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Antibióticos: Inibidores da Parede Celular

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ANTIBIÓTICOS I 
INIBIDORES DA SÍNTESE DA PAREDE 
 
Bactéria: tem membrana plasmática, parede celular, DNA celular 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sem parede: Micoplasma 
Com parede: Gram positivo / Gram negativo 
Com parede atípica: Micobactérias; Espiralados; Clamidias; Riquétsias 
 
GRAM-POSITIVA 
✓ Peptidoglicano (mureína) - polissacarídeos + polipeptídeos 
✓ Ácido lipoteicoico 
✓ Ácido teicoico 
✓ Não existe membrana externa 
 
 
GRAM-NEGATIVA 
✓ Endotoxina 
✓ Tem peptidoglicano 
✓ Tem membrana celular externa + LPS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Antibioticoterapia 
Meningococo – Gram positiva 
Neisseria meningitidis – Gram negativa 
 
Fatores envolvidos na eficácia terapêutica: 
➔ Extensão da infecção; 
➔ Bactericidas x bacteriostáticos; 
➔ Espectro antibacteriano; 
➔ Fatores farmacológicos; 
➔ Esquema posológico; 
➔ Condições relacionadas ao paciente. 
 
Condições relacionadas ao paciente: 
• idade (aminoglicosídeos → ototoxicidade idosos) 
• gravidez (tetraciclina→ alteração óssea no feto ) 
• lactantes (sulfonamidas → hemólise lactente) 
• presença de alergias (penicilinas) 
• exposição ambiental 
• imunossuprimidos 
• função hepática e renal 
• fatores genéticos 
 
 
 
Tratamento empírico: 
• Diminuir dose assim que possível 
• Passar para a via oral assim que possível 
• Alta hospitalar precoce 
• Fazer medicação ambulatorial ou domiciliar assim que melhorar 
• Com antibiograma, se possível, trocar para antibióticos de menor espectro (tratamento 
específico) 
 
Terapia antimicrobiana combinada: 
• Prover terapia de amplo espectro nos pacientes em estado grave 
• Utilizar doses menores - reduzir toxicidade 
• Sinergismo 
➔ Bloqueio de etapas sucessivas em uma rota metabólica 
➔ Inibição da inativação enzimática 
➔ Aumento da captação do agente antimicrobiano 
 
PROFILAXIA ANTIMICROBIANA 
Profilaxia cirúrgica: 
➔ Antibiótico ativo contra patógenos de feridas cirúrgicas (ex: cirurgia cardíaca - 
estafilococos, bastonetes gram negativos entéricos) 
➔ Concentrações maiores que a CIM devem estar presentes no momento da 
incisão 
Profilaxia não cirúrgica: indivíduos com risco de exposição temporária ou risco 
aumentado devido a doença subjacente (ex: contato com pessoa com infecção 
meningocócica, infecção recorrente de otite média) 
 
COCOS GRAM POSITIVOS: 
STAPHYLOCOCCUS: Coagulase-positivo: S. aureus 
STREOTOCOCCUS: Não beta-hemolíticos: S. pneumoniae 
ENTEROCOCCUS: E. faecium 
BACILOS ANAERÓBIOS: Clostridium: C. difficile 
 
BACILOS GRAM NEGATIVOS 
FERMENTADORES: Escherichia coli; Klebsiella pneumoniae; Enterobacter sp 
NÃO FERMENTADORES: Pseudomonas aeruginosa; Acinetobacter baumannii 
COCOS/COCOBACILOS: Neisseria meningitidis; neisseria gonorrhoeae; Moraxella 
catarrahalis. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Quando devo ter muita preocupação? 
Pacientes com mais de 5 a 7 dias de ventilação mecânica e uso prévio de 
antimicrobianos de amplo espectro são propensos a infecções por agentes 
multirresistentes. 
 
