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Capitulo 1

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Modelos Aplicados a Gestão
NESTE CAPÍTULO, VOCÊ IRÁ APRENDER
● Os conceitos de controle e sua importância; 
● As funções e elementos de controle; 
● As 4 etapas do processo de controle
INTRODUÇÃO
As organizações são definidas por um conjunto de características que as diferenciam entre si. Porém para qualquer tipo de organização, uma boa administração é necessária. A finalidade última do processo de administrar é garantir a realização de objetivos por meio da melhor aplicação de seus recursos, o que nos permite afirmar que, apesar de termos diferentes práticas em gestão, a grande parte das teorias e de suas aplicações no dia a dia das empresas tem, ou pelo menos deveria ter, muito em comum. Assim sendo, percebe-se como fundamental reconhecer os diferentes modelos de gestão a fim de identificar quais melhor se adaptam as organizações atuais, considerando o que já foi aplicado; o que ainda é utilizado; e as novas tendências no âmbito da administração
Modelos aplicados de gestão 
Para compreender o que é um Modelo de Gestão precisamos em primeiro lugar conhecer a origem das palavras que compõem o conceito e assim entender a sua relação para formação da expressão. 
• Modelo tem sua origem no latim Modulus que significa molde ou forma. Esse termo já foi utilizado em diversas áreas, inclusive na administração, e em todos os casos sua interpretação acabou sendo a mesma, o conceito de algo que deve ser seguido. 
• Gestão é o ato de gerir, administrar, ou seja, de ordenar os fatores de produção, os recursos financeiros, materiais e humanos de uma instituição, através das técnicas adequadas, visando a obtenção de resultados. Unindo as duas palavras temos o conceito, que conforme define FERREIRA (2005), “Modelo de Gestão é o gerir através de um exemplo já existente realizando apenas as modificações necessárias para a necessidade de cada organização”. De maneira mais simplificada, um modelo de gestão significa um molde, uma forma de administrar. Então podemos dizer que Modelo de Gestão é a administração através de práticas já experimentadas, porém, realizada com as adaptações necessárias para as características de cada organização. Modelos de gestão são normas, princípios que vão orientar os gestores na escolha das melhores alternativas para administrar as empresas. Para Pereira e Santos (2001, p.47), o modelo de gestão “é compreendido como o conjunto de princípios, técnicas e explicações que orientam a concepção e o modo de funcionamento de todos os elementos constituintes de uma organização. ” O Modelo de Gestão escolhido é o que define como a organização se portará no mercado, como ela conduzirá seu trabalho, como produzirá seus produtos e/ou serviços, como relacionará seus processos, enfim, as peculiaridades da empresa e sua atuação visando o alcance de seus objetivos. Nesse ponto cabe destacar um conceito fundamental para que o gestor possa realizar suas atividades de maneira adequada, o fator mais importante de todos os princípios de gestão e base do processo administrativo: a informação.
É absolutamente necessário que o gestor tenha a seu dispor as informações corretas de que precisa e também que consiga sistematizá-las para facilitar seu acesso e utilização. Porém, lembrem que não basta ter a informação correta, é preciso que ela esteja disponível, e de forma compreensível, sempre que o gestor precise consultá-la para orientar suas decisões. Assim faz-se necessário um Sistema de Informação Gerencial (SIG) bem pensado para esse fim. Os sistemas de informações gerenciais (SIGs) têm como propósito ajudar a empresa a alcançar as metas, fornecendo a seus gerentes detalhes sobre as operações regulares da organização. Um sistema de informações envolve um processo de transformação de dados em informações. Quando esse processo se volta à geração de informações necessárias no processo decisório da empresa, diz-se que é um SIG. Importante destacar que um sistema de informações gerenciais não precisa necessariamente ser um software avançado e que onere os cofres da empresa, pode ser o bom e velho arquivo metálico com suas pastas suspensas, desde que bem organizado e que sirva para os fins que um SIG se propõe.
Mas por que inserimos o conceito de informação no contexto de modelos de gestão? 
