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INTRODUÇÃO À AVALIAÇÃO NUTRICIONAL Prof. Flávia Amaro Disc. Avaliação Nutricional Avaliação Nutricional É a parte na nutrição que estuda e identifica os fatores determinantes do estado nutricional em diferentes grupos etários, com ênfase nos grupos vulneráveis. Tem como objetivo: Diagnóstico Nutricional Encontrar o problema: a) Que condições levam a seu aparecimento? (determinantes); b) Como se identifica o problema individualmente? (diagnóstico individual); c) Como o problema se apresenta na coletividade? Sua magnitude, tendências no tempo, distribuição geográfica, grupos populacionais de maior risco (perfil ou diagnóstico coletivo); d) Como se pode solucioná-lo nas esferas coletiva e individual? (intervenção). Estado Nutricional (EN) • Resultado do equilíbrio entre o suprimento de nutrientes (consumo/ingestão alimentar) e o gasto ou necessidade energética do organismo. • Este se refere à utilização dos alimentos pelo organismo para suprir suas necessidades nutricionais; portanto, relaciona-se com o estado de saúde do indivíduo e com a capacidade do organismo em utilizar (absorver, metabolizar) adequadamente os nutrientes da dieta. O consumo alimentar inadequado (quantidade ou qualidade), pode determinar alterações no EN. O gasto energético é um componente com grande variabilidade, de indivíduo para indivíduo, ou em situações diversas da vida: fase de crescimento, atletas, gestantes, doenças que aceleram o metabolismo ou que aumentem as perdas de nutrientes. Consumo alimentar Gasto energético Esses períodos podem ser críticos, com maior risco de déficits nutricionais, caso a ingestão não seja adequada. Consumo alimentar Gasto energético De modo contrário, as necessidades energéticas podem ser menores em indivíduos geneticamente propen- sos à obesidade e nos de vida sedentária; associando-se a consu- mo alimentar inadequado, com dietas ricas em carboidratos e gorduras, teremos um desequilíbrio energético tendendo à obesidade. Consumo alimentar Gasto energético Consumo alimentar Gasto energético Determinantes do estado nutricional Como avaliar o Estado Nutricional? Existem diferentes métodos de avaliação que devem estar de acordo com os objetivos do estudo e são classificados em diretos e indiretos. a) Métodos diretos: são aqueles que exploram as manifestações biológicas, que expressam o EN da população – exames antropométricos, bioquímicos (laboratoriais) e clínicos; a) Métodos indiretos: são aqueles que poderão identificar os determinantes da situação de nutrição e alimentação da população – dados de consumo alimentar, estatísticas vitais e socioeconômicas. Como avaliar o estado nutricional? MÉTODOS DIRETOS MÉTODOS INDIRETOS Antropométrico: medidas de dimensão do corpo Socioeconômico: escolaridade, renda, moradia Clínico: exame físico (presença de edema, avaliação dos cabelos e pele Dietético: recordatório de 24h, questionário de frequência alimentar Bioquímico: exames laboratoriais (hemograma, albumina, gliecmia...) Estatísticas vitais: gênero, idade, características da população Como avaliar o estado nutricional? História social História Clínica História Dietética Inquéritos alimentares Cuidado Recordatório de 24 horas (R24h) Recordatório de 24 horas (R24h) Registro alimentar (RA) Registro Alimentar (RA) Modelo de ficha para R24 horas ou RA Frequência de consumo alimentar Frequência de consumo alimentar Modelo de ficha QFA ALIMENTO CONSUMO Nunca Menos de 1x mês 1 a 3x mês 1x semana 2 a 4x semana 1 x dia 2 ou mais x dia Leite integral Pão francês/forma Chocolate Arroz cozido Feijão cozido Modelo de ficha QFA MASSAS QUANTAS VEZES VOCÊ COME UNIDADE PORÇÃO MÉDIA SUA PORÇÃO Macarronad a, ravióli N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 D S M A 1 prato médio (110g) P M G E Lasanha ou caneloni N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 D S M A ½ prato médio (175g) P M G E Pizza N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 D S M A 2 fatias médias ou 1 brotinho (220g) P M G E Pastel de feira, Guioza N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 D S M A 1 unidade média ou 3 guiozas P M G E Avaliação Antropométrica É a medida das dimensões corpóreas. As medidas mais empregadas na avaliação