CLASSE DOS ANTIBIÓTICOS 
Inibidores da síntese da parede β-lactâmicos: 
➔ (penicilinas, cefalosporinas, monobactâmicos e carbapenêmicos) 
➔ Glicopeptídeos (vancomicina, teicoplanina) 
➔ Outros: bacitracina, fosfomicina, nitrofurantoína 
Inibidores da membrana: 
➔ Daptomicina 
➔ Polimixinas 
Antimetabólitos: 
➔ Sulfas (sulfametoxazol, sulfadiazina) 
➔ Trimetropima 
Inibidores da síntese do DNA: 
➔ Fluorquinolonas (ciprofloxacino, levofloxacino, gemifloxacino) 
Inibidores da síntese proteica: 
➔ Tetraciclinas (tetraciclina, doxiciclina, tigeciclina) 
➔ Macrolídeos (claritromicina, azitromicina) 
➔ Aminoglicosídeos (amicacina, gentamicina, tobramicina) 
➔ Lincosaminas (clindamicina) 
➔ Anfenicois (cloranfenicol) 
➔ Oxazolidinonas (linezolida) 
 
Inibidores da síntese da parede: β-lactâmicos 
Todos terão na estrutura química o ‘’anel’’ por isso chama β-lactâmicos 
Anel betalactâmico pode ser clivado por lactamases, como a penicilinase do S. aureus 
 
Mecanismo de ação dos β-lactâmicos 
Etapas da síntese da parede celular: 
1. Síntese dos monômeros de mureína 
2. Polimerização 
3. Ligações cruzadas dos polímeros → catalisadas pelas proteínas de ligação da 
penicilina (PBP), que são transpeptidases 
 
→ Inibem a síntese da parede celular 
Bloqueio da fase de transpeptidação do peptidoglicano: ligam-se covalentemente ao 
sítio ativo das proteínas de ligação da penicilina (PBP) 
Resultado: bactéria sofre lise osmótica → efeito bactericida 
• Não associar com bacteriostáticos 
• Espectro de ação depende: 
➔ grau de dificuldade em penetrar a membrana externa e parede celular 
➔ capacidade de ligação às transpeptidases específicas 
• Toxicidade seletiva (mamíferos não tem parede) 
 
Mecanismo de resistência: 
✓ inativação do antibiótico pelas β-lactamases 
✓ modificação das PBP-alvo 
✓ penetração reduzida do fármaco até as PBP-alvo (infrarregulação das porinas) 
✓ efluxo do antibiótico 
 
Inibidores irreversíveis de β-lactamases: 
• Ácido clavulânico (clavulanato): Amoxicilina + clavulanato; Ticarcilina + clavulanato 
• Sulbactam - ex: Ampicilina + sulbactam 
• Tazobactam - ex: Piperaciclina + tazobactam Ceftolozana + tazobactam (Zerbaxa®) 
• Avibactam - ex: Ceftazidima + avibactam (Torgena®) 
 
1. PENICILINA Penicilina G (benzilpenicilina) 
• Protótipo 
• Instável em meio ácido → 
uso parenteral 
• Rápida excreção renal; 
• Susceptível à penicilinases 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Efeitos adversos: 
• Hipersensibilidade (compostos degradáveis viram antigênicos) - 1 a 10% dos pacientes 
➔ Agudas (rara): choque anafilático (30 seg) 
➔ Imediatas (mais graves): angioedema, broncoconstrição, distúrbios TGI e 
choque 
➔ Tardias: (2 ou + dias, 80 a 90 % dos casos): erupções bolhosas, lesões da 
mucosa oral. 
• TGI: Alteração da microbiota normal → risco de infecções secundárias (candidíase, 
colite pseudomembranosa) 
 
2. CEFALOSPORINA - BETALACTÂMICOS 
Mecanismo: Semelhante a penicilinas, inibem a formação da parede bacterina 
Espectro: varia de acordo com a classificação de cefalosporinas de 1°, 2°, 3°, 4° ou 5° 
geração. 
Alta toxicidade seletiva: usada na gravidez, lactação e pediatria 
Reações alérgicas: 1 a 3% certa taxa de reação cruzada com penicilina. 
 
A partir da terceira geração é para uso hospitalar, parenteral. 
Primeira e segunda geração - VO 
Demais: via parenteral, IM ou IV 
Quinta geração: IV 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SEPSE: cefuroxima, cefotaxima 
PNEUMONIA POR ORGANISMOS SUSCETÍVEOS: cefuroxima 
MENINGITE: ceftriaxona, cefotaxima 
INFECÇÕES DO TRATO BILIAR: ceftriaxona 
INFECÇÕES DO TRATO URINÁRIO: especialmente na gravidez ou sem resposta a 
outros fármacos – cefuroxima 
SINUSITE: cefadroxila 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. CARBAPENÊMICOS 
IMIPENEM (+cilastatina), MEROPENEM, ERTAPENEM 
Mecanismo de ação: Semelhante ao de todos os β- lactâmicos, inibem a formação da 
parede bacteriana 
Reservado para infecções hospitalares graves causados por bactérias resistentes aos 
β- lactâmicos (IV ou IM) 
Boa penetração em tecidos abdominais, respiratórios, bile, trato geniturinário, LCR 
Amplo espectro: gram positivos e negativos, aeróbios e anaeróbios 
 
