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CENTRO UNIVERSITÁRIO RITTER DOS REIS POLO ARACAJU ÍTALO LIMA SILVA ATIVIDADE A3 DA DISCIPLINA IDENTIDADE, LÍNGUA E CULTURA Reza é que sara da loucura. Hem? Hem? O que mais penso, testo e explico: todo-o-mundo é louco. O senhor, eu, nós, as pessoas todas. Por isso é que se carece principalmente de religião: para se desendoidecer, desdoidar. Reza é que sara da loucura. No geral. Isso é que é a salvação da alma... Muita religião, seu moço! Eu cá, não perco ocasião de religião. Aproveito de todas. Bebo água de todo rio... Uma só, para mim, é pouca, talvez não me chegue. (...) Tudo me quieta, me suspende. Qualquer sombrinha me refresca. (...) Muita gente não me aprova, acham que lei de Deus é privilégio, invariável (2001, p. 32). Fonte: ROSA, João Guimarães. Grande Sertão: Veredas. 19. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001. Sabemos que a língua é o principal meio para perpetuar os saberes e as tradições de um povo, sendo fenômeno constitutivo da identidade cultural. Quais são os aspectos do trecho que remetem a imaginários existentes na identidade cultural e repassados por meio do uso da língua? RESPOSTA A obra Grande Sertão: Veredas é considerada uma das mais importantes obras literárias do Brasil devido a sua linguagem e originalidade. Por meio da narrativa é possível perceber as marcas de regionalidade e de tempo em que tais fatos aconteceram. O trecho transmite a ideia de que a reza é um meio que trás a cura, que é uma característica muito evidente do imaginário popular da população sertaneja. Esse tipo de conhecimento é transmitido pela língua e remete- se a um conhecimento religioso que é atrelado a esse imaginário popular.
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