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Apostila_Engenharia_De_Produção_Saúde_e_Segurança_do_trabalho

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Prévia do material em texto

Professor autor/conteudista:
MARCELO MARTINS
É vedada, terminantemente, a cópia do material didático sob qualquer 
forma, o seu fornecimento para fotocópia ou gravação, para alunos 
ou terceiros, bem como o seu fornecimento para divulgação em 
locais públicos, telessalas ou qualquer outra forma de divulgação 
pública, sob pena de responsabilização civil e criminal.
 
SUMÁRIO
Introducão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
1 - Legislação e conceitos de saúde e segurança do trabalhoContexto e Conceitos de 
Saúde e Segurança do Trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
1 . Contexto e Conceitos de Saúde e Segurança do Trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
1.1 A história da saúde e segurança do trabalhador nas empresas . . . . . . . . . . . .5
1.2 Conceitos de saúde e segurança no trabalho. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .11
1.3 O engenheiro de segurança. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .15
1.4 Técnico de Segurança do Trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .17
2 . Legislação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
2.1 Normas regulamentadoras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
2 – Sistema de gestão de saúde, prevenção e cadastro de acidentes no trabalho . . 27
3 . Prevenção de Acidentes no trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
3.1 Acidente no trabalho. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
3.2 Comunicação de Acidente do Trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
3.3 Causas dos acidentes de trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .31
3.4 Equipamentos de proteção: Coletiva e Individual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
3.5 Programa de Prevenção de Riscos Ambientais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
3.6 Serviços Especializados em Segurança e em Medicina do Trabalho . . . . . . 39
3.7 Comissão Interna de Prevenção de Acidentes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
4 . Cadastro de acidentes do trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46
4.1 Cálculo de horas-homem de exposição ao risco . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .47
4.2 Dias perdidos por incapacidade temporária total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48
5 . Sistemas de gestão de Saúde e Segurança no Trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51
5.1 OHSAS 18001. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .51
5.2 ABNT NBR 18801 de 2010 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54
Conclusão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56
Glossário: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57
Referências Bibliográficas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59
 
Pág. 4 de 61
INTRODUCÃO
No ambiente de produção a saúde e segurança no trabalho tem se tornado cada vez mais 
importante uma vez que além do processo produtivo é necessário cuidar para que os trabalhadores 
desempenhem as suas atividades de forma segura. Sendo assim, inicialmente será contextualizado 
o ambiente de saúde e segurança do trabalhador nas empresas, evidenciando os conceitos de saúde 
e segurança no trabalho e destacando a atuação do engenheiro de segurança.
Serão identificadas as principais legislações, principalmente as normas regulamentadoras e 
será abordado um pouco das questões judiciais relacionadas à segurança e saúde do trabalhador. 
A abordagem sobre prevenção de acidentes no trabalho envolverá conceitos sobre acidentes no 
trabalho, os equipamentos de proteção e atuação do trabalhador nas operações insalubres, bem 
como, a higiene no trabalho, a área da saúde e segurança, que envolve o estudo das principais 
influências na saúde do trabalhador detalhando mais sobre os agentes biológicos, os agentes 
físicos, os agentes químicos e a ergonomia.
Também será realizada abordagem da proteção nas operações perigosas detalhando os principais 
agentes de periculosidade e os procedimentos de resposta à emergência. Por fim, abordaremos os 
principais Sistemas de gestão de Saúde e Segurança no Trabalho: BS8800, OHSAS 18001, NBR 18801
 
Pág. 5 de 61
1 - LEGISLAÇÃO E CONCEITOS DE SAÚDE E SEGURANÇA DO 
TRABALHOCONTEXTO E CONCEITOS DE SAÚDE E SEGURANÇA 
DO TRABALHO
1. CONTEXTO E CONCEITOS DE SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO
1.1 A história da saúde e segurança do trabalhador nas empresas
O tema saúde e segurança do trabalhador nas empresas não são temas novos. O médico e 
filósofo grego Hipócrates (460-375 a.C.), que em Ares, Águas e Lugares descreveu um quadro de 
“intoxicação saturnina” em um mineiro (o saturnismo é o nome dado à intoxicação aguda ou crônica 
por chumbo). Plínio, O Velho (23-79 d.C.), naturalista e escritor romano, descreveu em De Historia 
Naturalis, uma alusão às doenças dos trabalhadores expostos ao chumbo, ao mercúrio e as poeiras. 
Ele faz a descrição dos primeiros equipamentos de proteção conhecidos, como membranas de 
bexiga de animais ou panos para o rosto, como forma de atenuar a inalação de poeiras nocivas 
(FUNDACENTRO, 2004).
Nos século XII e XIII, algumas obras publicadas foram realizadas de maneira pouco significativas 
e só em 1473 que o alemão Ulrich Ellenbog (1435–1499) publicou um tratado sobre doenças 
ocupacionais e lesões entre mineiros de ouro considerado a primeira obra sobre higiene ocupacional. 
Ele também escreveu sobre a ação tóxica do monóxido de carbono, mercúrio, chumbo e ácido nítrico. 
Georgius Agricola (1494-1555), em seu livro intitulado a De Re Metallica e publicado postumamente 
em 1556, descreveu as doenças dos mineiros e as medidas preventivas prescritas e incluiu sugestões 
para ventilação mineira e proteção pessoal para trabalhadores, discussões de acidentes de mineração, 
descrições de doenças associadas a ocupações de mineração.
 
Pág. 6 de 61
Figura 1 – Mina de ouro
Fonte: https://www.pri.org/stories/2017-06-23/tracing-conflict-gold-democratic-republic-congo 
No século XVI, a higiene ocupacional era vista como algo místico e acreditava-se que os 
demônios habitavam as minas e as doenças podiam ser controladas pelo jejum e pela oração 
(ESTADOS UNIDOS, 2017).
O médico italiano Bernardino Ramazzini (1633-1714), considerado o “pai da Medicina Ocupacional” 
publicou em 1700 em Modena, Itália o livro De Morbis Artificum Diatriba (As Doenças dos Trabalhadores), 
o qual continha descrições precisas das doenças ocupacionais de mais de 50 grupos profissionais. 
O livro descreveu a silicoses em termos patológicos a partir de observações de autópsias nos corpos 
dos mineiros (ESTADOS UNIDOS, 2017; FUNDACENTRO, 2004).
No século XIX, os industriais, Robert Owen (1771-1858), reformador social e um dos fundadores 
do socialismo utópico do País de Gales e Daniel Legrand (1783-1859), industrial suíço e filantropo 
que passou a maior parte de sua vidana França também já discutiam o tema segurança no trabalho 
impulsionado pela primeira revolução industrial (OIT, 2017).
 
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Em 1802 foi aprovada na Grã-Bretanha a primeira parte da legislação da fábrica, considerada a 
primeira lei sobre segurança do trabalho e aplicou-se a todos os aprendizes de até aos 21 anos de 
idade os quais foram impedidos de trabalhar durante a noite e por mais de 12 horas por dia, além 
disso, ela providenciou que os aprendizes recebessem ensino básico. No entanto, a fraqueza da 
lei era a falta de qualquer meio para impô-la. Geralmente um juiz da paz local e um clérigo eram 
nomeados para inspecionar fábricas em sua área, mas eles eram frequentemente conhecidos dos 
proprietários. Ainda na Grã-Bretanha, em 1819, a Lei dos Moinhos de Algodão exigiu que nenhuma 
criança com menos de nove anos fosse empregada em moinhos de algodão, com máximo de 16 
horas por dia para todos os menores de 16 anos. Mas uma vez mais, os meios para o cumprimento 
da legislação continuaram sendo um problema. 
A Lei de Fábrica e Oficinas aprovada em 1831 limitou o dia útil em 12 horas para todos os menores 
de 18 anos e mais uma vez, não houve procedimentos para sua execução. Em 1833, o Parlamento 
Britânico aprovou uma nova Lei de Fábrica, na qual nenhuma criança menor de nove anos deveria 
trabalhar em fábricas e a semana deveria ter no máximo 48 horas de trabalho de para crianças de 
9 a 13 anos, limitadas em oito horas por dia, já para crianças entre 13 e 18 anos foram limitados 
há trabalhar no máximo 12 horas por dia. A lei também exigiu que as crianças menores de 13 anos 
recebessem educação por duas horas por dia. O que tornou a Lei 1.833 tão importante foi que 
estabeleceu um sistema para garantir que os regulamentos fossem cumpridos e criou o começo de 
um sistema de controle do governo no trabalho das indústrias. Em 1844, o Parlamento aprovou uma 
nova Lei de Fábricas e Oficias que, de fato, foi o primeiro ato de saúde e segurança na Grã-Bretanha. 
Todas as máquinas perigosas deveriam ser cercadas de forma segura, e o não cumprimento era 
considerado uma infração criminal. Ela determinava que nenhuma criança ou jovem deveria limpar 
as máquinas do moinho enquanto estava em movimento. A Lei limitou as horas trabalhadas por 
crianças a seis e meio, com três horas de escolaridade, e estabeleceu um dia máximo de 12 horas 
para jovens de 13 a 18 anos. A regra de 12 horas também foi aplicada às mulheres. 
 