Imipeném → A associação imipeném + cilastatina sódica (função: inibir a inativação do 
imipeném pelas enzimas renais) demonstra eficácia contra muitas infecções causadas 
por bactérias gram-positivas e gram-negativas, aeróbias e anaeróbias, resistentes às 
cefalosporinas, aminoglicosídeos e/ou penicilinas. Não é indicado para o tratamento de 
meningite. 
Meropeném → Infusão prolongada está indicado para o tratamento de infecções graves, 
ocasionadas por bactérias multirresistentes, sendo intrinsicamente mais potente contra 
Acinetobacter baumanniie Pseudomonas aeruginosa, tais como: 
- pneumonia associada ao uso de ventiladores mecânicos 
- meningite bacteriana 
- septicemia 
Ertapeném → Meia-vida longa, mas ↓ atividade contra Acinetobacter e Pseudomonas 
 
4. MONOBACTÂMICOS 
Resistente à maioria das betalactamases (mas EBSL hidrolisam) 
Efetivo apenas contra bacilos gram - negativos aeróbios, como as espécies de 
Pseudomonas, Neisseria meningitidis e Haemophilus influenzae 
‣ Não tem ação contra microrganismos gram-positivos ou anaeróbios 
Nos pacientes alérgicos a penicilinas pode ser usado em infecções graves, como 
pneumonia, meningite e sepse por patógenos gram-negativos sensíveis 
• Vias IM e IV, meia-vida plasmática de 2 horas 
• Na terapia empírica, pode ser associado com aminoglicosídeo 
• Efeito adversos: semelhantes aos de outros antibióticos betalactâmicos 
 
 
 
 
INIBIDORES DE PAREDE CELULAR – GLICOPEPTÍDEOS 
Vancomicina, Teicoplanina 
Mecanismo de ação: altera a síntese da parede, de RNA citoplasmático e a 
permeabilidade da membrana. 
Espectro bacteriano estreito: estreptococo, pneumococo, estafilococo. 
Efeitos adversos: febre, erupções cutâneas e flebite no local da injeção. 
Ototoxicidade e nefrotoxicidade e, por vezes, reações de hipersensibilidade 
Reações anafilactóides: hipotensão, chiado, dispneia, urticária ou prurido, choque e 
parada cardíaca. 
Infusão rápida: síndrome do ‘’pescoço vermelho’’ – urticária, exantema, febre 
 
Vancomicina: 
Antibiótico produzido pelo Streptococcus orientalis e Amycolatopsis orientalis 
Ativa apenas contra bactérias Gram-positivas: estreptococo, pneumococo, Estafilococo 
Usos: 
➔ tratamento MRSA (I.V) e em outras infecções graves 
➔ infecções por Staphylococcus em alérgicos à penicilina ou cefalosporina (I.V) ou 
para pacientes que não responderam ao tratamento com fármacos destas 
classes 
➔ colite pseudomembranosa por C. difficile (V.O) 
➔ Para endocardite causada por Enterococcus faecalis, só é eficaz em combinação 
com um aminoglicosídeo (gentamicina) 
 
Teicoplanina: 
• Semelhante a vancomicina 
• Meia-vida longa, I.V e I.M 
 
 
BACITRACINA = nebacetin 
Reservada para uso tópico de infecções na pele ou oculares 
Efeitos adversos: potente nefrotóxico 
Em raras circunstâncias, é usada por via parenteral para tratar infecções 
sistêmicas causadas por estafilococos que são sensíveis a estes fármacos 
e resistentes a outros antibióticos. 
 
