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MEMORIAL DESCRITO
[footnoteRef:1]Ingryd Oliveira Machado [1: Acadêmica do 3° período de Licenciatura em Pedagogia do Instituto Superior de Educação Almeida Rodrigues. Estagio Supervisionado I. Orientadora Prof.ª, Ma. Fabiana Kalil Borges 2021/1.] 
Iniciei minha trajetória escolar aos seis anos de idade na Escola Municipal Pedro Ludovico em Cachoeira Alta - GO. Foi uma fase marcante pois eu não sabia quase nada ao contrário dos meus colegas que haviam frequentado creche ou pré-escola. Precisei me esforçar em dobro: tive reforço escolar e estudava em casa com ajuda dos meus pais. Outro desafio foi superar minha timidez, não conseguia fazer amizade e ter vínculo com a professora, que demonstrava preferir alunos com melhor poder aquisitivo, tal fato que me fez sentir preterida. Entretanto no ano seguinte eu já conseguia acompanhar a turma e dou os créditos primeiramente aos meus pais que me ensinavam e incentivavam, sem a participação deles acredito que o processo teria sido mais difícil e demorado. 
No 3° ano do Ensino Fundamental eu havia me apaixonado pela leitura, escrita e artes, adorava escrever contos! No primeiro semestre as aulas foram ministradas pela professora Divina que era calma e engraçada, sabia língua de sinais e nos ensinou algumas expressões. A professora que ministrou o segundo semestre chamava-se Maria Catarina que além de atenciosa, incentivava-me com meus textos e desenhos. Porém no 4° ano era outra professora totalmente diferente: rígida, impaciente, exigia disciplina, gritava e ameaçava os alunos. Aquele ano eu fiquei desanimada para ir á escola. Quando fui para o 5° ano foi um alívio, a nova professora era boazinha e adorava nos ensinar de forma lúdica, toda a turma adorava-a e ela demonstrava nos adorar também e constantemente nos recompensava por nossos esforços. Naquele ano fizemos o PROERD, era fascinante para a turma o fato de ter aulas com um policial independente de ser sobre drogas. Foi meu último ano na Escola Municipal Pedro Ludovico, e o mais divertido.
Em 2012 comecei a estudar no Colégio Estadual Manoel da Costa Lima no 6° ano, lá era bem diferente, havia 3 pavilhões, pátio enorme, quadra, além de termos novas disciplinas e um professor para cada uma delas o que no início foi estranho, mas logo me acostumei. Durante os anos que estudei lá tive professores maravilhosos que fizeram a diferença nessa trajetória, destaco a professora de Língua Portuguesa Coraci que dominava a disciplina e explicava muito bem; a Clarissa que dava aulas de Matemática e me marcou pela sua paciência e atenção e a professora Simone de História que era um doce e sempre trazia atividades lúdicas. Vivenciei momentos alegres e divertidos nas festas de Halloween, interclasses, feira de ciências, e até mesmo em campanhas. Finalizei o Ensino Fundamental em 2015 e me mudei de colégio.
Fui transferida para o colégio Jacy Paraguassu, que ficava perto da minha casa. Por estar acostumada com as regras e com a equipe do Costa Lima inicialmente não gostei de estudar no Jacy, mas ao longo do ano eu me adaptei e amava aquele colégio. Lembro que no 1° ano do Ensino Médio a turma se divertiu muito com a professora Léia que ministrava aulas de tópico de português, artes e projeto de vida. Léia era alegre, animada e criativa, gostava de dar aulas com atividades lúdicas e organizar festivais culturais. Outro professor marcante foi o Jarbas que ministrava aulas de história, ele deu aula apenas por um semestre e depois aposentou-se e eu fiquei tão triste pois ele detinha de tanto conhecimento e eu aprendia muito. 
O 2° ano foi o melhor, seguimos com a mesma turma, e praticamente com os mesmos professores, a turma era unida em todos os aspectos e tínhamos uma relação boa com os professores, porém eu não gostava muito da professora de biologia pois ela era debochada, antipática e não explicava o conteúdo. 
O 3° ano foi marcado pela cobrança dos professores que desejavam que saíssemos bem nos vestibulares, fiz simulados todo bimestre e tive conteúdos voltados para o Enem. Confesso que não me esforcei no Ensino Médio e nem sequer no último ano mesmo almejando entrar para a faculdade, pois ter desenvolvido transtorno de ansiedade e depressão me deixou inerte e apática. Alguns professores não sabiam o motivo do meu desinteresse e me julgaram erroneamente, os que estavam a par da situação eram compreensivos assim como minhas coordenadoras e diretora que me acolheram quando precisei. 
O ano era decisivo e eu já havia escolhido o curso que queria: psicologia! Ao pesquisar sobre a minha condição mental me deparei com conteúdos incríveis que me fizeram olhar para as outras pessoas de outra forma. Eu não me via fazendo/sendo outra coisa, então após concluir o Ensino Médio em 2018 prestei um vestibular na Unirv para psicologia, passei, porém não me matriculei por não ter condições financeiras. Eu fiquei arrasada, era um sonho desfeito, entretanto eu queria continuar minha trajetória acadêmica mesmo não cursando o que eu realmente desejava, então minha segunda opção foi administração pois naquele momento era o único curso que além da grade curricular me agradar eu conseguiria pagar, mas decidi que iria voltar a estudar só em 2020. Final de 2019 pesquisei faculdades que ofereciam o curso e encontrei o IFG e me inscrevi usando a nota do meu último ENEM. Estava aguardando o resultado até que ao conversar com um senhor sobre cursos e carreiras ele me sugeriu cursar pedagogia, me explicou sobre o curso e porque eu deveria fazer (ele já havia sido professor) e então eu cogitei a ideia. Procurei saber mais sobre o curso e me apaixonei novamente, prontamente pesquisei uma boa faculdade e encontrei a Faculdade Almeida Rodrigues, prestei o vestibular, passei e iniciei Licenciatura em Pedagogia em 2020.
Eu moro em Cachoeira Alta e a instituição localiza-se em Rio Verde assim eu pegava o ônibus oferecido pela prefeitura de Cachoeira Alta às 16 horas para chegar a tempo da aula que iniciava as 19 horas. Era uma rotina exaustiva e muitas pessoas me sugeriram cursar a distância, porém nunca foi uma opção para mim pois acredito que o ensino presencial pode me oferecer uma experiência acadêmica humanitária e melhor interação social. O curso foi muito mais do que eu esperava, os professores eram incríveis e as disciplinas me fascinavam, entretanto em março de 2020 as aulas presenciais foram suspensas devido a uma pandemia e aulas remotas foram implementadas. Inicialmente não me adaptei e fiquei desanimada em relação ao ensino o que me levou a trancar o curso após finalizar o primeiro semestre.
Em 2021 decidi destrancar o curso mesmo as aulas estarem sendo remotas, estou feliz por ter retornado e espero aprender tanto quanto estava no ensino presencial.

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