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RESUMO FARMACO - SNA, agonistas colinergicos e anticolinergicos

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Moisés Santos|@eumoisesantos_ Odontologia UFPE – Farmacologia IV – 2020.2 
Sistema Nervoso Autônomo 
 Junto com o sistema endócrino, coordena a 
regulação e a integração das funções corporais. O 
sistema endócrino envia sinais aos tecidos-alvo, 
variando os níveis de 
hormônios na corrente 
sanguínea. O sistema 
nervoso exerce sua 
influência pela rápida 
transmissão de impulsos 
elétricos nas fibras 
nervosas que terminam 
nas células efetoras, que 
responde 
especificamente à 
liberação de substâncias 
neurotransmissoras. 
 Os fármacos, que produzem efeitos 
terapêuticos primários imitando ou alterando as 
funções do SNA, são denominados de fármacos 
autonômicos, eles atuam estimulando porções do 
SNA ou bloqueando ações dos nervos autônomos. 
Sinalização química entre as células 
 A neurotransmissão no SNA é um exemplo 
de um processo mais geral de sinalização química 
entre as células; além disso, tem-se a secreção de 
hormônios e a liberação de mediadores locais. 
• Hormônios: 
As células endócrinas especializadas 
secretam hormônios na corrente sanguínea, daí 
distribuem pelo organismo exercendo efeitos em 
células-alvo amplamente distribuídas. 
• Mediadores Locais: 
A maioria das células do organismo secreta 
substâncias químicas que atuam localmente. Como 
esses sinalizadores químicos são destruídos ou 
removidos rapidamente, eles não entram na 
circulação e não são distribuídos pelo organismo. 
• Neurotransmissores: 
A comunicação entre os neurônios ocorre 
por meio da emissão de sinais químicos específicos 
pelos terminais nervosos. A liberação é 
desencadeada pela chegada de um potencial de 
ação no terminal nervoso, que leva a 
despolarização. 
 
Um aumento no Ca2+ intracelular inicia a 
fusão de vesículas sinápticas com a membrana pré-
sináptica e a liberação do seu conteúdo. Os 
neurotransmissores se difundem rapidamente pela 
fenda ou pelo espaço sináptico entre os neurônios 
e se combinam com receptores específicos na 
célula pós-sináptica. 
1. Receptores de membrana: todos os 
neurotransmissores e a maioria dos 
hormônios e mediadores locais são muito 
hidrofílicos para penetrar a camada 
bimolecular lipídica das membranas 
plasmáticas das células-alvo. O sinal é 
mediado pela ligação a receptores 
específicos na superfície celular dos órgãos-
alvo. 
2. Tipos de neurotransmissores: as 
substâncias sinalizadoras se ligam a uma 
família especifica de receptores; os 
sinalizadores mais comuns são: 
norepinefrina (e epinefrina), acetilcolina, 
dopamina, serotonina, histamina e ácido γ-
aminobutírico (GABA), sendo a primeira e a 
segunda, os principais sinalizadores 
 
