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CURSO DE PEDAGOGIA PROJETOS E PRÁTICAS DE AÇÃO PEDAGÓGICA SUPERVISÃO ESCOLAR E ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL POSTAGEM 2: ATIVIDADE 2 PROJETO DE INTERVENÇÃO DIDÁTICA ALIMENTAÇÃO E SAÚDE: Da segurança alimentar à obesidade infantil Leanne Jakelliny Estevão de Melo Alves – RA: 0505006 Maria de Lourdes dos Santos – RA: 0504431 Delmiro Gouveia - AL 2020 SUMÁRIO CONSIDERAÇÕES INICIAIS .................................................................................... 2 1 TEMA .............................................................................................................. 4 2 SITUAÇÃO PROBLEMA................................................................................. 5 3 JUSTIFICATIVA E EMBASAMENTO TEÓRICO ............................................ 6 3.1 Justificativa .................................................................................................... 6 3.2 Embasamento Teórico .................................................................................. 6 4 PÚBLICO-ALVO ............................................................................................. 8 5 OBJETIVOS .................................................................................................... 9 5.1 Objetivo Geral ................................................................................................ 9 5.2 Objetivos Específicos ................................................................................... 9 6 PERCURSO METODOLÓGICO .................................................................... 10 6.1 1ª Fase - Pesquisa bibliográfica ................................................................. 10 6.2 2ª Fase - Delineamento................................................................................ 10 6.3 3ª Fase – Ação ............................................................................................. 11 6.4 4ª Fase – Culminância ................................................................................. 11 7 RECURSOS .................................................................................................. 13 8 CRONOGRAMA ............................................................................................ 14 9 AVALIAÇÃO E PRODUTO FINAL ................................................................ 15 9.1 Avaliação ...................................................................................................... 15 9.2 Produto Final ............................................................................................... 16 CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................................... 17 REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 18 2 CONSIDERAÇÕES INICIAIS Quando se trata da elaboração de projetos de intervenção, onde o placo de realização das atividades é uma escola, o percurso pode se apresentar de maneira complexa e, por vezes, difícil, contudo os resultados obtidos podem se tornar gratificantes e compensadores, desde que sejam atendidos os requisitos do projeto durante o desenvolvimento e execução. De acordo com Delchiaro (2013), esse momento é de importância para o estudante de curso superior, pois proporciona ao Licenciando em Pedagogia a experimentação da vida docente em busca de unir a teoria e a prática na identificação de problemas e busca de soluções viáveis para a efetiva mudança no ambiente escolar, seja na sala de aula ou fora dela. É preciso tem uma visão ampla da realidade escolar de modo a enxergar o meio em que a escola existe e quais as características desse meio, tais como fatores sociais, econômicos, culturais etc. Mendes (2013) ressalta como deve ser o olhar do pedagogo para a unidade escolar, sendo preciso desenvolver uma visão de espaço amplo e de interação entre diversos tipos de sujeitos, independentemente de sua função pedagógica. Nesse prisma, minimamente duas perspectivas são observáveis para o trabalho do pedagogo atuando como orientador educacional, supervisor escolar, coordenador