECESSIDADES E RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS NOS DIFERENTES CICLOS DE VIDA QUESTÕES REFERÊNCIAS 1.1 MÉTODOS DE AVALIAÇÃO NUTRICIONAL 1.2 FASES DE PLANEJAMENTO E PRESCRIÇÃO DE PLANOS ALIMENTARES 1.3 DETERMINANTES PSICOLÓGICOS, SOCIOLÓGICOS E ANTROPOLÓGICOS DO COMPORTAMENTO ALIMENTAR Além da atualização das recomendações existentes foram elaboradas novas categorias, visando à diminuição dos riscos de desenvolvimento de Doenças Crônicas Não Transmissíveis, fazendo com que não se considerasse apenas a ausência de sinais de deficiência, como era feito anteriormente, mas, sim, foram estabelecidos níveis superiores de ingestão de nutrientes quando havia dados de risco de efeitos adversos à saúde e foram recomendados mais estudos para o estabelecimento de recomendações de ingestão de compostos bioativos de alimentos, os quais não são considerados nutrientes, mas exercem efeito benéfico à saúde quando consumidos regularmente por meio da alimentação, como os polifenóis, os carotenoides e os glicosinolatos (IOM, 1997). Sendo assim, essas DRIs são divididas nas seguintes categorias: Estimated Average Requirement – EAR (Necessidade Média Estimada) É um valor de ingestão diária de um nutriente que se estima suprir a necessidade 50% dos indivíduos saudáveis de um grupo de mesmo sexo e estágio de vida. A EAR corresponde à mediana da distribuição de necessidades de determinado nutriente em um grupo de indivíduos saudáveis de mesmo sexo e estágio de vida e atende às necessidades de 50% da população. 7Nutrição E-BooK ENADEÍndice CAPÍTULO 1 CAPÍTULO 2 CAPÍTULO 3 1 NECESSIDADES E RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS NOS DIFERENTES CICLOS DE VIDA QUESTÕES REFERÊNCIAS 1.1 MÉTODOS DE AVALIAÇÃO NUTRICIONAL 1.2 FASES DE PLANEJAMENTO E PRESCRIÇÃO DE PLANOS ALIMENTARES 1.3 DETERMINANTES PSICOLÓGICOS, SOCIOLÓGICOS E ANTROPOLÓGICOS DO COMPORTAMENTO ALIMENTAR Recommended Dietary Allowance – RDA (Ingestão Dietética Recomendada) Esta categoria já era empregada nas versões anteriores que foram citadas e corresponde ao nível de ingestão alimentar diária suficiente para atender às necessidades de determinado nutriente de praticamente 97% a 98% dos indivíduos saudáveis de um determinado grupo de mesmo sexo e estágio de vida. Sua determinação é feita com base na EAR. Adequate Intake – AI (Ingestão Adequada) É empregada quando não há dados suficientes para a determinação da EAR, pois nem sempre o conjunto de informações sobre o nutriente é suficientemente consistente para o estabelecimento dessa categoria. Neste caso, deve-se empregar o valor da AI, considerando que se pode dizer que é um valor estimado prévio à RDA. É baseada em níveis de ingestão ajustados experimentalmente ou em aproximações da ingestão observada de nutrientes de um grupo de indivíduos aparentemente saudáveis. Portanto, o valor de AI é usado quando os valores de EAR ou de RDA não podem ser determinados. 8Nutrição E-BooK ENADEÍndice CAPÍTULO 1 CAPÍTULO 2 CAPÍTULO 3 1 NECESSIDADES E RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS NOS DIFERENTES CICLOS DE VIDA QUESTÕES REFERÊNCIAS 1.1 MÉTODOS DE AVALIAÇÃO NUTRICIONAL 1.2 FASES DE PLANEJAMENTO E PRESCRIÇÃO DE PLANOS ALIMENTARES 1.3 DETERMINANTES PSICOLÓGICOS, SOCIOLÓGICOS E ANTROPOLÓGICOS DO COMPORTAMENTO ALIMENTAR Tolerable Upper Intake Level – UL (Limite Superior Tolerável de Ingestão) É o valor mais alto de ingestão diária de determinado nutriente, que aparentemente não oferece riscos de efeitos adversos à saúde para a maioria dos indivíduos de determinado estágio de vida ou sexo. No entanto, essa compreensão é equivocada em alguns casos de que se um nutriente faz bem em pequena quantidade, uma grande quantidade traria proporcionalmente mais benefícios. Desse modo, é importantedestacar que o UL não é um nível de ingestão recomendado e para alguns nutrientes, não existem dados suficientes para determinar esse componente, porém isso não significa que não exista efeito adverso resultante da ingestão excessiva. Segue uma forma simples de resumir os aspectos gerais da DRIs: • EAR: examina a possibilidade de inadequação na ingestão. • RDA: ingestão habitual acima deste nível tem baixa probabilidade de inadequação. • AI: ingestão habitual igual ou acima deste valor tem baixa probabilidade de inadequação. • UL: ingestão habitual acima deste nível coloca o indivíduo em risco de efeito adverso à saúde. 9Nutrição E-BooK ENADEÍndice CAPÍTULO 1 CAPÍTULO 2 CAPÍTULO 3 1 NECESSIDADES E RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS NOS DIFERENTES CICLOS DE VIDA QUESTÕES REFERÊNCIAS 1.1 MÉTODOS DE AVALIAÇÃO NUTRICIONAL 1.2 FASES DE PLANEJAMENTO E PRESCRIÇÃO DE PLANOS ALIMENTARES 1.3 DETERMINANTES PSICOLÓGICOS, SOCIOLÓGICOS E ANTROPOLÓGICOS DO COMPORTAMENTO ALIMENTAR Deve-se entender que as DRIs podem ser utilizadas para avaliar a adequação aparente da ingestão alimentar, ou seja, a quantidade suficiente de nutrientes para manter o estado nutricional adequado. Entretanto, as DRIs não servem para avaliar precisamente a adequação da alimentação de indivíduos, nem para avaliar o estado nutricional exato. Assim, a EAR e o UL são as categorias de referência mais adequadas para a avaliação, enquanto RDA ou AI devem ser utilizadas como recomendação de ingestão. Além disso, valores habituais de consumo abaixo da EAR denotam grande probabilidade de inadequação e, quando acima do UL, sugerem risco de desenvolvimento de efeitos adversos. Se o consumo habitual estiver acima dos valores da RDA há maior chance de que as necessidades nutricionais, tanto de indivíduos quanto de populações, estejam corretas. Quando não há valor de EAR e apenas o valor de AI se encontra disponível, ocorre uma maior incerteza para avaliar se um determinado nutriente é fornecido pela dieta em quantidade adequada. Então, pela simples aplicação das tabelas não é possível chegar a uma conclusão sobre inadequação, quando os valores de consumo habitual forem menores do que este valor de referência (IOM, 2007; COMINETTI; COZZOLINO, 2013). 