Ava 1 - Análise Econômica de Mercado UVA 2021

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Fórum AVA 1: Poder de Mercado precisa ser melhor definido no Brasil: 
 
1) Assistir ao vídeo: Poder de Mercado Precisa ser Melhor definido no Brasil. 
2) Destacar um tema / assunto / situação apresentado na palestra; responder a 
seguinte questão: Qual efeito sobre o mercado? 
E, formular uma pergunta para ampliar o debate. 
Podemos dividir a palestra em dois momentos: 
Parte 1 
Na primeira parte da palestra, o professor Luiz Carlos Delorme, explica que no debate 
entre intervenção do Estado na economia versus o mercado auto -regulado existe um 
meio termo: “... o Estado não pode estar nem tão ausente que cause uma desordem 
pelo caos gerado pela ausência de direito, nem tão intrusivo, que gere a desordem pela 
sua presença excessiva. Nos dois casos, o cálculo econômico é efetivamente 
prejudicado”. Ele aponta as instituições e os agentes regulatórios (ex.: SBDC - Sistema 
Brasileiro de Defesa da Concorrência) como os responsáveis por mediarem a relação 
entre o Estado e a Economia, atendendo igualmente aos ambos interesses públicos e 
privados de forma eficiente. Ele diz: “... A instituição não elimina o dilema entre Estado 
e sociedade, mas elas podem reduzir o custo desse funcionamento.” 
Os agentes regulatórios e as instituições atuam através da implementação de leis e 
políticas gerais, como a Lei Antitruste 12.529/11, que fiscalizam o setor possibilitando 
um ambiente econômico mais equilibrado, baseado na livre concorrência. Os 
consumidores também se beneficiam ao terem suas necessidades individuais atendidas 
(como acesso à serviços de telefonia celular em lugares mais distantes dos grandes 
centros), e ao garantirem seu poder de escolha decorrente das diversas alternativas 
ofertadas. Além disso, combatem a formação de monopólios (quando uma única 
empresa detém controle total sobre a produção e comercialização de determinada 
mercadoria ou serviço) e cartéis (prática ilegal onde empresas de um mesmo setor se 
unem e promovem um aumentam artificial dos preços, restringindo a oferta e forçando 
o consumidor a pagar pelo valor imposto). 
Parte 2 
Na segunda parte da apresentação, foram abordados os conceitos de Poder de Mercado 
e Poder de Mercado Significativo, que segundo Luiz Carlos, “... precisa ser melhor 
definido no Brasil, para que ele possa se tornar mais operacional.” Poder de Mercado é 
a capacidade de algumas empresas em aplicarem preços acima da concorrência para 
aumentarem seus lucros. É uma vantagem genuína que pode trazer diversos benefícios 
para a organização, porém quando utilizada de forma anti-econômica, ao prevenir a 
entrada de novos competidores por exemplo, compromete o bom funcionamento do 
mesmo. Delorme diz que “... O poder de mercado per se, não é ilícito, mas sim seu uso 
de forma abusiva.” 
 Já o Poder de Mercado Significativo (PMS) é um instrumento avaliativo, utilizado pelos 
órgãos reguladores, que rotula as empresas detentoras de poder de mercado e cria 
regulações assimétricas para prevenir que estas o utilizem de forma prejudicial. Essa 
avaliação é feita através de pesquisas específicas sobre o setor de cada empresa, sua 
participação no mercado (Market Share) e a dinâmica concorrencial. Alguns exemplos 
de medidas assimétricas seriam: quando a ANAC (Agencia Nacional de Aviação Civil), 
através da Resolução nº 2 (2006), impôs a obrigatoriedade de rodízio de slots, liberando 
pelo menos 20% da disponibilidade das principais rotas de voo para operadoras 
iniciantes no mercado; e quando a ANATEL (Agência Nacional de Telecomunicações), 
determinou através do PGMC (Plano Geral de Metas de Competição), que empresas 
classificadas como PMS no setor de telefonia - OI, Claro, VIVO e TIM - seriam exigidas, 
além de outras obrigações, ônus regulatórios e transparência de 
informações. Respondendo a pergunta inicial da atividade “Qual efeito sobre o 
mercado?”, eu diria que o efeito do PMS sobre o mercado é bastante positivo quando 
aplicado de forma adequada, pois permite a concorrência leal entre as empresas, 
evitando o abuso de poder, e garantindo que as necessidades da população sejam 
atendidas. 
Para finalizar, Luiz Carlos ressalta que, em um cenário econômico concorrencial entre 
empresas, a melhor forma de se destacar e obter vantagem competitiva é investindo em 
inovação, e não mais em baixando os preços, como já se acreditou. Ele cita a fala do 
economista austríaco, Joseph Shumpeter (1883 - 1950) que já dizia “... o determinante 
competitivo não é mais o preço, mas sim as inovações tecnológicas.” Além de agregar 
valor à empresa e satisfazer as necessidades dos consumidores em um mundo 
globalizado, a invoção, tecnologia ou não, permite a competição saudável no mercado 
e aumento na qualidade de vida da sociedade. 
Pergunta para o debate: De que forma a inovação dentro das empresas pode estimular 
a concorrência saudável entre elas, promovendo o desenvolvimento na economia? 
Referências Bibliográficas: 
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DELORME, L. C. Poder de Mercado precisa ser melhor definido no Brasil. 
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<http://www.telcomp.org.br/site/wp-
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 UVA. ANÁLISE ECONÔMICA DE MERCADO, unidade I e II. Material da Disciplina 
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