FOSFOMICINA 
Inibe síntese de parede e a aderência as células uroepiteliais 
Amplo aspectro, baixa toxicidade e ½ vida longa (dose única) 
Usada para infeções do trato urinário, principalmente cistite aguda 
Seguro na gravidez 
 
 
NITROFURANTOÍNA 
Específico para trato urinário, principalmente por E.coli 
A cada 6 horas 
Amplo mecanismo de ação = ausência de resistência 
 
 
 
INIBIDORES DE MEMBRANA 
 
DAPTOMICINA 
Liga-se a membrana, despolariza, perda do potencial de membrana, morte bacteriana 
Ativo contra MRSA, com duração de ação maior que vancomicina 
Ativo contra VRSA 
Usos: Infecções complicadas de pele e tecidos moles e bacteremia 
Efeito colateral: miopatia – dosar CPK 
 
POLIMIXINAS = Polimixinas B e E (colistimetato) 
Mecanismo de ação: são detergentes catiônicos que rompem a membrana externa. 
Também inativam endotoxina. 
Espectro de ação: atividade bactericida seletiva e rápida em bacilos Gram-negativos, 
principalmente Pseudomonas e enterobactérias (uso IV, IM, IT). 
Uso clínico: limitado pela toxicidade, restrito a esterilização intestinal (IV) e ao 
tratamento tópico em ouvidos, olhos ou pele (sem absorção intestinal). 
Efeitos adversos: nefrotoxicidade, neurotoxicidade 
 
 
RESUMO: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANTIMETABÓLITOS 
SULFAS E TRIMETROPINA 
 
SULFONAMIDAS: 
Mecanismo: competição reversível com o PABA → inibição da di-hidropterotato sintase 
→ inibição da produção de folato → efeito bacteriostático 
Sulfonamida + inibidor da di-hidrofolato redutase (trimetoprima ou pirimetamina) = 
sinergismo 
 
Características: 
Amplo espectro: alguns gram-positivos e gram-negativos, Nocardia sp., Chlamydia 
trachomatis e alguns protozoários. 
• aumento da produção do PABA 
• produção de enzimas com baixa afinidade 
• redução da permeabilidade à sulfonamida 
Presença de pus → antagoniza efeito bacteriostático 
Alguns anestésicos locais que são biotransformados em PABA também podem reduzir 
o efeito bacteriostático 
 
Uso clínico: A associação em doses fixas de sulfametoxazoltrimetoprima 
(cotrimoxazol) é preferencial para infecções como pneumonia por Pneumocystis jiroveci, 
toxoplasmose, nocardiose 
➔ infecções do trato urinário, uretrites e prostatites 
➔ otite média, sinusite e exacerbação aguda de bronquite crônica, como alternativa 
para pacientes alérgicos aos ß-lactâmicos 
➔ infecções gastrintestinais - diarreia do viajante, shigelose, febre tifoide e 
paratifoide 
Sulfadiazina de prata: tratamento de feridas infectadas 
 
 
 
 
 
Efeitos colaterais: 
Anormalidades: hematológicas leucopenia, trombocitopenia, agranulocitose, anemia 
hemolítica e supressão da medula óssea) 
Reações cutâneas graves, como a dermatite esfoliativa, síndrome de Steven-Johnson 
e a necrólise epidérmica tóxica. 
Cristalúria, com consequente insuficiência renal pode ocorrer em pacientes 
hipoalbuminêmicos. 
Outras: Febre, cefaleia, tremores, nefrotoxicidade, flebite, vasculite, hipercalemia e 
anafilaxia. 
 
INIBIDORES DA SÍNTESE DE DNA 
FLUORQUINOLONAS: As quinolonas importantes são análogos fluorados sintéticos do 
ácido nalidíxico 
• São ativas contra diversas bactérias Gram-negativas e Gram-positivas 
• Acumulam-se em vários tecidos, rins, próstata e pulmões 
• São bactericidas 
Mecanismo de ação: Se ligam na topoisomerase II (DNA girase) ou na topoisomerase 
IV → inibe replicação do DNA. 
 
1ª geração: ácido nalidíxico 
2ª geração: norfloxacino, ciprofloxacino e ofloxacino 
3ª geração: levofloxacino, gatifloxacino, moxifloxacino 
4ª geração: gemifloxaxino 
Sensibilidade para gram + 
 
