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FLUXOGRAMA DE ABATE DE SUÍNOS Juliana Luisa Brandão MV, Esp., Mestranda UFPR Pontifícia Universidade Católica do Paraná Centro de Ciências Agrárias e Ambientais Curso Medicina Veterinária F L U X O G R A M A E S Q U E M Á T IC O D O A B A T E D E S U Í N O S POCILGAS ESCALDAGEM 65°C INSENSIBILIZAÇÃO a) Recebimento dos animais - verificação do GTA (guia de transporte animal); b) Inspeção ante-morten; c) Procedimento de papeleta (ficha de pocilga); FLUXOGRAMA DO ABATE DE SUÍNOS RECEBIMENTO DOS ANIMAIS FLUXOGRAMA DO ABATE DE SUÍNOS INSPEÇÃO ANTE-MORTEN As finalidades dos exames ante mortem: a) Identificar e permitir apreciar o estado higiênico sanitário dos animais com vista à obtenção de carnes próprias para o consumo humano; b) Identificar e isolar os animais doentes ou suspeitos, antes do abate; c) Evitar a contaminação dos locais de estacionamento ou repouso do material e do pessoal, bem como a propagação de doenças; d) Evitar prejuízos irreparáveis, ocasionados pelo abate de animais susceptíveis de recuperação; e) Recolher e apreciar dados úteis à inspeção Post-mortem (GIL & COSTA, 2001). Checagem das guias de trânsito animal; Desembarque: rampa de acesso com frisos e declividade de no máx. 25°; Até 800 Suínos/dia - 1 rampa Até 1600 Suínos/dia - 2 rampas Até 2400 Suínos/dia - 3 rampas Acima de 3200 suínos/dia - 4 rampas Repouso, jejum 16-24h Dieta hídrica; Cercas de 2m, sendo de 1,10m nas pocilgas; Evitar ângulos vivos e saliências; FLUXOGRAMA DO ABATE DE SUÍNOS POCILGAS DE CHEGADA E SELEÇÃO FLUXOGRAMA DO ABATE DE SUÍNOS POCILGAS DE CHEGADA E SELEÇÃO Base das pocilgas: mureta ou cordão sanitário 20cm nos corredores e 50cm entre pocilgas; Plataformas antiderrapantes sobre cercas: manejo pré abate e Inspeção ante-mortem; Bebedouros com bóia/grade, que permitam que 15% dos animais bebam água ao mesmo tempo (ou bebedouro tipo bico); Distância currais-estabelecimento: 40m, admitindo-se 15m ppara estabelecimentos de pequeno porte; Corredor de comunicação com o box de insensibilização: largura mínima de 1m; Lavadouro de veículos: mín. 100m – água com 3 atm de pressão; Deve obedecer às mesmas exigências das pocilgas de chegada e seleção; Mureta deve ser mais alta- 50cm nos corredores; Deve ser independente, mas com comunicação direta com os currais de matança; Área de 3% das pocilgas de matança; Identificado: “Privativo de IF” (chave em poder do SIF); Acesso fácil ao matadouro de emergência, departamento de necrópsia e pocilgas de chegada e seleção; FLUXOGRAMA DO ABATE DE SUÍNOS POCILGAS DE SEQUESTRO Estrutura semelhante à das pocilgas de chegada e seleção; Dimensões acompanham a CMMD (capacidade de máxima de matança diária); Devem ser cobertas e de alvenaria; Pé direito mín.4m; Área de 1m² por suíno abatido (referência: cmmd acrescida de 1/3); FLUXOGRAMA DO ABATE DE SUÍNOS POCILGAS DE MATANÇA Sala de necrópsia e forno crematório ou autoclave; Próxima à pocilga de observação e desembarque; Paredes impermeanilizadas, ângulos arredondados, janelas e portas metálicas e teladas; Pedilúvio na entrada; Piso impermeabilizado com declive para ralo central; Independente da Instalação Industrial; Instalações de água e vapor/desinfetante; Pia acionada a pedal / toalhas de papel/ lixeira (pedal); „Mesa metálica; Armário metálico para instrumentos e desinfetantes; Carrinho de metal com tampa, identificado (Necrópsia); Forno crematório/autoclave ou digestor: temp. mín 125°; FLUXOGRAMA DO ABATE DE SUÍNOS DEPARTAMENTO DE NECRÓPSIA Miniatura da sala de matança; A rede de esgoto pode ser a mesma do departamento de necrópsia; Exigência para exportação; FLUXOGRAMA DO ABATE DE SUÍNOS SALA DE MATANÇA DE EMERGÊNCIA Jatos de água clorada que podem ser de cima para baixo, de baixo para cima ou