do estado nutricional são: peso, altura, circunferências (braço e cintura) e dobras cutâneas. Vantagens: • Método não invasivo; • Fácil execução; • Baixo custo; • Simples; • Alta confiabilidade. Antropometrista É a denominação para o profissional capacitado para a coleta de medidas antropométricas Roteiros diários do antropometrista: • oferecer claridade suficiente • promover a privacidade dos indivíduos/pacientes • proporcionar conforto térmico • crianças: permitir a presença da mãe ou responsável • ter espaço suficiente para locomoção e aferição das medidas Sala adequada para antropometria Peso corporal É a soma dos componentes corpóreos e reflete o equilíbrio das reservas totais de energia do corpo. Mudanças no peso refletem alterações no equilíbrio entre ingestão e consumo de nutrientes. Sofre variação diária de 1 kg em crianças e 2 kg em adultos. Os valores mais precisos são obtidos no período da manhã, 12 horas após a última refeição. Deve-se estabelecer um horário padrão em que a medida é aferida. Pesando crianças menores de 2 anos ou com até 16 kg Devem ser pesadas e medidas sempre completamente despidas e na presença do responsável (auxílio) Uma fralda molhada pode representar até 20% do peso de uma criança. A balança pediátrica é o equipamento apropriado para crianças menores de 2 anos que ainda não ficam de pé com segurança. Certificar-se de que a balança está apoiada sobre uma superfície plana, lisa e firme. Forrar o prato com uma proteção (papel descatável ou fralda) antes de calibrar a balança para evitar erros na pesagem. Pesando crianças menores de 2 anos ou com até 16 kg 1º Passo Destravar a balança. 2º Passo Verificar se a balança está calibrada (a agulha do braço e o fiel devem estar na mesma linha horizontal). Caso contrário, calibrá-la, girando lentamente o calibrador. 3º Passo Esperar até que a agulha do braço e o fiel estejam nivelados. Pesando crianças menores de 2 anos ou com até 16 kg 4º Passo Após constatar que a balança está calibrada, ela deve ser travada. 5º Passo Despir a criança com o auxílio da mãe/responsável. 6º Passo Colocar a criança sentada ou deitada no centro do prato, de modo a distribuir o peso igualmente. Destravar a balança. Orientar a mãe/responsável a manter-se próximo, sem tocar na criança e no equipamento. Pesando crianças menores de 2 anos ou com até 16 kg 7º Passo Mover o cursor maior sobre a escala numérica para marcar os quilos. 8º Passo Depois mover o cursor menor para marcar os gramas. 9º Passo Esperar até que a agulha do braço e o fiel estejam nivelados. Pesando crianças menores de 2 anos ou com até 16 kg 10º Passo Travar a balança, evitando, assim, que sua mola desgaste, assegurando o bom funcionamento do equipamento. 11º Passo Realizar a leitura de frente para o equipamento com os olhos no mesmo nível da escala a fim de visualizar melhor os valores apontados pelos cursores. Pesando crianças menores de 2 anos ou com até 16 kg 12º Passo Anotar o peso na ficha, cartão da criança ou prontuário. 13º Passo Retirar a criança e retornar os cursores ao zero na escala numérica. Pesando crianças maiores de 2 anos, adolescentes e adultos As crianças maiores de 2 anos devem ser pesadas descalças e com roupas bem leves. Idealmente, devem usar apenas calcinha, short ou cueca, na presença da mãe ou do responsável. Os adultos e adolescentes devem ser pesados descalços e usando roupas leves. Devem ser orientados a retirarem objetos pesados tais como chaves,cintos, óculos, telefones celulares e quaisquer outros objetos que possam interferir no peso total. Certificar-se de que a balança plataforma está afastada da parede e apoiada sobre uma superfície plana, lisa e firme. Pesando crianças maiores de 2 anos, adolescentes e adultos 1º Passo Destravar a balança. 2º Passo Verificar se a balança está calibrada (a agulha do braço e o fiel devem estar na mesma linha horizontal). Caso contrário, calibrá-la, girando lentamente o calibrador. 3º Passo Esperar até que a agulha do braço e o fiel estejam nivelados. Pesando crianças maiores de 2 anos, adolescentes e adultos 4º Passo Após a calibração da balança, ela deve ser travada e só então a criança, adolescente e adulto subirá na plataforma para ser pesado. 