Moisés Santos|@eumoisesantos_ Odontologia UFPE – Farmacologia IV – 2020.2 
químicos do SNA. A fibra nervosa autônoma 
pode ser dividida em dois grupos com base 
no neurotransmissor liberado. 
a. Acetilcolina: quando a transmissão é 
mediada por acetilcolina, o neurônio 
recebe o nome de colinérgico, ela faz a 
ponte para a transmissão do impulso 
nervoso por meio dos gânglios 
autônomos nos sistemas nervosos 
simpáticos e parassimpáticos. A 
transmissão dos nervos pós-
ganglionares autônomos para órgãos 
efetores no sistema parassimpático e 
para alguns órgãos do sistema simpático 
também envolve a liberação de 
acetilcolina. 
OBS.: Ela é a neurotransmissora na medula da suprarrenal. 
b. Norepinefrina e epinefrina: a fibra 
receptora, nesse caso, é chamada de 
adrenérgica. A norepinefrina é a ponte 
para a transmissão de impulsos dos 
nervos pós-ganglionares autônomos 
para os órgãos efetores. 
Transdução do sinal na célula efetora 
Quando os sinalizadores químicos se ligam 
aos receptores, tem-se a ativação de processos 
enzimáticos no interior da membrana celular. Esses 
processos levam a uma resposta celular como 
fosforilação de proteínas intracelulares ou 
alterações na condutividade de canais iônicos. 
Moléculas segundas mensageiras, produzidas em 
resposta à ligação do neurotransmissor, traduzem 
o sinal extracelular em uma resposta que pode ser 
propagada mais adiante ou amplificada no interior 
da célula. Cada componente serve como um elo na 
comunicação entre eventos extracelulares e 
comunicações entre eventos extracelulares e 
alterações químicas no interior da célula. 
• Receptores de membrana que afetam a 
permeabilidade iônica (receptores 
ionotrópicos): 
Os receptores de neurotransmissores são 
proteínas de membrana que disponibilizam o local 
de ligação que reconhece e responde à molécula 
neurotransmissora. 
• Receptores de membrana acoplados a 
segundos mensageiros (receptores 
metabotrópicos): 
Muitos receptores não são acoplados 
diretamente em canais iônicos; nesses casos o 
receptor sinaliza o reconhecimento da ligação de 
num neurônio transmissor iniciando uma série de 
reações, que no final resultam em uma resposta 
intracelular especifica. Os dois segundos 
mensageiros mais amplamente reconhecidos são 
os sistemas adenililciclase e cálcio-fosfatidilinositol. 
OBS.: Moléculas segundas mensageiras – intervêm entre a 
mensagem inicial (neurotransmissor ou hormônio) e o efeito final na 
célula – são parte de uma cascata de eventos que traduz a ligação 
do neurotransmissor em uma resposta celular, em geral, com a 
intervenção de uma proteína G. Os receptores acoplados ao sistema 
de segundo mensageiro são denominados receptores 
metabotrópicos. Os receptores muscarínicos e adrenérgicos são 
exemplos de receptores metabotrópicos. 
Agonistas colinérgicos e 
anticolinérgicos 
 Os fármacos que afetam o SNA são divididos 
em dois grupos, de acordo com o tipo de neurônio 
envolvido no mecanismo de ação; os fármacos 
colinérgicos atuam em receptores que são ativados 
por acetilcolina (ACh), e os fármaco adrenérgicos 
atuam em receptores de norepinefrina ou 
epinefrina. Os colinérgicos e adrenérgicos atuam 
estimulando ou bloqueando receptores de SNA. 
Neurônios colinérgicos 
 
Moisés Santos|@eumoisesantos_ Odontologia UFPE – Farmacologia IV – 2020.2 
 Os neurônios colinérgicos inervam músculos 
do sistema somático e desempenham função 
importante no SNC. Tem-se a utilização do ACh nas 
fibras: pré-ganglionar, no gânglio autônomo, fibras 
pós-ganglionares e as pós-ganglionares das 
glândulas sudoríparas. 
• Neurotransmissão nos neurônios 
colinérgicos 
Para que ocorra, são necessárias seis 
etapas sequenciais: 
1. Síntese de ACh: a colina é transportada 
do liquido extracelular para o citoplasma 
do neurônio colinérgico por um sistema 
de carregador dependente de energia 
que junto com ele, transporta sódio e 
pode ser inibido por hemicolínio. Essa 
captação é de extrema importância para 
a limitação da síntese de ACh. A colina-
acetiltransferase acelera a reação da 
colina com o acetilCoA para formar ACh 
no citosol. 
2. Armazenamento da ACh em vesículas: o 
ACh é empacotado em vesículas pré-
sinaptica por um processo de transporte 
ativo acoplado ao efluxo de prótons. A 
vesícula madura também contem ATP e 
proteoglicano. A maioria delas contém o 
neurônio transmissor primário e o 
cotransmissor que pode aumentar ou 
diminuir o efeito do neurotransmissor 
primário. 
OBS.: A cotransmissão nos neurônios autônomos é uma regra. 
3. Liberação da ACh: assim que o potencial 
de ação, que é propagado por canais de 
sódio de voltagem-dependente (VD), 
chega ao terminal nervoso, os canais de 
cálcio VD se abrem na membrana pré-
sináptica, levando a um aumento na 
concentração de cálcio intracelular. Os 
altos índices de Ca2+ promovem a fusão 
das vesículas sinápticas com a 
membrana celular e a liberação do seu 
conteúdo no espaço sináptico. Ela pode 
ser bloqueada pela toxina botulínica. 
OBS.:Em contraste, a toxina da aranha viúva-negra provoca a 
liberação de toda a ACh armazenada nas vesículas, esvaziando-a na 
fenda sináptica. 
4. Ligação com o receptor: a ACh que é 
liberada pelas vesículas sinápticas se 
espalha por meio do espaço sináptico e 
se ligam a receptores pós-sinápticos na 
célula-alvo, ao receptor pré-sináptico na 
membrana do neurônio que liberou ACh 
ou a outros receptores-alvo pré-
sinápticos. Essa ligação, desencadeia 
uma resposta fisiológica no interior da 
célula. Os receptores pós-sinápticos 
colinérgicos na superfície dos órgãos 
efetores podem ser muscarínicos e 
nicotínicos. 
5. Degradação da ACh: devido a hidrolise 
da ACh pela acetilcolinesterase, o sinal 
no local efetor pós-juncional termina 
rapidamente, assim se tem a formação de 
colina e acetato na fenda sináptica. 
6. Reciclagem da colina: a colina pode ser 
reciclada por um sistema de captação de 
alta afinidade ligado ao sódio que 
transporta a molécula de volta para o seu 
neurônio. Lá, ela é acetilada em ACh, e é 
armazenada até a liberação de um 
potencial de ação subsequente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Receptores colinérgicos (colinoceptores) 
Os receptores muscarínicos e nicotínicos 
são diferenciados entre si de acordo com sua 
afinidade com os fármacos que imitam a ação do 
ACh. 
• Receptores muscarínicos: 
 