pedagógico, gestor ou docente. Por um lado, no qual os princípios pautam-se no mercado, nos ideais capitalistas, e por outro, os princípios podem corroborar para garantia do processo de tomada de decisões coletivas, encarando o direito à educação para todos (MENDES, 2013, p. 13). Desse modo, a escola é um espaço onde as relações ocorrem de maneira vívida e que se modifica constantemente e o trabalho do pedagogo precisa estar à frente das necessidades de cada setor da escola, de modo a atender às necessidade de alunos, docentes e demais corpo técnico, principalmente da gestão e coordenação escolar, pois essas são suas atribuições, as de gerenciamento das atividades. Contudo, essa não é uma atividade das mais fáceis. De fato, é bastante complexa, pois a gestão escolar precisa estudar e aplicar os recursos disponíveis na escola, dentre eles se incluem os recursos humano, materiais e de informação para se atender aos objetivos da gestão (RIZZO, 2014). E o trabalho do supervisor/coordenador escolar, também apresenta as mesmas questões de 3 complexidade quando se refere ao planejamento educacional adjacentes à ação do pedagogo (MENDES, 2013). Assim sendo, o supervisor escolar precisa estar atendo às diferenças e mudanças da sociedade e promover a mudança dentro do ambiente escolar, ainda mais quando pensamos em como essas mudanças se perpetuam fora da escola aumentando, ainda mais, o campo de atuação do supervisor escolar. É, a partir dessas considerações que surge este trabalho como o objetivo de desenvolver um projeto de ação pedagógica onde o supervisor e orientador escolar seja o palco central das ações propostas de modo a mostrar a dinamicidade de atuação desse profissional. 4 1 TEMA Diante do processo de desenvolvimento da sociedade, assim como as mudanças comportamentais da população é que surgem cada vez mais casos de crianças com problemas de saúde decorrentes da obesidade infantil que trazem preocupações acerca dessa geração de crianças que irão perpetuar uma diversidade de enfermidades decorrentes da má alimentação decorrente das transformações da sociedade. Numa tentativa de descrever resumidamente características e processos do fenômeno da globalização ou mundialização, um conceito polêmico e complexo, vamos nos valer inicialmente das idéias de Octávio Ianni. Para ele, a globalização refere-se a uma nova fase de expansão do capitalismo, que se generaliza e recria como "modo de produção e reprodução material e espiritual", simultaneamente nacional e internacional, a rigor "um processo civilizatório universal" (BETTI, 1997, p. 225). Ainda, esses problemas são encontrados em diversas camadas da sociedade, onde a questão social não é determinante para se encontrar casos de crianças obesas, ou com quadro de pré-obesidade. O fator mais comumente associado aos distúrbios alimentares está numa alimentação rica em energia e pobre em nutrientes que levam à alteração do metabolismo dessas crianças (REIS; VASCONCELOS; BARROS, 2011). Ainda, a questão da fome, essa sim ligada às populações carentes, fazem emergir a preocupação da segurança alimentar nas crianças de todo o mundo. Em estudo realizado por Gomes (2019), na cidade de Delmiro Gouveia-AL, a pesquisadora mostra como a questão da fome está presente em nossa sociedade, quase que de forma enraizada, de modo que a segurança alimentar dessas crianças não é garantida à sociedade. Diante dessa perspectiva, de extrema preocupação com a alimentação das crianças de nossa sociedade é que se fundamenta este trabalho, assim como definido nos Parâmetros Curriculares Nacionais, esse projeto se enquadra na temática do Saúde, tendo como vista apenasuma das maiores preocupações o direito à qualidade de vida. 5 2 SITUAÇÃO PROBLEMA Sabendo que a alimentação é um direito, previsto na Constituição Federal, de todos e está presente na rotina da escola, ao ofertar a merenda escolar, de forma gratuita aos alunos, é que surge a preocupação acerca de como esse direito é atendido e se sua forma é considerada saudável para os alunos. Mas, ainda mais se preocupando se as crianças possuem uma forma