5º Passo Posicionar indivíduo de costas para a balança, descalço, com o mínimo de roupa possível, no centro do equipamento, ereto, com os pés juntos e os braços estendidos ao longo do corpo. Mantê-lo parado nessa posição. 6º Passo Destravar a balança. Pesando crianças maiores de 2 anos, adolescentes e adultos 7º Passo Mover o cursor maior sobre a escala numérica, para marcar os quilos. 8º Passo Depois mover o cursor menor para marcar os gramas. 9º Passo Esperar até que a agulha do braço e o fiel estejam nivelados. Pesando crianças maiores de 2 anos, adolescentes e adultos 10º Passo Travar a balança, evitando, assim que sua mola desgaste, assegurando o bom Funcionamento do equipamento. 11º Passo Realizar a leitura de frente para o equipamento, a fim de visualizar melhor os valores apontados pelos cursores. Pesando crianças maiores de 2 anos, adolescentes e adultos 12º Passo Anotar o peso na ficha, cartão ou prontuário. 13º Passo Retirar a criança, adolescente e adulto. 14º Passo Retornar os cursores ao zero na escala numérica. Altura A medida da altura pode ser obtida na posição deitada, em sentido horizontal, quando se trata do comprimento e, na posição em pé, no sentido vertical, para o que se denomina estatura. Usa-se o termo “comprimento” para a altura de crianças menores de 2 anos e o termo estatura para a altura de crianças maiores de 2 anos, adolescentes ou adultos. Há variação diária de estatura. Geralmente o indivíduo é mais alto de manhã e mais baixo a noite. As medidas devem ser feitas com padronização de horário. Medindo crianças menores de 2 anos O comprimento é a distância que vai da sola (planta) dos pés descalços, ao topo da cabeça, comprimindo os cabelos, com a criança deitada em superfície horizontal, firme e lisa. Deve-se retirar os sapatos da criança. Deve-se, também, retirar toucas, fivelas ou enfeites de cabelo que possam interferir na tomada da medida. O antropômetro deve estar apoiado em uma superfície plana, firme e lisa. A fita métrica de costura não deve ser utilizada, pois desgasta com o tempo. Recomenda-se o uso de fita métrica inelástica, que apresenta uma maior durabilidade. Medindo crianças menores de 2 anos Medindo crianças menores de 2 anos 1º Passo Deitar a criança no centro do antropômetro, descalça e com a cabeça livre de adereços. 2º Passo Manter a cabeça apoiada firmemente contra a parte fixa do equipamento, com o pescoço reto e o queixo afastado, do peito; os ombros totalmente em contato com a superfície de apoio e os braços estendidos ao longo do corpo. 3º Passo As nádegas e os calcanhares da criança em pleno contato com a superfície de apoio. Medindo crianças menores de 2 anos 4º Passo Pressionar, cuidadosamente, os joelhos da criança para baixo, com uma das mãos, de modo que eles fiquem estendidos. Juntar os pés, fazendo um ângulo reto com as pernas. Levar a parte móvel do equipamento até as plantas dos pés, com cuidado para que não se mexam. 5º Passo Realizar a leitura do comprimento quando estiver seguro de que a criança não se moveu da posição indicada. 6º Passo Anotar o resultado na ficha, cartão da criança ou prontuário. Medindo crianças maiores de 2 anos, adolescentes e adultos A estatura é a medida do indivíduo na posição de pé, encostado numa parede ou antropômetro vertical. Os adultos e adolescentes devem ser medidos descalços e com a cabeça livre de adereços. O antropômetro deve estar fixado em uma parede lisa, sem rodapé e na distância correta do chão, de modo a garantir uma leitura fidedigna da estatura. Medindo crianças maiores de 2 anos, adolescentes e adultos Medindo crianças maiores de 2 anos, adolescentes e adultos 1º Passo Posicionar o indivíduo descalço e com a cabeça livre de adereços, no centro do equipamento. Mantê-lo de pé, ereto, Com os braços estendidos ao longo do corpo, com a cabeça erguida, olhando para um ponto fixo na altura dos olhos. 2º Passo Encostar os calcanhares, ombros e nádegas em contato no antropômetro/ parede. 3º Passo Os ossos internos dos calcanhares devem se tocar, bem como a parte interna de ambos os joelhos. Unir os pés, Medindo crianças maiores de 2 anos, adolescentes e adultos 4º Passo Abaixar a parte móvel do equipamento, fixando-a contra a cabeça, com pressão suficiente para comprimir o cabelo. Retirar a criança, adolescente e adulto, quando tiver certeza de que o mesmo não se moveu. 