pelas laterais. O banho de aspersão com água com 1 atm de pressão dura em média 3 minutos; Diminui a temp. corporal e taxa respiratória; Vasoconstrição das arteríolas cutâneas, levando o sangue para o interior dos grandes vasos e facilitando a sangria; Reduz a taxa de mortalidade; Reduz incidência de carne PSE; Aumenta o CRA da carne; Facilita o manuseio; Diminui a contaminação superficial de carcaças; Melhora a eficiência do eletrochoque; FLUXOGRAMA DO ABATE DE SUÍNOS SERINGA E CHUVEIRO DE ASPERSÃO Eletrochoque: alta voltagem/baixa amperagem (fossas temporais) de 6 a 10s; Também permitido: pistola pneumática, gás carbônico; Boxes individuais, metálicos e reforçados; Abates acima de 120 suínos/hora: esteiras duplas para contenção a fim de evitar contusões; Boxes devem ser bem dimensionados: boxes muito grandes favorecem a contaminação por fezes e urina; FLUXOGRAMA DO ABATE DE SUÍNOS INSENSIBILIZAÇÃO FLUXOGRAMA DO ABATE DE SUÍNOS SANGRIA Deve ser realizada no máximo após 30s após insensibilização; Seccionamento dos grandes vasos; Perda de 3,5% de sangue em relação ao peso vivo; Troca de facas entre um animal e outro – esterelizador; Coleta asséptica para fins farmacêuticos ou alimentícios: liberação apenas após inspeção da carcaça; FLUXOGRAMA DO ABATE DE SUÍNOS ESCALDAGEM E DEPILAÇÃO Até 100 suínos/hora: 5m, 1,5 profundidade e 1m nível de água; Temperatura 62 a 72°C por 2 a 5min. (Portaria 711); Depilação rotação em máquina com „dedos‟ de borracha; Métodos como aspersão de água quente para escaldagem: dificuldade na manutenção da temperatura; Temp. de 60 a 62°C por 6 a 8 min. reduzem consideravelmente a carga microbiana das carcaças. FLUXOGRAMA DO ABATE DE SUÍNOS SALA DE MATANÇA Pé direito mínimo de 5m; para estabelecimentos já em funcionamento admite-se 4m; Área mínima em função de veloc. Abate: 3,5m²por suíno/hora; Pisos e paredes: material impermeável, liso lavável, resistente a choques, piso antiderrapante; Ângulo arredondados entre piso e paredes, teto e paredes; Ralos sifonados, com grades; Portas: metálicas, tipo vai-vem, com abertura mínima de 1,20m e visor com vidro ou tela; Janelas metálicas, no mínimo 2m do chão, parapeito chanfrado, liso e impermeável, com telas milimétricas; Renovação de ar ambiental: 3vol./h (janelas com telas milimétricas) Iluminação: natural e artificial: 500 lux na área de Inspeção e 300 lux na área de manipulação; FLUXOGRAMA DO ABATE DE SUÍNOS SALA DE MATANÇA Teto: liso e impermeável, resistente ao calor, proibido pintura que „descasque‟; Instalações de água e vapor; Separação física área suja e área limpa; Zona suja: compreende as operações de sangria, chuveiro após sangria, escaldagem, depilação, chamuscamento, toalete; Zona limpa: compreende as operações de abertura abdominal- torácica, corte da sínfise pubiana, oclusão do reto, abertura da "papada", inspeção de cabeça e "papada", evisceração, inspeção de vísceras, divisão longitudinal da carcaça e cabeça, inspeção de carcaça e rins, inspeção de cérebro, desvio da entrada e saída para a Inspeção Final, retirada do "unto" e chuveiro para carcaças. Trilhagem aérea afastada 1m das paredes; Plataformas metálicas inoxidáveis; Esterelizadores: ideal aquec. central, água c/ renovação cte, 82,2°C; Pias aço inox acionadas a pedal, de modelo fundo e munidas de sabão líquido; FLUXOGRAMA DO ABATE DE SUÍNOS TOALETE E CHAMUSCAMENTO Retirada dos cascos, ouvido médio e pálpebras; Raspagens; Chamuscamento; Lavagem chuveiro 5 a 6ppm de Cl livre; FLUXOGRAMA DO ABATE DE SUÍNOS EVISCERAÇÃO FLUXOGRAMA DO ABATE DE SUÍNOS SERRAGEM MEIAS-CARCAÇAS Serragem longitudinal das meias carcaças; Posteriormente faz-se a retirada da medula espinhal; FLUXOGRAMA DO ABATE DE SUÍNOS INSPEÇÃO Inspeção da papada: corte longitudinal ventral antes da evisceração; Inspeção