de pensar que os leve a considerar a alimentação importante para suas vidas, não somente como uma maneira de “matar a fome”, mas que o poder do alimento traga valores para essa atividade. Matsuda (2006) ressalta que estudos indicam que a qualidade da alimentação da população mundial está cada vez pior e, assim como mostrado no estudo de Reis, Vasconcelos e Barros (2011), essa não é apenas uma das características de populações ricas (tendo como principio que o acesso à maior quantidade de dinheiro possibilita a ingestão de maiores quantidades de comida). Assim, de acordo com o PCNs do Ensino Fundamental, na área de Saúde, encontramos suporte para tentar buscar a solução da questão do projeto, tendo como cerne a resolução do seguinte questionamento: Qual a importância da alimentação para a vida das crianças matriculadas nos anos iniciais do Ensino Fundamental e as implicações para o futuro das mesmas? Dessa maneira, visando à formação desses pequenos, o presente projeto intenciona educar as crianças, alertando-as para os efeitos de uma má alimentação, assim como à todas as pessoas, caso não seja feita alguma mudança de hábitos alimentares, ainda no tempo presente. Tal efeito avassalador para a humanidade é a má qualidade de vida, em decorrência de péssimos hábitos alimentares, assim como de outras questões sociais que estão interligadas a sobrevivência. 6 3 JUSTIFICATIVA E EMBASAMENTO TEÓRICO 3.1 Justificativa A importância desse projeto consiste na necessidade de se ter uma alimentação de qualidade para a garantia de uma boa saúde da população. Ainda mais quando se pensa nas gerações que estão em desenvolvimento e que precisam ter esses direitos garantidos, assim como serem ensinadas acerca de como se deve proceder com a alimentação para a garantia de qualidade de vida. O PCN dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental afirma que para se ter um “ambiente favorável à qualidade de vida e saúde, limpo e seguro; satisfação das necessidades básicas dos cidadãos, incluídos a alimentação, a moradia, o trabalho, o acesso a serviços de qualidade em saúde, à educação e à assistência social” (1998, p. 66), ou seja, a alimentação e os cuidados que envolvem essa temática são justificativas para a continuidade do projeto. Ainda, por ser de um tema amplo, a coordenação de um projeto multidisciplinar auxilia na formação profissional e pessoal quando trabalha as diversas capacidades do pedagogo em uma escola. 3.2 Embasamento Teórico Betti (1997) alerta para as preocupações de várias gerações, desde a década de 1980 e as mudanças ocorridas na sociedade que levara a ter hábitos de atividades menos constantes, principalmente em algumas camadas da população e que trouxeram a sociedade ao estado atual de problemas de peso, como a obesidade, assim como de problemas associados à má alimentação. Ainda, é preciso entender que a fome pode ser considerada funcional, que é quando a alimentação não é suficiente, sequer para a sobrecarga de energia e que essa realidade é mais comum do que se pensa. Muitas vezes, as famílias não possuem recursos suficientes para se alimentar e passam a consumir 1 ou 2 tipos de alimentos, assim se tornando subnutridos. 7 Desse modo, a forma de alimentação de uma população está ligada ao modo de vida de uma sociedade, sendo preciso considerar os aspectos naturais e sociais. Em relação aos aspectos sociais, destaca-se o poder aquisitivo da sociedade e a oferta de produtos em uma região. Assim, as classes mais baixas tendem a consumir produtos com preços mais acessíveis, fazendo com que adotem um padrão de consumo de insumos alimentícios independentemente da qualidade que estes possam oferecer para suas vidas. Enquanto, a classe alta pode escolher o tipo de alimentação, variando o consumo e recebendo uma maior oferta de nutrientes vindos dos insumos consumidos (GOMES, 2019, p. 58. O estudo de Gomes (2019) mostra a atualidade da obra de Josué de Castro (1984) quando mostra que a fome não é apenas a ausência total de alimentos, mas a falta de grande parte desse combustível para os humanos e capaz de fazer