Infecções no TGU (trato gastro urinário) 
Em pacientes hospitalizados: 
➔ E. coli - cerca de 50% dos casos. 
➔ Klebsiella, Proteus, Enterobacter, Serratia, Pseudomonas - 40%. Cocos Gram + 
➔ E. faecalis e S. saprophyticus e Staphylococcus aureus, responsáveis pelo 
restante. 
Em tratos GU relativamente normais: 
➔ E. coli - 75 a 95% dos casos. 
➔ O restante gram-negativos urinários inclui enterobactérias, tipicamente 
Klebsiella, Proteus mirabilis e, às vezes, Pseudomonas aeruginosa. Entre as 
bactérias gram-positivas, Staphylococcus saprophyticus está presente em 5 a 
10% das infecções do trato urinário bacterianas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Uso clínico: 
Com exceção do moxifloxacino (cujos níveis urinários são relativamente baixos) são 
efetivas no tratamento de infecções do trato urinário provocadas por muitos organismos, 
inclusive P. aeruginosa. 
Infecções de tecidos moles, ossos e articulações, bem como intra-abdominais, incluindo 
aquelas provocadas por organismos multirresistentes como Pseudomonas e 
Enterobacter 
Otite externa invasiva (“otite maligna”) provocada por P. aeruginosa Osteomilite crônica 
por bacilos gram-negativos Diarreia bacteriana causada por Shigella, Salmonella, E. coli 
As quinolonas respiratórias são boas opções de tratamento para infecções respiratórias 
e pneumonias adquiridas na comunidade 
Quinolonas respiratórias também são usadas na pneumonia atípica - atuam nas 
bactérias atípicas Chlamydia pneumoniae, Mycoplasma pneumoniae e espécies de 
Legionella 
Anticácidos contendo alumínio ou magnésio (cátions) reduzem absorção das 
fluoroquinolonas quando administradas V.O 
 
Efeitos colaterais: 
Gastrintestinais: anorexia, náuseas, vômitos e desconforto abdominal. 
SNC: Cefaleia, tontura,insônia e alterações do humor. 
Alucinações, delírios e convulsões são raras (idosos) 
Convulsões: associação com teofilina ou AINEs 
Alergias e reações cutâneas: Reações fototóxicas 
Podem comprometer a cartilagem em crescimento e provocar artropatia (reversível) → 
contra-indicado em pacientes menores de 18 anos. 
Prolongamento de QT (gatifloxacino, moxifloxaxino, gemifloxacino) → devese evitar uso 
em pacientes tratados com antiarrítmicos ou outros fármacos que possam prolongar o 
intervalo QT (ex: tricíclicos) 
 
Contra-indicações: gravidez, lactação, insuficiência renal e hepática e em pacientes 
menores de 17 anos. 
 
INIBIDORES DA SÍNTESE PROTEICA 
Tetraciclinas, Macrolídeos, Aminoglicosídeos, Lincosaminas, Anfenicois, 
Oxazolidinonas 
 
Etapas da síntese proteica bacteriana e alvos de diversos antibióticos: As 
tetraciclinas (T) ligam-se à subunidade 30S e impedem a ligação da próxima unidade 
tRNA carregada. O cloranfenicol (C) e os macrolídeos (M) ligam-se à subunidade 50S 
e bloqueiam a formação da ligação peptídica. 
 
 
TETRACICLINA: 
• Bacteriostáticos 
• Amplo espectro: ativas contra muitas bactérias Gram-positivas e Gram negativas, 
micoplasmas, clamídias e riquétsias 
• Geralmente administrados por via oral (exceto tigeciclina) 
 
Mecanismo de ação: Inibem a síntese proteica → Se ligam de maneira reversível à 
subunidade 30S do ribossomo bacteriano → impede a adição de aminoácidos ao 
peptídeo em crescimento 
 
Mecanismo de resistência: Uso excessivo → é comum a resistência 
✓Influxo comprometido 
✓Proteção do sítio do ribossomo 
✓Efluxo aumentado por meio de uma bomba proteica transportadora ativa; 
Bombas de efluxo codificadas por cromossomo das espécies de Proteus e 
Pseudomonas aeruginosa para múltiplos fármacos são responsáveis pela resistência 
intrínseca a todas as tetraciclinas, inclusive a tigeciclina 
 
Farmacocinética: Atravessam a placenta e também são excretadas no leite 
- A doxiciclina e a tigeciclina são eliminadas por mecanismos não renais → não precisam 
de ajuste de dose na insuficiência renal 
- A tigeciclina tem meia-vida de 36 horas e não são sensíveis a vários tipos de bomba 
de efluxo 
 
Uso clínico: São fármacos de escolha no tratamento de infecções provocadas: 
➔ Riquétsias (febre das montanhas, febre tifoide e do grupo tifoide) 
➔ Clamídias (uretrite, endocervicites, conjuntivite) 
Doxiciclina: infecções respiratórias e de tecidos moles causadas por MRSA 
(Staphylococcus aureus resistente à meticilina), DST por C. trachomatis 
Tigeciclina: opção terapêutica para MRSA ou ORSA (Staphylococcus aureus meticilina 
ou oxacilina resistentes), infecções complicadas de tecidos moles, intra-abdominais e 
pneumonia adquirida na comunidade 
 