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Figura 2 – Fábrica de tijolos
Fonte: Stanislav Beloglazov / Shutterstock
A Lei de Fábricas e Oficinas de 1847 limitou o um dia de dez horas para mulheres e jovens entre 
13 e 18 anos. A Lei de Fábricas de 1867 ampliou a legislação existente a todas as outras fábricas 
onde 50 ou mais pessoas estivessem empregadas, além de trazer regulamentação para outras 
indústrias específicas, altos-fornos, siderúrgicas, vidro, fabricação de papel, tabaco, impressão e 
encadernação, independentemente dos números empregados. A Lei de 1867 foi, portanto, uma nova 
medida de referência para melhorar, pela primeira vez, as condições de trabalho dos trabalhadores 
em fábricas e oficinas em todo o país. Mas, como a lei fazia tantos novos lugares de trabalho sujeitos 
a inspeção oficial, que foi difícil implementar. 
A legislação inglesa fez surgir normas, na Alemanha, em 1869 e na Suíça, em 1877, as quais 
responsabilizavam os empregadores por lesões ocupacionais (FUNDACENTRO, 2004). Em outras Leis 
de Fábrica, em 1878, 1891 e 1895, o Parlamento colocou limites adicionais ao emprego de mulheres 
e crianças em fábricas, os regulamentos de segurança anteriores foram ampliados. A Lei de 1891 
aumentou a idade mínima para o emprego em fábricas para 11 (PARLAMENTO BRITANICO, 2017).
No Brasil, a Universidade da Bahia desenvolveu entre 1880 e 1903 trabalhos sobre a intoxicação 
por chumbo nas indústrias de charutos e rapé e velas de sebo (FUNDACENTRO, 2004)
 
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No século XX, após o termino da Primeira Guerra Mundial a Organização Internacional do 
Trabalho (OIT) foi criada em 1919, como parte do Tratado de Versalhes para refletir a crença de 
que a paz universal e duradoura só pode ser realizada se for baseada na justiça social. A primeira 
Comissão do Trabalho criada pela Conferência da Paz se reuniu pela primeira vez em Paris e depois 
em Versalhes entre janeiro e abril de 1919. A Comissão, presidida por Samuel Gompers, chefe da 
Federação Americana do Trabalho nos Estados Unidos, era composta por representantes de nove 
países: Bélgica, Cuba, Checoslováquia, Estados Unidos, França, Itália, Japão, Polônia e Reino Unido. 
Isso resultou em uma organização tripartite, a única desse gênero reunindo representantes de 
governos, empregadores e trabalhadores em seus órgãos executivos (OIT, 2017).
Ainda na Grã-Bretanha, em 1901, a Lei de Fábrica e Oficinas legislou sobre temas como saúde, 
segurança, acidentes, horas e feriados, trabalho noturno, emprego intermitente, ginástica laboral, 
modificações e extensões especiais, educação de crianças, indústrias perigosas e não saudáveis, 
regulamentos para operações perigosas e trabalho em casa. A lei ainda aponta medidas especiais 
para empresas como: fábrica de móveis, fábricas de algodão, panificadoras, lavanderias, docas, 
edifícios e estradas de ferro. (GRÃ-BRETANHA, 1901)
• Convenção de horas de trabalho (indústria)
• Convenção de desemprego
• Convenção de proteção da maternidade
• Convenção de trabalho noturno (mulheres)
• Convenção sobre a idade mínima (indústria)
• Convenção sobre o trabalho noturno dos jovens (indústria).
A OIT tem como responsabilidade a formulação e aplicação das normas do trabalho em âmbito 
internacional através de convenções e recomendações. As convenções são divididas pela OIT em 
fundamental, de governança e técnica. As fundamentais são oito, as de governança quatro as técnicas 
são cento e oitenta e uma. A figura abaixo apresenta a quantidade de convenções publicadas pelo 
OIT em cada um dos anos.
 
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Figura 3 - Quantidade de convenções publicadas pelo OIT
Fonte: elaborada pelo autor.
Nota-se que na década de 1920 foram publicadas 22 convenções, na década de 1930 foram 
publicadas 39 convenções, na década de 1940 foram publicadas 32 convenções, na década de 1950 
foram publicadas 17 convenções, na década de 1960 foram publicadas 16 convenções, na década 
de 1970 foram publicadas 24 convenções, na década de 1980 foram publicadas 17 convenções, 
na década de 1990 foram publicadas 13 convenções e no século XXI foram apenas publicadas 7 
convenções. Portanto até o final da década de 1950 mais de 60% das convenções OIT já haviam 
sido publicadas.
As convenções, quando ratificadas por um país, passam a fazer parte de seu ordenamento 
jurídico, no Brasil isso se dá através de leis e decretos. (OIT, 2011). Das 193 convenções publicadas 
pela OIT o Brasil é signatário de 96, sendo elas sete de oito convenções fundamentais, três de 
quatro convenções de governança e oitenta e seis de cento e setenta e sete convenções técnicas. 
Confira em Anexo 1 - Principais marcos de segurança no trabalho no Brasil, um quadro ilustrativo 
contendo informações relacionadas aos principais acontecimentos e datas sobre segurança do 
trabalho no Brasil.
 
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1.2 Conceitos de saúde e segurança no trabalho
A temática de saúde e segurança no trabalho envolve diversos conceitos importantes sob o 
ponto de vista prático que permitem o entendimento especifico da disciplina. São eles: 
• Acidente: “Evento ou sequência de eventos de ocorrências anormais, ou qualquer interferência 
no processo normal de trabalho, que resultem em consequências que possam causar lesões 
ao trabalhador.” (ABNT NBR 18801, 2010).
• Acidente de trabalho: “Ocorrência imprevista e indesejável, instantânea ou não, relacionada 
com o exercício do trabalho, de que resulte ou possa resultar lesão pessoal.” (NBR 14280, 2001).
Figura 4 –Acidente no trabalho
Fonte: Gino Santa Maria / Shutterstock
• Acidente de trajeto: “Acidente sofrido pelo empregado no percurso da residência para o local 
de trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo 
de propriedade do empregado, desde que não haja interrupção ou alteração de percurso por 
motivo alheio ao trabalho.” (NBR 14280, 2001).
• Acidente impessoal: “Acidente cuja caracterização independe de existir acidentado, não podendo 
ser considerado como causador direto da lesão pessoal”. (NBR 14280, 2001).
• Acidente pessoal: “Acidente cuja caracterização depende de existir acidentado.” (NBR 14280, 
2001).
• Ato inseguro: “Ação ou omissão que, contrariando preceito de segurança, pode causar ou 
favorecer a ocorrência de acidente.” (NBR 14280, 2001).
 
Pág. 12 de 61
• Avaliação de riscos: “Processo de avaliação de risco(s) proveniente(s) de perigo(s), levando 
em consideração a adequação de qualquer controle existente, e decidindo se o risco é ou não 
aceitável.” (OHSAS 18001, 2007).
• Condição ambiente de insegurança (condição ambiente): Condição do meio que causou o 
acidente ou contribuiu para a sua ocorrência (NBR 14280, 2001).
• Condição de trabalho: “Toda e qualquer variável presente ao ambiente de trabalho capaz de 
alterar e/ou condicionar a capacidade produtiva do indivíduo, causando ou não agressão ou 
depreciações à saúde deste.” (BARBOSA FILHO, 2011).
• Desempenho de Saúde e Segurança do Trabalho (SST): Resultados mensuráveis da gestão de 
uma organização de seus risco(s) de SST, que inclui a medição da eficácia dos controles da 
organização e envolve política de SST, objetivos de SST e outros requisitos de desempenho 
da SST da organização. (OHSAS 18001, 2007).
• Doença: Condição física ou mental adversa identificável, oriunda de, e/ou agravada por, uma 
atividade laboral e/ou situação relacionada ao trabalho (OHSAS 18001, 2007).
• Doença profissional: Doença do trabalho causada pelo exercício de atividade específica, 
constante de relação oficial (NBR 14280, 2001).
• Doença do trabalho: Doença decorrente do exercício continuado ou intermitente de atividade 
laborativa capaz de provocar lesão por ação mediata (NBR 14280, 2001).
• Incidente: Evento relacionado ao trabalho no qual uma lesão ou doença, independentemente 
da gravidade, ou fatalidade ocorreu ou poderia ter ocorrido. Um incidente no qual não ocorre 
lesão, doença ou fatalidade pode também ser denominado um “quase-acidente”, “quase-perda”, 
“ocorrência anormal” ou “ocorrência perigosa” (OHSAS 18001, 2007)
• Identificação de Perigo: Processo de reconhecimento de que um perigo existe e definição de 
suas características (OHSAS 18001, 2007).
• Higiene: Ciência que visa à preservação da saúde e ‘a prevenção de doenças (FERREIRA, 1997).
• Higiene do trabalho: Ciência e arte dedicadas à antecipação, reconhecimento, avaliação e 
controle de fatores e riscos ambientais gerados nos postos de trabalho e que podem causar 
enfermidade, prejuízos a saúde ou bem estar dos trabalhadores, tendo em vista o possível 
impacto nas comunidades vizinhas e no meio ambiente geral (SALIBA, 2016).
• Horas-homem de exposição ao risco de acidente (horas-homem): Somatório das horas durante 
as quais os empregados ficam à disposição do empregador, em determinado período (NBR 
14280, p. 2001).
• Lesão com afastamento (lesão incapacitante ou lesão com perda de tempo): Lesão pessoal 
que impede o acidentado de voltar ao trabalho no dia imediato ao do acidente ou de que resulte 
incapacidade permanente (NBR 14280, p. 2001).
 