Com os cenários de negócios, ambientes organizacionais e mercados extremamente variáveis e em permanente evolução, as organizações atualmente competem não apenas entre si, mas também por recursos e técnicas comuns para melhorar sua produtividade. E sem as devidas informações sobre o rendimento dos processos, o possível desperdício de tempo, as perdas de matéria prima, ou até mesmo do rendimento de máquinas e funcionários, o gestor não tem como definir seu modelo ideal de gestão para manter-se nessa realidade competitiva. Um exemplo bastante citado que contextualiza nosso momento atual vem do início do século passado, quando a empresa Ford lançou seu modelo de veículo denominado “T”. Para montar o carro, com as técnicas utilizadas na época, a indústria levava doze horas e vinte minutos. Já na década de 20, com o aprimoramento das práticas, a montagem passou a ser feita em uma hora e vinte minutos. Hoje, um veículo de mesmo porte, com as tecnologias e procedimentos atuais, pode levar apenas alguns minutos para estar concluído. Onde queremos chegar com esse exemplo? Os modelos evoluíram, não desprezaram as práticas anteriores, não modificaram totalmente os princípios produtivos e de gestão, porém adaptaram-se as possibilidades e realidade atual, aprimorando seus conceitos e práticas através das informações disseminadas.
Modelos mais comuns 
Vimos que um modelo de gestão se refere à forma como as empresas organizam suas atividades (tarefas) e seus recursos (pessoas) com a aplicação de procedimentos (tecnologia), normas e regras (estrutura). Desta forma, a gestão da empresa reflete sua cultura organizacional (ambiente), seus valores, sua visão (objetivos) e missão (negócio). FERREIRA, 2005.
Não existe, porém, um modelo pré-determinado a ser escolhido pelas empresas. Toda organização deve levar em conta aspectos muito próprios como o tipo de atividade desenvolvida, área de atuação, número de colaboradores, cultura organizacional e a missão, visão e os valores da empresa. Não existe uma regra para escolha do modelo, até mesmo porque uma mesma empresa pode adotar vários modelos, mesclando pontos específicos de cada um. Apesar disso, alguns modelos são mais comuns de serem utilizados pelas empresas devido a algumas características serem bastante semelhantes em sua maioria. Entre os mais utilizados atualmente podemos destacar: 
✓ Modelo de Gestão por Resultados 
✓ Modelo de Gestão por Processos 
✓ Modelo de Gestão Participativa ou Democrática
Modelo de Gestão por Resultados 
Empresas em rápido crescimento costumam adotar esse modelo. Nele, o gestor não atenta para os processos que estão sendo realizados, mas, sim, aos resultados que precisam ser obtidos de maneira imediata. É uma estratégia que pode ser utilizada por organizações que estão passando por uma crise e precisam resolver situações delicadas de forma rápida. No entanto, é fundamental estabelecer um padrão de conduta para que nada seja feito fora da ética da empresa.
A gestão por resultados é um modelo no qual líderes e liderados definem as metas a serem alcançadas de forma conjunta, distribuindo as responsabilidades entre todos. Neste modelo, como a base da gestão são as metas, o acompanhamento dos resultados deve ser constante, exigindo que o papel da liderança seja mais participativo. As principais características da Gestão por Resultados são: 
• Decisões são tomadas com a participação coletiva; 
• Definição de metas claras e específicas em comum acordo; 
• Responsabilidade distribuída e ao mesmo tempo comum a todos; 
• Todos os setores da empresa trabalham de maneira integrada; 
• Colaboradores recebem feedback constantemente; 
• Acompanhamento e divulgação dos resultados a todo momento.
Modelo de Gestão por Processos 
Mais um modelo de gestão bastante popular é o que temo foco nos processos. A gestão se importa menos com o tempo e mais com a eficiência e a eficácia do que está sendo feito. Apesar de poder levar mais tempo para avançar nos resultados, esse modelo costuma diminuir o índice de erros e aprimorar o trabalho realizado. O modelo de Gestão por Processos se baseia no desejo de atingir resultados a partir da diminuição de custos operacionais, ganhos na produtividade e da satisfação dos clientes.
Para tanto, a Gestão por Processos segue à risca o conceito de Fayol prevendo, organizando, comandando, coordenando e controlando para aprimorar os processos de negócio. Por exigir da organização uma cultura de busca por evolução permanente e resultados rápidos, ao contrário da Gestão por Resultados, a grande maioria dos colaboradores não atua diretamente nas definições estratégicas, são os gestores hierarquicamente superiores os grandes responsáveis pelo gerenciamento.
As principais características da Gestão de Processos: 
• Decisões são tomadas pela alta gerência; 
• Definição de metas a partir da identificação, criação e divulgação das melhores práticas; 
• Uniformização de processos organizacionais; 
• Disseminação ampla de informações a respeito dos processos; 
• Constante monitoramento e avaliação de desempenho dos processos; 
• Foco nas melhorias contínuas nos processos.