Efeitos colaterais: Náusea, vômitos e diarreia são os motivos mais comuns de 
interrupção das tetraciclinas. 
Se depositam nos ossos e dentes em crescimento, provocando manchas, hipoplasia 
dentária e deformidades ósseas 
Alteram a microbiota normal → distúrbios funcionais intestinais, prurido anal, candidíase 
(vaginal ou oral) ou colite associada ao Clostridium difficile 
Contra-indicado em mulheres grávidas, lactantes e crianças 
 
MACROLÍDEO: São bacteriostáticos ou bactericidas. Eritromicina, Claritromicina, 
Azitromicina 
Mecanismo de ação: Inibem a síntese proteica: ligam-se à subunidade 50S, próximo 
ao centro da peptidiltransferase → bloqueiam a formação da ligação peptídica 
 
Mecanismo de resistência: 
➔ diminuição da permeabilidade da célula ao antimicrobiano 
➔ alteração no sítio receptor da porção 50S do ribossomo 
➔ inativação enzimática 
 
Espectro de ação e usos: 
Eritromicina 
➔ gram-positivas (sobretudo pneumococos, estreptococos, estafilococos), 
clamídias, treponema, micoplasma 
➔ utilizada nas infecções por corinebactérias (difteria, sepse por corinebactéria) 
 
Claritromicina 
➔ Altamente ativa contra gram positivas (maioria dos estreptococos e 
estafilococos) 
➔ Útil na erradicação de H. pylori 
➔ Menor incidência de intolerância gastrintestinal e administração menos 
frequente, em relação a eritromicina 
 
Azitromicina 
➔ Espectro ampliado: maior atividade contra gram negativas, sobretudo H. 
influenzae 
➔ Bastante ativa contra espécies de Chlamydia. 
➔ O fármaco é liberado lentamente dos tecidos (meia-vida tecidual de 2 a 4 dias) 
= permitem a administração de dose única diária 
➔ A pneumonia adquirida na comunidade pode ser tratada com azitromicina 
administrada como uma dose de ataque de 500 mg, seguida por uma dose única 
diária de 250mg nos quatro dias seguintes 
➔ Não inibe CYP hepáticas 
 
Macrolídeos: São considerados primeira escolha no tratamento de pneumonias por 
bactérias atípicas (Mycoplasma pneumoniae, Legionella pneumophila, Chlamydia spp.) 
Como alternativa terapêutica em pacientes alérgicos à penicilina, nas seguintes 
condições: 
✓ infecções do trato respiratório por estreptococos do grupo A 
✓ pneumonia por S. pneumoniae 
✓ infecções superficiais de pele (Streptococcus pyogenes) 
✓ profilaxia de febre reumática (faringite estreptocócica) 
 
Efeitos colaterais: 
Mais comuns: cólicas abdominais, náuseas, vômitos e diarreia (em até 1/3 dos 
pacientes). 
• Hepatite colestática (menos comum com azitromicina e claritromicina) 
• Prolongamento do intervalo QT, em razão do efeito sobre os canais de potássio. Pode 
causar arritmia tipo torsades de pointes. (Cuidado: pacientes com bradicardia, arritmias, 
IC, distúrbios eletrolíticas, uso de fármacos que prolongam o intervalo QT, idosos) 
 
AMINOGLICOSÍDEOS 
Estreptomicina, Neomicina, Tobramicina, Gentamicina e Amicacina 
• São bactericidas 
• Eles são mais usados em combinação com: 
- um antibiótico β-lactâmico em infecções graves por bactérias Gram-negativas 
aeróbias; 
- vancomicina ou com um antibiótico βlactâmico para a endocardite por Gram positivos 
e para tratamento de tuberculose. 
 