Pág. 13 de 61
• Lesão imediata: Lesão que se manifesta no momento do acidente (NBR 14280, 2001).
• Lesão mediata (lesão tardia): Lesão que não se manifesta imediatamente após a circunstância 
acidental da qual resultou (NBR 14280, 2001).
• Lesão pessoal: Qualquer dano sofrido pelo organismo humano, como consequência de acidente 
do trabalho (NBR 14280, 2001).
• Lesão sem afastamento (lesão não incapacitante ou lesão sem perda de tempo): Lesão pessoal 
que não impede o acidentado de voltar ao trabalho no dia imediato ao do acidente, desde que 
não haja incapacidade permanente (NBR 14280, 2001).
• Objetivo de SST: Meta de Saúde e Segurança do Trabalho, em termos do desempenho da SST, 
que uma organização estabelece para ela própria atingir. (OHSAS 18001, 2007).
• Perigo: Fonte, situação ou ato com potencial para provocar danos humanos em termos de 
lesão ou doença, ou uma combinação destas (OHSAS 18001, 2007).
• Política de SST: Intenções e princípios gerais de uma organização em relação ao seu desempenho 
da SST, conforme formalmente expresso pela alta gestão da empresa. A política de SST fornece 
um arcabouço para a ação e para o estabelecimento dos objetivos de SST (OHSAS 18001, 2007)
• Risco: Combinação da probabilidade de ocorrência de um evento perigoso ou exposição(ões) 
com a gravidade da lesão ou doença que pode ser causada pelo evento ou exposição(ões) 
(OHSAS 18001, 2007). 
• Saúde: Bem-estar físico, mental e social não sendo considerado somente a ausência de 
enfermidade ou doença (FERREIRA, 1997).
Figura 5 – Trabalhadores em mina de carvão
Fonte: Mark Agnor / Shutterstock
 
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• Saúde e Segurança do Trabalho (SST): Condições e fatores que afetam, ou poderiam afetar, 
a segurança e a saúde de funcionários ou de outros trabalhadores (incluindo trabalhadores 
temporários e pessoal terceirizado), visitantes ou qualquer outra pessoa no local de trabalho. 
(OHSAS 18001, 2007)
• Segurança: Estado, qualidade ou condição daquele ou daquilo que se pode confiar. (FERREIRA, 
1997) 
• Sistema de SST: Parte do sistema de gestão de uma organização utilizada para desenvolver 
e implementar sua política de saúde e segurança do trabalho e para gerenciar seus riscos 
de SST. Um sistema de gestão é um conjunto de elementos inter-relacionados utilizados 
para estabelecer a política e os objetivos e para atingir tais objetivos e inclui a estrutura 
organizacional, atividades de planejamento incluindo, por exemplo, a avaliação de riscos e 
o estabelecimento de objetivos, responsabilidades, práticas, procedimentos, processos e 
recursos (OHSAS 18001, 2007).
• Trabalho: atividade coordenada, de caráter físico ou intelectual, necessária à realização de 
qualquer tarefa, serviço ou empreendimento (FERREIRA, 1997).
• Taxa de frequência de acidentes: Número de acidentes por milhão de horas-homem de exposição 
ao risco, em determinado período (NBR 14280, 2001).
• Taxa de frequência de acidentados com lesão com afastamento: Número de acidentados com 
lesão com afastamento por milhão de horas-homem de exposição ao risco, em determinado 
período (NBR 14280, 2001).
• Taxa de frequência de acidentados com lesão sem afastamento: Número de acidentados com 
lesão sem afastamento por milhão de horas-homem de exposição ao risco, em determinado 
período (NBR 14280, 2001).
• Taxa de gravidade: Tempo computado por milhão de horas-homem de exposição ao risco, em 
determinado período (NBR 14280, 2001).
• Tempo computado: Tempo contado em “dias perdidos, pelos acidentados, com incapacidade 
temporária total” mais os “dias debitados pelos acidentados vítimas de morte ou incapacidade 
permanente, total ou parcial” (NBR 14280, 2001).
 
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1.3 O engenheiro de segurança
Figura 6 – Engenheiro de segurança
Fonte: Kokliang / Shutterstock
O CONFEA na resolução nº 325 de 27 de Novembro de 1987 define em seu artigo 4 as atividades 
de engenharia de segurança do trabalho como sendo:
• Supervisionar, coordenar e orientar tecnicamente os serviços de engenharia de segurança 
trabalho;
• Estudar as condições de segurança dos locais de trabalho e das instalações e equipamentos, 
com vistas especialmente aos problemas de controle de risco, controle de poluição, higiene 
do trabalho, ergonomia, proteção contra incêndio e saneamento;
• Planejar e desenvolver a implantação de técnicas relativas a gerenciamentoe controle de riscos;
• 
• Vistoriar, avaliar, realizar perícias, arbitrar, emitir parecer, laudos técnicos e indicar medidas de 
controle sobre grau de exposição e agentes agressivos de riscos físicos, químicos e biológicos, 
tais como poluentes atmosféricos, ruídos, calor radiação em geral e pressões anormais; 
caracterizando as atividades, operações e locais insalubres e perigosos;
• Analisar riscos, acidentes e falhas, investigando causas, propondo medidas preventivas e 
corretivas e orientando trabalhos estatísticos, inclusive com respeito a custos;
• Propor políticas, programas, normas e regulamentos de segurança do trabalho, zelando pela 
sua observância;
• Elaborar projetos de sistemas de segurança e assessorar a elaboração de projetos de obras, 
instalações e equipamentos, opinando do ponto de vista da engenharia de segurança;
 
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• Estudar instalações, máquinas e equipamentos, identificando seus pontos de riscos e projetando 
dispositivos de segurança;
• Projetar sistemas de proteção contra incêndio, coordenar atividades de combate a incêndio 
e de salvamento e elaborar planos para emergência e catástrofes;
• Inspecionar locais de trabalho no que se relaciona com a segurança do trabalho, delimitando 
áreas de periculosidade;
• Especificar, controlar e fiscalizar sistemas de proteção coletiva e equipamentos de segurança, 
inclusive os de proteção individual e os de proteção contra incêndio, assegurando-se de sua 
qualidade e eficiência;
• Opinar e participar da especificação para aquisição de substâncias e equipamentos cuja 
manipulação, armazenamento, transporte ou funcionamento possam apresentar riscos, 
acompanhando o controle do recebimento e da expedição;
• Elaborar planos destinados a criar e desenvolver a prevenção de acidentes, promovendo a 
instalação de comissões e assessorando-lhes o funcionamento;
• Orientar o treinamento específico de segurança do trabalho e assessorar a elaboração de 
programas de treinamento geral, no que diz respeito à segurança do trabalho;
• Acompanhar a execução de obras e serviços decorrentes da adoção de medidas de segurança, 
quando a complexidade dos trabalhos a executar assim o exigir;
• Colaborar na fixação de requisitos de aptidão para o exercício de funções, apontando os riscos 
decorrentes desses exercícios;
• Propor medidas preventivas no campo de segurança do trabalho, em face do conhecimento da 
natureza e gravidade das lesões provenientes do acidente de trabalho, incluídas as doenças 
do trabalho;
• Informar aos trabalhadores e à comunidade, diretamente ou por meio de seus representantes, 
as condições que possam trazer danos a sua integridade e as medidas que eliminam ou 
atenuam estes riscos e que deverão ser tomadas.
O CONFEA em sua resolução Nº 437, de 27 de Novembro de 1999 obriga que quaisquer estudos, 
projetos, planos, relatórios, laudos e quaisquer outros trabalhos ou atividades relativas à Engenharia 
de Segurança do Trabalho só terão valor jurídico quando seus autores forem Engenheiros ou 
Arquitetos, especializados em Engenharia de Segurança do Trabalho e registrados nos devidos 
Conselhos Regionais.
 
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1.4 Técnico de Segurança do Trabalho
A portaria número 3.275 de 21 de setembro de 1989 do ministério do trabalho e emprego atribui 
que as atividades abaixo podem ser desenvolvidas por técnicos de segurança do trabalho:
Figura 7 – Técnico de Segurança do Trabalho
Fonte: Ravipat / Shutterstock
I - informar o empregador, através de parecer técnico, sobre os riscos exigentes nos ambientes 
de trabalho, bem como orientá-los sobre as medidas de eliminação e neutralização;
II - informar os trabalhadores sobre os riscos da sua atividade, bem como as medidas de 
eliminação e neutralização;
III - analisar os métodos e os processos de trabalho e identificar os fatores de risco de acidentes 
do trabalho, doenças profissionais e do trabalho e a presença de agentes ambientais agressivos 
ao trabalhador, propondo sua eliminação ou seu controle;
IV - executar os procedimentos de segurança e higiene do trabalho e avaliar os resultantes 
alcançados, adequando-os estratégias utilizadas de maneira a integrar o processo prevencionista 
em uma planificação, beneficiando o trabalhador; 
V - executar programas de prevenção de acidentes do trabalho, doenças profissionais e do 
trabalho nos ambientes de trabalho, com a participação dos trabalhadores, acompanhando e 
 
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avaliando seus resultados, bem como sugerindo constante atualização dos mesmos estabelecendo 
procedimentos a serem seguidos;
VI - promover debates, encontros, campanhas, seminários, palestras, reuniões, treinamentos e 
utilizar outros recursos de ordem didática e pedagógica com o objetivo de divulgar as normas de 
segurança e higiene do trabalho, assuntos técnicos, visando evitar acidentes do trabalho, doenças 
profissionais e do trabalho;
VII - executar as normas de segurança referentes a projetos de construção, aplicação, reforma, 
arranjos físicos e de fluxos, com vistas à observância das medidas de segurança e higiene do 
trabalho, inclusive por terceiros;
VIII - encaminhar aos setores e áreas competentes, normas, regulamentos, documentação, 
dados estatísticos, resultados de análises e avaliações, materiais de apoio técnico, educacional e 
outros de divulgação para conhecimento e autodesenvolvimento do trabalhador;
IX - indicar, solicitar e inspecionar equipamentos de proteção contra incêndio, recursos audiovisuais 
e didáticos e outros materiais considerados indispensáveis, de acordo com a legislação vigente, 
dentro das qualidades e especificações técnicas recomendadas, avaliando seu desempenho;
X - cooperar com as atividades do meio ambiente, orientando quanto ao tratamento e destinação 
dos resíduos industriais, incentivando e conscientizando o trabalhador da sua importância para a 
vida;
XI - orientar as atividades desenvolvidas por empresas contratadas, quanto aos procedimentos 
de segurança e higiene do trabalho previstos na legislação ou constantes em contratos de prestação 
de serviço;
XII - executar as atividades ligadas à segurança e higiene do trabalho utilizando métodos e 
técnicas científicas, observando dispositivos legais e institucionais que objetivem a eliminação, 
controle ou redução permanente dos riscos de acidentes do trabalho e a melhoria das condições 
do ambiente, para preservar a integridade física e mental dos trabalhadores;
XIII - levantar e estudar os dados estatísticos de acidentes do trabalho, doenças profissionais 
e do trabalho, calcular a frequência e a gravidade destes para ajustes das ações prevencionistas, 
 
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normas regulamentos e outros dispositivos de ordem técnica, que permitam a proteção coletiva e 
individual;
XIV - articular-se e colaborar com os setores responsáveis pelos recursos humanos, fornecendo-
lhes resultados de levantamento técnicos de riscos das áreas e atividades para subsidiar a adoção 
de medidas de prevenção em nível de pessoal;
XV - informar os trabalhadores e o empregador sobre as atividades insalubre, perigosas e 
penosas existentes na empresa, seus riscos específicos, bem como as medidas e alternativas de 
eliminação ou neutralização dos mesmos;
XVI - avaliar as condições ambientais de trabalho e emitir parecer técnico que subsidie o 
planejamento e a organização do trabalho de forma segura para o trabalhador;
XVII - articula-se e colaborar com os órgãos e entidades ligados à prevenção de acidentes do 
trabalho, doenças profissionais e do trabalho;
XVIII - particular de seminários, treinamento, congressos e cursos visando o intercâmbio e o 
aperfeiçoamento profissional. (BRASIL, 1989).
 
