Buscar

Resumo - Introdução à Cebola e Alho

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

CEBOLA (Allium cepa L.)
AULA 3 
Cebola e alho não são culturas fáceis, aqui no nosso país as pessoas que trabalham com essas duas culturas, dizem que são culturas imprevisíveis em cada safra. A safra da cebola passa por todos os meses do ano, o alho é a mesma coisa.
Cebola e alho
	Grupo: Angiosperma
Classe: Liliopsida
Subclasse: Lilidae
Superordem: Lilianae
Ordem: Amaryllidales
Família: Alliaceae ( + de 750 sp existentes)
Gênero: Allium (all) = quente, pungente, picante.
Espécie cebola: Allium cepa L. (caepulla)
Espécie alho: Allium sativa
	Outras espécies: 
A. sativum: alho
A. Ampeloprasum: alho de cabeça grande e alho poró
A. fistulosum: cebolinha japonesa
A. schoenoprasum:cebolinha de maço ou francesa
A. chinense: “rakkyo”
A. tuberosum: “Nira”
Vamos nos restringir a família e gênero, a família da aliácea é uma classificação recente onde temos mais de 750 espécies catalogadas, e possui parentesco com a família amarilidaceae. Então essa relação de classificação taxonômica é antiga, e se pesquisarmos sobre a família do alho e cebola, podemos achar tanto uma quanto a outra, pois a mudança é recente.
No passado não havia um consenso entre botânicos norte-americanos e botânicos europeus, quanto á correta classificação das espécies aliaceae, pois no passado classificávamos basicamente através de critérios morfológicos, através de descrição botânica. Mas através das técnicas de biotecnologia, chegaram a um consenso e as classificaram como uma única família, a aliaceae.
Quando pensamos em diversas aliáceas, nós conseguimos detectar pelo aroma e sabor esse quente, pungente e picante das aliáceas, devido ao acúmulo de compostos organossulfurosos presentes em suas estruturas, e praticamente temos o enxofre em todas as partes das plantas, desde raízes, folhas, inflorescências, então conseguimos detectar esse aroma e picância do enxofre.
Cepa (de allium cepa), é uma palavra originada do latim que significa cebola.
A. tuberosum: “Nira”: Há dois tipos de Nira, um é uma planta maior que acaba com bubilhos em seu ápice ( fptp abaixo) e há o Nira que só possui folhas (encontrado no brasil).
Allium Ampeloprasum: alho de cabeça grande, cabe na palma da mão de uma pessoa, tem no máximo 6 bumbilhos
Allium fistulossum: cebolinha verde de todo ano, ou cebolinha. Há também a cebolinha francesa, ou de maço, que é um pouco mais fina, formando uma moita.
Allium chinense (Rakkyo): os bulbilhos são consumidos e o resto da planta é descartado.
MERCADO DIFERENCIADO E PANC
Alho Negro (Allium sativum L.) : é o alho in natura que passa por um processo de fermentação e depois é submetido à uma condição de temperatura contínua de aproximadamente 65ºC e umidade controlada, assim vai escurecendo, sem nenhum aditivi químico. Ele ganha sabor, odor e textura diferenciados, além da aparência bem diferente, parecendo até outra espécie de alho. O seu sabor torna-se adocicado e perde aquela característica de ardência e pungência.
Nothoscordum gracille (Aiton): essa aliácea está mais presente nos campos do sul do país, considerado uma invasora, tem sabor bem pronunciado e picante. Chamado de cebolinha de tropeira, cebolinha de perdiz, alho silvestre e alho bravo. As flores de coloração lilás.
PROVÁVEL CENTRO DE ORIGEM DA CEBOLA
Quando falamos de hortaliças é difícil dizer seu centro de origem, pois são produtos altamente perecíveis. Mas, é consenso entre os botânicos que o provável centro de origem seja a Ásia central, pelo clima temperado, árida e solos rasos, sempre submetida a estresses hídricos. Então as características de algumas hortaliças induzem a pensar que os centros de origem devem ser esses, como por exemplo a cebola.
Quando falamos de cebola, estamos falando sobre hortaliças muito antigas, cerca de 5000 a.C, e o alho cerca de 6000 a.C. E com os anos essas espécies foram domesticadas, são espécies que não encontramos no centro de origem, ou que, fora do centro de origem não encontramos espécies silvestres. 