10Nutrição E-BooK ENADEÍndice CAPÍTULO 1 CAPÍTULO 2 CAPÍTULO 3 1 NECESSIDADES E RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS NOS DIFERENTES CICLOS DE VIDA QUESTÕES REFERÊNCIAS 1.1 MÉTODOS DE AVALIAÇÃO NUTRICIONAL 1.2 FASES DE PLANEJAMENTO E PRESCRIÇÃO DE PLANOS ALIMENTARES 1.3 DETERMINANTES PSICOLÓGICOS, SOCIOLÓGICOS E ANTROPOLÓGICOS DO COMPORTAMENTO ALIMENTAR Sabendo que as DRIs têm por objetivo servir como um guia para a boa nutrição e fornecer uma base para desenvolvimento de guias alimentares, é de extrema importância a sua atualização. Com relação a essas atualizações, podemos citar o mineral potássio, sendo que as novas recomendações reduziram os valores de ingestão adequados; para algumas faixas etárias, os valores foram reduzidos aproximadamente pela metade. Essa diferença e atualização se deve, em parte, à expansão do modelo das DRIs, no qual a consideração da redução do risco de Doença Crônica foi separada da consideração da adequação (NATIONAL ACADEMIES OF SCIENCES, 2019). É importante analisar que devido à variabilidade do padrão de consumo, aliada a um pequeno número de dias de observação, existe um grande impacto sobre a confiabilidade dessa análise, o que pode ser fonte de erro, portanto a adoção de técnicas adequadas de inquérito dietético, aplicadas duas ou mais vezes, preferencialmente em dias não consecutivos, contribui para melhorar a precisão de métodos quantitativos de consumo (NUSSER et al., 1996). Destaca-se que o primeiro passo para aplicação das DRIs na avaliação da ingestão alimentar de indivíduos é obter os dados de ingestão alimentar (alimentos 11Nutrição E-BooK ENADEÍndice CAPÍTULO 1 CAPÍTULO 2 CAPÍTULO 3 1 NECESSIDADES E RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS NOS DIFERENTES CICLOS DE VIDA QUESTÕES REFERÊNCIAS 1.1 MÉTODOS DE AVALIAÇÃO NUTRICIONAL 1.2 FASES DE PLANEJAMENTO E PRESCRIÇÃO DE PLANOS ALIMENTARES 1.3 DETERMINANTES PSICOLÓGICOS, SOCIOLÓGICOS E ANTROPOLÓGICOS DO COMPORTAMENTO ALIMENTAR e suplementos), da maneira mais precisa possível, porém reconhecendo as falhas em razão de dados não relatados e a grande variação no consumo alimentar de um dia para o outro (COMINETTI; COZZOLINO, 2013). Desta maneira, devem ser considerados alguns fatores que afetam as variações no dia a dia, como a variedade versus monotonia alimentar, dia da semana, estação do ano, férias, ocasiões especiais e apetite (relacionado com mudanças de atividade física ou ciclo menstrual). O número de dias considerados para avaliar a ingestão habitual varia de acordo com a precisão desejada da estimativa e do nutriente considerado, quanto mais variável a ingestão, mais dias são necessários (MARCHIONI et al., 2015). Para saber mais, acesse o link com as tabelas completas. 1.1 MÉTODOS DE AVALIAÇÃO NUTRICIONAL O uso da avaliação nutricional é de grande relevância em diversos aspectos: na vigilância alimentar e nutricional nos diferentes ciclos da vida; no diagnóstico da magnitude e distribuição geográfica dos problemas nutricionais; na tomada http://www.scielo.br/pdf/rn/v19n6/09.pdf. 12Nutrição E-BooK ENADEÍndice CAPÍTULO 1 CAPÍTULO 2 CAPÍTULO 3 1 NECESSIDADES E RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS NOS DIFERENTES CICLOS DE VIDA QUESTÕES REFERÊNCIAS 1.1 MÉTODOS DE AVALIAÇÃO NUTRICIONAL 1.2 FASES DE PLANEJAMENTO E PRESCRIÇÃO DE PLANOS ALIMENTARES 1.3 DETERMINANTES PSICOLÓGICOS, SOCIOLÓGICOS E ANTROPOLÓGICOS DO COMPORTAMENTO ALIMENTAR de decisão para intervenção nutricional no âmbito das políticas e dos programas públicos de combate aos problemas nutricionais mais relevantes considerados como sendo de saúde pública e no monitoramento dos efeitos da intervenção nutricional nos âmbitos individual e coletivo (COMINETTI; COZZOLINO, 2013). Sendo assim, para a avaliação nutricional de um indivíduo ou grupo populacional, é necessária a utilização de métodos de coleta e procedimentos diagnósticos que possibilitem determinar o estado nutricional, assim como as causas prováveis que deram origem ao(s) problema(s) nutricional(is), identificar distúrbios e riscos nutricionais, para então traçar condutas de intervenção que torne possível o paciente executar e que possibilite a recuperação ou manutenção do estado nutricional. Além de avaliar o paciente, é de extrema importância o seu monitoramento, com a finalidade de acompanhar as respostas do indivíduo às intervenções nutricionais que você planejou (ALVARENGA et al., 2015). Podemos utilizar vários métodos para realizar a avaliação do estado nutricional, sendo classificados como métodos diretos e indiretos; os métodos diretos são divididos em objetivos (abordagem quantitativa) e subjetivos (abordagem qualitativa). Os métodos objetivos compreendem os exames antropométricos (peso, altura, dobra cutânea etc.); exames laboratoriais; exame 13Nutrição E-BooK ENADEÍndice CAPÍTULO 1 CAPÍTULO 2 CAPÍTULO 3 1 NECESSIDADES E RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS NOS DIFERENTES CICLOS DE VIDA QUESTÕES REFERÊNCIAS 1.1 MÉTODOS DE AVALIAÇÃO NUTRICIONAL 1.2 FASES DE PLANEJAMENTO E PRESCRIÇÃO DE PLANOS ALIMENTARES 1.3 DETERMINANTES PSICOLÓGICOS, SOCIOLÓGICOS E ANTROPOLÓGICOS DO COMPORTAMENTO ALIMENTAR clínico nutricional (sinais e sintomas clínicos nutricionais) e métodos sofisticados, como a densitometria, a bioimpedância etc. Quanto aos subjetivos, tem-se a semiologia nutricional, a avaliação subjetiva global e a avaliação muscular subjetiva (SAMPAIO, 2012). Já os métodos indiretos buscam identificar os fatores associados ao processo de determinação do estado nutricional, ou seja, aqueles que explicam a ocorrência do problema nutricional, além de identificarem indivíduos ou grupos em risco nutricional. São os demográficos (sexo,idade, faixa etária, morbidade, mortalidade etc.); socioeconômicos (salário, ocupação, acesso ao serviço de saúde, escolaridade etc.); culturais (mitos alimentares, características locais específicas, família); estilo de vida (atividade física, hábito de fumar, bebida alcoólica etc.) e de inquérito de consumo alimentar (recordatório alimentar de 24 horas, frequência alimentar, diário alimentar etc.) (SAMPAIO, 2012). Para facilitar seu entendimento: 14Nutrição E-BooK ENADEÍndice CAPÍTULO 1 CAPÍTULO 2 CAPÍTULO 3 1 NECESSIDADES E RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS NOS DIFERENTES CICLOS DE VIDA QUESTÕES REFERÊNCIAS 1.1 MÉTODOS DE AVALIAÇÃO NUTRICIONAL 1.2 FASES DE PLANEJAMENTO E PRESCRIÇÃO DE PLANOS ALIMENTARES 1.3 DETERMINANTES PSICOLÓGICOS, SOCIOLÓGICOS E ANTROPOLÓGICOS DO COMPORTAMENTO ALIMENTAR FIGURA 1 – MÉTODOS DIRETOS E INDIRETOS DA AVALIAÇÃO NUTRICIONAL FONTE: O autor Diante de tantos métodos, qual iremos escolher? A associação de todos esses métodos é fundamental para melhorar a acurácia do diagnóstico, assim como um atendimento nutricional de forma integrativa. A partir dessas informações, é possível direcionar e ampliar as informações a serem obtidas, considerando a queixa do paciente e fatores ambientais, com sua influência no acesso ao alimento, genéticos e psicológicos (SAMPAIO, 2012). 15Nutrição E-BooK ENADEÍndice CAPÍTULO 1 CAPÍTULO 2 CAPÍTULO 3 1 NECESSIDADES E RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS NOS DIFERENTES CICLOS DE VIDA QUESTÕES REFERÊNCIAS 1.1 MÉTODOS DE AVALIAÇÃO NUTRICIONAL 1.2 FASES DE PLANEJAMENTO E PRESCRIÇÃO DE PLANOS ALIMENTARES 1.3 DETERMINANTES PSICOLÓGICOS, SOCIOLÓGICOS E ANTROPOLÓGICOS DO COMPORTAMENTO ALIMENTAR Entretanto, acima de tudo, o nutricionista deve estar atento a todas essas condições, no sentido de potencializar a eficácia da intervenção nutricional. 