de carcaças: em plataforma, logo após a serragem longitudinal das meias-carcaças; Bandejas deinspeção de vísceras: separação de vísceras brancas e vísceras vermelhas; Linhas de inspeção das vísceras: Linha "A" - Inspeção de útero (deve ser Retirado na pré evisceração); Linha "B" - Inspeção de intestinos. estômago, baço, pâncreas e bexiga; Linha "C" - inspeção de coração e língua; Linha "D" - Inspeção do fígado e pulmões; Linha "F" - Inspeção de rins; FLUXOGRAMA DO ABATE DE SUÍNOS DEPARTAMENTO DE INSPEÇÃO FINAL - DIF •Isolado da matança e próximo às linhas de Inspeção; •Iluminação artificial e natural abundantes; área correspondente a 8% da matança; •Próximo às bandejas de inspeção de vísceras para recepção das mesmas; •4 trilhos paralelos, 3 sendo desvios p/ contusões, doenças parasitárias, doenças infecciosas; •Trilhagem com capacidade para 5% da matança diária, considerando- se 2 suínos por metro linear; •Plataforma de Inspeção final, esterelizador, pia acionada à pedal munida de sabão líquido, armário em aço inox para guardar carimbos e chapas de identificação de lesões; •Dispositivo para lavagem de carcaças destinadas ao sequestro; FLUXOGRAMA DO ABATE DE SUÍNOS CÂMARA DE SEQUESTRO- DIF Anexa ao DIF; Identificada: “Privativo IF…” Portas com chaves. Desossa de sequestro ao lado da câmara de sequestro (dotada de chutes, mesa em aço inoxidável); FLUXOGRAMA DO ABATE DE SUÍNOS RETIRADA DO UNTO, TOALETE E CHUVEIRO Localizados na trilhagem da matança, logo após o DIF; Retirada do unto (carrinhos ou chute), carimbagem das carcaças (pletaforma); Chuveiro final: 5ppm cloro. Tipificação de carcaças (quando houver); REFRIGERAÇÃO DAS CARCAÇAS %UR: 88-92, Velocidade circulação de ar: 2 a 3m/s Recomenda-se o choque térmico (pré-resfriamento) para que as carcaças atinjam 7°C no interior das massas musculares; Pé direito: 4,5m (refriamento, congelamento, pré-resf.) Câmaras de resfriamento: 1° a -1°C; Câmaras de estocagem de Congelados: -18° a -25°C; Túneis de congelamento: -35°C a -40°C FLUXOGRAMA DO ABATE DE SUÍNOS SEÇÃO DE MIÚDOS Localização em sala específica, ao término da mesa de inspeção; Lavagem de miúdos em água corrente; Carimbagem a fogo antes da refrigeração/congelamento; FLUXOGRAMA DO ABATE DE SUÍNOS SEÇÃO DE CABEÇAS Localizada após a última linha de inspeção; Comunica-se com a sala de matança exclusivamente por meio de óculo ou chute; Não deve se comunicar diretamente com a triparia; Chuveiro de fundo falso com drenagem; Equipamentos próprios para transporte de ossos e resíduos para graxaria; FLUXOGRAMA DO ABATE DE SUÍNOS SEÇÃO DE PÉS, RABO E ORELHAS Localizada após a última linha de inspeção; Comunica-se com a sala de matança exclusivamente por meio de óculo ou chute; b) deverá possuir equipamentos próprios e adequados em aço inoxidável para a realização dos trabalhos de preparo e toalete dos pés, rabos e orelhas; c) a abertura dos pés deverá ser feita no sentido longitudinal por meio de serra circular, ou outro dispositivo aprovado pelo DIPOA; d) deverá ser prevista comunicação com fluxo operacional adequado para as dependências de salga e congelamento; FLUXOGRAMA DO ABATE DE SUÍNOS TRIPARIA a) obrigatoriamente dividida em primeira e segunda etapas, localizadas preferencialmente no piso inferior ao da matança, ligando-se ao término da mesa rolante por meio de "chute(s)" de aço inoxidável, no caso de estabelecimentos com dois ou mais pisos; b) não será permitida em hipótese alguma a comunicação direta da triparia com a seção de miúdos, ou com a sala de matança; c) pé-direito mínimo de 04 m (quatro metros); e) esgoto de acordo com o item 4.1.4, alíneas "a", "b" e "c" do Capítulo I; h) água e vapor, para o atendimento dos trabalhos de higienização de pisos, paredes e equipamentos. É indispensável a instalação de