5º Passo Realizar a leitura da estatura, sem soltar a parte móvel do equipamento. 6º Passo Anotar o resultado na ficha, cartão ou no prontuário. Circunferências As medidas de circunferências refletem tanto o componente gordura, quanto massa livre de gordura da composição corporal. Junto com as dobras cutâneas podem ser utilizadas para avaliar a composição corporal total e regional. É um método simples e barato, que não requer alto grau de treinamento. Para a tomada das circunferências utiliza-se uma fita métrica flexível e inelástica. A fita métrica deve ser levemente colocada na superfície da pele, de modo a esticá-la, sem pressionar a pele. Onde medir? Dobras Cutâneas A dobra cutânea é uma medida da espessura de 2 camadas de pele e a gordura subcutânea. Técnicas de Medida da Composição Corporal • Pesquisas demonstram que a gordura subcutânea, avaliada pelo método de dobras cutâneas em 12 locais, é similar ao valor obtido nas imagens de ressonância magnética. Aproximadamente 1/3 da gordura corporal total está localizada sob a pele nos homens e nas mulheres. No entanto, existe uma variação biológica nos depósitos de gordura.... Técnicas de Medida da Composição Corporal Subcutâneo Intramuscular Visceral Outros …que são afetados por idade, gênero, raça e peso. Com qual instrumento medir? Adipômetro ou plicômetro: ENDEREÇOS... • www.buscape.com.br • www.globalmed.com.br • www.cardiomed.com.br • www.vitrinebmsaude.com.br • www.emporiumdanutricao.com.br Espessura das Dobras Cutâneas Vantagens: • Baixo custo do equipamento. • Menor cooperação do avaliado. • Facilidade e rapidez de medida. • Método não invasivo. Desvantagens: • Comprometimento quanto à exatidão das informações. • Padronização das técnicas de medida. • Não é uma medida ideal para os muito obesos e muito magros. Técnicas para aferição de dobras cutâneas • Mensurar a dobra, sempre que possível com o indivíduo em pé, com os braços relaxados e estendidos ao longo do corpo, diretamente na pele do avaliado, sem qualquer substância que influencie no pinçamento da dobra. • Padronizar o lado que será utilizado para medição. • É importante que o observador escolha um lado para aferição e mantenha-o nas demais medições. Técnicas para aferição de dobras cutâneas • Identificar, medir e marcar criteriosamente o local da medição das dobras cutâneas. • Segurar firmemente a dobra, entre o polegar e o indicador da mão esquerda, a 1cm acima do local a ser medido. • Destacar a dobra de modo a assegurar que o tecido muscular não tenha sido pinçado, garantindo somente a medição da pele e do tecido adiposo.Técnicas para aferição de dobras cutâneas • Posicionar o adipômetro perpendiicular à dobra e soltar a pressão das hastes lentamente. • Manter a dobra pressionada com os dedos durante a aferição. • Fazer a leitura até 4 segundos após a pressão ter sido aplicada. • Não usar o adipômetro em pele infectada ou machucada. Técnicas para aferição de dobras cutâneas • Abrir as hastes do adipômetro, para removê-lo do local e fechá-lo lentamente para prevenir danos ou perda de calibragem. • Medir a dobra no mínimo 2 vezes em cada local. Se os valores diferirem em ± 5%, realizar medições adicionais. Deve-se calcular a média aritmética dos resultados obtidos. Técnicas para aferição de dobras cutâneas • No caso de aferições de dobras em diferentes locais, sugere-se realizar as medidas de forma rotativa, ao invés de leituras consecutivas em cada local. • A avaliação em momentos diferentes do indivíduo deve ser feita pelo mesmo examinador a fim de evitar variações interobservadores. • A medição das dobras imediatamente após exercícios físicos não é recomendada, pois o deslocamento de fluidos corporais em direção a pele, em consequência de adaptação ao exercício, tende a aumentar a espessura da dobra cutânea. Para aumentar a habilidade do avaliador recomenda-se: • Praticar de 50 a 100 medidas para desenvolver um nível elevado de habilidade. Espessura das Dobras Cutâneas • A literatura especializada menciona a existência de aproximadamente 93 possíveis locais anatômicos onde a medida de uma dobra cutânea pode ser realizada. • Está claro que a utilização de tantas medidas tornaria este método extremamente