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Perguntas de PROVA 1. ESTÍMULO DE SECREÇÃO GÁSTRICA - A célula parietal ou oxíntica pode estimular a secreção gástrica de 3 formas diferentes. Primeiro, por meio da acetilcolina, que se liga ao receptor M3, induzindo o aumento do influxo de cálcio e a consequente secreção de pepsinogênio (células pépticas), HCl (células parietais) e muco (células mucosas). Segundo, por meio da gastrina, produzida pelas células G no piloro, se ligam aos receptores CCK2, aumentando o influxo de cálcio e ativando glândulas. Terceiro, por meio da histamina, que se liga ao H2, produz AMPc e estimula a produção de ácido. Obs: a produção de histamina ocorre por meio das células enterocromafins-like, que possuem o receptor CCK2, por onde a gastrina se liga, estimulando assim a produção de histamina. Obs2: a gástrica possui tanto uma forma direta de atuar na secreção gástrica como uma forma indireta, por meio do estímulo para produção de histamina pelas células enterocromafins-like. 2. SECREÇÃO DE BICARBONATO PELA CÉLULA DO DUCTO PANCREÁTICO - Dioxido de carbono sai do sangue em direção às células dos ductos. Na célula reage com água e forma avido carbônico, que por sua vez dissocia em íons H+ e HCO3- (íons bicarbonato). H+ retorna para o sangue e com isso faz com que Na+ entre na célula. Na+ entra na célula e junto com o HCO3- são transportados para o lúmen do ducto. 3. FORMAÇÃO DE HCl PELAS CÉLULAS PARIETAIS/OXÍNTICAS. CO2 entra na célula parietal e reage com água formando íons H+ e íons bicarbonato (HCO3-). O bicarbonato é reabsorvido para o líquido extracelular enquanto os íons H+ são levados para o lúmen do canalículo por meio de um contratransporte com K+ (potássio), ou seja H+ vai pro lúmen e K+ entra na célula. Para manter o fluxo de K+ tem-se a bomba de sódio/potássio, que para compensar a saída de potássio joga Na+ pra dentro da célula, e consequentemente cloreto (Cl-) vai para o lúmen de forma ativa já que sódio entrou. A água vai do líquido extracelular para o lúmen do canalículo por osmose (passiva). H+ presente no lúmen e agora o Cl- formam HCl, que é formado nos canalículos das células parietais e então decretados quando houver estímulo. 4. TUMOR SECRETOR DE SECRETINA - A secretina, secretada pela mucosa duodenal e jejunal, estimula principalmente a grande secreção de bicarbonato de sódio pelo epitélio ductal pancreático, mas quase não exerce nenhuma estimulação sobre a secreção enzimática. A secretina é secretada quando na presença de HCl e de certa forma a presença de ácidos graxos também. É secretada pelas células S, presentes na mucosa do duodeno e do jejuno. Obs: a colecistocinina é liberada principalmente na presença de protelara e peptonas (produto da digestão parcial de proteínas), mas também pode ser secretada por estímulo de gorduras e também por HCl (em menor quantidade). É secretada pelas células I e induz a produção de enzimas digestivas pelas células acinares. 5. SECREÇÃO NO INTESTINO - O intestino apresenta as criptas de Lieberkun que são cheias de células caliciformes (intestino grosso) e enterocitos + caliciformes (intestino delgado). As celulas caliciformes estão associadas à produção de muco e os enterocitos estão relacionados à secreção de enzimas digestivas como sacarase, Maltase, lactase e lipase intestinal. Essa secreção enzimática é regulada por colecistocinina e em parte pela secretina. A toxina da cólera ataca as criptas de lieberkun, estimulando a secreção ativa de sódio e de cloreto e consequentemente de água. 6. JOÃO E MARIA COMENDO João comeu hambúrguer, fritas, refrigerante e sorvete, uma alimentação rica em carboidratos, gorduras e também proteínas da carne do hambúrguer. No intestino de João atuará o hormônio essencial para a produção de enzimas: colecistocinina com atuação do neurotransmissor acetilcolina. Além disso, secretina também é secretada no duodeno quando há excesso de ácido no estômago, então a secretina estimula a secreção de íons bicarbonato pelas células dos ductos pancreáticos. Peptídeo inibidor gástrico é secretado quando verifica-se gordura presente no quimo e estimula também a secreção de insulina pelo pâncreas. Maria comeu salada verde e bebeu água. No intestino de Maria serão secretados os mesmos hormônios, porém em uma quantidade reduzida e basal, visto que a alimentação de maria não precisará de enzimas pancreáticas nem hepáticas para realizar a digestão. 7. AÇÃO DAS ENZIMAS INTESTINAIS NA DIGESTÃO A COLECISTOCININA estimulará a enzima amilase pancreática para digerir os carboidratos que tiveram a sua digestão iniciada na boca (ptialina, por exemplo). Todavia, essa digestão pela amilase pancreática não transforma as moléculas grandes em monossacarídeos, mas em dissacarídeos. Logo, a digestão final de carboidratos ocorre na membrana luminal do intestino (duodeno), visto que os enterócitos locais possuem carboxipeptidases que transformam esses dissacarídeos em monossacarídeos (frutose e glicose) aptos para a absorção. A gordura/lipídeos ingeridos sofrerão ação de sais biliares, utilizados na digestão de gorduras, promovendo a formação de micelas para que a superfície de contato com a lipase pancreática aumente e assim a digestão enzimática de gorduras possa ocorrer. A lipase pancreática precisa da ajuda da lipase entérica para finalizar a digestão final, sendo produzida nas criptas de Lieberkuhn nos enterócitos. A proteína ingerida acaba sendo digerida inicialmente no estômago com ação da pepsina (quebra colágeno). Mas, no intestino a proteína sofrerá ação de tripsina e quimiotripsina para realizar a digestão proteica e transformar em dipeptideos e polipeptideos, que ainda sofrerão ação da peptidase produzida pelos enterócitos para finalizar a digestão de proteínas em aminoácidos. 8. INTERAÇÃO NEURONAL DE CONTROLE DA INGESTÃO DE ALIMENTOS Existem 2 tipos de neurônios no núcleo arqueado que irão atuar no controle de ingestão de alimentos. (1) Neurônio pro-opiomelanocortina (POMC): produzem alfa-MSH e CART, que por sua vez, estimulam a diminuição da ingestão de alimentos, aumentando o gasto energético, sendo considerados anorexígenos (causam saciedade). (2) Neurônios que produzem neuropeptídeo Y (NPY) e AGRP (peptídeo relacionado a agouti), que por sua vez estimulam a ingestão de alimentos, diminuindo o gasto energético, sendo considerados orexígenos (causam fome). Alfa-MSH se liga aos receptores de melanocortina (tipo 3 e tipo 4, principalmente) e assim inibe a fome. NPY e AGRP atuam como antagonistas de MCR-3 e MCR-4, ou seja, inibe alfa-MSH e assim causa fome, estando relacionado com a obesidade. 9. ABSORÇÃO DE CARBOIDRATOS NO INTESTINO DELGADO A absorção de carboidratos ocorre quando estes são monossacarídeos após a ação de carboxipeptidases na membrana luminal dos enterócitos. A glicose e a galactose são absorvidas pelos enterócitos por meio de receptores SGLT-1 junto com Na+, ou seja, ocorre um co-transporte com o transporte ativo de sódio. A frutose adentra no enterócito por meio do transportador GLUT-5, por meio de uma difusão facilitada sem ser acoplada ao transporte de sódio. Para o sangue, as três moléculas são levadas por meio do transportador GLUT-2.
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