água e vapor em quantidade suficiente FLUXOGRAMA DO ABATE DE SUÍNOS TRIPARIA Iª Etapa (zona suja) a) obrigatoriamente separada da IIª Etapa (zona limpa) por parede divisória até o teto; b) nesta seção serão realizados os trabalhos de esvaziamento do conteúdo gastrointestinal em equipamento de aço inoxidável próprio, adequado e dotado de chuveiros, de maneira que facilite a realização dos trabalhos evitando contato de tripas, estômagos e respectivos conteúdos com o piso, possibilitando a constante drenagem de águas residuais, evitando-se assim a sua presença sobre o piso. Faz-se também nesta seção a retirada da mucosa e muscular; c) os conteúdos dos estômagos e intestinos devem ser conduzidos diretamente dos locais de esvaziamento ao esgoto próprio através de canalizações amplas e que realizem uma imediata drenagem dos resíduos; d) a passagem dos estômagos e tripas da primeira para a segunda etapa da triparia deverá ser realizada por meio do óculo, dotada de calha de aço inoxidável; e) o resíduo gorduroso da triparia deve ser destinado exclusivamente ao fabrico de gordura Industrial (graxa branca) devido a contaminação fecal; FLUXOGRAMA DO ABATE DE SUÍNOS TRIPARIA IIª Etapa (zona limpa) a) onde serão realizados os trabalhos de beneficiamento das tripas e estômago; este em área própria separada; b) deverá possuir equipamento próprio e adequado que permita realizar os trabalhos de lavagem de tripas e estômagos em água corrente, com drenagem constante das águas residuais, evitando a sua presença sobre o piso; c) as tripas destinadas a embutidos serão cuidadosamente selecionadas neste local, principalmente quanto a integridade e limpeza; d) será permitida nesta etapa a calibragem de tripas, sendo a operação realizada pela insuflação de ar comprimido previamente filtrado, ou água potável; e) é permitida a salga prévia de tripas nesta seção, sendo que deverá existir sala apropriada em local separado, exclusiva a esta finalidade. O depósito de tripas deve ser feito em outro local; FLUXOGRAMA DO ABATE DE SUÍNOS DESOSSA Salas climatizadas – 10°C; Não deve ser meio de circulação para outras seções; Piso com declividade (1,5 a 2%) em direção aos ralos coletores; Mesmas exigëncias de pisos, paredes, janelas, teto e portas da sala de matança; Iluminação: luz fria (300 lux) FLUXOGRAMA DO ABATE DE SUÍNOS GRAXARIA Pelo menos 5m de onde são elaborados produtos comestíveis; Pé direito mínimo de 4mm; Anexas aos frigoríficos ou unidades de industrialização de carnes; Processamento de resíduos das operações de abate e de limpeza das carcaças e das vísceras, partes dos animais não comestíveis e aquelas condenadas pela inspeção sanitária, ossos e aparas de gordura e carne da desossa e resíduos de processamento da carne, para produção de farinhas ricas em proteínas, gorduras e minerais (usadas em rações animais e em adubos) e de gorduras ou sebos (usados em sabões e em outros produtos derivados de gorduras). Digestores; LINHA A1 Inspeção da Cabeça e Nodos Linfáticos da Papada Técnica de exame da cabeça e papada: Examinar visualmente todas as partes do órgão, da boca e do nariz. Cortar os músculos da bochecha Cortar os linfonodos cervicais, retrofaríngeos e mandibulares Marcar com chapinha o local exato da lesão LINHA B Intestino, Estômago, Baço, Pâncreas e Bexiga Técnica de exame: Exame visual e palpação; Cortar em fatias os linfonodos LINHA C Coração e Língua Técnica de exame: Examinar visualmente o coração e o pericárdio Cortar o pericárdio Examinar visualmente a superfície do coração (cisticercose, sarcosporidiose) Fazer palpação do órgão LINHA D Pulmões e Fígado Examinar visualmente o exterior Realizar a palpação Cortar transversalmente e comprimir dutos biliares Cortar em lâminas longitudinais os linfonodos Examinar visualmente e através