1.2 FASES DE PLANEJAMENTO E PRESCRIÇÃO DE PLANOS ALIMENTARES Antes da prescrição do plano alimentar em si, faz-se necessário um planejamento, o qual será baseado justamente nos métodos diretos e indiretos que acabamos de ver, ou seja, teremos que fazer: • A avaliação antropométrica: para determinarmos o estado nutricional (com base no peso, altura, Índice de Massa Corporal – IMC –, circunferências e dobras cutâneas) e também para o cálculo da Taxa Metabólica Basal e do Gasto Energético Total, que servirão de base para decidirmos o valor calórico do plano alimentar. • A interpretação dos exames laboratoriais para identificarmos possíveis alterações, que vão desde uma hipercolesterolemia até intolerâncias e alergias alimentares; todos estes fatores deverão ser levados em consideração para a escolha de nutrientes específicos visando a melhora do perfil bioquímico e a prevenção de doenças. 16Nutrição E-BooK ENADEÍndice CAPÍTULO 1 CAPÍTULO 2 CAPÍTULO 3 1 NECESSIDADES E RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS NOS DIFERENTES CICLOS DE VIDA QUESTÕES REFERÊNCIAS 1.1 MÉTODOS DE AVALIAÇÃO NUTRICIONAL 1.2 FASES DE PLANEJAMENTO E PRESCRIÇÃO DE PLANOS ALIMENTARES 1.3 DETERMINANTES PSICOLÓGICOS, SOCIOLÓGICOS E ANTROPOLÓGICOS DO COMPORTAMENTO ALIMENTAR • A realização dos exames clínicos e da análise dos sinais e sintomas (semiologia nutricional) com o intuito de identificar alguma alteração que nos direcione a solicitação de exames ou da montagem do plano alimentar. Por exemplo: paciente com pele seca, queda de cabelo, cansaço e ganho de peso pode nos levar à suspeita de um caso de hipotireoidismo, ou seja, pediremos exames relacionados à tireoide e incluiremos nutrientes para a melhora desses sinais. • A coleta de informações sobre condições demográficas, socioeconômicas e culturais: todos esses dados são fundamentais para compreender o contexto de vida do paciente, com o intuito de elaborar um plano alimentar que seja viável de realizar, facilitando a adesão ao tratamento. • Por último, mas não menos importante, a aplicação de inquéritos alimentares visando à avaliação do consumo alimentar: temos vários inquéritos que podem ser utilizados, sendo que os principais na prática clínica são o Recordatório de 24 horas (R24h) e o Questionário de Frequência de Consumo Alimentar (QFCA). Confira nas duas tabelas a seguir as vantagens e desvantagens de cada um desses inquéritos: 17Nutrição E-BooK ENADEÍndice CAPÍTULO 1 CAPÍTULO 2 CAPÍTULO 3 1 NECESSIDADES E RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS NOS DIFERENTES CICLOS DE VIDA QUESTÕES REFERÊNCIAS 1.1 MÉTODOS DE AVALIAÇÃO NUTRICIONAL 1.2 FASES DE PLANEJAMENTO E PRESCRIÇÃO DE PLANOS ALIMENTARES 1.3 DETERMINANTES PSICOLÓGICOS, SOCIOLÓGICOS E ANTROPOLÓGICOS DO COMPORTAMENTO ALIMENTAR Vantagens do R24H Limitações do R24H Baixo custo, fácil e rápida aplicação. Dificuldade em estimar o tamanho das porções. Bebidas e lanches tendem a ser omitido. Quando realizado em série, fornece estimativa da ingestão usual do indivíduo. Requer treinamento do investigador para evitar indução. Pode ser aplicado em diferentes faixas etárias e em analfabetos. A ingestão prévia nas últimas 24 horas pode ter sido atípica. Pode ser utilizado para estimar a ingestão energética e de macronutrientes. Não reflete diferenças entre a ingestão de dias da semana e fim de semana. Não altera a dieta usual. Depende da memória do entrevistado. Descreve hábitos culturais. Dificuldade em estimar o tamanho das porções, sendo que bebidas e lanches tendem a ser omitido. QUADRO 1 – VANTAGENS E LIMITAÇÕES DO RECORDATÓRIO DE 24 HORAS QUADRO 2 – VANTAGENS E LIMITAÇÕES DA FREQUÊNCIA ALIMENTAR FONTE: Kamimura et al. (2005, p.105) Vantagens do QFCA Limitações do QFCA Baixo custo, simples administração, não requerendo tanta especialização do entrevistador. Impossibilidade em saber as circunstâncias em que o alimento foi consumido. Não altera o padrão de consumo e estima a ingestão habitual. Quantificação pouco exata e pode haver subestimação por não contemplar todos os alimentos consumidos pelo indivíduo. Pode descrever padrões de ingestão alimentar. Dificuldade da análise sem uso de computadores e programas especiais. Utilidade nas pesquisas epidemiológicas. Necessidade em elaborar questionários direcionados. 18Nutrição E-BooK ENADEÍndice CAPÍTULO 1 CAPÍTULO 2 CAPÍTULO 3 1 NECESSIDADES E RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS NOS DIFERENTES CICLOS DE VIDA QUESTÕES REFERÊNCIAS 1.1 MÉTODOS DE AVALIAÇÃO NUTRICIONAL 1.2 FASES DE PLANEJAMENTO E PRESCRIÇÃO DE PLANOS ALIMENTARES 1.3 DETERMINANTES PSICOLÓGICOS, SOCIOLÓGICOS E ANTROPOLÓGICOS DO COMPORTAMENTO ALIMENTAR Pode ser utilizado para associar nutrientes específicos às patologias e necessidades fisiológicas. Listas pequenas (< 50 itens) podem subestimar a ingestão e as grandes (> 150 itens) podem gerar fadiga. Pode ser autoaplicável e gera resultados padronizados. Depende da memória do entrevistado e, caso seja auto aplicado, dependerá do grau de escolaridade. FONTE: Kamimura et al. (2005, p.109) • Assim, após a coleta de todas essas informações e de uma escuta ativa e de empatia com nosso paciente, será possível prescrevermos um plano alimentar respeitando todas as necessidades desse indivíduo. 1.2.1 Planejamento e prescrição do plano alimentar Agora, com base no conteúdo visto anteriormente, veremos um pouco sobre como iniciamos a montagem do plano alimentar. Por ser baseado em quantidade calórica e distribuição de macro e micronutrientes, devemos pensar se esse paciente precisa de uma dieta hipocalórica (para perda de peso = balanço energético negativo) ou normocalórica (para manutenção do peso) ou hipercalórica (para ganho de peso = balanço energético positivo). 