as pessoas conseguirem realizar suas atividades. Dentro da escola, se torna praticamente impossível tratar desse tema em sala de aula, tanto pelo desenvolvimento intelectual das crianças, que ainda não estão preparadas para o tema, mas que podem ser abordadas de outra forma que modifique suas vidas. Assim, um trabalho solitário de um educador não conseguirá alcançar resultados eficientes nessa forma de educação em decorrência das adversidades do espaço e tempo. Contudo, ao realizar um projeto interdisciplinar, o supervisor escolar consegue unir forças com o restante do quadro pedagógico, assim como de outros setores da escola, contando com a ajuda da gestão/direção escolar para unir os recursos humanos num projeto que leve o conhecimento a todos os alunos e para a sociedade. Mendes (2013) mostra a importância da participação do orientador e supervisor escolar nesse tipo de questionamento acerca da vida do aluno, inclusive de saúde, a partir das preocupações biológicas de desenvolvimento dessas crianças, sendo uma das atribuições desse profissional que garante a continuidade das atividades da escola pelo corpo docente. 8 4 PÚBLICO-ALVO O público-alvo do Projeto Alimentação e Saúde serão as crianças matriculadas no Ensino Fundamental I, os Anos Iniciais: 1º ao 5º Ano (6 a 10 anos de idade). A escolha desse público se deve ao fato que envolverá a escola, aumentando o campo de ação e, consequentemente, os resultados. De acordo com o PCN que trata das questões relativas à Saúde, a alimentação é um dos elementos constantes no processo educacional, pois sua importância e, desde que assegurado o direito constitucional, é uma das constantes que são problematizadas constantemente, porém que perdem destaque frente à outras questões a serem trabalhadas. A alimentação inadequada apresenta-se como principal problema a ser enfrentado e, portanto, a pesquisa de alimentos ricos em nutrientes e a necessidade de se adotar um cardápio equilibrado e compatível com as possibilidades oferecidas pelas particularidades de cada realidade são formas acessíveis ao trabalho da escola no sentido de prevenir a desnutrição e as anemias. Por outro lado, a obesidade também é hoje um problema de saúde de grandes proporções, com elevada prevalência entre jovens de diferentes grupos sociais. O consumo excessivo de açúcar, especialmente entre as crianças, é destacado como um hábito alimentar a ser transformado, não se justificando o grau de consumo (em todo o país) por necessidades calóricas e sim por fatores culturais, o que causa prejuízos amplamente comprovados, particularmente à saúde bucal, contribuindo também para a obesidade precoce (PCNs, 1998, p. 76). Desse modo, a escolha do público-alvo se deve pela intenção de maximização dos efeitos. 9 5 OBJETIVOS 5.1 Objetivo Geral • Desenvolver a consciência e preocupação com a alimentação nos alunos do EFI da escola. 5.2 Objetivos Específicos a) Ensinar a origem dos alimentos e seus ciclos de produção, assim como insumos necessários; b) Mostrar a importância da alimentação para a saúde e qualidade de vida; c) Promover a mudança de hábitos de consumo de alimentos pobres em nutrientes e estimular o consumo de alimentos benéficos à saúde. 106 PERCURSO METODOLÓGICO O projeto de prática de ensino está dividido em quatro fases a serem apresentadas a seguir. Contudo, há de se considerar que o trabalho de gestão na área de supervisão escolar será de delegar as tarefas e receber os feedbacks dos processos executados ao longo das atividades. 6.1 1ª Fase - Pesquisa bibliográfica A primeira fase do projeto consiste na separação dos grupos de docentes e, de acordo com as disciplinas lecionadas, separar em áreas que sejam relativas à temática da Saúde. Assim, o papel do Supervisor Escolar, em delegar essas tarefas, precisa reunir o conhecimento prévio das capacidades desses profissionais docentes que atuam na escola. Ao delimitar os grupos de interesses, será solicitado que cada grupo providencie o material bibliográficos, seja de estudo ou de projetos semelhantes e realizados a contento, pois a reprodução, desde que com a adaptação necessária, de projetos realizados é bem quista, devido à experiência de realização. A partir do material de estudo coletado, será solicitado que cada grupo de interesse no projeto desenvolva ideias de como trabalhar as questões pré- determinadas do projeto (tendo em vista que a elaboração do projeto conceitual já específica uma série de atividades essenciais para a execução). Essas ideias serão debatidas semanalmente e tem como duração o período de 2 semanas, ou seja, serão duas reuniões para cada grupo de interesse. 