maria celene - relatri 1 formas liquidas

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FORMAS FARMACÊUTICAS LÍQUIDAS
Relatório de aula de aula prática apresentado à disciplina de Farmácia Magistral como exigência parcial para a nota A2.
Docente: Luciane M. de Souza
Discente: Luiz Gustavo Machado Costa,
Thiago Stanley da Silva Segundo, Willian Silva e Maria Celene.
RIO BRANCO, ACRE
JUNHO DE 2021
SUMÁRIO
1.	INTRODUÇÃO	2
2.	MATERIAL E MÉTODOS	3
3.	RESULTADOS E DISCUSSÃO	8
4.	CONCLUSÕES	10
5.	REFERÊNCIAS	10
1. INTRODUÇÃO
A Farmácia Magistral (também designada Farmácia de Manipulação) é uma forma de personalizar os medicamentos e produtos, a fim de atender cada vez mais as exigências do mercado e, principalmente, do consumidor. Nela o farmacêutico aplicará os conhecimentos de farmacotécnica, que compreende a manipulação dos Princípios ativos e outras substâncias necessárias para a fabricação de medicamentos. A personalização destes é de suma importância, pois desta forma o paciente receberá a terapia medicamentosa da melhor forma possível, promovendo o uso racional, evitando perdas e desperdícios, o ajuste de dose, de acordo com as necessidades clínicas dos pacientes, como também promover maior facilidade na administração de medicamentos.
As formas farmacêuticas líquidas, em específico as soluções orais, tem várias vantagens para o tratamento, sendo uma forma mais facilmente absorvida, tendo facilidade de deglutição, alta disponibilidade, uniformidade, estabilidade física. Dentre as formas líquidas, temos os Sacaróleos (xarope), que são preparações aquosas com altas concentrações de açúcar ou algum adoçante substituto, podem conter flavorizantes, que são agentes que confere um aroma característico à formulação e o princípio ativo. Os xaropes podem ser simples, flavorizados e sem açúcar. A maior desvantagem dessa forma existe se for a base de sacarose, sendo contraindicados para diabéticos, diferentemente dos xaropes dietéticos, que o açúcar é a sacarina sódica, o veículo da PA é uma solução sugar-free, bem como a que foi feita na aula que será relatada.
 
2. MATERIAL E MÉTODOS
2.1 Reagentes e materiais:
· Vidro de relógio ou papel manteiga para pesagem
· Becker acima de 100ml;
· Chapa de aquecimento
· pHmetro;
· Balança analítica ou semi-analitica;
· Grau e pistilo;
· Proveta acima de 100ml;
· Bastão de vidro;
· Matéria – prima: Natrosol; nipagim; sucralose; ciclamato sódio, água destilada, vitamina C, omeprazol pó, vitamina D, óleo girassol,
2.2 PROCEDIMENTO 1
Antes de realizar o procedimento das formulas magistrais, deve-se organizar o laboratório, limpar as bancadas com álcool 70%, ligar os equipamentos eletrônicos e organizar as vidrarias que serão utilizadas. Para o preparo dos xaropes e suspensões produzidas na aula, é necessário que tenha uma base para veicular o Princípio Ativo.
Para isso, pesou-se, separadamente, 0,8g de natrosol na balança analítica, utilizando como recipiente um vidro e relógio com papel manteiga, bem como 0,15g de nipagin e 0,10g de sacarina sódica. Também se mediu em uma proveta, 100 ml de água destilada.
Pesagem de
0,10g de nipagi
	ATIVO
	LOTE
	VENCIMENTO
	QUANTIDADE
	QNTD. CALCULADA
	Natrosol
	
	
	0,8%
	0,8g
	Nipagim
	
	
	0,15%
	0,15g
	Sacarina sódica
	
	
	0,10%
	0,10g
	Água destilada
	
	
	Qsp 100mL
	98,9G
Após isso, em uma chapa de aquecimento, aqueceu-se uma parte da água destilada (50 ml), e adicionou-se Nipagim, dissolvendo-o com o auxílio de um bastão de vidro. Após a dissolução, fez-se igualmente com o Natrosol, só que neste caso, agitou-se enquanto estava no aquecimento, não passando de 70°C (evitando a cristalização da sacarina). Depois de esfriar a solução, acrescentou-se sacarina sódica e o restante da água (50ml) e homogeneizou a solução.
2.3 PROCEDIMENTO 2
Depois da confecção da base para o xarope, iniciou-se o procedimento para a produção de 50ml de xarope de vitamina C 500mg/5ml. Antes de tudo calculou-se a quantidade que seria utilizada de vitamina C através de uma regra de 3 simples:
5ml ---- 500mg 
50ml ---- X
5Xml = 25000mg x ml X= 25000mg x ml / 5ml X= 5000mg
Conversão de mg para g:
5000mg / 1000 = 5g
	ATIVO
	LOTE
	VENCIMENTO
	QUANTIDADE
	QNTD. CALCULADA
	VITAMINA C
	
	
	500MG
	5g
	XAROPE ESPECIAL
	
	
	5ML
	50ml
Essa quantidade calculada, pesou-se em uma balança analítica em um vidro de relógio e papel manteiga, e despejou-se em um grau juntamente com uma parte da base do xarope e macerou-se a vitamina C, homogeneizando-a transferiu-se para um Becker, adicionando o restante da base para completar com a quantidade necessária de xarope.
 
