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RESUMO FARMACO - Farmacocinética

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Moisés Santos|@eumoisesantos_ Odontologia UFPE – Farmacologia IV – 2020.2 
Farmacocinética 
 A fim de entender e controlar a ação 
terapêutica dos fármacos no organismo humano, é 
necessário saber o quanto dele consegue chegar 
ao local de ação e quando isso ocorre. A 
farmacocinética compreende os processos de 
absorção, distribuição, metabolismo e excreção dos 
fármacos. O entendimento disso, visa aumentar a 
probabilidade de sucesso terapêutico e reduzir a 
ocorrência dos efeitos adversos no corpo. 
 
 Àqueles processos dependem do transporte 
desse fármaco por meio das membranas celulares; 
os mecanismos e as propriedades físico-químicas 
do fármaco precisam ser compatíveis com o da 
membrana plasmática. As características de um 
fármaco que interferem no seu transporte e na sua 
atuação são: peso molecular e a conformação 
estrutural, grau de ionização, lipossolubilidade 
(relativa a seus compostos ionizados e não 
ionizados, que podem se ligar as proteínas séricas 
e teciduais). Em muitos casos, o fármaco precisa 
passar por diversas membranas plasmáticas até 
alcançar o local de ação. 
 
 
 
Eletrólitos fracos e a influência do pH: 
Muitos fármacos são ácidos ou bases fracas, 
presentes em solução sob formas ionizadas e não 
ionizadas, estas são mais lipossolúveis, assim tem 
maior facilidade de se difundir pela membrana 
plasmática. Àquelas possuem pouca capacidade de 
entrar na membrana plasmática, são pouco 
lipossolúveis, dependendo da permeabilidade da 
membrana, que estabelecida pela resistência 
elétrica. Assim, a distribuição transmembranar de 
um eletrólito fraco, leva em consideração o seu pKa 
(constante de dissociação de um ácido) e pelo 
gradiente de pH através da membrana. O pKa 
representa o pH de um fármaco, ácido ou de base 
fraca, em que a sua metade está ionizada. A 
relação entre as formas não ionizadas e ionizadas 
do fármaco em determinado pH é calculada pela 
equação de Henderson-Hasslbalch. 
Log
[𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎 𝑝𝑟𝑜𝑡𝑜𝑛𝑎𝑑𝑎]
[𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎 𝑛ã𝑜 𝑝𝑟𝑜𝑡𝑜𝑛𝑎𝑑𝑎]
= 𝑝𝐾𝑎 − 𝑝𝐻 
 
 
 
 
 
 
 
Em um estado de equilíbrio, o fármaco ácido se 
acumula na região mais básica da membrana, e o 
básico, na região mais ácida. 
 
 
 O fato de um fármaco estar ionizado no pH 
fisiológico, faz com que haja uma escassez relativa 
de efeitos sedativos com antagonista histamínicos 
H1 de segunda geração; os anti-histamínicos são 
moléculas ionizadas, assim não atravessam 
facilmente a barreira hematocefálica, quando 
comparados com os fármacos de primeira geração. 
Os efeitos podem ser observados em várias partes 
do corpo, inclusive nos túbulos renais. Tendo em 
Os grupos ionizáveis mais comuns nas moléculas do 
fármaco são os ácidos carboxílicos e o grupo de aminas 
primárias. 
 