19Nutrição E-BooK ENADEÍndice CAPÍTULO 1 CAPÍTULO 2 CAPÍTULO 3 1 NECESSIDADES E RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS NOS DIFERENTES CICLOS DE VIDA QUESTÕES REFERÊNCIAS 1.1 MÉTODOS DE AVALIAÇÃO NUTRICIONAL 1.2 FASES DE PLANEJAMENTO E PRESCRIÇÃO DE PLANOS ALIMENTARES 1.3 DETERMINANTES PSICOLÓGICOS, SOCIOLÓGICOS E ANTROPOLÓGICOS DOCOMPORTAMENTO ALIMENTAR FIGURA 2 – BALANÇO ENERGÉTICO FONTE: O autor Entretanto, precisamos antes saber sua TMB e seu GET, para então decidirmos se reduziremos as calorias da alimentação, manteremos ou aumentaremos, dependendo do objetivo com esse paciente. Vamos então entender um pouco o que significam esses termos: • Taxa Metabólica Basal (TMB) ou Gasto Energético Basal (GEB) Antes de iniciar a prescrição da dieta, torna-se necessário calcular a Taxa Metabólica Basal (TMB) do paciente, que é a energia necessária para a manutenção dos processos corporais vitais – respiração, metabolismo celular, circulação, atividade glandular e conservação da temperatura corpórea, ou seja, 20Nutrição E-BooK ENADEÍndice CAPÍTULO 1 CAPÍTULO 2 CAPÍTULO 3 1 NECESSIDADES E RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS NOS DIFERENTES CICLOS DE VIDA QUESTÕES REFERÊNCIAS 1.1 MÉTODOS DE AVALIAÇÃO NUTRICIONAL 1.2 FASES DE PLANEJAMENTO E PRESCRIÇÃO DE PLANOS ALIMENTARES 1.3 DETERMINANTES PSICOLÓGICOS, SOCIOLÓGICOS E ANTROPOLÓGICOS DO COMPORTAMENTO ALIMENTAR é a demanda energética mínima para a manutenção da vida, representando cerca de 60% a 70% do Gasto Energético Total diário (GET). Importante ressaltar que vários fatores podem afetar o GEB: composição corporal, idade, sexo, temperatura corporal, estado nutricional, menstruação, gestação e funcionamento endócrino (HIRSCHBRUSCH; CARVALHO, 2008). Para descobrirmos o valor da TMB, precisamos conhecer as equações de predição de TMB e Gasto Energético Total (GET), as quais são métodos rápidos e fáceis, além de terem baixo custo. Entretanto, como não existe um protocolo perfeito, fica a critério de cada profissional realizar essa escolha (MELO; TIRAPEGUI; RIBEIRO, 2008). Existem várias equações para estimar a TMB, dentre elas podemos citar as mais utilizadas: Harris e Benedict, (1919); Schofield, (1985); FAO/WHO/UNU, (1985); OMS (1995); Henry e Rees, (1991) e Cunningan, (1991). Confira no quadro a seguir cada uma delas: 21Nutrição E-BooK ENADEÍndice CAPÍTULO 1 CAPÍTULO 2 CAPÍTULO 3 1 NECESSIDADES E RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS NOS DIFERENTES CICLOS DE VIDA QUESTÕES REFERÊNCIAS 1.1 MÉTODOS DE AVALIAÇÃO NUTRICIONAL 1.2 FASES DE PLANEJAMENTO E PRESCRIÇÃO DE PLANOS ALIMENTARES 1.3 DETERMINANTES PSICOLÓGICOS, SOCIOLÓGICOS E ANTROPOLÓGICOS DO COMPORTAMENTO ALIMENTAR AUTOR FAIXA ETÁRIA GÊNERO EQUAÇÃO Harris-Benedict (1919) - Masculino 66,5 + (13,8 x P) + (5,0 x A) – (6,8 x I) - Feminino 655,1 + 9,5 x Peso (kg) + 1,8 x Altura (cm) – 4,7 x idade (anos) Schofield (1985) em kcal/dia 10 a 17 Masculino (0,074 x P (kg) + 2.754) x 239 Feminino (0,056 x P (kg) + 2.898) x 239 18 a 29 Masculino (0,063 x P (kg) + 2.896) x 239 Feminino (0,062 x P (kg) + 2.036) x 239 30 a 59 Masculino (0,048 x P (kg) + 3.653) x 239 Feminino (0,034 x P (kg) + 3.538) x 239 >60 anos Masculino (0,049 x P (kg) + 2.459) x 239 Feminino (0,038 x P (kg) + 2.755) x239 FAO/ WHO/ UNU (1985) em kcal/dia 10 a 17 Masculino 17,5 x P + 651 Feminino 12,2 x P + 746 18 a 29 Masculino 15,3 x P + 679 Feminino 14,7 x P + 496 30 a 59 Masculino 11,6 x P + 879 Feminino 8,7 x P + 829 >60 anos Masculino 13,5 x P + 487 Feminino 10,5 x P + 596 QUADRO 3 – FÓRMULAS DE PREDIÇÃO DA NECESSIDADE ENERGÉTICA 22Nutrição E-BooK ENADEÍndice CAPÍTULO 1 CAPÍTULO 2 CAPÍTULO 3 1 NECESSIDADES E RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS NOS DIFERENTES CICLOS DE VIDA QUESTÕES REFERÊNCIAS 1.1 MÉTODOS DE AVALIAÇÃO NUTRICIONAL 1.2 FASES DE PLANEJAMENTO E PRESCRIÇÃO DE PLANOS ALIMENTARES 1.3 DETERMINANTES PSICOLÓGICOS, SOCIOLÓGICOS E ANTROPOLÓGICOS DO COMPORTAMENTO ALIMENTAR OMS (1985) 10 a 17 Masculino (16,6 x P) + (77 x E(m)) + 572 Feminino (7,4 x P) + (482 x E (m)) + 217 18 a 29 Masculino (15,4 x P) – (27 x E (m)) + 717 Feminino (13,3 x P) + (334 x E (m)) + 35 30 a 59 Masculino 11,3 x P) + (16 x E (m)) + 901 Feminino 8,7 x P) – (25 x E (m)) + 865 >60 anos Masculino (8,8 x P) + (1128 x E (m)) – 1071 Feminino (9,2 x P) + (637 x E (m)) – 302 Henry e Rees (1991) 3 – 10 Masculino 0,113(P) + 1,689 x 239 Feminino 0,063(P) + 2,466 x 239 10 – 18 Masculino 0,084(P) + 2,122 x 239 Feminino 0,047(P) + 2,951 x 239 18 – 30 Masculino 0,056(P) + 2,800 x 239 Feminino 0,048(P) + 2,562 x 239 30 – 60 Masculino 0,046(P) + 3,160 x 239 Feminino 0,048(P) + 2,448 x 239 Cunningham (1991) - - 370 + 21,6 (MLG). Mifflin-St Jeor (1990) (9.99 x P) + (6.25 x altura) – (4.92 x idade) + 5 LEGENDA: P= peso; E= estatura; I= idade; MLG = Massa Livre de Gordura FONTE: Adaptado de Volp et al. (2011) e Carvalho et al. (2012) 23Nutrição E-BooK ENADEÍndice CAPÍTULO 1 CAPÍTULO 2 CAPÍTULO 3 1 NECESSIDADES E RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS NOS DIFERENTES CICLOS DE VIDA QUESTÕES REFERÊNCIAS 1.1 MÉTODOS DE AVALIAÇÃO NUTRICIONAL 1.2 FASES DE PLANEJAMENTO E PRESCRIÇÃO DE PLANOS ALIMENTARES 1.3 DETERMINANTES PSICOLÓGICOS, SOCIOLÓGICOS E ANTROPOLÓGICOS DO COMPORTAMENTO ALIMENTAR • Efeito Térmico dos Alimentos (ETA) ou termogênese induzida pela dieta Representa entre 5% e 10% do GET e inclui o custo energético da digestão, absorção, metabolismo e armazenamento dos alimentos no corpo. Esse efeito é medido pelo aumento do gasto energético, além do metabolismo basal por cerca de 5h após uma refeição. Nos alimentos, as proteínas têm o maior efeito térmico, aumentando o gasto energético entre 20 a 30%; já os carboidratos apresentam efeito intermediário elevando o gasto energético de 5 a 10%; enquanto que a gordura gera um aumento desse gasto em torno de 0 a 5%. • Gasto de energia com Atividade Física (GAF) Representando cerca de 20% a 30% do GET em adultos. Este é considerado o componente mais variável, pois depende de: idade, sexo, estatura, composição corporal, tipo e intensidade da atividade, bem como a frequência e a duração desse exercício, além do condicionamento físico, do estado nutricional, da ansiedade, do ambiente e o tipo das fibras musculares prevalentes no indivíduo. O gasto pela atividade física também afeta indiretamente a TMB e o ETA (HIRSCHBRUSCH; CARVALHO, 2008). 24Nutrição E-BooK ENADEÍndice CAPÍTULO 1 CAPÍTULO 2 CAPÍTULO 3 1 NECESSIDADES E RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS NOS DIFERENTES CICLOS DE VIDA QUESTÕES REFERÊNCIAS 1.1 MÉTODOS DE AVALIAÇÃO NUTRICIONAL 1.2 FASES DE PLANEJAMENTO E PRESCRIÇÃO DE PLANOS ALIMENTARES 1.3 DETERMINANTES PSICOLÓGICOS, SOCIOLÓGICOS E ANTROPOLÓGICOS DO COMPORTAMENTO ALIMENTAR A partir disso, é importante entendermos que essas três variáveis apresentadas (TMB, ETA, GAF) irão gerar nosso GET, ou seja, nosso gasto de energia de um dia inteiro. O valor desse gasto de Fator de Atividade recomendado pela OMS (2005), segundo a faixa etária e o gênero, é apresentado no quadro a seguir. FAIXA ETÁRIA GÊNERO Classificação da Atividade Física Leve Moderada Pesada 10 a 18 anos Masculino 1,60 2,50 6,00 Feminino 1,50 2,20 6,00 18 a 65 anos Masculino 1,55 1,78 2,10 Feminino 1,56 1,64 1,82 Acima de 65 anos Masculino 1,40 1,60 1,90 Feminino 1,40 1,60 1,80 FONTE: OMS (2005, p. 45.) QUADRO 4 – VALORES DE FATOR DE ATIVIDADE Agora que vimos a importância desse entendimento, vamos aprender a determinar o Gasto Energético do Total (GET) do paciente por meio dos métodos de avaliação da necessidade de energia, o qual representa o quanto o indivíduo deve ingerir diariamente para manter o seu peso de forma saudável de acordo com o tipo de atividade física. Seu cálculo é feito considerando as variáveis idade, 25Nutrição E-BooK ENADEÍndice CAPÍTULO 1 CAPÍTULO 2 CAPÍTULO 3 1 NECESSIDADES E RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS NOS DIFERENTES CICLOS DE VIDA QUESTÕES REFERÊNCIAS 1.1 MÉTODOS DE AVALIAÇÃO NUTRICIONAL 1.2 FASES DE PLANEJAMENTO E PRESCRIÇÃO DE PLANOS ALIMENTARES 1.3 DETERMINANTES PSICOLÓGICOS, SOCIOLÓGICOS E ANTROPOLÓGICOS DO COMPORTAMENTO ALIMENTAR sexo e atividade física do indivíduo. Para indivíduos que apresentam peso normal, o cálculo do GET é feito considerando-se o peso atual.No caso de sobrepeso e obesidade, toma-se como referência o peso ideal. A determinação do GET pode ser obtida por meio de duas abordagens: 1 A primeira é a mensuração pelos métodos diretos de energia produzida, ou seja, pela produção de calor (calorimetria). Entretanto, a realização desse método requer tempo e possui custo elevado. 