Modelo de Gestão Participativa ou Democrática 
O modelo de Gestão Participativa ou Democrática é bem definido pelo nome que recebe. Em relação aos modelos anteriores, é um formato mais aberto de gerenciamento. Nele, a tomada de decisão não está exclusivamente nas mãos das lideranças, mas de forma similar ao que acontece no Modelo de Gestão por Resultados, nas mãos de todos.
Neste modelo, para que a participação seja viabilizada e ocorra de forma a atingir os resultados esperados, é necessário que haja comunicação aberta e transparência nas informações. Um importante paradigma que deve ser quebrado no Modelo de Gestão Participativa ou Democrática, é de aceitar (e buscar) que os funcionários sejam tão qualificados quanto seus superiores, com o objetivo claro de ter uma equipe muito qualificada para que a participação seja valorizada e aceita entre todos. Busca-se distribuir tarefas diárias para que as lideranças voltem suas atenções ao planejamento estratégico, e os colaboradores administrem as demandas do dia a dia.
As principais características da Gestão Participativa: 
• Decisões são tomadas com a participação coletiva; 
• Incentivo à proatividade; 
• Sentimento de pertencimento e colaboração nos colaboradores; 
• Crescimento profissional em todos os níveis da organização; 
• Redução de custos em razão da proposta de autogestão; 
• Espírito de equipe e confiança mútua.
Mas afinal, qual é o melhor modelo de gestão para minha empresa? 
Podemos perceber que mais do que nunca é preciso entender todas as partes da organização para compreendê-la como um todo.
Para identificar o modelo mais adequado devemos analisar as dimensões organizacionais, as escolhas da empresa, missão, visão e valores, o perfil e a configuração e estrutura funcional atual. Além disso, a determinação do modelo também deve considerar como a empresa quer se relacionar com os colaboradores. Segundo Paixão e Stadler (2012) “Empresas não são como máquinas. Se assim fosse, bastaria apertar alguns botões e tudo funcionaria perfeitamente. Mas a realidade é que as empresas vivem em um ambiente tão turbulento que torna impossível prever o futuro ou manter qualquer equilíbrio. ” Por isso, para gerir com excelência é preciso escolher um modelo de gestão que se encaixe nos objetivos de cada organização. Cabe destacar que, como dito anteriormente, os modelos de gestão não são excludentes entre si. É possível optar por um modelo participativo num primeiro momento e direcioná-lo para ser focado em resultados e processos, por exemplo. Assim, a ideia de conhecer profundamente as características da organização ganha ainda mais argumentos. Identificar qual é o estilo da empresa, o perfil dos colaboradores e o momento de desenvolvimento que ela se encontra facilita em muito identificar o que realmente a empresa precisa e assim direcionar a escolha do melhor modelo de gestão para aquele momento.
Mas o que todos os modelos de gestão têm em comum? 
A resposta é simples e direta: a forma como a gestão deve ser feita, ou seja, a execução das atividades através do processo administrativo.
O conceito de processo administrativo, na sua concepção original, se refere ao conjunto de atividades que possibilitam a transformação de insumos em produtos e serviços. Henri Fayol, criador da Teoria Clássica da Administração, foi o primeiro que categorizou o Processo Administrativo como sendo Planejamento, Organização, Coordenação, Comando e Controle. Segundo ele, estas atividades seriam comuns a todos os tipos de organizações, sejam elas empresas privadas, públicas ou de terceiro setor. Anos mais tarde, Peter Drucker atualizou o processo administrativo, sendo aceito até nossos dias como: planejar, organizar, dirigir e controlar.
Descrição do Processo Administrativo 
Os próximos quatro temas que ampliaremos vão abordar o Processo Administrativo de forma conceitual, buscando destacar as principais práticas e ferramentas conhecidas a fim de oferecer o mínimo necessário para que consigamos interpretar os diversos modelos de gestão organizacional e selecionar os melhores adaptados à realidade que vivemos. Para concluir, apresentamos um quadro resumo com as principais ideias do processo administrativo.
Quadro 1: Processo Administrativo
Planejamento - É o processo de definir objetivos, atividades e recursos. 
Organização - É o processo de definir o trabalho a ser realizado e as responsabilidades pela realização; é também o processo de distribuir os recursos disponíveis segundo algum critério. 
Direção - É o processo de realizar atividades e utilizar recursos para atingir os objetivos. O processo de execução envolve outros processos, especialmente o processo de direção, para acionar os recursos que realizam as atividades e os objetivos. 
Controle - É o processo de assegurar a realização dos objetivos e de identificar a necessidade de modificá-los.

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