Buscar

Metabolismo Glicídico

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Ana Júlia Ornelas - MED 104
Metabolismo Glicídico - Parte 1
Objetivos:
❖ Digestão e absorção de glicídios;
❖ Mecanismos de controle da glicemia;
❖ Descontrole hormonal;
❖ Exames complementares;
❖ Sinais e sintomas da DM2.
Mecanismo Fisiológico
❖ O glicídio vem do alimento, dos carboidratos (amido);
❖ Esse amido é quebrado em monossacarídeo e é absorvido pelo organismo;
❖ Quando ele cai na corrente sanguínea, vai ter uma alta taxa de glicose - glicemia
aumentou. Vai haver estímulo das células beta do pâncreas para liberar a insulina;
❖ A insulina atua nos tecidos metabólicos;
❖ Ela vai atuar no fígado, indicando-o que ele precisa usar a glicose para produzir ATP
- aumenta a glicólise;
❖ O fígado vai montar um estoque de glicose também em forma de glicogênio;
❖ Quando o indivíduo fica sem comer carboidratos por muito tempo vai baixar a
glicemia.
❖ A diminuição da glicemia estimula as células alfa do pâncreas a liberar glucagon. Ele
vai até o fígado estimular a quebra de glicogênio para liberar glicose na corrente
sanguínea e aumentar a glicemia. E o glucagon estimula também a produção de
glicose através de aminoácidos no fígado;
❖ Glicemia: glicose sérica;
❖ Glicose em jejum: 70 - 99 mg/dl;
❖ Em jejum (é um estresse) liberamos o glucagon e também a adrenalina (hormônio
da medula da suprarrenal).
1
Ana Júlia Ornelas - MED 104
❖ A adrenalina é uma das principais responsáveis pela inibição da liberação de
insulina;
❖ No tecido adiposo quando temos hiperglicemia: lipogênese - armazena os ácidos
graxos, pois ele precisa utilizar a glicose para ela diminuir da corrente sanguínea.
Diminuirá muito a utilização de ácidos graxos como fonte de energia quando temos
insulina, porque tem glicose, então vamos fortalecer a glicólise (quebra da glicose) e
vamos guardar os ácidos graxos para quando a glicemia estiver baixa;
❖ Os ácidos graxos são armazenados como triglicerídeos;
❖ O tecido adiposo quando temos hipoglicemia vai ser estimulado pela adrenalina
a realizar lipólise (quebra dos triglicerídeos) e liberar ácido graxo na corrente
sanguínea;
❖ Tecido Muscular: quando estamos com hipoglicemia, ele não vai poder pegar a
glicose para produzir ATP. Ele é obrigado a utilizar os ácidos graxos para produção
de energia;
❖ Atividade Física: reduz os níveis de insulina e faz consumo de ácidos graxos. Por
isso é muito importante tentarmos manter essa balança mais equilibrada possível;
❖ Se essa balança ficar desequilibrada, como um aumento do consumo de alimento e
diminuição da atividade física, teremos uma grande quantidade de nutrientes
disponíveis que serão guardados sob forma de gordura nas células adiposas;
❖ Obesidade = inflamação;
❖ A insulina também libera sinalizadores que vão levar ao anabolismo;
❖ O músculo cardíaco é o grande consumidor de ácidos graxos. Então qualquer
comprometimento do fluxo nos vasos vai acarretar em problemas cardiovasculares,
além das agressões que vamos fazendo nesses vasos com o estilo de vida;
Índice Glicêmico e a Carga Glicêmica
❖ Impacto que o nutriente faz na liberação da insulina = índice glicêmico;
❖ O ideal é consumir nutrientes com menor índice glicêmico;
❖ Pacientes com DM2 necessitam mudar seu padrão de alimentação. Eles precisam
consumir alimentos com baixo índice glicêmico;
❖ A redução do peso em pacientes diabéticos é extremamente importante para
diminuir a utilização de medicamentos hipoglicemiantes ou de controle da glicemia;
2
Ana Júlia Ornelas - MED 104
❖ A carga glicêmica é um derivado do índice glicêmico, onde vai entrar a quantidade
de gramas que ele come. Se ele está usando um carboidrato de alto índice glicêmico
e ainda em grandes quantidades, ele vai estar com glicemia muito alta e vai estar
sempre precisando de insulina;