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2. LEGISLAÇÃO 
A legislação brasileira é composta por normas que observam uma estrutura hierárquica de 
normas as quais uma é subordinada a outra que tem a Constituição Federal como norma máxima 
até Contratos e Estatutos. 
Os tipos de normas são: ConstituiçãoFederal (CF), leis complementares, leis ordinárias, convenções 
internacionais , leis delegadas, medidas provisórias , decretos legislativos, resoluções, instruções 
normativas, portarias, normas regulamentadoras (NRs) e notas técnicas.
Figura 8 - Pirâmide hierárquica das normas brasileiras
Constituição Federal
e Emendas
Leis Ordinárias
Medidas Provisórias
Portarias, Decretos,
Normas Regulamentadoras, etc.
Contratos, Estatutos, etc.
Leis Complementares
Fonte: (COSTA; COSTA, 2012).
Com relação à saúde e segurança do trabalho, temos os seguintes ordenamentos jurídicos que 
tratam sobre o tema:
• Constituição Federal
• Convenções da Organização Internacional do Trabalho - OIT - sobre segurança e saúde do 
trabalho
• Legislação, Atos e Portarias
• Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho e Emprego
A Constituição Federal, dispõe, especificamente, sobre segurança e saúde dos trabalhadores 
em seu Capítulo II (Dos Direitos Sociais) no artigo 7º, incisos:
 
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• XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e 
segurança;
• XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na 
forma da lei;
• XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização 
a que este está obrigado, quando incorrerem dolo ou culpa;
• XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de 18 e de qualquer 
trabalho a menores de 16 anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de 14 anos; 
• Para complementar o conhecimento sobre legislação, além da constituição federal, torna-se 
imprescindível para o aprendizado, o conhecimento sobre as convenções da organização 
internacional do trabalho, para tanto, confira Anexo 2 – Convenções da OIT – Sobre segurança 
e saúde do trabalho.
ACONTECEU
Estudo realizado em um hospital-escola de Brasília, teve por objetivo verificar e analisar a ocorrência 
de acidentes de trabalho causados por materiais perfurocortantes e fluidos biológicos em estudantes 
e trabalhadores da área da saúde. A coleta de dados foi feita a partir dos registros de acidentes de 
trabalho mantidos pela Comissão de Controle de Infecção Hospitalar e referentes ao período de 
agosto de 1998 a junho de 2000. Verificou-se que 117 pessoas sofreram acidentes de trabalho, em 
sua grande maioria, causados por agulhas. Concluiu-se que existe a necessidade de melhoria nos 
sistemas de prevenção de acidentes na instituição.
Fonte: http://www.scielo.br/pdf/reeusp/v36n4/v36n4a10
 
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2.1 Normas regulamentadoras
No Brasil o Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943 o qual aprova a consolidação das leis 
do trabalho no seu capítulo V já descreve na secção II sobre a higiene do trabalho e na secção III 
sobre a segurança do trabalho.
Em 1988, a Constituição Federal em seu capítulo II dos direitos sociais da população brasileira 
o artigo 7º dispõem que são direitos dos trabalhadores urbanos e rurais a redução dos riscos 
inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança.
Figura 9 – Regulamentação – Leis trabalhistas
Fonte: Aline Loavasso / Shutterstock
NR 01 Disposições Gerais - Estabelece a obrigatoriedade das empresas em garantir a segurança 
e saúde de seus empregados, dando-lhes o “direito de saber” em relação aos riscos; e apresenta 
definições adotadas nas NRs. 
NR 02 Inspeção Prévia - Estabelece a obrigatoriedade de solicitar a aprovação das instalações, 
antes do início das atividades, ao órgão regional do MTE. 
NR 03 Embargo e Interdição - Estabelece que a DRT (Delegacia Regional do Trabalho) ou DTM 
(Delegacia de Trabalho Marítimo), em situações de grave e iminente risco para o trabalhador, poderá 
embargar/interditar o estabelecimento. 
 
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NR 04 Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho - Estabelece 
a obrigatoriedade de manter um SESMT (Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em 
Medicina do Trabalho) vinculado à graduação do risco da atividade e ao número de empregados
NR 05 Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) - Estabelece a obrigatoriedade de 
organizar e manter CIPA, composta por representantes do empregador e dos empregados, com 
o objetivo de verificar condições de risco e participar das soluções para o controle das mesmas. 
NR 06 Equipamentos de Proteção Individual (EPI) - Estabelece a obrigatoriedade de fornecimento 
gratuito dos EPls adequados ao risco a que os trabalhadores estejam expostos. 
NR 07 Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) - Estabelece a obrigatoriedade 
da elaboração e implementação do PCMSO com o objetivo de promover e preservar a saúde de 
seus trabalhadores, por meio da realização de exames médicos específicos. 
NR 08 Edificações - Estabelece requisitos mínimos a serem observados nas edificações, com 
o objetivo de garantir a segurança e o conforto dos trabalhadores.
NR 09 Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) - Estabelece a obrigatoriedade 
da elaboração e implementação do PPRA que visa a preservação da saúde e da integridade dos 
trabalhadores, por meio das técnicas de higiene ocupacional, para controlar a ocorrência de riscos 
ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho. 
NR 10 Instalações e Serviços em Eletricidade - Estabelece as condições mínimas exigíveis para 
garantir a segurança dos empregados que trabalham em instalações elétricas, em todas as suas 
etapas e ainda, a segurança de usuários e terceiros. 
NR 11 Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais - Estabelece normas de 
segurança para operação de elevadores, guindastes, transportadores e máquinas transportadoras, 
transporte de sacos e armazenamento de materiais.
NR 12 Máquinas e Equipamentos - Estabelece normas de segurança para instalações e áreas de 
trabalho, dispositivos de acionamento, partida e parada de máquinas e equipamentos, proteção de 
máquinas e equipamentos, assentos e mesas, fabricação, importação, venda e locação de máquinas 
e equipamentos, manutenção e operação. 
 
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NR 13 Caldeiras e Vasos de Pressão - Estabelece os requisitos mínimos obrigatórios para 
instalação, operação, manutenção, inspeção de caldeiras e vasos sob pressão e suas interfaces. 
NR 14 Fornos - Estabelece os requisitos mínimos obrigatórios para construção, instalação e 
operação de fornos.
NR 15 Atividades e Operações Insalubres - Define as atividades e operações insalubres, segundo 
critérios quantitativos (por meio da adoção de limites de tolerância) e critérios qualitativos (por meio 
de laudo de inspeção no local de trabalho) e os percentuais referente ao adicional de insalubridade, 
quando cabível. 
NR 16 Atividades e Operações Perigosas - Define as atividades e operações perigosas com 
explosivos, inflamáveis, radiações ionizantes ou substâncias radioativas e os respectivos adicionais 
de periculosidade, quando cabível. 
NR 17 Ergonomia - Estabelece os parâmetros que permitem a adaptação das condições de 
trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, com o objetivo de proporcionar 
conforto, segurança e desempenho suficiente.
NR 18 Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção - Estabelece diretrizes 
de ordem administrativa, de planejamento e de organização, com o objetivo de implementar medidas 
de controle e sistemas preventivos de segurança nos processos, nas condições e no meio ambiente 
de trabalho na indústria da construção, por meio do Programa de Condições e Meio Ambiente de 
Trabalho (PCMAT), na indústria da construção. 
NR 19 Explosivos - Estabelece os requisitos para as atividades que incluam o depósito, manuseio 
e armazenagem de explosivos. 
NR 20 Líquidos Combustíveis e Inflamáveis - Estabelece os requisitos específicos envolvendo 
atividades com líquidos combustíveis, líquidos inflamáveis, gases liquefeitos de petróleo (GLP) e 
outrosgases inflamáveis.
NR 21 Trabalhos a Céu Aberto - Estabelece os requisitos obrigatórios para as atividades executadas 
a céu aberto. 
 
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NR 22 Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração - Estabelece as normas para trabalhos 
em minas. 
NR 23 Proteção contra Incêndios - Estabelece a obrigatoriedade das empresas de ter proteção 
contra incêndio, com definição de requisitos para: saídas, portas, escadas, ascensores, portas 
corta-fogo, combate ao fogo, exercício de alerta e outros itens específicos. 
NR 24 Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho - Estabelece os requisitos 
mínimos para: instalações sanitárias, vestiários, refeitórios, cozinhas, alojamento, condições de 
higiene e conforto para as refeições e disposições gerais.
NR 25 Resíduos Industriais - Estabelece as diretrizes para a eliminação de resíduos industriais 
(gasosos, líquidos e sólidos), proibindo a liberação destes no ambiente de trabalho. Estabelece 
ainda que as emissões ao meio ambiente estão sujeitas às legislações competentes. 
NR 26 Sinalização de Segurança - Estabelece as cores que devem ser usadas nos locais de 
trabalho, com o objetivo de prevenir acidentes, identificar equipamentos de segurança, delimitar 
áreas, identificar canalizações e advertir contra riscos 
NR 27 Registro Profissional do Segurança do Trabalho no Ministério do Trabalho – Revogada 
pela Portaria GM nº 2626, 29/05/2008 - Estabelece os requisitos mínimos para obtenção do registro 
profissional do Técnico de Segurança do Trabalho.
NR 28 Fiscalização e Penalidades - Define os parâmetros para a fiscalização, embargo ou 
interdição e as penalidades a que estão sujeitos aqueles que infringirem as NRs. 
NR 29 Segurança e Saúde no Trabalho Portuário - Regula a proteção obrigatória contra acidentes 
e doenças profissionais, primeiros socorros a acidentados e condições de segurança e saúde aos 
trabalhadores. 
NR 30 Trabalho Aquaviário - Proteção e a regulamentação das condições de segurança e saúde 
dos trabalhadores aquaviários. 
NR 31 Trabalho na agricultura, pecuária, silvicultura, exploração florestal e aquicultura. - Segurança 
e saúde no trabalho na agricultura, pecuária, silvicultura, exploração florestal e aquicultura, com a 
segurança e saúde e meio ambiente do trabalho.
 