Moisés Santos|@eumoisesantos_ Odontologia UFPE – Farmacologia IV – 2020.2 
vista que, o pH da urina pode variar muito. Quando 
baixo, os ácidos fracos e as bases fracas aparecem, 
em sua maioria, na forma protonada; o inverso 
acontece quando o pH aumenta. Com isso, nos 
túbulos renais, onde o fármaco lipossolúvel pode 
ser reabsorvido por difusão passiva, a sua excreção 
pode ser facilitada pela alteração do pH da urina, 
que fica em favor do estão ionizados; assim, a urina 
alcalina favorece a excreção de ácidos fracos, e a 
ácida, de bases fracas; esse é o principio de 
retenção, que é importante para a distribuição dos 
fármacos. 
Absorção e biodisponibilidade 
 A absorção é o processo de transferência do 
fármaco do lugar em que foi administrado para o 
compartimento central e o grau em que ocorre. 
 A priori, é importante focar na 
biodisponibilidade, que descreve a porcentagem da 
dose do fármaco que chega ao local de ação. 
Exemplo de administração oral: o fármaco precisa 
ser absorvido pelo GI, porém sua absorção final é 
limitada pela pelas características de preparação 
dos fármacos, que dependem das características 
físico-químicas; após, o fármaco passa pelo fígado, 
lugar no qual será metabolizado antes de alcançar 
a circulação sistêmica. 
 Assim, um fármaco administrado por via oral, 
terá uma dose inativada no intestino ou no fígado, 
antes que alcance a circulação sistêmica. Se a 
capacidade de metabolização ou excreção do 
fígado for alta em comparação ao fármaco, haverá 
uma redução da biodisponibilidade, que depende 
da estrutura anatômica, fisiologia e se há algum 
fator patológico, que devem ser ponderados na 
hora da escolha da via de administração dos 
fármacos. 
OBS.: alguns fármacos atuam como substratos para as mesmas 
enzimas metabólicas ou transportadores e, por esta razão, 
competem pelo metabolismo e pelo transporte. 
Distribuição dos fármacos 
 Quando o fármaco chega à corrente 
sanguínea, ele se dispersa para os líquidos 
intersticiais e intracelulares; e isso depende de 
fatores fisiológicos e das propriedades físico-
químicas de cada fármaco; o que determina a taxa 
de liberação do fármaco nos tecidos são fatores 
como: o débito cardíaco, o fluxo sanguíneo 
regional, a permeabilidade vascular e o volume 
tecidual. 
 
OBS.: A segunda fase é responsável pela chegada dos fármacos nos 
no espaço extracelular, levando em consideração uma maior atuação 
da massa corporal. 
OBS.: a difusão do fármaco para o líquido intersticial ocorre de modo 
rápido, tendo em vista a natureza altamente permeável da membrana 
endotelial dos capilares (excetuasse o cérebro e alguns órgãos). 
 A distribuição nos tecidos é determinada pela 
divisão do fármaco entre o sangue e os tecidos 
específicos; assim, a lipossolubilidade e os 
gradientes de pH transmembrana são 
determinantes na captação do fármaco que são 
ácidos ou bases fracas. É crucia a ligação relativa 
dos fármacos às proteínas plasmáticas e 
macromoléculas teciduais, isso limita a 
concentração do fármaco livre. 
 
 
O fígado, rins e cérebro 
e os órgãos mais 
irrigados recebem 
maior parte do fármaco;
Minutos ou horas 
depois, músculos, 
viceras, pele e o T. 
adiposo recebem o 
fármaco.
Proteínas plasmáticas
• Alguns fármacos só circulam na corrente sanguínea ligados a
proteínas plasmáticas; sendo a albumina o principal carreador
dos farcmos ácidos, e a glicoproteína ácida α1, a fármacos
básicos.
Ligação aos tecidos
• Alguns fármacos se acumulam nos teciso em concentração
mais alta do que nos líquidos extracelulares e no sangue. Esse
acumulo pode ser atribuído ao transporte ativo ou a ligação
tecidual (acontece por meio das proteínas, fosfolípideos ou
proteínas nucleares).
• Nesse sentido, o farmaco no corpo, pode estar ligado à esses
"carreadores", causando uma ação prolongada, mas, também,
pode causar efeitos tóxicos.
Redistribuição
• A finalização do efeito farmacológico, depois da interrupção da
admnistração, ocorre por meio do metabolismo e excreção,
mas também pode ser por conta da dispersão/redistribuição
desse fármaco em outros tecidos.
• Um fator de extrema importância no caso de uma adminstração
intravenosa ou inalatória.
SNC e LCE
• As celulas endoteliais presentes no SNC tem junções oclusivas
contínuas, fazendo com que o transporte de fármacos no
cérebro seja feito por transporte transcelular. quanto mais
lipofilico o fármaco mais fácil ele atravessa a barreira
hematocefálica. O mesmo vale para o plexo coroide.
• Os fámados também podem entrar no SNC por meio de
transportadores de captação específica.
 
