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Exercícios físicos e os lipídios

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Na realização de exercícios físicos, a principal fonte de energia é o carboidrato, entretanto os lipídios também possuem um papel importante nessa atividade, de acordo com o tipo, intensidade, duração e estado de treinamento da pessoa. Assim, sua utilização se dá por meio da lipólise de triglicérides no tecido adiposo, causada principalmente pelas catecolaminas, resultando em três moléculas de ácidos graxos livres e uma de glicerol – quando em baixa intensidade. 
O último composto citado, por sua vez, quando livre na circulação, não pode ser reutilizada pelo tecido em que se originou, pois o mesmo não possui quantidades significativas da enzima glicerol quinase. Após sua formação na lipólise, essa substância é transportada para o fígado, onde se torna um precursor da gliconeogênese, sendo, posteriormente, utilizada como fonte de energia para o cérebro. Já o metabolismo dos ácidos graxos durante as atividades físicas se voltam principalmente a sua degradação. Nesse processo, essas moléculas retornam ao composto que as formou – a acetilcoenzima A –, a partir de reações de beta-oxidação, e, em seguida, entram no ciclo de Krebs, transformando-se em dióxido de carbono, água e energia. 
Nesse sentido, o exercício físico aeróbico de longa duração é capaz de alterar o perfil de lipídios e lipoproteínas do plasma independentemente da ação da dieta. Além disso, estudos mostraram que a captação de ácidos graxos livres no plasma, após três horas de exercícios, é significativamente maior em homens treinados em comparação aos sedentários. Isso levou a considerar que essa ação realizada pelos músculos esqueléticos é mediada por um transportador proteico, limitando tal feito. No entanto, a preparação física pode aumentar a expressão gênica do RNA mensageiro dessas proteínas e proporcionar maior captação dessas substâncias.
Em outra análise, enquanto os exercícios de baixa intensidade formam essas duas substâncias, os altamente intensos reduzem o índice de lipólise e aumentam a reesterificação dos ácidos graxos no tecido adiposo. Entretanto, visto que o gasto energético nesse método é superior, mesmo a fonte predominante não sendo os lipídios, ainda gera um aumento quantitativo em seu uso contrastando com as atividades de baixa e média intensidade, devido a sua elevada demanda energética.

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