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NR 32 Trabalho em estabelecimentos de assistência à saúde - Proteção à segurança e à saúde 
dos trabalhadores em estabelecimentos de assistência à saúde, bem como daqueles que exercem 
atividades de promoção e assistência à saúde em geral. 
NR 33 Trabalho em Espaços Confinados - Sistemática para trabalho seguro em espaços confinados, 
treinamentos e permissão de trabalho.
NR 34 Condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção e reparação naval 
- Estabelece os requisitos mínimos e as medidas de proteção à segurança, à saúde e ao meio 
ambiente de trabalho nas atividades da indústria de construção e reparação naval.
NR 35 Trabalho em Altura - Estabelece os requisitos mínimos e as medidas de proteção para 
o trabalho em altura, envolvendo o planejamento, a organização e a execução, de forma a garantir 
a segurança e a saúde dos trabalhadores envolvidos direta ou indiretamente com esta atividade. 
NR 36 Segurança e saúde no trabalho em empresas de abate e processamento de carnes e 
derivados - os requisitos mínimos para a avaliação, controle e monitoramento dos riscos existentes 
nas atividades desenvolvidas na indústria de abate e processamento de carnes e derivados destinados 
ao consumo humano.
 
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2 – SISTEMA DE GESTÃO DE SAÚDE, PREVENÇÃO E CADASTRO 
DE ACIDENTES NO TRABALHO
3. PREVENÇÃO DE ACIDENTES NO TRABALHO 
3.1 Acidente no trabalho
O artigo 19 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, descreve: “acidente do trabalho é o que ocorre 
pelo exercício do trabalho a serviço da empresa, ou pelo exercício do trabalho do segurado especial, 
provocando lesão corporal ou perturbação funcional, de caráter temporário ou permanente”. Este 
tipo de evento pode causar desde um simples afastamento, a perda ou a redução da capacidade 
para o trabalho, até mesmo a morte do segurado.
Também são considerados como acidentes do trabalho: 
a) o acidente ocorrido no trajeto entre a residência e o local de trabalho do segurado; 
b) a doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exercício do 
trabalho peculiar a determinada atividade; e 
c) a doença do trabalho, adquirida ou desencadeada em função de condições especiais em 
que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente. Nestes dois últimos casos, 
a doença deve constar da relação de que trata o Anexo II do Regulamento da Previdência 
Social, aprovado pelo Decreto no 3.048, de 6 de maio de 1999.
 
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Figura 10 - Quantidade de acidentes do trabalho no Brasil
0
100000
200000
300000
400000
500000
600000
700000
800000
2015201420132012201120102009200820072006
Total
512.232
Total
659.523
Total
755.980 Total
733.365 Total
709.474
Total
720.629
Total
713.984
Total
725.664 Total
712.302
Total
612.632
 
Fonte: (BRASIL, 2015).
A quantidade de acidentes está frequentemente relacionada com o tipo de atividade exercida 
pelas organizações, para obter mais informações e conhecer quais são tipos de acidentes 
mais ocorridos, verifique Anexo 3 - Ranking de atividades econômicas com incidências.
 
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3.2 Comunicação de Acidente do Trabalho
A Comunicação de Acidente do Trabalho (CAT) é um documento a ser preenchido pela empresa 
para reconhecer tanto um acidente de trabalho ou de trajeto bem como uma doença ocupacional 
ocorridos na empresa. Segundo a Lei nº 8.213 de 24 de Julho de 1991 em seu artigo 22 a empresa 
ou o empregador doméstico deverão comunicar o acidente do trabalho à Previdência Social até o 
primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de imediato, à autoridade competente, 
sob pena de multa variável entre o limite mínimo e o limite máximo do salário de contribuição, 
sucessivamente aumentada nas reincidências, aplicada e cobrada pela Previdência Social. O CAT 
é preenchido de forma online por um aplicativo disponibilizado pelo INSS (Instituto Nacional de 
Seguro Social) ou em uma das agências do INSS.
Figura 11 – Acidente de Trabalho
Fonte: Photographee.eu / Shutterstock.
Os acidentes de trabalho podem ser classificados pelo número de dias de afastamento da 
empresa. Quanto mais grave é o acidente, maior o número de dias o qual o acidentado ficará afastado 
de suas atividades. Para conhecer os tipos de acidentes.
 
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Tipos de acidentes
Sem Afastamento – retorno ao trabalho no dia seguinte:
• Pequenas lesões: cuidados imediatos sem grandes consequências.
Com Afastamento – Afastamento maior ou igual há um dia:
• Incapacidade temporária;
• Incapacidade permanente;
• Parcial - redução parcial da capacidade trabalho;
• Total - incapacidade permanente e total perda da capacidade de trabalho.
• Morte.
 
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3.3 Causas dos acidentes de trabalho
Os acidentes são originados em ações ou situações que contribuem para o seu acontecimento. 
Dessa forma, todos os acidentes do trabalho têm como antecedentes (conhecidos ou não) uma 
variedade de causas, sendo elas enquadradas em dois tipos: atos inseguros ou condições inseguras 
de trabalho.
Figura 12 - Causas dos acidentes
Fatores
Pessoais
Atos
Inseguros
Fatores
Materiais
Condições
Inseguras
A
C
I
D
E
N
T
E
S
Fonte: (TAVARES, 2009) 
Atos inseguros
São definidos como as principais causas dos acidentes do trabalho, que reside exclusivamente 
no fator humano. Nada mais é que a violação das normas internas de segurança, Código de Trânsito 
Brasileiro e Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho. Em uma pesquisa realizada foi 
constatado que em 90% dos casos de acidentes, o motivo principal é o ato inseguro. Abaixo alguns 
exemplos de atos inseguros mais conhecidos (PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE TIETÊ,2015):
• Inutilizar dispositivos de segurança.
• Dirigir em excesso de velocidade.
• Improvisar ou fazer uso de ferramenta inadequada à tarefa exigida.
• Não utilizar EPI.
• Manipulação inadequada de produtos químicos.
• Fumar em lugar proibido.
• Consumir drogas ou bebidas alcoólicas durante a jornada de trabalho. 
 
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Condições inseguras
São aquelas que estão presentes no ambiente de trabalho, onde geralmente todos têm a ciência 
do risco e que ele pode levar à ocorrência de acidentes. Colocando em risco a integridade física e 
mental do colaborador, de terceiros e também do patrimônio da empresa. As condições inseguras 
são consequências de erros de projetos, planos de trabalho, falhas ou incorreções de programas de 
manutenção e segurança. Alguns exemplos de condições inseguras mais comumente conhecidas 
(PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE TIETÊ, 2015):
• Má arrumação/falta de limpeza
• Defeitos nas edificações
• Piso danificado
• Risco de fogo ou explosão
• Falta de manutenção adequada.
• Máquinas, equipamentos ou ferramentas com defeitos. 
CURIOSIDADE
Curiosidades sobre segurança do trabalho
Você já imaginou exatamente quantas pessoas sofrem acidentes de trabalho todos os dias no Brasil?
Ocorrem mais de 2000 acidentes de trabalho todos os dias em território nacional.
Segundo as estimativas do Ministério do Trabalho e Previdência Social, em 2014 ocorreram 704.136 
acidentes de trabalho no território nacional. Desses, apenas 559.061 tiveram CAT registrada e a 
maioria se tratou de acidentes de trabalho típicos, ou seja, que ocorrem durante a atividade laboral. 
Em segundo lugar vieram os acidentes de trajeto e por último, com apenas 15.571 notificações, as 
doenças do trabalho. Nos anos subsequentes, não houve a liberação desses dados. 
Fonte: https://okup.com.br/blog/veja-6-curiosidades-sobre-seguranca-do-trabalho/
 
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3.4 Equipamentos de proteção: Coletiva e Individual
Equipamentos de proteção coletiva
Figura 13 – Segurança contra incêndio
Fonte: Photoonlife / Shutterstock.
Equipamento de Proteção Coletiva (EPC) é todo equipamento utilizado para proteger a inúmeros 
trabalhadores ao mesmo tempo e se caracterizam em beneficiar um grupo de trabalhadores 
indistintamente. Eles eliminam ou reduzem os riscos na própria fonte. São exemplos de EPCs: bandeja 
de proteção contra queda de pessoas, tela de proteção contra quedas de materiais, extintores de 
incêndio, enclausuramento acústico de fontes de ruído etc. 
 