Moisés Santos|@eumoisesantos_ Odontologia UFPE – Farmacologia IV – 2020.2 
OBS.: A concentração do fármaco no cérebro mantém-se 
proporcional ao nível plasmático, porque há pouca ligação do 
tiopental aos componentes cerebrais; embora o fármaco atinja a sua 
concentração máxima, no cérebro, em 1’. 
Excreção dos fármacos 
 Os fármacospodem ser eliminados sem 
alteração, ou podem ser transformados em 
metabólitos. Os órgãos excretores eliminam com 
mais facilidade compostos polares, com exceção do 
pulmão. 
 
 
 A excreção pode ocorrer por meio dos rins, 
fezes, bile, leite materno e pulmões. A excreção 
renal ocorre nas seguintes etapas: filtração 
glomerular (passagem do fármaco do sangue para 
a urina), secreção tubular ativa (secreção de 
fármacos capilares peritubulares), reabsorção 
tubular passiva e ativa (reabsorção de fármacos 
lipossolúveis) e a excreção na urina. 
- Na excreção renal se tem um aumento no fluxo 
sanguíneo, um aumento na taxa de filtração 
glomerular e uma diminuição da ligação das 
proteínas plasmáticas, causando uma excreção 
mais rápida dos fármacos. 
1. A arteríola aferente introduz no glomérulo 
tanto o fármaco livre (não-ligado) quanto o 
fármaco ligado às proteínas plasmáticas. 
2. 2. Apenas a forma livre do fármaco é filtrada 
no túbulo renal. 
OBS: O fluxo sanguíneo renal, a taxa de filtração glomerular e a 
ligação do fármaco às proteínas plasmáticas afetam a quantidade de 
fármaco que penetra nos túbulos, no nível do glomérulo. O aumento 
do fluxo sanguíneo, o aumento da taxa de filtração glomerular e a 
diminuição da ligação às proteínas plasmáticas causam uma 
excreção mais rápida dos fármacos. 
3. A concentração urinária do fármaco aumenta 
no túbulo proximal, devido à difusão passiva 
das moléculas de fármaco sem carga 
elétrica, à difusão facilitada de moléculas 
com carga ou sem carga e à secreção ativa 
de moléculas aniônicas e catiônicas do 
sangue para o espaço urinário. 
4. A concentração urinária de um fármaco pode 
declinar com a sua reabsorção nos túbulos 
proximais e distais. A reabsorção é limitada 
primariamente através de seqüestro pelo pH. 
A reabsorção de fármacos no túbulo pode 
ser intensificada ou inibida por um ajuste 
químico do pH urinário. A mudança na 
velocidade do fluxo urinário através dos 
túbulos também pode modificar a taxa de 
reabsorção de fármacos. 
Metabolismo dos fármacos 
 Os fármacos, que tem características 
lipofílicas são difíceis de serem excretados pelo 
organismo. A metabolização de um fármaco e de 
compostos xenobióticos em metabolitos mais 
hidrofílicos é essencial para a eliminação do 
organismo, bem como à finalização das atividades 
farmacológicas; na maioria das vezes tem-se a 
geração de compostos inativos mais polares, que 
são excretados com maior facilidade. 
Esse metabolismo é classificado em dois tipos: 
• Reações de funcionalização da fase I: tem-
se a introdução ou a exposição de um gripo 
funcional do composto original, assim como 
nas reações de hidrolise; esse tipo de reação 
leva a parda da atividade farmacológica. 
Quando os fármacos são inativados, se não 
forem eliminados, rapidamente na urina, 
podem se associar a compostos endógenos 
e formar conjugados hidrossolúveis. 
• Reações de biossíntese da fase II 
(conjugação): levam a formação de uma 
ligação covalente entre um grupo funcional, 
ou composto original, ou metabolito da fase 
I, e o ácido glicurônico, sulfato, glutationa, 
aminoácidos ou acetato formados por 
processos endógenos, em sua maioria, 
esses conjugados altamente polares são 
eliminados nas fezes e urina. 
Os sistemas enzimáticos envolvidos nas 
reações da fase I estão localizados principalmente 
no retículo endoplasmático, enquanto os sistemas 
Transferência placentária dos fármacos
• A lipossolubilidade, a extensão da ligação plasmática e o grau
de ionização dos ácidos e das bases fracas determinam a
trasnferência dos fármacos pela placenta;
O rim é o órgão excretor mais importante na excreção de 
fármacos e metabólitos. 
 