6.2 2ª Fase - Delineamento O delineamento se deve à finalização da definição de atividades para a 3ª fase do projeto, a Ação. Essa fase, de delinear os percursos a serem seguidos é de extrema importância e requer do supervisor escolar a destreza em coordenar o grupo e sintetizar as operações, assim como testar a capacidade de organização, pois serão diversas atividades contando com centenas de alunos que praticarão desse projeto. 11 6.3 3ª Fase – Ação A Ação está subdividida em 2 partes, onde uma das partes será realizada em sala de aula, afinal os projetos têm como missão transmitir conhecimento e se faz necessário o trabalho docente para poder transmitir esses valores. Cada Ano deverá ter um planejamento de aulas especificado de acordo com o nível de desenvolvimento dos alunos, sendo que os conhecimentos adquiridos precisam estar concernentes à temática do projeto. Assim, a coordenação pedagógica será posta em ação com o direcionamento dessas atividades. A segunda parte da 3ª Fase, será por os alunos para externarem esses conhecimentos adquiridos em forma de apresentações, ainda em sala de aula, para a fixação desses conteúdos educacionais. Os alunos serão incentivados a colocarem as questões sociais e pessoais para a discussão acerca da temática do projeto pedagógico. Essas atividades serão acompanhadas pela coordenação e gestão escolar como forma de incentivar os alunos e professores envolvidos e estimular a interação entre os diversos setores da escola. Para tanto, será elaborado um cronograma de apresentações em cada sala de aula e que deverá contar com a presença da Direção e Coordenação escolar. 6.4 4ª Fase – Culminância O encerramento do projeto será a apresentação para a comunidade escolar, incluindo os pais e responsáveis por esses alunos. Para essa parte da atividade, deverá haver a participação de variados recursos humanos da escola para a preparação do ambiente onde haverá as atividades: o pátio da escola. Essa fase deverá contar com o auxílio da gestão escolar para a inserção de outros funcionários de outros setores que não sejam os pedagógicos, desse modo, respeitando o organograma e hierarquia da escola, presentes no PPP e Regimento escolares. O encerramento será o tempo utilizado para a apresentação de palestras e oficinas falando sobre a temática. As palestras serão apresentadas em espaços abertos no formato de mesa-redonda para que grupos de alunos possam discutir as questões com a comunidade e propor soluções para os problemas. Esses encontros 12 serão iniciados com a leitura de textos escolhidos pelos professores, e que tratam da temática da alimentação e da fome. Posteriormente, serão discutidas e debatidas as políticas necessárias para a solução dos problemas. Ao final, será elaborado um texto, assinado pelos presentes, a ser encaminhado aos governantes da cidade para que a participação se encerre junto com o final das atividades na escola, assim estimulando a cidadania nos alunos. Outra atividade prevista, incialmente, é a execução de oficinas que ensinem formas de obter nutrientes com o aproveitamento de comidas, tais como casca de frutas e outros vegetais, repensando a forma como os alimentos são servidos, se baseando no valor nutricional desses alimentos. Um dos ideais dessa atividade é mostrar maneiras simples de se alimentar de forma saudável, mesmo que com alimentos baratos (semelhante ao projeto do Canal Futura intitulado “Alimente-se com 1 Real”), veiculado na década dos anos 2000. Será solicitado aos funcionários e convidados do evento, excluindo as famílias que passam por necessidade, que seja doado 1 quilo de alimento, o qual a arrecadação será doada em forma de kits à própria comunidade escolar que tem famílias que passam por necessidades econômicas e, portanto, acabam sofrendo com a falta de alimentos. 