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HI P ERT EN S Ã O A RT ERI A L S I S TÊM I C A Acometendo mais de ¼ da população adulta, a hipertensão arterial é a principal causa de morte no mundo e a causa mais comum de uma consulta ambulatorial a um médico. o É o fator tratável mais facilmente reconhecido em AVC, infarto do miocárdio, IC, doença vascular periférica, dissecção aórtica, fibrilação atrial e DR em estágio terminal. o A natureza assintomática da hipertensão e da variabilidade inerente na PA retardo o diagnóstico. o A carga de comprimidos, os custos dos medicamentos, os efeitos colaterais e o tempo insuficiente para a educação do paciente contribuem para a não adesão ao tratamento – lembrar que o tratamento da hipertensão, muitas vezes, é multifatorial, sendo necessário o uso de mais de 3 medicamento. o A modificação do estilo de vida, em particular dieta e exercício, pode abaixar um pouco a PA, mas a redução raramente é suficiente para eliminar a necessidade de medicação. Os pacientes que desenvolvem hipertensão antes dos 50 anos tipicamente têm hipertensão sistólica e diastólica combinadas (pressão sistólica acima de 140mmHg e pressão diastólica acima de 90mmHg). Os pacientes que desenvolvem hipertensão após os 50 anos tipicamente têm hipertensão sistólica isolada (pressão sistólica acima de 140mmHg e pressão diastólica abaixo de 90mmHg – geralmente abaixo de 80mmHg). DADOS IMPORTANTES: Antes dos 50 anos, a prevalência de hipertensão é um pouco mais baixa em mulheres que em homens, sugerindo um efeito protetor do estrogênio. Após a menopausa, a prevalência de hipertensão aumenta rapidamente em mulheres e excede aquela em homens. Em afro-americanos, a hipertensão também começa em uma idade mais jovem, é mais grave, e causa maior dano a órgãos-alvo, provocando incapacidade e morte prematuras. A hipertensão é mais prevalente nas populações brancas de vários países europeus do que nos afro- americanos, e é rara em africanos que vivem na África. DETERMINANTES COMPORTAMENTAIS DA VARIAÇÃO DA PA o Consumo dietético de calorias e sal. Condição em que a força do sangue contra a parede das artérias é muito grande. Normalmente, a hipertensão é definida como a pressão arterial acima de 14/9 e é considerada grave quando a pressão está acima de 18/12. Em geral, a pressão arterial elevada não tem sintomas. Ao longo do tempo, se não for tratada, poderá causar problemas de saúde, como doenças cardíacas e acidente vascular cerebral. o A síndrome metabólica refere-se à frequente agregação de PA elevada com adiposidade abdominal, resistência à insulina com intolerância à glicose, e um padrão dislipidêmico constituído tipicamente em níveis plasmáticos elevados de triglicerídeos e baixos de HDL. o Em alguns indivíduos obesos, a apneia do sono é uma causa importante de hipertensão. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS o Embora cefaleia sejam comuns nos pacientes com hipertensão branda a moderada, os episódios de cefaleia não se correlacionam com as flutuações na PA ambulatorial; em vez disso, eles se correlacionam com o conhecimento do indivíduo sobre seu diagnóstico. DIAGNÓSTICO Deve ser dividida em etapas: I. Avaliação precisa da PA (PA no consultório mesmo) o Tradicionalmente, com base na média de duas ou mais leituras em duas ou mais consultas a PA pode ser dividida como: Normal Pré-hipertensão Hipertensão o A PA deve ser medida, pelo menos duas vezes com o braço nu e ao nível do coração, em ambos os braços (após 5 minutos de repouso – paciente sentado com as costas apoiadas), para excluir a coarctação da aorta; e após 5 minutos em pé para excluir uma queda postural importante na PA, particularmente em pessoas mais velhas e naquelas com diabetes ou outras condições (Parkinson, por exemplo) que predispõem a insuficiência autonômica. o Tabaco e cafeína devem ser evitados por pelo menos 30 minutos. II. Monitoramento domiciliar e ambulatorial da PA: o As leituras feitas fora do consultório são a única maneira de obter uma imagem clara da PA de uma pessoa normal para diagnóstico e tratamento precisos. Essas leituras são mais preditivas de eventos cardiovasculares que as feitas no consultório e superam muitas armadilhas de medição de consultório, incluindo erros médico e reações do “jaleco branco”. o Novas recomendações incluem: Monitoramento residencial da PA deve ser uma parte rotineira do manejo clínico dos pacientes com hipertensão conhecida ou suspeitada. Duas ou três leituras devem ser feitas pela manhã e pela noite, durante 4 dias; a leitura do primeiro dia deve ser descartada como sendo artificialmente elevadas, e todas as restantes leituras devem ser uma média. O objeto do tratamento-alvo é a pressão média em casa de menos de 135/85mmHg para a maioria dos pacientes e inferior a 130/85mmHg para paciente com insuficiência renal crônica proteinúria e, possivelmente, para alguns outros pacientes de alto risco. o O monitoramento ambulatorial da pressão permite medições automática em um período de 24hs, enquanto o paciente está envolvido em suas atividades habituais, incluindo o sono. As leituras são mais preditivas para infarto do miocárdio fatal e não fatal e AV. Os valores recomentados são uma pessoa com PA média durante o dia inferior a 135/85mmHg, PA noturna inferior a 130/80mmHg. O que é hipertensão do jaleco branco? Na Hipertensão do Jaleco Branco, a Pressão Arterial (PA) eleva-se somente na presença do Médico e de profissionais ou pessoas comuns com roupa branca que podem ser confundidas. Da mesma forma, isso ocorre quando o paciente mede/afere a sua PA em uma clínica ou hospital.
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