Moisés Santos|@eumoisesantos_ Odontologia UFPE – Farmacologia IV – 2020.2 
São acoplados a proteína G e, além de se 
ligarem a ACh, reconhecem a muscarina. Os 
receptores apresentam pouca afinidade pela 
nicotina, e podem ser divididos em cinco 
subclasses; funcionalmente são apenas três M1, 
M2 e M3. 
1. Localização dos receptores muscarínicos: 
podem ser observados nos gânglios do 
sistema nervoso periférico e em órgãos 
efetores autônomos. Os M1 também são 
encontrados nas células parietais gástricas; 
M2, nas células cardíacas e nos músculos 
lisos; e M3, na bexiga, nas glândulas 
exócrinas e no músculo liso. 
OBS.: fármacos com ações muscarínicas preferencialmente 
estimulam receptores muscarínicos nesses tecidos, mas, em 
concentrações elevadas, podem mostrar alguma atividade em 
receptores nicotínicos. 
2. Mecanismos de transdução do sinal pela 
ACh: mecanismos diferentes podem 
transmitir sinais gerados pela ocupação do 
receptor de ACh. 
3. Agonistas muscarínicos: existe esforços 
para desenvolver agonistas e antagonistas 
muscarínicos que atuem em subtipos 
específicos de receptores. 
OBS.: agonistas dos receptores M1 são investigados para o 
tratamento da doença de Alzheimer, e antagonistas dos receptores 
M3, para o tratamento da doença pulmonar obstrutiva crônica. 
• Receptores nicotínicos 
Além de se ligarem a ACh, reconhecem a 
nicotina, porém não tem afinidade pela muscarina. 
O receptor é composto por cinco subunidades e 
funciona como canal iônico disparado pelo ligante. 
A ligação de duas moléculas de ACh provoca uma 
alteração na estrutura que permite a entrada de 
íons sódio, resultando na despolarização da célula 
efetora. A nicotina em concentração baixa estimula 
o receptor; em concentração alta, o bloqueia. 
Eles podem ser encontrados no SNC, na 
suprarrenal, nos gânglios autônomos e na junção 
neuromuscular (JNM) nos músculos esqueléticos. 
Os localizados na JNM podem ser chamados de NM 
ou NN. Os receptores nicotínicos dos gânglios 
autônomos diferem daqueles situados na JNM. 
Agonistas colinérgicos de ação direta 
Os agonistas colinérgicos mimetizam os 
efeitos da ACh ligando-se diretamente aos 
colinoceptores. Estes fármacos podem ser 
classificados em dois grupos: (1) ésteres da colina 
endógenos, que incluem a ACh e ésteres sintéticos 
de colina, como o carbacol e o betanecol; e (2) 
alcaloides de ocorrência natural, como a nicotina e 
a pilocarpina. 
Todos os fármacos colinérgicos de ação 
direta têm efeitos mais prolongados do que a ACh. 
Alguns dos fármacos terapeuticamente mais úteis 
se ligam preferencialmente aos receptores 
muscarínicos, e algumas vezes são referidos como 
fármacos muscarínicos. Contudo, como um grupo, 
os agonistas de ação direta mostram pouca 
especificidade nas suas ações, o que limita sua 
utilidade clínica. 
• Acetilcolina 
Composto amônio quaternário que não 
consegue penetrar as membranas; ele é um 
neurotransmissor de nervos parassimpáticos e 
somáticos, mas não tem importância terapêutica. 
Tem atividade muscarínica e nicotínica. 
1. Diminui a frequência e débito cardíaco; 
2. Diminui a pressão arterial; 
3. Aumenta a secreção salivar e estimula 
secreções a motilidade intestinal; 
4. Aumenta o tônus no musculo detrusor 
(bexiga); 
5. Estimula a contração do musculo ciliar; 
• Betanecol 
É um éster carbamila que não é substituído, 
e se relaciona estruturalmente com ACh. Não tem 
ações nicotínicas, mas tem uma alta atividade 
muscarínica. 
1. Estimula a motilidade e o tônus intestinal; 
2. Estimula e relaxa o detrusor da bexiga; 
Aplicações terapêuticas: No tratamento urológico, o 
betanecol é usado para estimular a bexiga atônica, 
particularmente na retenção urinária não obstrutiva 
no pós-parto ou pós-operatório. O betanecol 
 