13 7 RECURSOS Muitos serão os recursos utilizado no projeto Alimentação e Saúde: da segurança alimentar à obesidade infantil, pois as atividades de execução envolvem a produção de cartazes e ornamentação da escola. Assim como ferramentas de cozinha convencional obtidas de empréstimos de familiares de alunos e de professores. Materiais de papelaria, tais como cartolina, cola, glitter, pape crepom, serão utilizados, mas com o devido cuidado para não haver sobressalente de resíduos do projeto. O que se pretende é ter poucos resíduos obtidos com essa atividade. Assim, serão utilizados recursos como músicas, vídeos infantis, canções que remetam à temática e tornem a atividade lúdica. 14 8 CRONOGRAMA Para a execução deste projeto, descrito nas seções anteriores, cada etapa está delimitada para ocorrer de acordo com o disposto na tabela a seguir. Tabela 1 – Cronograma do projeto Fase Recursos Duração Pesquisa bibliográfica Para a pesquisa e elaboração dos cases, serão utilizados livros, artigos científicos, além de outros projetos desenvolvidos e material educativo. 2 semanas Delineamento Reuniões, briefing para a troca de experiências e opiniões a partir do material pesquisado, contando com a participação da coordenação pedagógica e direção. 1 semana Ação Elaboração de aulas, dentro da proposta pedagógica das disciplinas. Preparação para a culminância(itens de papelaria) e alimentos arrecadados. 2 semanas Culminância Sala de aula para a realização de apresentação de trabalhos durante a semana nas aulas dos professores escolhidos para cada ano. Pátio da escola para a apresentação para a comunidade. 1 semana Fonte: As autoras, 2020. Desse modo, o projeto tem previsão de duração de 4 semanas e 1 dia, basicamente 1 mês. 15 9 AVALIAÇÃO E PRODUTO FINAL 9.1 Avaliação A avaliação do projeto se dará pelo acompanhamento das atividades de acordo com o cronograma de realização, assim sendo acompanhado pelo supervisor escolar, a pessoa responsável pela execução técnica do projeto. A avaliação propriamente dita se caracterizará pela culminância do projeto e verificação se os alunos aprenderam os conceitos ensinados e se estão aplicando os conhecimentos propostos em casa, durante a rotina de atividades domésticas. Para tanto, será necessária aplicação de um questionário aos responsáveis pelos alunos sobre a mudança do comportamento das crianças em casa. As perguntas serão objetivas, ou seja, de marcar “X”, para facilitar o processo de investigação.Quadro 1 – Questionário direcionado aos responsáveis pelos alunos Questionamento Resposta A criança comentou sobre o tema do projeto em casa? ( ) Sim ( ) Não A criança tem demonstrado interesse pela alimentação de forma correta? ( ) Sim ( ) Não Notou alguma mudança no comportamento da criança, relacionado ao cuidado com a saúde dela e da família? ( ) Sim ( ) Não Pretende estimular a criança para cuidar da alimentação e saúde própria? ( ) Sim ( ) Não Fonte: As autoras, 2020. Ainda, a culminância terá como objetivo inserir a família no contexto de cuidado com a saúde e preocupação com questões sociais e, desse modo, perpetuar a preocupação com as necessidades no restante da sociedade. Contudo, a avaliação será realizada rotineiramente com a averiguação da autonomia e questionamento dos conceitos explicados às crianças, essa atividade servirá para reforçar os assuntos passados durante as aulas teóricas e interdisciplinares. 