de palpação a vesícula biliar, cortando-a , se necessário LINHA E Inspeção da Carcaça Técnica de exame: - Examinar visualmente toda a carcaça externamente e internamente. Verificar coloração, articulações, estadonutricional, pele e demais superfícies expostas. Atentar para contaminações, abscessos, contusões, hemorragias e edemas.Observar se há rigidez muscular. - Cortar os gânglios linfáticos inguinal superior (retromamários nas fêmeas) e ilíaco . - Marcar o local da lesão com chapinhas e desviar a carcaça para o DIF. LINHA F Inspeção dos Rins Técnica de exame: - Retirar os rins da carcaça examinando-os - Cortar, quando necessário, a gordura peri-renal (estefanurose) - Em casos de lesões que possam ter relação com carcaça (peste suína, abscessos, peritonite,…) procede-se o exame sem retirar os rins, sendo que a carcaça será desviada para o DIF LINHA G Inspeção do Cérebro Atualmente não é feita, pois a empresa não comercializa este órgão. Será obrigatória quando se industrializar. DIF Departamento de Inspeção Final É o local para onde são direcionadas todas as carcaças e vísceras suspeitas de possuírem algum tipo de problema mais grave que não justifique sua condenação na própria linha de inspeção. O médico veterinário é o executor responsável pelos trabalhos ali realizados. DIF Departamento de Inspeção Final Exame detalhado das vísceras e das carcaças Destinação das carcaças e vísceras Liberação para consumo Aproveitamento condicional (conserva, embutido cozido, salga e banha ) Rejeição parcial ( abscessos, lesões traumáticas localizadas e contaminação limitada) Rejeição Total ( graxaria) DIF Departamento de Inspeção Final Marcação das carcaças: Sem marcação - Não Apreendida E - Embutidos Cozidos S - Salga B - Banha C - Conserva X - Graxaria O - Observação NE - Não exportável LESÕES E DESTINO DE CARCAÇAS SUÍNAS ABCESSOS - RIISPOA Artigo 157 Abscessos e lesões supuradas - Carcaça, partes de carcaça ou órgãos atingidos de abscessos ou lesões supuradas devem ser julgados pelo seguinte critério: Lesão interna, múltipla ou disseminada ou apresentando também alterações gerais(emagrecimento, anemia, icterícia) decorrentes de processo purulento ou contaminação de carcaça ou partes com pus > CONDENAÇÃO TOTAL Abscessos de lesões supuradas localizadas podem ser removidos, e condenados apenas os órgãos e partes atingidas; PARCIAL (LIBERA) RINITE ATRÓFICA Desvio para a direita.Procedimento: condenar a cabeça na linha. Critério sanitário: determinado pelo item 25.21 do CRITERIO. Procedimento: condenar a cabeça na linha. Criterio sanitário: determinado pelo ITEM 25.21 do CRITERIO OFICIAL DE CONDENAÇÃO DE CARCAÇAS E VÍSCERAS. ADENITES - RIISPOA Artigo 159/ CRITÉRIO OFICIAL ITEM 15 Critério sanitário: o destino mínimo é produto cozido/esterelizado pelo calor. Remoção do gânglio atingido. Condenação total quando há generelização do processo inflamatório nos gânglios; PLEURITES – RIISPOA Artigo 174 (parietal ou visceral) Origem infecciosa: processos agudos; Todas as carcaças de animais doentes, cujo consumo possa ser causa de toxinfecção alimentar, devem ser condenadas. Consideram-se como as que procedem de animais que apresentarem: Inflamação aguda dos pulmões, pleura, peritônio, pericárdio e meninges. PERICARDITE-RIISPOA Artigo 174 Caracaça destinada à esterilização pelo calor. O órgão é condenado. ENDOCARDITE PURULENTA -RIISPOA Artigo 174 Procedimento: separar carcaça e demais vísceras para o DIF Critério sanitário: destinado à esterilização pelo calor. Artigo 174 do RIISPOA. Embora o artigo citado se refira especificamente a pericardite (muito mais comum), estamos aqui interpretando de acordo com o espírito da lei, pois a disseminação da inflamação, com o abcesso dentro do próprio músculo cardíaco, certamente é extensa. Entretanto, se