2 A segunda é pela mensuração indireta utilizando equações preditivas que irão traduzir em estimativas o GET (VOLP et al., 2011). A partir disso, obtemos o valor da Taxa Metabólica Basal, e para obtermos o valor do Gasto Energético Total (GET), precisamos multiplicar o valor obtido pelo Gasto com Atividade Física, ou seja: GET = TMB x GAF 26Nutrição E-BooK ENADEÍndice CAPÍTULO 1 CAPÍTULO 2 CAPÍTULO 3 1 NECESSIDADES E RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS NOS DIFERENTES CICLOS DE VIDA QUESTÕES REFERÊNCIAS 1.1 MÉTODOS DE AVALIAÇÃO NUTRICIONAL 1.2 FASES DE PLANEJAMENTO E PRESCRIÇÃO DE PLANOS ALIMENTARES 1.3 DETERMINANTES PSICOLÓGICOS, SOCIOLÓGICOS E ANTROPOLÓGICOS DO COMPORTAMENTO ALIMENTAR Após estes cálculos, precisamos distribuir esse valor total de calorias entre carboidratos, lipídios e proteínas. Em termos de percentuais, recomenda-se a utilização do intervalo aceitável de distribuição de macronutrientes, conforme preconizado. Você pode observar no quadro a seguir a diferença entre dois Protocolos de Recomendação: Macronutrientes DRI (2002/2005) OMS (2003) Carboidratos 45 – 65% 55 – 75% Proteínas 10 – 35% 10 a 15% Gorduras Totais 20 – 35% 10 – 30% FONTE: Adaptado de DRI (2005) e OMS (2003) QUADRO 4 – PROTOCOLOS DE RECOMENDAÇÃO DE MACRONUTRIENTES O plano alimentar, neste contexto, busca motivar o paciente no seguimento da dieta prescrita, fornecendo uma sugestão de cardápio que atenda as suas necessidades nutricionais e preferências individuais. Além do cardápio, deve- se possibilitar ao paciente alternativas para que não fique preso a um modelo somente e sim que ele crie autonomia nas boas escolhas alimentares. Uma alternativa seria fornecer, juntamente ao cardápio, uma lista de substituições coerentes de alimentos, segundo o tipo de nutriente do alimento, por equivalente calórico etc. Sabendo que para conseguir uma melhor adesão ao plano alimentar 27Nutrição E-BooK ENADEÍndice CAPÍTULO 1 CAPÍTULO 2 CAPÍTULO 3 1 NECESSIDADES E RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS NOS DIFERENTES CICLOS DE VIDA QUESTÕES REFERÊNCIAS 1.1 MÉTODOS DE AVALIAÇÃO NUTRICIONAL 1.2 FASES DE PLANEJAMENTO E PRESCRIÇÃO DE PLANOS ALIMENTARES 1.3 DETERMINANTES PSICOLÓGICOS, SOCIOLÓGICOS E ANTROPOLÓGICOS DO COMPORTAMENTO ALIMENTAR proposto, é preciso conhecer as preferências do indivíduo, assim o plano alimentar se tornará mais equilibrado e agradável de ser seguido (CAMARGO, 1999). 1.3 DETERMINANTES PSICOLÓGICOS, SOCIOLÓGI- COS E ANTROPOLÓGICOS DO COMPORTAMENTO ALIMENTAR É no início da vida que os hábitos alimentares são formados, desde as primeiras experiências, como o aleitamento materno, até o processo de transição para uma alimentação geral, que será moldada pelas preferências inatas da criança, pelas decisões familiares, contexto social e afetivo em que esses são inseridos. É importante destacar a relevância da estrutura familiar, uma vez que o indivíduo está diariamente exposto a esses padrões e hábitos (POULAIN; PROENÇA, 2003; ROSSI; MOREIRA; RAUEN, 2008). Fatores biológicos individuais, subdivididos em componentes fisiológicos, patológicos e genéticos, também determinam o comportamento alimentar. As 28Nutrição E-BooK ENADEÍndice CAPÍTULO 1 CAPÍTULO 2 CAPÍTULO 3 1 NECESSIDADES E RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS NOS DIFERENTES CICLOS DE VIDA QUESTÕES REFERÊNCIAS 1.1 MÉTODOS DE AVALIAÇÃO NUTRICIONAL 1.2 FASES DE PLANEJAMENTO E PRESCRIÇÃO DE PLANOS ALIMENTARES 1.3 DETERMINANTES PSICOLÓGICOS, SOCIOLÓGICOS E ANTROPOLÓGICOS DO COMPORTAMENTO ALIMENTAR necessidades nutricionais influenciarão na quantidade e qualidade da alimentação a ser consumida nos diferentes estágios da vida e condições fisiológicas ou patológicas (JAMORI; PROENÇA; CALVO, 2008). As características sensoriais dos alimentos como sabor, aparência, odor e textura agradáveis são os principais preditores da escolha alimentar, principalmente se associadas à memória de experiências anteriores. Dependendo do contexto social no qual os alimentos são apresentados e consumidos, pode haver uma associação de prazer, busca e repetição do alimento quando existe associação positiva de recompensa, ou seja, uma memória agradável associada ao consumo. Além disso, o conhecimento de que os indivíduos dispõem sobre a alimentação, seja ele científico ou popular, expresso por mitos, crenças e tabus, também determinam, em certa medida, o comportamento alimentar (QUAIOTI; ALMEIDA, 2006; VIANA; SANTOS; GUIMARAES, 2008). Não podemos esquecer que comer é um ato social que vai além das necessidades biológicas, comida é prazer, cultura, família, religião, status, memórias afetivas, relacionamento com o mundo natural e também é a expressão de nossa identidade. Portanto, focarmos somente em calorias, no que se pode ou não pode comer, não promove a mudança de comportamento das pessoas, 29Nutrição E-BooK ENADEÍndice CAPÍTULO 1 CAPÍTULO 2 CAPÍTULO 3 1 NECESSIDADES E RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS NOS DIFERENTES CICLOS DE VIDA QUESTÕES REFERÊNCIAS 1.1 MÉTODOS DE AVALIAÇÃO NUTRICIONAL 1.2 FASES DE PLANEJAMENTO E PRESCRIÇÃO DE PLANOS ALIMENTARES 1.3 DETERMINANTES PSICOLÓGICOS, SOCIOLÓGICOS E ANTROPOLÓGICOS DO COMPORTAMENTO ALIMENTAR sendo que podemos visualizar o aumento dos índices de doenças crônicas, transtornos alimentares e obesidade que desse modo justificam essa afirmação. Deve-se dar uma nova abordagem para a nutrição, não se baseando somente em uma decisão racional, mas sim incluindo aspectos fisiológicos, sociais e emocionais, promovendo assim mudanças no relacionamento do nutricionista com seu paciente (ALVARENGA et al., 2015). Com relação às escolhas alimentares, que são as responsáveis óbvias pelo consumo, como profissionais nutricionistas somos habilitados a avaliar o consumo alimentar e nutricional por meio de vários instrumentos, ou seja, avaliar o que as pessoas comem. Por