❖ Com grande quantidade de insulina o tempo todo, quem recebe a insulina não vai
continuar recebendo ela da mesma forma, ou seja, vai levar a mecanismos de
resistência à insulina;
❖ DM1: ocorre, principalmente, em crianças e adolescentes - geralmente por um
processo autoimune em que a célula beta pancreática foi destruída. Tratamento
medicamentoso: insulinoterapia - injetar insulina exógena por toda a vida;
❖ DM2: ocorre em pacientes mais velhos, a partir de 40 anos. As células começam a
ficar resistentes à insulina devido a alta ingestão de alimentos com alto índice
glicêmico durante a vida;
❖ Exceções: crianças e adolescentes com DM2, que criam uma resistência à insulina
precoce;
❖ A glicemia está estritamente relacionada aos nutrientes;
❖ Esses nutrientes têm um índice glicêmico, que impacta na glicemia que impacta na
insulinemia;
❖ Nutrientes com alto índice glicêmico: digere rapidamente (sacarose) e dispara o
gatilho desejo-recompensa “hum que delícia, quero comer mais”. Ele eleva demais a
glicemia, libera muita insulina, aumenta a lipogênese hepática - esse açúcar vira
ácido graxo no fígado e o tecido adiposo vai armazená-lo;
❖ Nutrientes com baixo índice glicêmico: são os mais indicados para o controle da
glicemia e redução da insulinemia;
3
Ana Júlia Ornelas - MED 104
❖ O tecido muscular só vai utilizar a glicose se, e somente se, a glicose entrar na
célula;
Absorção de Carboidratos
❖ Imagem acima - lado direito: a entrada da glicose nos enterócitos só ocorre na
presença do sódio. Ele é a força motora para levar a glicose, transporte ativo. Esse
transportador tem uma sigla - SGLT1;
❖ SGLT2 se encontra nos túbulos renais para absorver glicose;
❖ A glicose vai sair dos enterócitos por transporte passivo - GLT2 vai transportar a
glicose, galactose e frutose para a corrente sanguínea. E o sódio vai sair da célula
através da bomba de sódio e potássio;
❖ O SGLT1 também faz o transporte de galactose para dentro do enterócito;
❖ O GLUT5 faz o transporte passivo de frutose para o interior do enterócito;
4
Ana Júlia Ornelas - MED 104
❖ Ingerimos o amido, que é um polissacarídeo. Ele será quebrado na boca pela
amilase salivar em dissacarídeos, que serão quebrados no intestino pela amilase
pancreática em oligossacarídeos. Esses serão quebrados na borda em escova dos
enterócitos. Os dissacarídeos (maltose, sacarose e lactose) serão quebrados na
borda em escova por suas enzimas específicas (maltase, sacarase e lactase), serão
transportados e jogados na corrente sanguínea;
Transportadores de Glicose - GLUTs
❖ A glicose não atravessa a membrana, ela vai entrar na célula através de uma
proteína transportadora - SGLT ou GLUT;
❖ GLUT 4: é o mais importante, pois ele é o transportador dependente de insulina. Ele
que vai transportar a insulina para dentro dos grandes consumidores de glicose do
corpo humano - músculo esquelético e cardíaco e tecido adiposo;
GIP e GLUCAGON, GLP-1 e GLP-2
❖ Glucagon e Insulina são peptídeos - formados pela união de aminoácidos;
❖ GIP: polipeptídeo insulinotrópico dependente da glicose;
❖ GLP-1 e GLP-2: peptídeo semelhante ao glucagon;
❖ GIP e GLP-1 e GLP-2 vêm de cromossomos diferentes;
5
Ana Júlia Ornelas - MED 104
❖ GIP, GLP-1 e GLP-2 são chamados de incretinas - secreção no intestino que libera
insulina;
❖ Incretinas: são todas as substâncias que mexem com o metabolismo da glicose;
❖ O GLP-1 é uma medicação para o diabetes - Victoza e Saxenda. Ele reduz a
glicemia, aumenta a liberação de insulina, reduz a fome, aumenta a saciedade,
reduz o peso. Um efeito colateral é a náusea. São medicamentos caros;
❖ Metformina: reduz a gliconeogênese e a glicogenólise hepática;
❖ DPP-IV: dipeptil peptidase 4. Ela cliva/quebra o peptídeo. O GIP e o GLP-1 e GLP-2
vão aumentar na corrente sanguínea;
6
Ana Júlia Ornelas - MED 104
❖ Os nutrientes estimulam as células K e ela libera o GIP para a corrente sanguínea.