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Equipamentos de proteção individual 
Segundo o subitem 6.1 na Norma Regulamentadora (NR-6) o EPI é todo dispositivo ou produto 
de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar 
a segurança e a saúde no trabalho.
Os equipamentos de proteção individual podem ser agrupados em EPIs para cabeça, proteção 
de olhos e face, proteção auditiva, proteção respiratória, proteção para o tronco, proteção para 
membros superiores, proteção para membros inferiores, proteção para o corpo inteiro proteção 
contra quedas com diferença de nível. (SALIBA, 2016)
Figura 14 – Equipamento de proteção
Fonte: Dashadima / Shutterstock
 
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Quadro 1 – Relação de EPIs
Principais EPIs para:
Proteção da cabeça: Capacete
Capuz ou balaclava
Proteção de olho e faces: Óculos
Protetor facial
Máscara de Solda
Proteção auditiva: Protetor auditivo
Proteção respiratória: Respirador purificador de ar não motorizado
Respirador purificador de ar motorizado
Respirador de adução de ar tipo linha de ar 
comprimido
Respirador de adução de ar tipo máscara 
autônoma
Respirador de fuga
Proteção do tronco: Vestimentas
Colete à prova de balas
Proteção dos membros superiores: Luvas
Creme protetor
Manga
Braçadeira
Dedeira
Proteção dos membros inferiores: Calçado
Meia
Perneira
Calça
Proteção do corpo inteiro: Macacão
Vestimenta de corpo inteiro
Proteção contra quedas com diferença de nível: Cinturão de segurança com Dispositivo trava-
queda
Cinturão de segurança com talabarte
Fonte: (BRASIL, 2001a).
Para aprofundamento sobre cada tipo de proteção mencionado no quadro acima, bem como 
suas descrições, verifique Anexo 4 – Relação de EPIs.
 
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3.5 Programa de Prevenção de Riscos Ambientais 
A Norma Regulamentadora 9 estabelece a obrigatoriedade do desenvolvimento e execução, por 
parte de todas as organizações que tenham trabalhadores como empregados, do PPRA (BRASIL, 
2001b).
O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais deve ser elaborado contendo, no mínimo, a 
seguinte estrutura:
a) planejamento anual com estabelecimento de metas, prioridades e cronograma;
b) estratégia e metodologia de ação;
c) forma do registro, manutenção e divulgação dos dados;
d) periodicidade e forma de avaliação do desenvolvimento do PPRA. (BRASIL, 2001b)
O PPRA visa à preservação da saúde e da plenitude dos trabalhadores através das seguintes 
etapas da figura abaixo.
Figura 15 - Diagrama de blocos para elaboração do PPRA
Fonte: Autor adaptado de (SALIBA, 2017) .
O desenvolvimento, execução, acompanhamento e avaliação do PPRA poderão ser feitas pelo 
Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT) ou por 
pessoa ou equipe de pessoas que, a critério do empregador, sejam capazes de desenvolver o 
disposto na NR-9. (BRASIL, 2001b)
 
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A antecipação visa identificar os riscos potenciais e introduzir medidas de proteção para sua 
redução ou eliminação, envolvendo o exame de projetos de novas instalações, métodos ou processos 
de trabalho, ou de modificação dos já existentes. (BRASIL, 2001b)
O reconhecimento dos riscos ambientais deve, quando aplicáveis: identificar; determinar e localizar 
das possíveis elementos geradores; identificar os possíveis cursos e dos meios de proliferação dos 
agentes no ambiente laboral; identificar as funções e indicar do número de trabalhadores expostos; 
caracterizar as atividades e o tipo da exposição; obter dados existentes na empresa, indicativos 
de possível comprometimento da saúde decorrente do trabalho; os possíveis problemas à saúde 
relacionados aos riscos apontados, disponíveis na literatura técnica; e descrever das medidas de 
controle já existentes (BRASIL, 2001b).
A organização deve realizar a avaliação quantitativa para corroborar o controle da exposição ou 
a inexistência riscos identificada na etapa de reconhecimento; para dimensionar a exposição dos 
trabalhadores e para subsidiar a avaliação das medidas de controle (BRASIL, 2001b).
A NR-9 obriga que as organizações adotem as medidas necessárias suficientes para a eliminação, 
a minimização ou o controle dos riscos ambientais sempre que forem verificadas uma ou mais das 
seguintes situações:
a) identificação, na fase de antecipação, de risco potencial à saúde;
b) constatação, na fase de reconhecimento de risco evidente à saúde;
c) quando os resultados das avaliações quantitativas da exposição dos trabalhadores 
excederem os valores dos limites previstos na NR-15 ou, na ausência destes os valores 
limites de exposição ocupacional adotados pela American Conference of Governmental 
Industrial Higyenists (ACGIH), ou aqueles que venham a ser estabelecidos em negociação 
coletiva de trabalho, desde que mais rigorosos do que os critérios técnico-legais 
estabelecidos;
d) quando, através do controle médico da saúde, ficar caracterizado o nexo causal entre 
danos observados na saúde os trabalhadores e a situação de trabalho a que eles ficam 
expostos (BRASIL, 2007b).
No PPRA, o estudo, desenvolvimento e implantação de medidas de proteção coletiva deverão 
obedecer à seguinte hierarquia:
a) medidas que eliminam ou reduzam a utilização ou a formação de agentes prejudiciais à 
saúde;
 
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b) medidas que previnam a liberação ou disseminação desses agentes no ambiente de 
trabalho;
c) medidas que reduzam os níveis ou a concentração desses agentes no ambiente de 
trabalho (BRASIL, 2001b).
Casoé inviável a adoção de medidas de proteção coletiva ou quando estas não forem suficientes 
devem ser adotadas outras medidas, seguindo a seguinte hierarquia:
a) medidas de caráter administrativo ou de organização do trabalho;
b) utilização de equipamento de proteção individual – EPI (BRASIL, 2001b)
A NR-9 considera nível de ação o valor acima do qual devem ser iniciadas ações preventivas 
de forma a minimizar a probabilidade de que as exposições a agentes ambientais ultrapassem os 
limites de exposição. As ações devem incluir o monitoramento periódico da exposição, a informação 
aos trabalhadores e o controle médico (BRASIL, 2001b).
As organizações deverão estabelecer o controle contínuo aos cenários que apresentem exposição 
ocupacional acima dos níveis de ação:
a) para agentes químicos, a metade dos limites de exposição ocupacional considerados de 
acordo com a alínea “c” do subitem 9.3.5.1;
b) para o ruído, a dose de 0,5 (dose superior a 50%), conforme critério estabelecido na NR-15, 
Anexo I, item 6. (BRASIL, 2001b)
 
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3.6 Serviços Especializados em Segurança e em Medicina do Trabalho
O SESMT é regulamentado pelo artigo 162 da CLT o qual dispõe:
As empresas, de acordo com normas a serem expedidas pelo Ministério do Trabalho, 
estarão obrigadas a manter serviços especializados em segurança e em medicina 
do trabalho. 
Parágrafo único - As normas a que se refere este artigo estabelecerão: 
a) classificação das empresas segundo o número de empregados e a natureza do 
risco de suas atividades;
b) o número mínimo de profissionais especializados exigido de cada empresa, segundo 
o grupo em que se classifique, na forma da alínea anterior;
c) a qualificação exigida para os profissionais em questão e o seu regime de trabalho;
d) as demais características e atribuições dos serviços especializados em segurança 
e em medicina do trabalho, nas empresas. (BRASIL, 1943)
O Ministério do Trabalho e Emprego através da NR-4, regulamentou a matéria e estabeleceu a 
forma na qual o SESMT deve ser dimensionado, quais os profissionais devem compô-lo e qual a 
jornada dos mesmos profissionais. Abaixo a figura apresenta tais informações.
 
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Figura 16 - Informativo: Grau de Risco
Grau de 
Risco
Nº de 
empregadoss no 
estabelcimento/
Técnicos
50 
a 
100
101 
a 
250
251 
a 
500
501 a 
1.000
1.001 
a 
2.000
2.001 
a 
3.500
3.500 
a 
5.000
Acima 
de 
5000 
para 
cada 
grupo 
de 
4.000 
ou 
fração 
acima 
de 
2.000**
1 Técnico de seg. 
trabalho
1 1 1 2 1
Engenheiro Seg. 
trabalho
1* 1 1*
Aux. Enferm. 
do trabalho
1 1 1
Enfermeiro do 
trabalho
1*
Médico do trabalho 1* 1* 1 1*
2 Técnico de seg. 
trabalho
1 1 2 5 1
Engenheiro Seg. 
trabalho
1* 1 1 1
Aux. Enferm. 
do trabalho
1 1 1 1
Enfermeiro do 
trabalho
1
Médico do trabalho 1* 1 1 1
 
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Grau de 
Risco
Nº de 
empregadoss no 
estabelcimento/
Técnicos
50 
a 
100
101 
a 
250
251 
a 
500
501 a 
1.000
1.001 
a 
2.000
2.001 
a 
3.500
3.500 
a 
5.000
Acima 
de 
5000 
para 
cada 
grupo 
de 
4.000 
ou 
fração 
acima 
de 
2.000**
3 Técnico de seg. 
trabalho
1 2 3 4 6 8 3
Engenheiro Seg. 
trabalho
1* 1 1 2 1
Aux. Enferm. 
do trabalho
1 2 1 1
Enfermeiro do 
trabalho
1
Médico do trabalho 1* 1 1 2 1
4 Técnico de seg. 
trabalho
1 2 3 4 5 8 10 3
Engenheiro Seg. 
trabalho
1* 1* 1 1 2 3 1
Aux. Enferm. 
do trabalho
1 1 2 1 1
Enfermeiro do 
trabalho
1 1
Médico do trabalho 1* 1* 1 1 2 3 1
(*) Tempo parcial (mínimo de três horas)
(**) O dimenscionamento total deverá ser feito levando-se em consideração o dimensionamento de faixas de 3.5001 a 
5.000 mais o dimensionamento do(s) grupo(s) de 4.000 ou fração acima de 2.000
OBS: Hospitais, Ambulatórios, Maternidade, Casas de Saúde e Repouso. Clínicas e estabelecimentos similares com 
mais de 500 (quinhentos) empregados deverão contratar um enfermeiro em tempo integral
Fonte: (BRASIL, 2001c)
 