isso, é de extrema importância ampliar a nossa compreensão do por que as pessoas comem o que comem, em que se baseiam as suas escolhas, o que determina as escolhas feitas e quais são as influências para tal comportamento (ALVARENGA et al., 2015). Sabendo que utilizamos muitas vezes a comida para reduzir emoções negativas e aumentar as positivas, ou difere-se de algumas pessoas: alguns comem menos, outros sentem um desejo muito grande de comer. Nós, como profissionais de saúde, devemos observar quando ocorre essa relação de desequilíbrio nessa forma de “tapar buracos” emocionais, ou tentar lidar com problemas utilizando a comida, o que é denominado de “Comer Emocional”. Pensando, por 30Nutrição E-BooK ENADEÍndice CAPÍTULO 1 CAPÍTULO 2 CAPÍTULO 3 1 NECESSIDADES E RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS NOS DIFERENTES CICLOS DE VIDA QUESTÕES REFERÊNCIAS 1.1 MÉTODOS DE AVALIAÇÃO NUTRICIONAL 1.2 FASES DE PLANEJAMENTO E PRESCRIÇÃO DE PLANOS ALIMENTARES 1.3 DETERMINANTES PSICOLÓGICOS, SOCIOLÓGICOS E ANTROPOLÓGICOS DO COMPORTAMENTO ALIMENTAR exemplo, na situação do comer por ansiedade, podemos auxiliar conversando sobre esse sentimento que é a ansiedade, praticando exercícios de respiração e meditação, utilizando algumas técnicas, porém é preciso cuidado durante esse aconselhamento nutricional, para não causar ou aumentar a ansiedade – evitando assim propor muitas mudanças ao mesmo tempo (ALVARENGA et al., 2015). O processo de aconselhamento nutricional não deve se limitar a “proibir” e “permitir”, esse aconselhamento deve ser pautado em um processo dinâmico de educação, respeitando-se os valores biopsicossociais do indivíduo. Considerando os conceitos adotados por Rodrigues, Soares e Boog (2005),o aconselhamento visa promover apoio técnico e emocional ao indivíduo no desenvolvimento de sua capacidade pessoal em realizar suas próprias escolhas alimentares, permitindo uma relação educativa diferenciada e voltada para a tomada de decisões e atitudes situadas no contexto de suas vivências. Desse modo, devemos ter a atitude de escuta que proporciona a capacidade do profissional em ter um espaço para que o indivíduo possa expressar aquilo que sente, sabe e pensa em relação a suas escolhas alimentares e responder as suas reais expectativas, dúvidas e necessidades. É importante motivá-lo a expor 31Nutrição E-BooK ENADEÍndice CAPÍTULO 1 CAPÍTULO 2 CAPÍTULO 3 1 NECESSIDADES E RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS NOS DIFERENTES CICLOS DE VIDA QUESTÕES REFERÊNCIAS 1.1 MÉTODOS DE AVALIAÇÃO NUTRICIONAL 1.2 FASES DE PLANEJAMENTO E PRESCRIÇÃO DE PLANOS ALIMENTARES 1.3 DETERMINANTES PSICOLÓGICOS, SOCIOLÓGICOS E ANTROPOLÓGICOS DO COMPORTAMENTO ALIMENTAR suas necessidades e dificuldades para a adoção de práticas e hábitos de vida saudáveis, pois é nesta relação entre o educador e educando que se estabelece a possibilidade de uma experiência de problematização do comportamento alimentar e a oportunidade de transformá-la em solução. Empatia, tolerância, compreensão e flexibilidade são, portanto, imprescindíveis, pois na abordagem o indivíduo deve se sentir acolhido e compreendido, e não julgado por suas atitudes alimentares (ALVARENGA et al., 2015). 32Nutrição E-BooK ENADEÍndice CAPÍTULO 1 CAPÍTULO 2 CAPÍTULO 3 1 NECESSIDADES E RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS NOS DIFERENTES CICLOS DE VIDA QUESTÕES REFERÊNCIAS 1.1 MÉTODOS DE AVALIAÇÃO NUTRICIONAL 1.2 FASES DE PLANEJAMENTO E PRESCRIÇÃO DE PLANOS ALIMENTARES 1.3 DETERMINANTES PSICOLÓGICOS, SOCIOLÓGICOS E ANTROPOLÓGICOS DO COMPORTAMENTO ALIMENTAR QUESTÕES 1 A realização de uma anamnese completa é parte fundamental na avaliação do estado nutricional do paciente, pois permite ao profissional conhecer os hábitos alimentares do paciente, além da identificação de deficiências e excessos de macro e micronutrientes. A respeito dos métodos quantitativos e qualitativos de avaliação do consumo alimentar, assinale a alternativa CORRETA: a) O registro alimentar apresenta a vantagem de ser realizado em casa e de necessitar da memória do paciente. Por ser um método quantitativo, não é possível avaliar os hábitos alimentares do paciente nesse modelo de inquérito dietético. b) O recordatório de 24 horas só é utilizado para avaliar a ingestão alimentar do paciente quando as 24 horas questionadas são típicas e representam o consumo habitual. c) O principal objetivo dos métodos qualitativos é conhecer a quantidade de calorias, macro e micronutrientes consumidos pelo paciente. d) Os métodos quantitativos têm como objetivo conhecer a quantidade de calorias, macro e micronutrientes consumidos pelo paciente e analisá-los com base nas tabelas de composição de alimentos. e) A ingestão de suplementos alimentares, bem como de complexos vitamínicos, não deve ser considerada nos métodos quantitativos de avaliação de consumo alimentar. 33Nutrição E-BooK ENADEÍndice CAPÍTULO 1 CAPÍTULO 2 CAPÍTULO 3 1 NECESSIDADES E RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS NOS DIFERENTES CICLOS DE VIDA QUESTÕES REFERÊNCIAS 1.1 MÉTODOS DE AVALIAÇÃO NUTRICIONAL 1.2 FASES DE PLANEJAMENTO E PRESCRIÇÃO DE PLANOS ALIMENTARES 1.3 DETERMINANTES PSICOLÓGICOS, SOCIOLÓGICOS E ANTROPOLÓGICOS DO COMPORTAMENTO ALIMENTAR 2 A escolha do método ideal para avaliar o consumo alimentar dos indivíduos depende da população-alvo e do propósito da investigação; podemos então considerar em relação aos métodos que: a) O Questionário de Frequência Alimentar é um método retrospectivo de avaliação de consumo alimentar que apresenta um custo elevado. b) O registro alimentar estimado exige alto nível de motivação e colaboração do indivíduo. c) Um dos benefícios do recordatório 24 horas é que pode ser utilizado em todas as populações, por exemplo, de baixo nível de escolaridade. d) O Questionário de Frequência Alimentar não deve ser utilizado para estudar a associação de alimentos com alguma doença. e) A História Dietética não leva em consideração as alterações sazonais. 3 O comportamento alimentar é determinado por vários fatores, como os fatores biológicos, psicológicos e ambientais. É correto afirmar que: a) O comportamento alimentar do pré-escolar é determinado em primeiro momento pelas interações culturais. b) A indústria corporal, através dos meios de comunicação, encarrega-se de criar desejos e reforçar imagens, sendo um determinante ambiental de muita influência. 