16 9.2 Produto Final O encerramento do Projeto Alimentação e Saúde: da segurança alimentar à obesidade infantil, como dito no capítulo 6 deste trabalho, será um ciclo de palestras educativa apresentada pelos alunos sobre a necessidade de cuidados com a alimentação, assim como discussão das questões sociais que levam à fome de milhões de pessoas no Brasil. Os alunos serão divididos em equipes para a apresentação que incluirá a leitura de texto, assim como de músicas e vídeos curtos num formato semelhante à mesa redonda, assim garantindo a participação de todos. O desenvolvimento das palestras inclui momento de discussão entre os ouvintes e palestrantes. Ainda, serão realizadas oficinas com dicas de preparos de alimentos saudáveis e de fácil preparo, além do baixo custo. O resultado da oficina de cozinha será degustado entre os participantes Para a realização das mesas redondas, que se alternarão no mesmo espaço, será utilizada uma parte do pátio, onde ficarão dispostas as cadeiras em formato semicircular, em forma de concha ou lua. Assim, pretende-se agarrar a atenção dos ouvintes e garantir que todos possam desfrutar de uma atividade em conjunto. Figura 1 – Layout da mesa redonda Fonte: Novaescola.org.br (2018). No local, serão expostos os cartazes fabricados pelos alunos e apresentados na atividade em sala de aula, sendo essa uma das formas de aproveitamentos dos materiais gasto e perpetuando o seu significado de transmissão de um pensamento. 17 CONSIDERAÇÕES FINAIS A coordenação de atividades de um projeto pedagógico é ainda mais extenuante que a preparação e aplicação de um projeto solo, realizado por um professor em sua própria sala de aula. Contudo, a capacidade de um pedagogo habilitado para a execução desse tipo de projeto requer que a natureza desse profissional seja voltada para a área em questão. O supervisor/coordenador escolar necessita possuir um conhecimento técnico, além de uma habilidade mais que natural para a execução de tarefas semelhantes ao projeto idealizado, pois, a priori, todos os elementos elencados podem ser considerados realizados, mas caso haja algum desentendimento ou falta de cooperação devida de algum dos participantes, todo o projeto pode ser desestabilizado por caso de alguns desses indivíduos. Assim, o supervisor escolar, além de trabalhar com a gestão de tempo, materiais e recursos, precisa estar atendo ao clima organizacional referente aos recursos humanos. Lembrando que a participação dos profissionais é que será um dos determinantes para o sucesso do projeto, contudo não será suficiente, caso o projeto seja mal desenvolvido ou executado de maneira incorreta. 18 REFERÊNCIAS BETTI, Mauro. A janela de vidro: esporte, televisão e educação física. Tese de Doutorado. Campinas: UNICAMPI - Faculdade de Educação, 1997. Disponível em < http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/2010/artigos_teses/EDUCACA O_FISICA/teses/Betti_Tese.pdf> Acesso em nov./ 2020. BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: meio ambiente, saúde. Brasília: MEC/SEF, 1998. CASTRO, Josué de. Geografia da fome. 10ª Ed. Rio de Janeiro: Edições Antares, 1984. DELCHIARO, Eliana Chiavone. Orientacao e prática de projetos de ensino fundamental. São Paulo: Editora Sol, 2013. GOMES, Aline Marques. A cidade e a fome: um estudo na Rua Ponto Chique 3, no município de Delmiro Gouveia-AL. 2019, 81 f. Trabalho de Conclusão de Curso/TCC (Graduação em Licenciatura em Geografia) – Universidade Federal de Alagoas/UFAL, Campus do Sertão/Delmiro Gouveia, 2019. MATSUDO, Victor. A experiência do Agita São Paulo na promoção da atividade física como instrumento de combate à obesidade infanto-juvenil. XI Congresso Ciências do Desporto e Educação Física dos países de língua portuguesa. Revista Brasileira de Educação Física Especial, São Paulo, v. 20, n. 5, p.35-36, set. 2006. Disponível em <http://citrus.uspnet.usp.br/eef/uploads/arquivo/10_Anais_p35.pdf>. Acesso em nov./ 2020. MENDES, Eva Cristina de Carvalho Souza. Orientação em supervisão escolar e orientação educacional. UNIP: São Paulo, 2013. REIS, Caio Eduardo G.; VASCONCELOS, Ivana Aragão L.; BARROS, Juliana Farias de N.. Políticas públicas de nutrição para o controle da obesidade infantil. Revista Paulista de Pediatria, São Paulo, v. 29, nº 4, p.625-33, 2011. Disponível em < https://www.redalyc.org/pdf/4060/406038939024.pdf> Acesso em 20 nov. 2018. RIZZO, Lupércio Aparecido. Gestão educacional. UNIP: São Paulo: Editora Sol, 2014.
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