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A relação da classificação nacional de atividades econômicas (CNAE), com correspondente 
grau de risco (GR) para fins de dimensionamento do SESMT encontra-se no quadro I da NR-4.
Os profissionais integrantes a SESMT devem possuir formação e registro profissional em 
conformidade com o disposto na regulamentação da profissão e nos instrumentos normativos 
emitidos pelo respectivo Conselho Profissional, quando existente.
A NR-4 atribui os profissionais que participam do SESMT as seguintes responsabilidades:
a) aplicar os conhecimentos de engenharia de segurança e de medicina do trabalho ao 
ambiente de trabalho e a todos os seus componentes, inclusive máquinas e equipamentos, 
de modo a reduzir até eliminar os riscos ali existentes à saúde do trabalhador;
b) determinar, quando esgotados todos os meios conhecidos para a eliminação do risco e 
este persistir, mesmo reduzido, a utilização, pelo trabalhador, de EPI, de acordo com o que 
determina a NR 6, desde que a concentração, a intensidade ou característica do agente 
assim o exija;
c) colaborar, quando solicitado, nos projetos e na implantação de novas instalações físicas e 
tecnológicas da empresa, exercendo a competência disposta na alínea “a”;
d) responsabilizar-se tecnicamente, pela orientação quanto ao cumprimento do disposto nas 
NR aplicáveis às atividades executadas pela empresa e/ou seus estabelecimentos;
e) manter permanente relacionamento com a CIPA, valendo-se ao máximo de suas 
observações, além de apoiá-la, treiná-la e atendê-la, conforme dispõe a NR 5;
f) promover a realização de atividades de conscientização, educação e orientação dos 
trabalhadores para a prevenção de acidentes do trabalho e doenças ocupacionais, tanto 
através de campanhas quanto de programas de duração permanente;
g) esclarecer e conscientizar os empregadores sobre acidentes do trabalho e doenças 
ocupacionais, estimulandos em favor da prevenção;
h) analisar e registrar em documento(s) específico(s) todos os acidentes ocorridos 
na empresa ou estabelecimento, com ou sem vítima, e todos os casos de doença 
ocupacional, descrevendo a história e as características do acidente e/ou da doença 
ocupacional, os fatores ambientais, as características do agente e as condições do(s) 
indivíduo(s) portador(es) de doença ocupacional ou acidentado(s);
i) registrar mensalmente os dados atualizados de acidentes do trabalho, doenças 
ocupacionais e agentes de insalubridade, preenchendo, no mínimo, os quesitos descritos 
nos modelos de mapas constantes nos Quadros III, IV, V e VI, devendo o empregador 
manter a documentação à disposição da inspeção do trabalho;
 
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j) manter os registros de que tratam as alíneas “h” e “i” na sede dos Serviços Especializados 
em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho ou facilmente alcançáveis 
a partir da mesma, sendo de livre escolha da empresa o método de arquivamento 
e recuperação, desde que sejam asseguradas condições de acesso aos registros e 
entendimento de seu conteúdo, devendo ser guardados somente os mapas anuais dos 
dados correspondentes às alíneas “h” e “i” por um período não inferior a 5 (cinco) anos;
k) as atividades dos profissionais integrantes dos Serviços Especializados em Engenharia 
de Segurança e em Medicina do Trabalho são essencialmente prevencionistas, embora 
não seja vedado o atendimento de emergência, quando se tornar necessário. Entretanto, 
a elaboração de planos de controle de efeitos de catástrofes, de disponibilidade de meios 
que visem ao combate a incêndios e ao salvamento e de imediata atenção à vítima deste 
ou de qualquer outro tipo de acidente estão incluídos em suas atividades. (BRASIL, 2001c)
 
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3.7 Comissão Interna de Prevenção de Acidentes
O objetivo da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) é a prevenção de acidentes e 
doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível permanentemente o trabalho com 
a preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador.(BRASIL, 2001d)
Figura 17 – Prevenção – Consulta periódica
Fonte: Vipubadee / Shutterstock
A CIPA deve ser constituída em associações recreativas, cooperativas, empresas privadas, 
empresas públicas, instituições beneficentes, sociedades de economia mista, órgãos da administração 
direta e indireta, bem como outras instituições que admitam trabalhadores como empregados. A CIPA 
é composta de representantes dos empregados e do empregador, de acordo com o dimensionamento 
previsto no Quadro I NR-5, excluindo-se setores econômicos específicos que sejam disciplinados 
em atos normativos próprios. (BRASIL, 2001d)
Os representantes dos empregadores, titulares e suplentes, serão por eles nomeados e os 
representantes dos empregados, titulares e suplentes, serão eleitos em votação secreta, da qual 
participem exclusivamente os empregados interessados. O mandato dos membros eleitos da CIPA 
tem duração de um ano, permitida uma reeleição e é vedada a dispensa arbitrária ou sem justa 
causa do empregado eleito para cargo de direção de CIPA desde o registro de sua candidatura até 
um ano após o final de seu mandato. (BRASIL, 2001d)
 
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A NR-5 apresenta as quinze atribuições para a CIPA:
a) identificar os riscos do processo de trabalho, e elaborar o mapa de riscos, com a 
participação do maior número de trabalhadores, com assessoria do SESMT, onde houver;
b) elaborar plano de trabalho que possibilite a ação preventiva na solução de problemas de 
segurança e saúde no trabalho;
c) participar da implementação e do controle da qualidade das medidas de prevenção 
necessárias, bem como da avaliação das prioridades de ação nos locais de trabalho;
d) realizar, periodicamente, verificações nos ambientes e condições de trabalho visando 
a identificação de situações que venham a trazer riscos para a segurança e saúde dos 
trabalhadores;
e) realizar, a cada reunião, avaliação do cumprimento das metas fixadas em seu plano de 
trabalho e discutir as situações de risco que foram identificadas;
f) divulgar aos trabalhadores informações relativas à segurança e saúde no trabalho;
g) participar, com o SESMT, onde houver, das discussões promovidas pelo empregador, para 
avaliar os impactos de alterações no ambiente e processo de trabalho relacionados à 
segurança e saúde dos trabalhadores;
h) requerer ao SESMT, quando houver, ou ao empregador, a paralisação de máquina ou setor 
onde considere haver risco grave e iminente à segurança e saúde dos trabalhadores;
i) colaborar no desenvolvimento e implementação do PCMSO e PPRA e de outros programas 
relacionados à segurança e saúde no trabalho;
j) divulgar e promover o cumprimento das Normas Regulamentadoras, bem como cláusulas 
de acordos e convenções coletivas de trabalho, relativas à segurança e saúde no trabalho;
k) participar, em conjunto com o SESMT, onde houver, ou com o empregador, da análise das 
causas das doenças e acidentes de trabalho e propor medidas de solução dos problemas 
identificados;
l) requisitar ao empregador e analisar as informações sobre questões que tenham interferido 
na segurança e saúde dos trabalhadores;
m) requisitar à empresa as cópias das CAT emitidas;
n) promover, anualmente, em conjunto com o SESMT, onde houver, a Semana Interna de 
Prevenção de Acidentes do Trabalho (SIPAT);
o) participar, anualmente, em conjunto com a empresa, de Campanhas de Prevenção da 
AIDS.(BRASIL, 2001d)
 
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4. CADASTRO DE ACIDENTES DO TRABALHO
A ABNT NBR 14280:2001 tem como objetivo estabelecer critérios para o registro, comunicação, 
estatística, investigação e análise de acidentes do trabalho, suas causas e consequências, aplicando-
se a quaisquer atividades de trabalho, sendo aplicada a qualquer organização que queira investigar 
os acidentes de trabalho para entender as suas causas e consequências.
Figura 18 – Avaliação da frequência e da gravidade
Fonte: Halfpoint / Shutterstock
A avaliação da frequência e da gravidade deve ser feita em função de três fatores:
a) número de acidentes ou de acidentados;
b) horas-homem de exposição ao risco;
c) tempo computado.
SAIBA MAIS
A empresa é obrigada a informar à Previdência Social todos os acidentes de trabalho ocorridos 
com seus empregados, mesmo que não haja afastamento das atividades, até o primeiro dia útil 
seguinte ao da ocorrência. Em caso de morte, a comunicação deverá ser imediata. A empresa que 
não informar o acidente de trabalho dentro do prazo legal estará sujeita à aplicação de multa. Se 
a empresa não fizer o registro da CAT, o próprio trabalhador, o dependente, a entidade sindical, o 
médico ou a autoridade pública poderão efetivar a qualquer tempo o registro deste instrumento junto 
à Previdência Social, o que não exclui a possibilidade da aplicação da multa à empresa.
Para maior comodidade, o INSS disponibiliza um aplicativo que permite o Registro da CAT de forma 
online, desde que preenchidos todos os campos obrigatórios. Através do aplicativo, também será 
possível gerar o formulário da CAT em branco para, em último caso, ser preenchido de forma manual. 
Fonte: http://www.previdencia.gov.br/servicos-ao-cidadao/todos-os-servicos/comunicacao-de-
acidente-de-trabalho/ 
 
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4.1 Cálculo de horas-homem de exposição ao risco
Figura 19 – Exposição ao risco
Fonte: Dear2627 / Shutterstock
As horas-homem são calculadas pelo somatório das horas de trabalho de cada empregado, mas 
quando o número de horas trabalhadas varia de grupo para grupo, calculam-se os vários produtos, 
que devem ser somados para obtenção do resultado final.
Primeiro exemplo: em um período, se todos trabalham o mesmo número de horas, é o produto 
do número de homens pelo número de horas. Por exemplo: 10 homens trabalhando, cada um, 150 
horas por mês, totalizam 1500 horas-homem. 
Segundo exemplo: 40 homens, dos quais 20 homens trabalham, cada um, 200 h por mês, 10 
homens trabalham 180 h por mês e 10 homens trabalham 160 h por mês totalizam 7400 horas-homem.
Horas de exposição ao risco:
As horas de exposição são retiradas das folhas de pagamento ou quaisquer outros registros de 
ponto, consideradas apenas as horas trabalhadas, inclusive as horas extras.
Horas estimadas de exposição ao risco:
Quando não é possível determinar o total de horas efetivamente trabalhadas, elas devem ser 
estimadas multiplicando-se o total de dias de trabalho pela média do número de horas trabalhadas 
por dia.
 