34Nutrição E-BooK ENADEÍndice CAPÍTULO 1 CAPÍTULO 2 CAPÍTULO 3 1 NECESSIDADES E RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS NOS DIFERENTES CICLOS DE VIDA QUESTÕES REFERÊNCIAS 1.1 MÉTODOS DE AVALIAÇÃO NUTRICIONAL 1.2 FASES DE PLANEJAMENTO E PRESCRIÇÃO DE PLANOS ALIMENTARES 1.3 DETERMINANTES PSICOLÓGICOS, SOCIOLÓGICOS E ANTROPOLÓGICOS DO COMPORTAMENTO ALIMENTAR c) Os nutricionistas são os responsáveis pelo estudo dos fatores biológicos, psicológicos e ambientais relacionados ao comportamento alimentar da população. d) O padrão cultural de beleza criado pela mídia é fácil de ser alcançado pela maioria da população. e) O comportamento alimentar de crianças não é influenciado pelos pais. 4 O ato de se alimentar faz parte da nossa rotina de vida e depende de aspectos sociais, econômicos, culturais, religiosos, das preferências individuais e das experiências alimentares vivenciadas ao longo da vida. Com base nessa afirmação, assinale a alternativa CORRETA: a) Para a maioria da população, a alimentação está relacionada a momentos agradáveis, prazerosos, de bem-estar e convívio social, e certas condições não conseguem abalar este ato que é a alimentação, pois é algo natural. b) Na presença de uma situação difícil ou uma doença, os hábitos e preferências alimentares podem necessitar de modificações, e os momentos prazerosos podem tornar-se mais difíceis e dolorosos. c) O acesso aos alimentos, disponibilidade e questões financeiras não interferem no comportamento alimentar dos indivíduos. 35Nutrição E-BooK ENADEÍndice CAPÍTULO 1 CAPÍTULO 2 CAPÍTULO 3 1 NECESSIDADES E RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS NOS DIFERENTES CICLOS DE VIDA QUESTÕES REFERÊNCIAS 1.1 MÉTODOS DE AVALIAÇÃO NUTRICIONAL 1.2 FASES DE PLANEJAMENTO E PRESCRIÇÃO DE PLANOS ALIMENTARES 1.3 DETERMINANTES PSICOLÓGICOS, SOCIOLÓGICOS E ANTROPOLÓGICOS DO COMPORTAMENTO ALIMENTAR d) Algumas doenças e condições, como as neurológicas e as cirúrgicas, podem trazer, como consequência, um distúrbio de deglutição, o que não influência no ato de se alimentar. e) Sentimentos e emoções não têm influência no ato de se alimentar. 5 Considerando os cálculos das necessidades energéticas, analise as informações e assinale a alternativa INCORRETA: Idade: 24 anos; peso: 71 kg; altura: 1,62; IMC: 26,7; Taxa estimada de metabolismo basal (TMB): 63,5 Kcal por hora; Total = 1,36* x TMB = 2081 Kcal. *Fator que constitui a divisão das necessidades energéticas totais pelo valor da TMB em 24 horas. a) Caso a ingestão seja inferior a 2000 kcal, ocorrerá balanço energético negativo, e, ainda, se este nível de atividade física for mantido. b) O total do gasto energético expresso em múltiplo da TMB (1,36) está de acordo com o grau de atividade intenso, e não com o grau de atividade leve, como indicado no enunciado. c) Geralmente o valor da TMB é próximo ao da Taxa de Metabolismo de Repouso (TMR). 36Nutrição E-BooK ENADEÍndice CAPÍTULO 1 CAPÍTULO 2 CAPÍTULO 3 1 NECESSIDADES E RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS NOS DIFERENTES CICLOS DE VIDA QUESTÕES REFERÊNCIAS 1.1 MÉTODOS DE AVALIAÇÃO NUTRICIONAL 1.2 FASES DE PLANEJAMENTO E PRESCRIÇÃO DE PLANOS ALIMENTARES 1.3 DETERMINANTES PSICOLÓGICOS, SOCIOLÓGICOS E ANTROPOLÓGICOS DO COMPORTAMENTO ALIMENTAR d) Gasto Energético Total(GET) tem um significado diferente de Valor Energético Total da Dieta (VET). e) Quanto mais obeso for o indivíduo, maior o GET expresso em Kcal/dia. 6 Como pode ser definida a Taxa de Metabolismo Basal (TMB)? a) A energia necessária para manter a atividade vital das células e tecidos e manter os processos circulatório, respiratório, gastrointestinal e renal. b) O valor da ingestão média referente à energia dietética que é estimada para manter o balanço energético em um adulto saudável. c) A medida do gasto calórico pela quantidade de oxigênio consumido por minuto, por quilograma de peso corporal. d) A medida da taxa metabólica de repouso no período de 24 horas (Kcal/24h). e) A energia gasta para a manutenção das funções corporais normais e homeostase, representando a maior porção do gasto energético total e é expressa como quilograma/quilograma de peso corporal por hora. 7 Um colega de profissão pede o seu auxílio e acompanhamento na discussão de duas situações a fim de emitir um relatório sobre a alimentação e realizar a intervenção nutricional. Analise a situação: 37Nutrição E-BooK ENADEÍndice CAPÍTULO 1 CAPÍTULO 2 CAPÍTULO 3 1 NECESSIDADES E RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS NOS DIFERENTES CICLOS DE VIDA QUESTÕES REFERÊNCIAS 1.1 MÉTODOS DE AVALIAÇÃO NUTRICIONAL 1.2 FASES DE PLANEJAMENTO E PRESCRIÇÃO DE PLANOS ALIMENTARES 1.3 DETERMINANTES PSICOLÓGICOS, SOCIOLÓGICOS E ANTROPOLÓGICOS DO COMPORTAMENTO ALIMENTAR Situação A: dados com média de ingestão de nutrientes de três recordatórios alimentares de 24h (coletados em dias alternados) de 50 pacientes ambulatoriais. Situação B: valores médios de ingestão de nutrientes de três recordatórios alimentares de 24h (coletados em dias alternados) de um paciente do ambulatório. Com base nessas informações, analise as afirmativas a seguir como Verdadeiras (V) ou Falsas (F): ( ) Para a realização do planejamento dietético na Situação A, podemos utilizar os valores de referência específicos das RDA (Recommeded Dietary Allowance), quando disponíveis. ( ) Para a realização da avaliação da adequação de ingestão alimentar, devem-se utilizar os valores de referência da EAR (Estimated Average Requirement) em ambas situações, quando disponíveis. ( ) Para a realização da avaliação da meta de ingestão alimentar, devem-se utilizar os valores de referência da AI (Adequate Intake) na situação B, quando a EAR não estiver disponível. 38Nutrição E-BooK ENADEÍndice CAPÍTULO 1 CAPÍTULO 2 CAPÍTULO 3 1 NECESSIDADES E RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS NOS DIFERENTES CICLOS DE VIDA QUESTÕES REFERÊNCIAS 1.1 MÉTODOS DE AVALIAÇÃO NUTRICIONAL 1.2 FASES DE PLANEJAMENTO E PRESCRIÇÃO DE PLANOS ALIMENTARES 1.3 DETERMINANTES PSICOLÓGICOS, SOCIOLÓGICOS E ANTROPOLÓGICOS DO COMPORTAMENTO ALIMENTAR Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA: a) V – F – V. b) V – V – V. c) F – V – F. d) F – V – V. e) V – F – F. 8 Com relação à ingestão dietética de referência (DRI), o valor de ingestão diária, estimado para suprir a necessidade de 50% dos indivíduos de um grupo de faixa etária e sexo, refere-se ao(à): a) Limite superior tolerável de ingestão. b) Limite inferior tolerável de ingestão. c) Necessidade média estimada. d) Ingestão dietética recomendada. e) Ingestão adequada. 