Moisés Santos|@eumoisesantos_ Odontologia UFPE – Farmacologia IV – 2020.2 
enzimáticos de conjugação da fase II são 
predominantemente citosólicos. 
Farmacocinética Clínica 
 Existe uma relação direta entre os efeitos 
farmacológicos e a concentração disponível dos 
fármacos; essa relação serve para muitos 
fármacos. A concentração dos fármacos nos locais 
de ação está relacionada com a concentração deles 
na circulação sistêmica. O efeito que ele pode gerar 
pode ser o esperado, uma reação tóxica, em alguns 
casos não está relacionado com a eficácia 
terapêutica ou toxicidade conhecida. 
 O objetivo da farmacocinética clinica é 
estabelecer uma relação entre a dose e o efeito dos 
fármacos no corpo, para isso leva-se em 
consideração alguns parâmetros: 
biodisponibilidade (citado anteriormente), volume 
distribuído, depuração e meia-vida de eliminação. 
• Volume de distribuição 
𝑉𝑑 =
𝑑𝑜𝑠𝑒
[𝑓𝑎𝑟𝑚𝑎𝑐𝑜]𝑝𝑙𝑎𝑠𝑚𝑎
 
O volume de distribuição de um fármaco (Vd) 
representa o volume de líquido necessário para 
conter a quantidade total do fármaco absorvido no 
corpo, em uma concentração uniforme equivalente 
à do plasma no estado de equilíbrio dinâmico. 
A proporção de fármaco captada pelo corpo, 
como um todo, é maior quando o fármaco se 
distribui amplamente pelos tecidos corporais. 
Assim, o volume de distribuição é relativamente 
baixo para fármacos que são principalmente retidos 
no compartimento vascular e relativamente alto 
para aqueles que sofrem ampla distribuição no 
músculo, tecido adiposo e outros compartimentos 
não-vasculares. 
Para fármacos cuja distribuição é 
acentuadamente alta, o volume de distribuição é, 
com frequência, muito maior do que o volume de 
água corporal total, refletindo as baixas 
concentrações do fármaco no compartimento 
vascular, no estado de equilíbrio dinâmico. A 
capacidade do sangue e dos vários órgãos e 
tecidos do corpo em captar e reter um fármaco 
depende tanto do volume do tecido quanto da 
densidade de locais de ligação específicos e 
inespecíficos para o fármaco nesse tecido 
particular. 
Um fármaco captado em grandes 
quantidades por tecidos corporais, como o tecido 
adiposo e o músculo, será em grande parte 
removido da circulação no estado de equilíbrio 
dinâmico. Na maioria dos casos, esses tecidos 
precisam estar saturados para que os níveis 
plasmáticos desses fármacos possam aumentar o 
suficiente a ponto de afetar o órgão-alvo do 
fármaco. 
• Depuração 
A depuração de um fármaco é o parâmetro 
farmacocinético que limita mais significativamente o 
tempo de ação do fármaco em seus alvos 
moleculares, celulares e orgânicos. Em primeiro 
lugar, é definida como a taxa de eliminação de um 
fármaco do corpo em relação à concentração 
plasmática do fármaco. Alternativamente, a 
depuração é a taxa à qual o plasma teria que ser 
depurado do fármaco para justificar a cinética da 
mudança observada na quantidade total do fármaco 
no corpo, partindo do princípio de que todo o 
fármaco no corpo está presente na mesma 
concentração que a do plasma. O metabolismo e a 
excreção são frequentemente designados, em seu 
conjunto, como mecanismos de depuração. 
𝐷𝑒𝑝𝑢𝑟𝑎çã𝑜 = 𝑀𝑒𝑡𝑎𝑏𝑜𝑙𝑖𝑠𝑚𝑜 +
𝐸𝑥𝑐𝑟𝑒çã𝑜
[𝑓𝑎𝑟𝑚𝑎𝑐𝑜]𝑝𝑙𝑎𝑠𝑚𝑎
 
• Meia vida 
A meia-vida de eliminação de um fármaco é 
definida como o tempo durante o qual a 
concentração do fármaco no plasma diminui para a 
metade de seu valor original. O conhecimento da 
meia-vida de eliminação de um fármaco permite ao 
médico calcular a frequência de doses necessária 
para manter a concentração plasmática do fármaco 
dentro da faixa terapêutica. Uma diminuição na 
depuração ou um aumento no volume de 
distribuição de um fármaco tendem a prolongar a 
meia-vida de eliminação e, portanto, a potencializar 
o efeito do fármaco sobre o órgão-alvo. 
 