É provável que essa domesticação tenha ocorrido na Eurásia, que possui a região de maior diversidade de espécies, a qual vai da Turquia, em direção ao leste, nas montanhas da Ásia central. Através do norte do Irã, Afeganistão e Paquistão, Tajiquistão, as Montanhas Tien Shan do Quirguistão e noroeste da China, se estendendo até as montanhas da Mongólia e sul da Sibéria. A partir desse centro de diversidade é que surgiram as culturas mais importantes de Allium, atualmente utilizadas comercialmente.
Há uma linha de pesquisadores que concluíram que o alho pode ser proveniente da Sibéria, devido as suas características, assim como no Brasil onde há espécies extremamente habituadas a climas e latitudes daqui.
Há relatos históricos de desenhos nas tumbas egípcias que a cebola era presente na cultura. ‘A força do alho ajudou a levantar as pirâmides’ – esta frase está escrita na pirâmide de Guiné, onde há uma inscrição que receita um dente de alho de manhã para escravo aumentarem as suas forças. Em Roma era muito apreciado pelo povo, sendo considerado pelos soldados o símbolo da vida e das virtudes. Já na Rússia é conhecido como bulbo-da-vida e até o séc. XVIII era utilizado como moeda de troca.
Alho e cebola eram considerados alimentos estratégicos para escravos, como uma forma de preservar a saúde dos escravos. Eram usados justamente para conferir imunidade a esses, e com isso evoluiu o uso medicinal. E hoje há estudos que realmente reafirmam que melhora a imunidade, prevenção do câncer e doenças do coração, ou seja, são muito benéficas. Há também o aspecto religioso, onde pessoas conferem o alho a proteção de maus espíritos, “vampiros” e etc.
Como a cebola chegou nas Américas? 
A cebola figura entre as primeiras plantas cultivadas introduzidas na América a partir da Europa, trazida por Cristóvão Colombo para o Caribe. O início do cultivo de cebola no Brasil ocorreu com a colonização portuguesa e expandiu-se após a chegada de imigrantes açorianos que colonizaram a região de Rio Grande, no Rio Grande do Sul e Itajaí, em Santa Catarina, durante o século XVIII e início do século XIX. (EMBRAPA). A cebola foi introduzida no Sul do país e com o passar dos anos foi difundida para o resto, ocorrendo mudança genética ao longo desse tempo de acordo com a região de plantio da espécie. Visto que, SC é o maior produtor de cebola do país. Na década de 1930 a cebola chega à região sudeste, interior de SP, e em 1940 a região nordeste, na região de Cabrobó e Belém do São Francisco.
No Brasil há duas populações principais de cebola (acessos europeus), a Baia e a Pêra, que quando cruzadas geraram a Crioula.
Baia periforme – RS (derivada da cultivar garrafal), é uma cultivar portuguesa, e foi a primeira a ser introduzida no Sul do Brasil. Têm como características: adaptadas ao cultivo em condições de clima úmido; bulbos de formato periforme; coloração amarelada; pungentes; casca fina; folhas de intensa cerosidade
Pêra Norte – RS (derivada de genótipos egípcios da África do Sul). Têm como características: genótipos tardios; bulbo de formato piramidal; coloração acastanhada; boa retenção de escamas; dormência prolongada; pungente; boa capacidade de armazenamento.
Crioula – tem como características os bulbos globosos, casca de coloração marrom acastanhada.
E à medida que a cebola vai “subindo” pelo país e sendo melhoradas, cultivares são desenvolvidas pela Empresa Pernambucana de Pesquisa Agropecuária – IPA, na década de 80 empresas como o IPA foram muito benéficos ao país, o IPA desenvolveu uma cultivar que era a melhor para ser cultivada no Nordeste, resistente às pragas e adaptada as condições climáticas. Porém, com a globalização muitas empresas migraram para outros países, pelo motivo do Brasil ser um país caro para pesquisa.
Nos EUA há a população denominada “Grano”, que é originada da região de Valência na Espanha. Uma das soluções do Brasil foi importar cultivares do tipo Gran e híbridos tipo “Granex”, pois assim teriam cultivares melhoradas.
De acordo com pesquisadores, o alho não veio com os povos mediterrâneos, e foi introduzidono Brasil pelo México ou alguns países da América do sul. Ele é uma hortaliça de difícil estudo, pois seu melhoramento é muito complexo

Continue navegando