9 A prescrição dietética compete ao profissional nutricionista, portanto, algumas regras devem ser seguidas. Assinale o item que não está em conformidade com o estabelecido na Resolução CFN no 304/2003: 39Nutrição E-BooK ENADEÍndice CAPÍTULO 1 CAPÍTULO 2 CAPÍTULO 3 1 NECESSIDADES E RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS NOS DIFERENTES CICLOS DE VIDA QUESTÕES REFERÊNCIAS 1.1 MÉTODOS DE AVALIAÇÃO NUTRICIONAL 1.2 FASES DE PLANEJAMENTO E PRESCRIÇÃO DE PLANOS ALIMENTARES 1.3 DETERMINANTES PSICOLÓGICOS, SOCIOLÓGICOS E ANTROPOLÓGICOS DO COMPORTAMENTO ALIMENTAR a) Avaliação da digestão/sistema gastrointestinal: item da anamnese alimentar em que o paciente confirma ou não a presença de distúrbios gastrointestinais (disfagia, anorexia, náuseas, vômitos, dor abdominal, diarreia, constipação etc.). b) Exame físico: realizado de forma sumária, utilizando a palpação e a inspeção. Tem como objetivo a avaliação subjetiva da perda de gordura, massa muscular e presença de líquido no espaço extracelular, além dos sinais de deficiência de nutrientes que possam chamar a atenção. c) Alteração da ingestão alimentar: item da anamnese alimentar em que o paciente relata se houve ou não alteração no seu Padrão de Consumo Alimentar, de forma intencional ou não. d) Capacidade funcional: item considerado de extrema importância, pois avalia as modificações funcionais que possam ocorrer com as alterações antropométricas e dietéticas. e) Antropometria: medição dos diversos compartimentos corporais, através da verificação de dados que incluem peso, altura, pregas cutâneas e circunferência dos membros, sendo que o grau de perda não intencional de peso é considerado o melhor elemento preditivo de risco nutricional, conforme OMS -1995. 40Nutrição E-BooK ENADEÍndice CAPÍTULO 1 CAPÍTULO 2 CAPÍTULO 3 1 NECESSIDADES E RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS NOS DIFERENTES CICLOS DE VIDA QUESTÕES REFERÊNCIAS 1.1 MÉTODOS DE AVALIAÇÃO NUTRICIONAL 1.2 FASES DE PLANEJAMENTO E PRESCRIÇÃO DE PLANOS ALIMENTARES 1.3 DETERMINANTES PSICOLÓGICOS, SOCIOLÓGICOS E ANTROPOLÓGICOS DO COMPORTAMENTO ALIMENTAR 10 A avaliação do estado nutricional do idoso é considerada complexa em razão da influência de alguns fatores. Sobre os fatores que afetam diretamente o estado nutricional do idoso, assinale a alternativa INCORRETA: a) Pouca autonomia, presença de familiares e dificuldade de absorção de nutrientes. b) Alterações fisiológicas associadas ao envelhecimento e déficit de atenção. c) Estado emocional, déficit de atenção e dificuldade de mastigação e baixo nível de atividade física. d) Processos patológicos crônicos, dificuldade de entendimento, dificuldade na realização de tarefas do cotidiano. e) Alteração da capacidade digestiva e de absorção de nutrientes, estado emocional e biodisponibilidade de nutrientes. 41Nutrição E-BooK ENADEÍndice CAPÍTULO 1 CAPÍTULO 2 CAPÍTULO 3 1 NECESSIDADES E RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS NOS DIFERENTES CICLOS DE VIDA QUESTÕES REFERÊNCIAS 1.1 MÉTODOS DE AVALIAÇÃO NUTRICIONAL 1.2 FASES DE PLANEJAMENTO E PRESCRIÇÃO DE PLANOS ALIMENTARES 1.3 DETERMINANTES PSICOLÓGICOS, SOCIOLÓGICOS E ANTROPOLÓGICOS DO COMPORTAMENTO ALIMENTAR REFERÊNCIAS ACUÑA, K.; CRUZ, T. 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Após uma reflexão sobre essas questões, segundo os autores Paim e Almeida Filho (2000), caracterizam a Saúde Coletiva como um campo de conhecimento e âmbito próprio de práticas. “A Saúde Coletiva pode ser considerada como um campo de conhecimento de natureza interdisciplinar cujas disciplinas básicas são a epidemiologia, o planejamento e administração de saúde e as ciências sociais em saúde” (PAIM, ALMEIDA FILHO, 2000, p.308). 57Nutrição E-BooK ENADEÍndice CAPÍTULO 1 CAPÍTULO 2 CAPÍTULO 3 1 SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SUS) 2 SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL 3 POLÍTICA NACIONAL DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO (PNAN) 4 POLÍTICA NACIONAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL (PNSAN) QUESTÕES REFERÊNCIAS Sendo assim, o trabalho em saúde coletiva, além das dimensões técnicas, econômicas, políticas e ideológicas, envolve um componente ético essencial o que está vinculado à emancipação dos seres humanos, como a importância de possuir valores de solidariedade, equidade, justiça e democracia (PAIM, 2008). Agora, após essa breve introdução, vamos aprender sobre o SUS, sua criação e suas características. 1 SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SUS) Tudo começou com a implementação do Sistema Unificado e Descentralizado de Saúde (SUDS), o qual surgiu como estratégia-ponte para a implantação do SUS, cujos dispositivos legais foram aprovados em 1990 (Lei nº 8.080/90 e 8.142/90), dando assim sequência à reforma do sistema e dos serviços de saúde, inspirada nos princípios do SUS (BRASIL, 2003). Buscava-se, portanto, a ampliação do acesso e qualidade das ações e serviços, além da concepção e experimentação de modelos de atenção à saúde, que considerassem os princípios e diretrizes, citados a seguir (PAIM, 2000). Conforme a Constituição Federal de 1988 (CF- 88), a “saúde é direito de todos e dever do Estado”, e no período anterior à CF- 58Nutrição E-BooK ENADEÍndice CAPÍTULO 1 CAPÍTULO 2 CAPÍTULO 3 1 SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SUS) 2 SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL 3 POLÍTICA NACIONAL DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO (PNAN) 4 POLÍTICA NACIONAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL (PNSAN) QUESTÕES REFERÊNCIAS 88, o sistema público de saúde prestava assistência apenas aos trabalhadores vinculados à Previdência Social, aproximadamente 30 milhões de pessoas com acesso aos serviços hospitalares, cabendo assim o atendimento aos demais cidadãos às entidades filantrópicas. O país vivia o processo de reconstrução do Estado democrático em meados da década de 1980, e na área da saúde pública, foi intensa a movimentação durante o ano de 1986, com a realização da VIII Conferência Nacional de Saúde, evento-síntese da democratização da saúde no país, seus resultados foram decisivos para o lançamento dos pilares que construiriam o Sistema Único de Saúde (SUS) e que ainda hoje o sustentam (KAC; SICHIERI; GIGANTE, 2007). Tudo isso fez com que o SUS se tornasse um dos maiores e mais complexos sistemas de saúde pública do mundo, abrangendo desde o simples atendimento, por meio da Atenção Primária, até o transplante de órgãos, garantindo acesso integral, universal e gratuito para toda a população do país. Com a sua criação, o SUS proporcionou o acesso universal ao sistema público de saúde. A atenção integral à saúde, e não somente aos cuidados assistenciais, passou a ser um direito de todos os brasileiros, desde a gestação a todos os ciclos da vida, com foco na saúde com qualidade de vida, visando à prevenção e à promoção da saúde (BRASIL, 2011). 59Nutrição E-BooK ENADEÍndice CAPÍTULO 1 CAPÍTULO 2 CAPÍTULO 3 1 SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SUS) 2 SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL 3 POLÍTICA NACIONAL DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO (PNAN) 4 POLÍTICA NACIONAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL (PNSAN) QUESTÕES REFERÊNCIAS A gestão das ações