Experimentou-se o xarope para verificar se o sabor estava agradável, infelizmente, estava muito azedo, então pesou-se mais 0,05g de sacarina sódica e foi adicionado no xarope para deixar o sabor mais agradável. Depois disso, deve-se ajustar o pH, porém o pHmetro não estava calibrado, então não foi possível. Finalmente, armazenou-se o xarope de vitamina c em um frasco âmbar e etiquetou-se. 
2.4 PROCEDIMENTO 3
Depois da confecção do xarope de vitamina C, iniciou-se o procedimento para a produção de 30ml de suspensão de omeprazol 20mg / 1ml. Antes de tudo calculou-se a quantidade que seria utilizada de omeprazol através de uma regra de 3 simples:
1ml ---- 20mg 
30ml ---- X
1Xml = 600mg x ml X= 600mg x ml / 1ml X= 600mg
Conversão de mg para g:
600mg / 1000 = 0,6g
	ATIVO
	LOTE
	VENCIMENTO
	QUANTIDADE
	QNTD. CALCULADA
	OMEPRAZOL (PÓ)
	
	
	20MG
	0,6g
	XAROPE ESPECIAL
	
	
	1ML
	30ml
Essa quantidade calculada, foi retirada de cápsulas de omeprazol e despejada em um Becker para facilitar a coleta para pesagem. 
Em seguida, pesou-se em uma balança analítica em um vidro de relógio e papel manteiga, e despejou-se em um grau juntamente com uma parte da base do xarope e macerou-se a omeprazol, homogeneizando-a transferiu-se para um Becker, adicionando o restante da base para completar com a quantidade necessária de xarope. 
Provou-se o xarope para verificar se o sabor estava agradável, infelizmente, estava com sabor adstringente muito forte, então pesou-se mais 0,05g de sacarina sódica e foi adicionado no xarope para deixar o sabor mais agradável. Depois disso, deve-se ajustar o pH, porém o pHmetro não estava calibrado, então não foi possível. Finalmente, armazenou-se o xarope de omeprazol em um frasco âmbar e etiquetou-se e foi armazenado na geladeira. 
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Após o procedimento, realizou-se a análise dos resultados. Observou-se que na produção da base dos xaropes, temos duas substâncias a serem dissolvidas, o Natrosol e Nipagim. O Natrosol é um polímero solúvel em água não iônico derivado de celulose e suas soluções não são afetadas por cátions. Dissolve prontamente em água quente ou fria e é usado para produzir soluções que tenham uma ampla variedade de viscosidade. Foi utilizada para estabilizar a consistência das emulsões, por ter a característica de aumentar a viscosidade dos produtos, sem alterar as características das fórmulas, esse efeito foi visto assim que foi adicionado na solução. 
Já o Nipagim é um conservante farmacêutico empregado principalmente em alimentos e formulações tópicas. Sacarina Sódica é um dos mais antigos adoçantes do mundo, as vantagens de se usar em um xarope, é que altera somente o sabor, podendo ser ingerido por diabéticos devido ela não ser absorvida, sendo excretada sem alterações no organismo, é utilizado em xaropes dietéticos, bem como o que foram produzidos na aula prática, sendo eles já pronto para o consumo.
O ácido ascórbico (vitamina C), é uma das vitaminas hidrossolúveis, sendo facilmente eliminada, ele tem a importante função de neutralizar os radicais livres. Ele possui sabor azedo e precisa ser ajustado para deixar mais agradável, contrário do omeprazol que é básico possui um sabor desagradável e infelizmente mesmo com adição de sacarina, o sabor não houve melhoras. O omeprazol é um inibidor da bomba de prótons, utilizado no tratamento de acidez estomacal, o pH do estômago chega a ficar abaixo de 2 graças à sua capacidade de secretar ácido clorídrico(HCl). Essa secreção de ácido é realizada pelas células parietais, um grupo de mais de 1 bilhão de células que estão presentes no fundo e no corpo do estômago. As células parietais secretam ácido através de uma estrutura chamada bomba de prótons, que é o alvo da ação do omeprazol. O omeprazol liga-se às bombas de prótons, provocando a sua inativação. Essa inativação das células parietais do estômago pelo omeprazol é capaz de reduzir a produção de ácido em até 95%. Infelizmente após a confecção do xarope, não foi possível consumi-lo devido o pHmetro não está calibrado, algo que compromete a qualidade do medicamento manipulado, haja vista, que o pH de uma solução pode alterar algumas funções no nosso organismo, como excesso de acidez devido a ingesta de um xarope com pH muito baixo.
4. CONCLUSÕES
Portanto, as formas farmacêuticas líquidas são muito importantes devido a sua versatilidade na dosagem dos medicamentos, podendo até ser regulada pelo paciente, pois diferentemente de um comprido, é possível fracionar um xarope sendo mais preciso. Além disso, nos xaropes podem ter um pouco mais de controle no sabor, facilitando a aderência do paciente ao tratamento medicamentoso, como exemplo a utilização da sacarina sódica, um açúcar que não é absorvido pelo corpo, sendo utilizado para adocicar o xarope, corrigindo o sabor, tirando o sabor amargo de uma vitamina C por exemplo, é amenizando o sabor adstringente do omeprazol.
5. REFERÊNCIAS
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