Moisés Santos|@eumoisesantos_ Odontologia UFPE – Farmacologia IV – 2020.2 
- Fatores que alteram a meia vida: 
1. Os processos fisiológicos e patológicos 
também podem afetar a depuração dos 
fármacos. Porexemplo, as enzimas do 
citocromo P450 responsáveis pelo 
metabolismo dos fármacos no fígado podem 
ser induzidas, aumentando a taxa de 
inativação dos fármacos, ou inibidas, 
diminuindo a taxa de inativação. 
2. As enzimas P450 específicas são induzidas 
por alguns fármacos (como a 
carbamazepina, a fenitoína, a prednisona e 
a rifampicina) e inibidas por outros (como a 
cimetidina, o ciprofloxacino, o diltiazem e a 
fluoxetina). 
3. A insuficiência hepática pode alterar a 
função das enzimas hepáticas e também 
diminuir a excreção biliar. 
4. A redução do débito cardíaco diminui a 
quantidade de sangue que alcança os 
órgãos de depuração. 
5. A insuficiência renal diminui a excreção dos 
fármacos, devido à redução da filtração e 
secreção de fármacos nos túbulos renais. 
6. A insuficiência hepática, a insuficiência 
cardíaca e a insuficiência renal podem, cada 
uma delas, levar a uma redução da 
capacidade de inativação ou eliminação de 
um fármaco, aumentando, assim, a sua 
meia-vida de eliminação 
- Dosagem terapêutica e frequência 
A absorção determina a via ou vias 
potenciais de administração e ajuda a definir a dose 
ideal do fármaco. Em geral, um fármaco que sofre 
acentuada absorção — evidenciada pela sua alta 
biodisponibilidade — necessita de uma dose mais 
baixa do que um fármaco pouco absorvido. Um 
fármaco de alta distribuição — evidenciada por um 
grande volume de distribuição — necessita de uma 
dose mais alta. A dosagem terapêutica de um 
fármaco procura manter a concentração plasmática 
máxima do fármaco abaixo da concentração tóxica 
e a concentração mínima (mais baixa) do fármaco 
acima de seu nível minimamente efetivo. Os 
esquemas posológicos ótimos mantêm a 
concentração plasmática do fármaco no estado de 
equilíbrio dinâmico dentro da janela terapêutica 
desse fármaco. Como o estado de equilíbrio 
dinâmico é alcançado quando a taxa de aporte do 
fármaco é igual à sua eliminação, a concentração 
do fármaco no estado de equilíbrio dinâmico é 
afetada pela sua biodisponibilidade, depuração, 
dose e intervalo entre as doses. 
𝐶 = 𝐵𝑖𝑜𝑑𝑖𝑠𝑝𝑜𝑛𝑖𝑏𝑖𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒
𝑥𝐷𝑜𝑠𝑒
𝐼𝑛𝑡𝑒𝑟𝑣𝑎𝑙𝑜𝑥𝐷𝑒𝑝𝑢𝑟𝑎çã𝑜
 
OBS.: Intervalo entre as doses // C= estado de equilíbrio dinâmico 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Referências: 
EDITORIA DE WANNMACHER, Lenita; 
FERREIRAS, Maria Beatriz Cardoso 
(editora). Farmacologia clínica para dentistas. 
3.ed. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017. 
545. p 
GOODMAN & GILMAN. As Bases 
Farmacológicas da Terapêutica. 12ª Ed. Rio de 
Janeiro; Editora Guanabara Koogan. 2012. 
WHALEN, K.; FINKEL, R.; PANAVELIL, T. 
A. Farmacologia ilustrada. 6. ed. Porto Alegre: 
Artmed, 2016. 
YAGIELA J.A., NEIDLE E.O. DOWD F.J. 
Farmacologia e terapêutica para dentistas. 6ª 
edição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 2011.

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