a carcaça e as outras vísceras estiverem em bom estado, é possivel submeter-se a análise laboratorial para dirimir dúvidas. PNEUMONIA ENZOÓTICA – RIISPOA 162 / CRITÉRIO 25.20 Broncopneumonia verminótica - enfisema pulmonar e outras afecções ou qualquer outra alteração: devem ser condenados os pulmões que apresentem enfisema, aspiração de sangue, ou alimentos contaminados, sem reflexo sobre a musculatura. PNEUMONIA ENZOÓTICA COMPLICADA – RIISPOA 174 Critério sanitário: leva em consideração a pneumonia purulenta. Destinado à esterilização pelo calor. BRONCOPNEUMONIA– RIISPOA 174 Critério sanitário: leva em consideração a pneumonia purulenta. Destinado à esterilização pelo calor. A lesão apresenta formato circular do tamanho aproximado de uma laranja com conteúdo purulento ou líquido purulento em seu interior. ADERÊNCIA DE PLEURA: É apenas uma seqüela de pneumonia curada. Critério: desviar as carcaças para DIF para sofrerem toalete. ASPIRAÇÃO DE SANGUE – RIISPOA Artigo 191 / Critério 25.6 Devem ser condenados os órgãos com coloração anormal, os que apresentem aderências, congestão, bem como os casos hemorrágicos. A diferenciação com congestão, para os propósitos de condenação é irrelevante, mas pode-se dizer, a grosso modo que a congestão é devida a um distúrbio no órgão acarretado com o animal ainda vivo (inflamação ou outra condição) e a aspiração de sangue ocorre no abate com o sangue entrando pelo orificio aberto na traquéia acidentalmente, no ato da sangria. Desta forma, na congestão o sangue tende a ser escuro, por estar parado ali há muito tempo, e na aspiração a ser de um vermelho vivo, por ter saido recentemente do vaso. Enfisema: pode ocorrer pela dilatação dos espaços aéreos. Critério: condenar na linha. • Congestão: diferente da aspiração, esta lesão ocorre no animal vivo. – Critério: condenar na linha. PULMÃO: CACHAÇO–ANIMAIS NÃO CASTRADOS RIISPOA - Artigo 121 É proibido a matança de animais não castrados, ou que mostrem sinais de castração recente. CONTAMINAÇÃO - RIISPOA Artigo 165 •Carcaças contaminadas: as carcaças contaminadas ou parte de carcaças que se contaminarem por fezes durante a evisceração ou em qualquer outra fase dos trabalhos devem ser condenadas. 1) Serão também condenados as carcaças, partes das carcaças, órgãos ou qualquer outro produto comestível que se contaminem por contato com os pisos ou de qualquer outra forma, desde que não seja possível uma limpeza completa; 2) Nos casos do parágrafo anterior, o material contaminado pode ser destinado à esterilização pelo calor, a juízo da Inspeção Federal, tendo-se em vista a limpeza praticada. CONTUSÃO - RIISPOA Artigo 177 Contusão: os animais que apresentarem contusões generalizadas devem ser condenados. Nos casos de contusão localizada, o aproveitamento deve ser condicional (salga, salsicharia ou conserva) a juízo da Inspeção Federal, depois de removidas e condenadas às partes atingidas. CRIPTORQUIDISMO - RIISPOA Artigo 172 Carnes repugnantes: são assim consideradas e condenadas as carcaças que apresentem mau aspecto, coloração anormal ou que exalem odores medicamentosos, sexuais e outros considerados anormais. A carcaça deve permanecer na câmara de resfriamento por 24 horas quando então se retira a amostra. Dando um resultado positivo, isto é, o cheiro característico, deixa-se por mais 24 horas e repete-se o teste. Se o cheiro persistir a condenação se impõe. Circular DI CAR 047/88 E 069/88. NEFRITE-RIISPOA Artigo 189 Lesões renais (nefrites, nefroses, pielonefrites ou outras). A presença de lesões renais implica em estabelecer ou não ligadas a doenças infecto-contagiosas. Em todos os casos os rins lesados devem se condenados. INFARTO RENAL - RIISPOA Artigo 189 / 216 Art. 189 - Lesões renais (nefrites, nefroses, pielonefrites ou