Moisés Santos|@eumoisesantos_ Odontologia UFPE – Farmacologia IV – 2020.2 
também pode ser usado no tratamento da atonia 
neurogênica, bem como no megacolo intestinal. 
• Carbacol (carbamilcolina) 
Tem ações muscarínicas e nicotínicas; ele é 
biotransformado por esterases, mas em uma 
velocidade baixa. Possui alta potência e tem 
inespecificidade por receptor, sua ação demora um 
longo tempo. 
1. Atuam no sistema cardiovascular e 
gastrointestinal, estimulando ou deprimindo; 
2. Causam a liberação de epinefrina na 
suprarrenal; 
3. Imita os efeitos do ACh, causando miose e 
espasmo de acomodação no musculo ciliar. 
Aplicações terapêuticas: raramente vezes é usado 
em terapêutica, exceto no olho, como fármaco 
miótico no tratamento do glaucoma, por causar 
contração pupilar e diminuição da pressão 
intraocular. 
• Pilocarpina 
É uma amina terciária, que resiste a hidrólise 
pela AChE; é pouco potente, e, por não possuir 
carga elétrica, penetra no SNC. Usos restritos a 
região ocular. 
Anticolinesterásicos reversíveis – 
Agonistas colinérgicos de ação indireta 
O AChE é uma enzima que hidrolisa 
especificamente o ACh, transformando em acetato 
e colina e conclui a sua ação. Os inibidores da 
AChE (fármacos anticolinesterásicos, ou inibidores 
da colinesterase) promovem ações colinérgicas 
indiretamente, prevenindo a degradação da ACh. 
Isso resulta em acúmulo de ACh na fenda sináptica. 
Esses fármacos podem provocar uma 
resposta em todos os colinoceptores do organismo, 
incluindo os receptores muscarínicos e nicotínicos 
do SNA, bem como nas JNMs e no cérebro. Os 
inibidores reversíveis da AChE podem ser 
classificados como fármacos de ação curta ou 
intermediária. 
• Edrofônio 
É uma amina quaternária, e é usado no 
diagnóstico de doenças autoinumes. Ele é um 
protótipo inibidor da AChE que tem ação curta. Ele 
se liga de modo reversível ao centro ativo da AChE, 
impedindo a hidrolise da ACh. É seguida é 
absorvido rapidamente e tem duração de ação 
curta. 
• Fisostigmina 
É um éster nitrogenado encontrados em 
plantas; é o substrato da AChE que forma um 
intermediário de carbamilado relativamente estável, 
que se torna reversivelmente inativado. 
Potencializa a atividade colinérgica no organismo. 
1. Estimula receptores muscarínicos e 
nicotínicos no SNA e nicotínicos no JNM; 
Aplicações terapêuticas: aumenta a motilidade do 
intestino e da bexiga, servindo no tratamento de 
atonia nos dois órgãos; usada também no 
tratamento de doses excessivas de fármacos com 
ações anticolinérgicas, como a atropina. 
• Neostigmina 
É um fármaco sintético que é uméster, e 
inibe reversivelmente a AChE similarmente a 
fisostigmina. Tem uma ação intermediária. 
1. Pode estimular a contrabilidade dos 
músculos esqueléticos 
Aplicações terapêuticas: é usada para estimular a 
bexiga e o TGI, e também como antagonista de 
fármacos bloqueadores musculares competitivos. 
Também é usada ainda no tratamento sintomático 
da miastenia grave. 
• Piridostigmina e ambenônio 
São inibidores da colinesterase usados no 
tratamento crônico da miastenia grave. Sua ação é 
intermediária, mas mais longas do que a da 
neostigmina. 
• Tacrina, donepezila, rivastigmina e 
galantamina 
São anticolinérgicos usados em pessoas que 
possuem deficiência nos hormônios colinérgicos. 
 