Ele tem o efeito incretina, que é aumentar a liberação de insulina. As células L vão
liberar GLP-1 que também tem o efeito incretina;
❖ DPP-4: tem tempo de meia vida de 2 a 3 minutos. Ela cliva o aminoácido, tira um
pedaço dele, o bastante para inativá-lo, ou seja, perde o efeito de incretina;
7
Ana Júlia Ornelas - MED 104
❖ GLP-1: na célula beta do pâncreastem um receptor metabotrópico próprio para ele,
que recebe esta molécula na membrana da célula. Ele se liga ao receptor, que
estimula a proteína G, ela vai estimular uma enzima - adenilato ciclase. Ela vai
converter o ATP em AMPc, ele é o segundo mensageiro e vai ativar a proteína
cinase A - PKA, que vai estimular a liberação de insulina;
❖ Cinase: fosforila (coloca fosfato nas enzimas) e geralmente ativa-as;
❖ Fosfatase: retiram o fosfato e inativam a enzima se for o caso;
❖ Defeitos possíveis: problema no ligante (GLP-1) ou no receptor e sinalização;
❖ Como relacionar isso com a DM2: pode ter problema no receptor e sinalização que
vai produzir muita insulina e pode acometer a célula beta do pâncreas (apoptose),
consequentemente diminuindo a liberação de insulina;
8
Ana Júlia Ornelas - MED 104
❖ Síntese da insulina: peptídeo C - conector, é utilizado para checagem da produção
de insulina no pâncreas. Quando ela está pronta, está sem esse peptídeo, mas
quando ela é jogada na corrente sanguínea o peptídeo C também é secretado. Para
cada insulina liberada tem a liberação de 1 peptídeo C;
❖ Quando o paciente faz uso de insulinoterapia e você quer ver como está o pâncreas
dele, dosar a insulina não vai dar uma informação precisa, pois estará dosando a
insulina vinda do pâncreas + a insulina exógena. Então o peptídeo C que precisa ser
dosado, pois é assim que você vai saber quais vêm do pâncreas;
❖ Mecanismo de ação da insulina: a ação da insulina na célula inicia-se pela sua
ligação ao receptor de membrana plasmática (tirosina cinase), ligação que ocorre
com alta especificidade e afinidade, provocando mudanças conformacionais que
desencadeiam reações modificadoras do metabolismo da célula-alvo, constituindo
9
Ana Júlia Ornelas - MED 104
assim uma resposta celular - translocação de GLUT-4 para a membrana para captar
a glicose da corrente sanguínea para dentro da célula muscular;
❖ Mecanismo de resistência a insulina: está relacionado com alterações
moleculares na via de sinalização da insulina, principalmente na ativação da
translocação do transportador de glicose (GLUTs) à membrana plasmática de
células em tecidos periféricos, como o músculo esquelético e o tecido adiposo;
❖ Ações da Insulina:
➢ É um hormônio anabólico, faz armazenamento de carboidratos e lipídios e a
síntese de proteínas;
➢ No fígado: estimula a síntese de glicogênio e lipogênese. Suprime a lipólise e
a gliconeogênese;
➢ No tecido adiposo: estimula a síntese de triacilglicerol a partir de glicerol 3
fosfato;
➢ No músculo: estimula o transporte e metabolismo da glicose, síntese do
glicogênio, aumenta a captação celular de aminoácidos e estimula a síntese
proteica;
10
Ana Júlia Ornelas - MED 104
11
Ana Júlia Ornelas - MED 104
❖ HOMA: mede a resistência e a viabilidade das células beta;
❖ Comprometimento renal da diabetes é visualizado por meio desse marcador de
microalbuminúria;
❖ Ajuda a entender a relação da insulina com o pâncreas. Se o valor for baixo: célula
beta do pâncreas não está funcionando bem - vai precisar fazer insulinoterapia;
❖ Paciente hipoglicêmico e tem muita insulina: provavelmente vai detectar um
insulinoma;
Disglicemias
❖ É a alteração dos níveis glicêmicos por mudanças nos mecanismos de regulação,
resultado de diversos fatores fisiológicos e patológicos;
❖ Etiopatogenia: peso (sobrepeso, obesidade), idade, estilo de vida, histórico familiar,
genética, fator nutricional, níveis de estresse, hiperglicemia (baixa insulina);
❖ DM2: 90 a 95%;
12
Ana Júlia Ornelas - MED 104
❖ Indivíduos com diabetes têm uma ação reduzida da LPL, com isso a VLDL fica alta,
quilomícron alto.
❖ No tecido adiposo se tem resistência a insulina não tem lipogênese e sim lipólise -
liberar ácidos graxos;
❖ Esses ácidos graxos vão para o fígado fazer corpos cetônicos;
❖ Os ácidos graxos podem se acumular no fígado causando esteatose, inflamando-o,
pois os níveis de trigliceredemia vai estar alto;
❖ É um ciclo: me alimento mal e aumenta a produção de insulina, não tenho mais
glicose correta dentro da célula, não tenho energia, sinto fome, gero resistência
periférica à insulina, vou ter aumento do estoque de gordura e açúcar, hiperglicemia,
mais insulina, mais obesidade, continuo me alimentando mal e um dia o diabetes vai
aparecer;
13
Ana Júlia Ornelas - MED 104
❖ Baixa produção do pâncreas e alta resistência a insulina causa hiperglicemia.
Enquanto consigo compensar aumentando a produção de insulina em relação a
resistência está bom, mas se não compensar vai ser ruim;
14
Ana Júlia Ornelas - MED 104
15

Outros materiais