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4.2 Dias perdidos por incapacidade temporária total
Figura 20 - Trabalhador com incapacidade temporária
Fonte: George Rudy / Shutterstock
São considerados como dias perdidos por incapacidade temporária total os seguintes:
a) os dias subsequentes ao da lesão, em que o empregado continua incapacitado para o 
trabalho (inclusive dias de repouso remunerado, feriados e outros dias em que a empresa, 
entidade ou estabelecimento estiverem fechados); e
b) os dias subsequentes ao da lesão, perdidos exclusivamente devido à não disponibilidade 
de assistência médica ou recursos de diagnóstico necessários.
NOTA - Não são computáveis o dia da lesão e o dia em que o acidentado é considerado apto 
para retornar ao trabalho.
Dias a debitar
São os dias que se debitam, por incapacidade permanente ou morte, para o cálculo do tempo 
computado.
 
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Quadro 2 – Cálculo: Dias a debitar x tempo computado
I – Morte 6000
II – Incapacidade permanente total 6000
III – Perda de membro:
a) Membro superior:
acima do punho até o cotovelo, exclusive 3600
do cotovelo até a articulação do ombro, inclusive 4500
b) Mão:
Amputação, 
atingindo 
todo o osso ou 
parte1)
Quirodátilos (dedos da mão)
1⁄ (Polegar) 2⁄ (Indicador) 3⁄ (Médio) 4⁄ (Anular) 5⁄(Mínimo)
3ª falange - distal - 100 75 60 50
2ª falange - medial 
(distal 
para o polegar)
300 200 150 120 100
1ª falange - 
proximal
600 400 300 240 200
Metacarpianos 900 600 500 450 400
Mão, no punho 
(carpo)
3000
c) Membro inferior:
Acima do joelho 4500
Acima dotornozelo até a articulação do joelho, exclusive 3000
d) Pé:
Amputação, 
atingindo todo o 
osso ou parte1)
Pododátilos (dedos do pé)
1⁄ Cada um dos demais
3ª falange - distal - 35
2ª falange - medial 
(distal para o 1º 
pododátilo) 
150 75
1ª falange - 
proximal 
300 150
Metatarsianos 600 350
Pé, no tornozelo 
(tarso) 
2400
IV – Perturbação funcional:
Perda de visão de um olho haja ou não visão no outro 1800
Perda de visão de ambos os olhos em um só acidente 6000
Perda de audição de um ouvido haja ou não audição no outro 600
Perda da audição de ambos os ouvidos em um só acidente 3000
1) Se o osso não é atingido, usar somente os dias perdidos e classificar como incapacidade temporária.
Fonte: ABNT NBR 14280 (2001)
 
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Confira o Anexo 5 - Taxas de frequência de acidentes e Anexo 6 – Taxa de gravidade, para 
identificar especificidades.
 
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5. SISTEMAS DE GESTÃO DE SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO 
5.1 OHSAS 18001
A OHSAS 18001 é uma norma que estabelece os requisitos mínimos para melhores práticas em 
gestão de segurança e saúde ocupacional. A OHSAS 18001 foi desenvolvida pelo BSI Group, para 
direcionar a formação de um Sistema de Gestão e certificação da segurança e saúde ocupacionais 
(SSO).
Os benefícios da OHSAS 18001 (BSI, 2014) são: 
• Criação de condições de trabalho melhores na empresa organização;
• Apontamento de perigos e estabelecimento de controles para gerenciá-los;
• Diminuição de acidentes e doenças de trabalho, contendo custos e inatividade;
• Empenho e motivação dos funcionários com condições de trabalho melhores e mais seguras;
• Evidenciar para clientes e fornecedores conformidade com as melhores práticas de trabalho.
A OHSAS 18001 foi concebida para ser compatível com os padrões ISO 9001 (Qualidade) e ISO 
14001 (Ambiental), ajudando assim as organizações a alcançar uma estratégia de gestão integrada. 
O padrão OHSAS 18001 (BSI, 2014) especifica uma série de critérios fundamentais para uma 
organização para demonstrar e inclui:
• Planejamento para identificação de perigos, avaliação de risco e controle de risco
• Estrutura e responsabilidade
• Treinamento, conscientização e competência
• Consulta e comunicação
• Controle Operacional
• Preparação e resposta de emergência
• Medição, monitoramento e melhoria do desempenho
Seguindo a prática estabelecida pelo International Organization for Standardization (ISO) a 
norma OHSAS 18001 segue o padrão do ciclo de melhoria contínua, também conhecido como ciclo 
PDCA (do inglês: plan; do; check; act ou adjust)
A norma inicia com os três primeiros itens contextualizando sua aplicação e estabelecendo 
seus principais conceitos, alguns dos quais já descritos nesta aula. Os requisitos de implantação 
são então descritos apenas no item 4.
 
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O item 4.1 explana sobre as considerações gerais da norma, seguido pela política de saúde e 
segurança do trabalho (SST) no item 4.2. A política de SST, por seu caráter direcionador deve apoiar 
a implementação da norma em todos os requisitos, sustentando o ciclo PDCA.
Figura 21 – Requisitos da norma OHSAS 18001 dentro do ciclo PDCA
A P
DC
Política de SST
4.6 Análise crítica pela direção 4.3 Planejamento
4.3.1 Identificação de perigos, avaliação de riscos e 
determinação de controles
4.3.2 Requisitos legais e outros
4.3.3 Objetivos e programa(s) 
4.4 Implementação e operação
4.4.1 Recursos, funções, responsabilidades, prestações
de contas e autoridades
4.4.2 Competência, treinamento e conscientização
4.4.3 Participação e consulta
4.4.4 Documentação
4.4.5 Controle de documentos
4.4.6 Controle operacional
4.4.7 Preparação e resposta a emergências 
4.5 Verificação
4.5.1 Monitoramento e medição do desempenho
4.5.2 Avaliação do atendimento a requisitos legais
e outros
4.5.3 Investigação de incidente, não-conformidade,
ação corretiva e ação preventiva
 4.5.3.1 Investigação de incidente
 4.5.3.2 Não-conformidade, ação corretiva e 
ação preventiva
4.5.4 Controle de registros
4.5.5 Auditoria interna
Fonte: Elaborado pelo autor
A fase de planejamento do sistema de gestão de saúde e segurança no trabalho (SST) envolve 
o item 4.3, planejamento, da norma que tem como requisitos: identificação de perigos, análise de 
riscos e determinação de controles (4.3.1), requisitos legais e outros (4.3.2) e estabelecimento de 
objetivos e programas (4.3.3).
A fase de execução do sistema de gestão de SST envolve o item 4.4, mplementação e operação, 
que tem como requisitos: recursos, papéis, responsabilidade e autoridade (4.4.1), competência, 
treinamento e conscientização (4.4.2), comunicação, participação e consulta (4.4.3), documentação 
 
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(4.4.4), controle de documentos (4.4.5), controle operacional (4.4.6), preparação e resposta à 
emergência (4.4.7).
A fase de controle do sistema de gestão de SST envolve o item 4.5., Verificação, com os requisitos: 
monitoramento e medição de desempenho (4.5.1), avaliação do atendimento aos requisitos legais e 
outros (4.5.2), Investigação de incidente, não-conformidade, ação corretiva e ação preventiva (4.5.3), 
controle de registros (4.5.4) e auditoria interna (4.5.5). 
A fase de ação do sistema de gestão envolve o requisito em que todo o sistema de gestão é 
analisado e novas decisões são tomadas: análise crítica pela direção (4.6).
Como o ciclo PDCA é contínuo é importante lembrar que os requisitos aqui definidos estarão 
sempre ocorrendo com o objetivo de melhorar o sistema de gestão.
 
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5.2 ABNT NBR 18801 de 2010
A ABNT NBR 18801, de 2010 permite que uma organização desenvolva sua política de SST, 
estabelecendo objetivos e processos para alcançar os compromissos da política, desenvolvendo 
as ações necessárias para melhorar de forma sucessiva o respectivo desempenho e demonstre a 
conformidade do sistema com os requisitos. A finalidade da ABNT NBR 18801, de 2010 é fornecer 
suporte e proporcionar boas práticas de SST. Ela está em alinhada de orientação e baseada na OIT 
e OHSAS.
A ABNT NBR 18801:2010 permitem que uma empresa gerencie os riscos da Segurança e Saúde 
no Trabalho (SST) e progrida com sua performance. Ela não indica uma metodologia específica 
para medir a performance de SST, nem dá determinações particulares para o projeto de um sistema 
de gestão.
Figura 22 - Modelo brasileiro de sistema de gestão de SST
AMBIENTE
DE TRABALHO
SISTEMA
ABERTO
S
G
S
S
T
ELEMENTOS
- PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCOS
- MELHORIA CONTINUA DE DESEMPENHO EM SST
F
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G
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CULTURA DE
PREVENÇÃO 
EM SST
PRINCÍPIOS
- PARTICIPAR EM SST
- CUMPRIR INSTRUÇÕES DE SST
- IMPLANTAR CULTURA PREV
- GARANTIR AMBIENTE 
 SAUDÁVEL E SEGURO
- ENVOLVER TRAB EM SST
- FOMENTAR POLÍICAS E 
 PROGRAMAS DE SST
TRABALHADOR
EMPREGADOR
GOVERNO
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EM SST
Fonte: (ABNT NBR 18801, 2010)
 
Pág. 55 de 61
Como esta norma também se baseia no ciclo PDCA, uma estrutura semelhante pode ser 
observada na figura.
Figura 23 - Requisitos da norma OHSAS 18001 dentro do ciclo PDCA
A P
DC
Política de SST
3.8 Agir 3.5 Planejar
3.5.1 Identificação, avaliação e controle de riscos
3.5.2 Gestão de mudanças
3.5.3 Requisitos legais e outros
3.5.4 Objetivos de SST
3.5.5 Pogramas de gestão 
3.6 Executar
3.6.1 Recursos, funções, responsabilidades, atribuições
e autoridades
3.6.2 Competência, treinamento e experiência
3.6.3 Procedimentos de SST
3.6.4 Comunicação
3.6.5 Documentação
3.6.6 Controle de documentos
3.6.7 Controle operacional
3.6.8 Preparação e resposta a emergências 
3.7 Verificar
3.7.1 Monitoramento e medição do desempenho
3.7.2 Avaliação de conformidade
3.7.3 Identificação

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