demorado e inaplicável no dia-a-dia. • Na maior parte dos protocolos, utiliza-se de dois a nove locais de medida. Espessura das Dobras Cutâneas • As dobras cutâneas que aparecem com maior frequência na literatura e que atendem às necessidades da grande maioria das equações preditivas de gordura corporal são: Tricipital (TR), subescapular (SB), bicipital (BI), axilar média (AM), torácica ou peitoral (TX), supra- ilíaca (SI), supra-espinal (SS), coxa (CX) e panturrilha medial (PM). Dobra cutânea triciptal É medida na face posterior do braço, paralelamente ao eixo longitudinal, no ponto que compreende a metade da distância entre a borda súpero-lateral do acrômio e o olécrano. Dobra cutânea triciptal Dobra cutânea triciptal Dobra cutânea subescapular A medida é executada obliquamente em relação ao eixo longitudinal, seguindo a orientação dos arcos costais, sendo localizada a dois centímetros abaixo do ângulo inferior da escápula. Dobra cutânea subescapular Dobra cutânea subescapular Subescapular Dobra cutânea bicipital É medida no sentido do eixo longitudinal do braço, na sua face anterior, no ponto da maior circunferência muscular do bíceps. Dobra cutânea bicipital Dobra cutânea bicipital Dobra cutânea supra-ilíaca É obtida obliquamente em relação ao eixo longitudinal, na metade da distância entre o último arco costal e a crista ilíaca sobre a linha axilar média. É necessário que o avaliado afaste o braço para trás para permitir execução da medida. Dobra cutânea supra-ilíaca Dobra cutânea supra-ilíaca Dobra cutânea peitoral É uma medida oblíqua em relação ao eixo longitudinal, na metade da distância entre a linha axilar anterior e o mamilo, para homens. E um terço da linha axilar anterior, para mulheres. Dobra cutânea peitoral Dobras cutânea axilar média É localizada no ponto de intersecção ente a linha axilar média e uma linha imaginária transversal na altura do apêndice xifóide do esterno. A medida é realizada obliquamente ao eixo longitudinal, segundo PETROSKI (1995), E transversal segundo JACKSON et alii (1978). Com o braço do avaliado deslocado para trás, a fim de facilitar a obtenção da medida. Dobras cutânea axilar média Dobra cutânea da coxa É medida paralelamente ao eixo longitudinal, sobre o músculo reto femural, a um terço da distância do ligamento inguinal, segundo proposta por GUEDES (1985). E na metade desta distância, segundo POLLOCK & WILMORE (1993). Para facilitar o pinçamento desta dobra, o avaliado deverá deslocar o membro inferior direito à frente, com uma semiflexão do joelho, e manter o peso do corpo no membro inferior esquerdo. GUEDES POLLOCK & WILMORE Dobra cutânea da coxa Dobra cutânea da coxa Dobra cutânea abdominal É medida aproximadamente a dois centímetros à direita da cicatriz umbilical, paralelamente ao eixo longitudinal. Exceto segundo a proposta de LOHMAN (1988), que realiza a medida transversalmente. Dobra cutânea abdominal Dobra cutânea da panturrilha medial Para a execução desta medida, o avaliador deve estar sentado, com a articulação do joelho em flexão de 90º. O tornozelo em posição anatômica e o pé sem apoio. A dobra é pinçada no ponto de maior perímetro da perna, com o polegar da mão esquerda apoiado na borda medial da tíbia. Dobra cutânea da panturrilha medial COMO UTILIZAR AS MEDIDAS DE DOBRAS CUTÂNEAS A medida da espessura de dobras cutâneas pode ser utilizada em valores absolutos ou por equações de regressão para a predição da densidade corporal ao da porcentagem de gordura corporal. Estas equações podem ser: • Generalizadas: quando desenvolvidas a partir de estudos populacionais com grupos heterogêneos. • Específicas: propostas com base em estudos de grupos homogêneos. COMO UTILIZAR AS MEDIDAS DE DOBRAS CUTÂNEAS • São apresentadas na literatura dezenas de equações de predição de densidade ou de gordura corporal a partir da medida da espessura de dobras cutâneas. • No Brasil, as mais utilizadas são: DURNIN & WOMERSLEY (1974); FAULKNER (1968); GUEDES (1985); JACKSON & POLLOCK (1978); JACKSON, POLLOCK & WARD (1980) e PETROSKI (1995). Dobras e obesidade A população obesa tem limitações para medidas de dobra cutâneas. Os adipômetros não abrem o bastante para medir a espessura total de gordura.
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