Mecanismo de ação: 
✓ Se ligam a proteínas ribossomais específicas da subunidade 30S, inibindo a síntese 
proteica e/ou produzindo proteínas defeituosas 
✓ Efeito concentração-dependente 
✓ Efeito pós-antibiótico significativo 
✓ Efeito em bactérias aeróbias: transporte ativo dependente de oxigênio 
✓ Sinergismo com betalactâmicos ou glicopeptídeos 
 
 
 
Mecanismo de resistência: 
• Ocorre através de vários mecanismos diferentes, e o mais importante é a inativação 
por enzimas microbianas, 
• A amicacina foi considerada um substrato fraco para a maioria dessas enzimas 
• Modificações na permeabilidade (ex: deleção da porinas) 
 
Uso clínicos: 
Amicacina: maior espectro de ação 
• Comumente associados a betalactâmicos ou glicopeptídeos 
• Efeito limitado em anaeróbicos e gram positivos 
• Utilizados principalmente contra Gram-negativos aeróbios (Klebsiella spp., 
Acinetobacter spp., Enterobacter spp., E. Coli, Proteus sp. Serratia spp., Citrobacter 
spp., Haemophilus spp.) e em cepas de Pseudomonas aeruginosa 
• Bactérias gram-positivas: S. aureus, S. epidermidis, Listeria monocytogenes, 
Enterococcus faecalis e Nocardia asteroides, além de serem ativos contra 
micobactérias. 
• Devido a toxicidade: uso deve ser moderado e para indicações específicas. A duração 
deve ser a mínima possível, e as concentrações séricas devem ser monitoradas 
 
Efeitos colaterais: 
• Todos os aminoglicosídeos são ototóxicos e nefrotóxicos 
✓É mais provável ocorrer quando a terapia continua por mais de 5 dias, em doses mais 
elevadas, nos idosos e no quadro de insuficiência renal. 
✓O uso concomitante com diuréticos de alça ou outros agentes antimicrobianos 
nefrotóxicos (ex: vancomicina ou anfotericina) pode potencializar a nefrotoxicidade 
• Uma reação rara, porém grave e tóxica, é bloqueio neuromuscular e apneia: em 
paciente curarizados com succinilcolina, com miastenia, hipocalcemia 
 
LINCOSAMINAS: 
Mecanismo de ação: atuam da mesma forma que os macrolídeos→ bacteriostáticos 
ou bactericidas 
 
Usos clínicos: 
- É ativa em cocos gram-positivos, incluindo muitos estafilococos resistentes à penicilina 
- Ativa em Bacteroides sp. e outras bactérias anaeróbias gram-negativas 
- A clindamicina, por vezes em combinação com um aminoglicosídeo ou com 
cefalosporina, é empregada para tratar lesões perfurantes do abdome e do intestino, 
infecções no trato genital feminino (p. ex., aborto séptico, abscessos pélvicos ou doença 
inflamatória pélvica) e abscessos pulmonares. 
 
Efeitos colaterais: 
Comuns: são diarreia, náuseas e exantema cutâneo. 
Ocorre comprometimento da função hepática (com ou sem icterícia) e neutropenia 
Fator de risco de diarreia e colite pseudomembranosa causada por C. difficile 
 
CLONANFENICOL: 
O uso sistêmico deve ser reservado a infecções graves e fatais, em que o benefício do 
fármaco se sobrepõe à sua toxicidade hematológica (incomum, mas grave) 
 
Mecanismo de ação: semelhante os macrolídeos 
Amplo espectro: ativo contra organismos gram-positivos e gram-negativos aeróbios e 
anaeróbios 
 
Usos: 
➔ infecções causadas por H. influenzae resistente a outros fármacos 
➔ meningites em pacientes nos quais a penicilina não pode ser utilizada 
➔ febre tifoide e salmoneloses invasivas 
A utilização tópica é segura e eficaz nas conjuntivites bacterianas 
 
Efeitos adversos: 
- alterações hematológicas: depressão medula óssea (reversível) e anemia aplásica 
(idiossincrática, irreversível, rara); 
- síndrome do bebê cinzento: progressiva palidez cianótica, colapso vasomotor 
frequentemente acompanhado de respiração irregular e morte. 
 
OXAZOLIDINONAS: 
✓ Bacteriostática, mas com ação bactericida contra estreptococos 
✓ Alto custo 
Espectro: grande variedade de bactérias gram-positivas, incluindo MRSA, 
Streptococcus pneumoniae resistente à penicilina e enterococos resistentes à 
vancomicina 
‣ Não tem atividade contra gram-negativos 
 
Usos: Infecções graves por patógenos gram-positivos multirresistentes 
 
Efeitos adversos: Principal toxicidade é hematológica; os efeitos são reversíveis e 
geralmente leves. A trombocitopenia é a manifestação mais comum.

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