Moisés Santos|@eumoisesantos_ Odontologia UFPE – Farmacologia IV – 2020.2 
Anticolinesterásicos irreversíveis – 
Agonistas colinérgicos de ação indireta 
Inúmeros compostos organofosforados 
sintéticos apresentam a propriedade de ligar-se 
covalentemente à AChE; gerando um aumento de 
longa duração nos níveis de ACh em todos os locais 
onde ela é liberada. Vários desses fármacos são 
extremamente tóxicos. 
• Ecotiofato 
É um organofosforado que se liga 
covalentemente no local ativo da AChE por meio do 
seu grupo fosfato. 
1. Estimula a ação colinérgica generalizada; 
2. Causa paralisia da função motora; 
3. Provoca convulsões; 
4. Provoca miose (aplicação terapêutica) 
Toxicologia dos fármacos 
anticolinesterásicos 
Os inibidores irreversíveis da AchE (na 
maioria compostos organofosforados) são usados 
comumente como inseticidas na agricultura, mas 
causam envenenamentos. Gases 
organofosforados que atuam em nervos, como o 
sarin; a toxicidade dessas substâncias se manifesta 
com sinais e sintomas nicotínicos e muscarínicos 
(crise colinérgica). Dependendo da substância, o 
efeito pode ser periférico ou afetar todo o 
organismo. 
• Reativação da acetilcolinesterase 
A pralidoxima (2-PAM) pode reativar a 
acetilcolinesterase (AchE) inibida. Contudo, ela é 
incapaz de entrar no SNC e, por isso, não é útil no 
tratamento dos efeitos dos organosfosforados no 
SNC. 
A presença de um grupo químico carregado 
permite que a pralidoxima se aproxime do sítio 
aniônico na enzima. Se for administrada antes de 
acontecer a estabilização da enzima alquilada, ela 
consegue reverter os efeitos periféricos 
muscarínicos e nicotínicos, mas não os efeitos no 
SNC. 
A pralidoxima é um inibidor fraco da AChE e, 
em dosagens maiores do que as usuais, pode 
causar efeitos similares aos de outros inibidores da 
AChE. Além disso, ela não consegue reverter a 
toxicidade dos inibidores reversíveis de AChE. 
• Outros tratamentos 
1. A atropina é administrada para prevenir 
os efeitos adversos muscarínicos dessas 
substâncias. Tais efeitos incluem 
aumento das secreções bronquiais e da 
saliva, broncoconstrição e bradicardia. 
2. O diazepam também é administrado para 
diminuir a convulsão persistente causada 
por essas substâncias. 
 
 
 
 
Referências: 
EDITORIA DE WANNMACHER, Lenita; 
FERREIRAS, Maria Beatriz Cardoso 
(editora). Farmacologia clínica para dentistas. 
3.ed. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017. 
545. p 
GOODMAN & GILMAN. As Bases 
Farmacológicas da Terapêutica. 12ª Ed. Rio de 
Janeiro; Editora Guanabara Koogan. 2012. 
WHALEN, K.; FINKEL, R.; PANAVELIL, T. 
A. Farmacologia ilustrada. 6. ed. Porto Alegre: 
Artmed, 2016.

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