outras). A presença de lesões renais implica em estabelecer ou não ligadas a doenças infecto-contagiosas. Em todos os casos os rins lesados devem se condenados. Art. 216 - Lesões tais como: congestão, infartos, degenerescência gordurosa, angiestasia e outras, quando, não ligadas ao processo patológico geral, só determinam rejeição do órgão, quando não possam ser retiradas as partes lesadas. FRATURAS - RIISPOA Artigo 130 Os animais que apresentarem fraturasobservadas na Inspeção ante-mortem, deverão ser enviadas ou destinados à matança emergencial. Destino: Quando a fratura for generalizada: condenação total. Quando a fratura for localizada: condena-se a parte afetada e o restante da carcaça destina-se a cortes ARTRITE-RIISPOA Artigo 116 Procedimento: separar para o DIF carcaça e vísceras. Critério sanitário: esterilização pelo calor. Artigo 116 do RIISPOA no caso de poliartrite, qualquer que seja o estado da carcaça. Liberação no caso de lesão única e bom estado geral da carcaça. BRUCELOSE-RIISPOA Artigo 163 Este suíno foi recebido com a informação de ser reagente à brucelose. A mama aumentada é a única manifestação. Procedimento: separar carcaça e vísceras para o DIF. Critério sanitário: destinado à esterilização pelo calor, baseando- se no diagnóstico laboratorial. MAGREZA-RIISPOA Artigo 169 Carnes magras: animais magros, livres de qualquer processo patológico, podem ser destinados ao aproveitamento condicional (conserva ou salsicharia). CAQUEXIA- CRITÉRIO ítem 5 e RIISPOA Artigo 168 Critério sanitário: condenação total (graxaria). MÁ SANGRIA – RIISPOA Artigos 173 e 177 O excesso de sangue na carcaça cria condições favoráveis para a proliferação bacteriana. Destinado à esterilização pelo calor. ICTERÍCIA – RIISPOA Artigo 186 Art. 186 - Icterícia - Devem ser condenadas às carcaças que apresentem coloração amarela intensa ou amarelo-esverdeada, não só na gordura, mas também no tecido conjuntivo, aponeuroses, ossos, túnica interna dos vasos, ao lado de caracteres de afecção do fígado ou quando o animal não tenha sido sangrado bem e mostre numerosas manchas sanguíneas, musculatura avermelhada e gelatinosa, ou ainda quando revele sinais de caquexia ou anemia, decorrentes de intoxicação ou infecção. § 1º - Quando tais carcaças não revelem caracteres de infecção ou intoxicação e venham a perder a cor anormal após a refrigeração, podem ser dadas ao consumo. § 2º - Quando, no caso de parágrafo anterior, as carcaças conservem sua coloração depois de resfriadas, podem ser destinadas ao aproveitamento condicional, a juízo da Inspeção Federal. ERISIPELA Nos casos que houver somente lesões de válvulas cardíacas sem reação ganglionar. Destino: aproveitamento condicional para embutido cozido, e das vísceras não afetadas. Critério: graxaria para as vísceras afetadas. Nos casos em que houver somente lesões de pele e discreta reação ganglionar. Destino: aproveitamento condicional para conserva ou banha, condenando- se as vísceras. Critério: retirada da pele e partes atingidas para graxaria. Quando houver lesões de pele, reação ganglionar generalizada e repercussão no estado geral da carcaça. Destino: condenação total da carcaça e vísceras. Critério: graxaria. SARNA- RIISPOA Artigo 194 Sarnas: as carcaças de animais portadores de sarnas em estado avançado acompanhados de caquexia ou de reflexo sobre a musculatura devem ser condenadas. Quando a sarna é discreta e ainda limitada, a carcaça pode ser dada ao consumo, depois de remoção e condenação das partes afetadas. Septicemia: É indicação de processo infeccioso agudo e violento.Os linfonodos apresentam-se hemorrágicos, podendo ou não estar aumentados de volume.Pode atingir todos os linfonodos. Outro sinal típico é a presença de várias manchas avermelhadas ou arroxeadas na barriga. Isto