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Coccidioides immitis Referências bibliográficas Microbiologia Médica (cap. 57, 58, 64 e 65) Goldman-Cecil Medicina (cap. 332 a 339) Micose sistêmica – Dimórfica Causador da coccidioidomicose Comum nas américas (Norte, Central, Sul), conhecida como Febre do Vale Maioria dos indivíduos: assintomáticos Cerca de 1%: quadro disseminado semelhante a tuberculose Doença dos caçadores de Tatu (ou arqueólogos, p.e.; mais prevalente no semi-árido) PATOGÊNESE A inalação de um único artroconídio até os bronquíolos terminais inicia virtualmente todas as infecções da coccidioidomicose. A proliferação fúngica produz tanto uma inflamação granulomatosa, que está associada a esférulas íntegras, como uma inflamação aguda incluindo eosinófilos, que está associada a ruptura e proliferação de esférulas. O quadro de pneumonia focal geralmente está associado à adenopatia hilar ipsilateral e, com menos frequência, a infecção causa um aumento de linfonodos peritraqueais, supraclaviculares e cervicais. As lesões que ocorrem em outros sítios são resultado de disseminação hematogênica, e a maioria torna-se aparente dentro de dois anos após a infecção inicial. Embora a disseminação progressiva ocorra em menos de 1% das infecções, até 8% das pessoas com infecção autolimitada apresentam cicatrizes coriorretinianas assintomáticas, o que sugere que a disseminação hematogênica subclínica pode ser frequente. Depois de semanas após a infecção, a imunidade duradoura de linfócitos T normalmente impede a proliferação fúngica, permitindo a resolução da inflamação e a prevenção de reinfecções no futuro. Entretanto a infecção é controlada sem a esterilização das lesões, e a reativação de uma infecção latente ou reinfecções são possíveis em pacientes cuja imunidade celular se torne deficiente. *** As esférulas contêm uma grande quantidade de esporos e permitem que o fungo cause a doença mesmo com uma menor carga fúngica. DIAGNÓSTICO Identificação dos assintomáticos: teste cutâneo Testes sorológicos e biologia molecular Identificação das esférulas em fluídos e tecidos: mais específico Tratamento: cetoconazol e itraconazol ou anfotericina B FORMAS CLÍNICAS Pulmonar primária: surgem de uma a três semanas após a exposição ao fungo. Cerca de 60% dos indivíduos infectados evoluem para a cura. Os demais apresentam manifestações de doença respiratória aguda, simulando gripe, com febre, sudorese noturna, tosse e/ou dor torácica tipo pleurítica. Pulmonar progressiva - Pode apresentar-se como: 1) lesões nodulares ou cavitárias, às vezes representando achado radiológico casual; 2) doença pulmonar fibrocavitária; 3) disseminação miliar pulmonar, diagnóstico diferencial com a TB Disseminada: Aproximadamente 0,2% dos pacientes com a forma pulmonar primária evoluem com disseminação das lesões, predominantemente para a pele, sistema nervoso central e sistema osteoarticular.
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