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Resistência em grupos Resistência · Freud = as ações de oposição ativa do indivíduo para não adentrar em questões do inconsciente. · ‘’Tudo o que interrompe o progresso do trabalho analítico é uma resistência’’ · Uma forma de manifestação do poder · Existem vários medos que estão por trás da resistência em se desenvolver, como medo de errar, da mudança, do julgamento, de perder o seu papel, de expressar emoções e diversos outros · Quais são as estratégias adotadas por coordenadores no enfrentamento da resistência em grupos de desenvolvimento? Dessa forma, este estudo terá por objetivo identificar as estratégias · Portanto, o aparecimento da resistência surge de forma individual ou grupal, sendo as mais frequentes expressas pelo atraso e a falta, as tentativas de alterar combinações, os prejuízos na comunicação verbal com silêncio excessivo, a manutenção de segredos, excessiva intelectualização e outros · Isso pode ocorrer porque os indivíduos possuem um comportamento e tendência natural de manter o estado de conforto e que demanda menos trabalho e/ou movimentação. Causas · Medo da mudança e do novo, · Medo da depressão · Medo da regressão · Medo da progressão · Predomínio de inveja excessiva · Manutenção da ilusão grupal e outros · Práticas vivenciadas no passado · Desconfiança, incertezas e medos do ato de mudar · Inércia do grupo onde o comportamento do grupo pode ser um limitador · Ameaças ao convívio social, marcado pelas amizades e relacionamentos sociais; · Mudança de hábito; · Dificuldade de reconhecer a necessidade de desacomodar; · Ameaça ao poder existente na qual, as relações de poder podem ser ressignificadas; · Experiência anterior de mudança mal sucedida e projeção do futuro baseada na vivência passada · Inadequações do coordenador de grupo Papel do coordenador · Encorajamento à espontaneidade e a desinibição, na medida em que o coordenador oferece um papel de autoridade que transmite segurança e respalda a ação grupal · Qualquer esforço para trabalhar o processo de resistência deve focar a percepção do indivíduo. · Além disso, saber diferenciar a resistência grupal da resistência individual para que se tenha uma efetiva atuação. · Assim, para obter eficácia no processo de mudança é importante conhecer as dimensões da resistência grupal e individual – cognitiva, emocional e intencional – e a partir dessas dimensões fazer uma análise de resposta à mudança a fim de trabalhar em cada dimensão conforme as necessidades identificadas. · Acrescenta-se que a compreensão sobre o manejo das resistências que ocorrem no campo grupal é fundamental, “caso contrário o grupo incorrerá em desistências ou estagnação” · Assim, é importante identificar se o movimento do grupo é de resistência, de obstrução ou, simplesmente, “uma forma de se proteger e funcionar na vida”. · O processo de mudança é contínuo e não pode ser travado nem obstruído, portanto, a moderação desse movimento e um dos aspectos básicos necessários ao coordenador. · Devido ao fato de que mesmos os indivíduos de um grupo sensibilizados e conscientes da necessidade de mudança estarão sujeitos aos retrocessos, pessimismos, bloqueios, frustações e a resistência. · Observa que a resistência faz parte da totalidade do grupo, da força de um subgrupo ou de um determinado indivíduo. · Isso permite analisar se o indivíduo está resistindo ao grupo ou se ele está desenvolvendo um papel de representante da resistência do grupo. · O próximo entendimento é perceber e reconhecer o que está sendo resistido, por quem, como e para que isso esteja sendo processado. · Destaca-se também que quando o coordenador trabalha a resistência do grupo é preciso que ele esteja atento à forma como verbaliza que o grupo está com resistência, para não gerar uma acusação e/ou necessidade do grupo se proteger. · Somente a partir da consciência da existência da resistência o grupo poderá deixar de lado os seus mecanismos de defesa como a negação, ou até mesmo, consolidando este comportamento. · Dessa forma, o equilíbrio do coordenador dos grupos ancora-se no intervalo entre a teoria e a prática, o pessoal e o profissional, o científico e o emocional. · Para finalizar, entende-se que é papel do coordenador expressar o comportamento de resistência identificado e em conjunto com o grupo averiguar as causas e os motivos que levaram o grupo a agir desta forma. · Ou seja, o coordenador deve mostrar ao grupo suas atitudes, levando-o a refletir sobre suas escolhas, considerando que a resistência faz parte do processo grupal e é relevante que se promova a reflexão ao invés de padronizar ou enquadrar comportamentos em teorias estruturadas · O coordenador manipula o ambiente e jamais os participantes do grupo, ele: · cria momentos propícios de aprendizagem, na qual seja desenvolvido o sucesso psicológico do grupo, · com o alcance de seus objetivos grupais de acordo com as necessidades dos participantes, · atenção no processo do grupo, · preocupação com os outros, · estabelecimento de confiança mutua e · a liderança compartilhada, possibilitando a autonomia do indivíduo no grupo e com o grupo para lidar com as suas adversidades Como pode aparecer?? · atrasos, · faltas, · tentativa de alterar combinações, · relatos focados no exterior, · silêncios intermináveis, · intelectualização, · surgimento de sabotador, · problemas com pagamentos e outros. Estratégias O coordenador deve: · Explicar os conceitos teóricos · Realizar convites de reflexão · observar · Interpretar · Compreender e decodificar o processo do grupo · Facilitar a tomada de consciência · reconhecer ansiedades · reconhecer resistências frente ao coordenador · intervir e questionar comportamentos · favorecer o contato do grupo com sua ansiedade · incentivar a comunicação · identificar a comunicação verbal e não verbal · conhecer os fenômenos do grupo.
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