ocorre porque toxinas produzidas pelas bactérias deixam os vasos frágeis e estes rompem-se com facilidade. Critério: Carcaça e vísceras deverão ser desviadas para o DIF. Condenação totel de carcaça e vísceras. Lesões do fígado: Contaminação: Congestão: aparência hemorrágica, pelo bloqueio na saída do sangue do órgão. Critério: condenação na linha de inspeção. CIRROSE – RIISPOA Artigo 175: Procedimento: separar carcaça e vísceras para o DIF, a fim de se verificar se a cirrose é em conseqüência de doença infecto contagiosa. (Artigo 175 do RIISPOA). Critério sanitário: não se verificando essa condição, apenas o fígado será condenado. Artigo 175 do RIISPOA e ITEM 6 do CRITERIO. Migração larval: É uma cicatriz causada pela passagem da larva do A. suum pelo interior do fígado. Critério: até duas manchas brancas retirar com faca, mais que três condenar o fígado na linha de Inspeção. • Perihepatite: a cápsula que reveste o fígado fica espessada e de cor branca, principalmente nas extremidades, devido a inflamação. • Critério: condenar o fígado na linha de Inspeção. Quando a lesão for discreta, pode ser retirada com faca e o fígado liberado. Esteatose: Acúmulo de gordura no interior do órgão. Nesta lesão o fígado fica mole e amarelado pela gordura depositada. Critério: Condena-se o fígado na própria Linha de Inspeção CISTO HIDÁTICO- Critério Oficial ítem 25.12 Condenação do órgão na linha de inspeção. SARCOSPORIDIOSE- RIISPOA Artigo 213 / Critério Oficial Item 22 É condenada toda a carcaça com infestação intensa, quando existem alterações aparentes da carne, em virtude de degenerescência caseosa ou calcárea. No caso de infestações discretas, admite-se a esterelização pelo calor. NORMAL INÚMEROS SARCOSPORÍDEOS Cisticercus tenuicollis- Critério Oficial ítem 25.7 Diagnóstico diferencial para cisticerco de Taenia solium. (ainda mais rara em suínos de confinamento). Condena o órgão afetado; CISTICERCOSE Taenia solium RIISPOA Artigos 178 e 206 Cisticercose ("C.Tenuicollis"), estrongilose, teniase e ascaridioses - Estas parasitoses, bem como outras não trasmíssíveis ao homem, permitem o aproveitamento do animal desde que não sejam secundadas por alterações da carne; apenas órgãos e partes afetadas devem ser condenados. 206 - É permitido o aproveitamento de tecidos adiposos procedentes de carcaças com infestações intensas por "Cysticercus Cellulosae", para o fabrico de banha, rejeitando-se as demais partes do animal. TUBERCULOSE Esterelização pelo calor: TB cervical de suíno com foco primário no fígado (propagação portal não-sistêmica); Complexo MAIS (Micobacterium avium)- julgamento criterioso, lesões pequenas, discretas e puntiformes (NÃO previsto em legislação no Brasil) -rejeição parcial- em 1 sistema orgânico: (linfonodo cervical ou mesentérico; -Cocção linfonodo- em 2 sistemas orgânicos: cervical E mesentérico; -Condenação total lesões disseminadas em órgãos como o fígado; ENTERITES Enterite hemorrágica – RIISPOA 174 - esterelização pelo calor (carcaça) - DIF Enterite purulenta – RIISPOA 174 e ítem 12 do critério oficial- esterelização pelo calor (carcaça)_ - DIF Enterite fisiológica - RIISPOA 174 e ítem 12 do critério oficial- condenação dos intesinos na linha de inspeção, sem marcação da carcaça. ESPLENITE HEMORRÁGICA COM HIPERTROFIA Critério sanitário: verificar o estado da carcaça e vísceras a fim de enquadrar em um dos destinos previstos, uma vez que o artigo 174, determina que as carcaças portadoras de diversas afecções, incluindo no n. 8 a hipertrofia do baço, sejam condenadas. Conforme as características que se apresentarem, o Inspetor tem à sua disposição desde a condenação parcial, com o destino para produto cozido, passando por banha, conserva, salga ou graxaria.
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