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GÊNEROS DISCURSIVOS PARA O ENSINO DE LÍNGUA MATERNA

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Cítia da Rosa Colares Couto 
Thiago Eliseu Sutil 
Ana Paula Barcelos 
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - Letras (LED 113) – Prática do Módulo I - 15/06/21 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GÊNEROS DISCURSIVOS PARA O ENSINO DE 
LÍNGUA MATERNA 
 
 
 
 
 
 
Thiago Eliseu Sutil 
Cíntia da Rosa Colares Couto¹ 
Ana Paula Barcelos² 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
 Existe uma diversidade de gêneros discursivos, e é imprescindível que as pessoas conheçam e 
familiarizem-se, por através da cultura letrada da sociedade, se faz necessário saber produzir vários 
gêneros textuais para que se possa ter uma visão mais ampla da língua. O presente trabalho tem por 
objetivo apresentar a importância do estudo dos gêneros discursivos para o ensino da língua 
materna em sala de aula e uma breve exposição sobre a teoria de gêneros discursivos. 
 A abordagem dos gêneros discursivos no ensino da Língua Materna promove o letramento na 
escola, um aprofundamento na escrita em diferentes contextos sociocomunicativos, oferecer aos 
alunos uma aprendizagem nas diversas condições de comunicação, formando leitores críticos e 
produtores de textos conscientes, capazes de interpretar diferentes textos e produzir textos eficazes 
nas mais variadas situações. 
 Numa concepção da linguagem, língua e gênero do discurso manifestações históricas, ligadas 
à vida cultural e social compreende os gêneros discursivos como formas linguísticas padronizadas, 
ligadas com as situações sociais de interação, onde considera as necessidades sociais dos alunos 
para selecionar os gêneros para o trabalho com a língua materna e que os objetivos propostos estão 
relacionados com o desenvolvimento das capacidades comunicativas dos alunos. 
 Acredita-se que trabalho com a diversidade de gêneros constituem-se como uma importante 
ferramenta para o ensino e a aprendizagem da língua materna, ao explorarem aspectos sociais, 
dialogam com situações do contexto social no qual estão inseridos os alunos, de modo que os 
gêneros constituem-se em instrumentos promotores de reflexões diversas, na formação crítica, 
capazes de produzirem uma nova visão sobre a sua existência. 
 Essa pesquisa será um estudo bibliográfico qualitativo através de uma análise embassada nas 
teorias propostas por autores como Bakhtin (1992), Marcuschi (2003), Antunes (2006) e dos PCN’s 
(Parâmetros Curriculares Nacionais), onde a percepção dos sentidos enunciados não estão prontos e 
acabados, mas inseridos em determinados contextos de produção. Por sua vez defendem que o 
homem transforma o mundo por meio de instrumentos, na qual a linguagem tem um papel essencial 
para a construção do conhecimento e na formação dos indivíduos, sendo agente construtor de 
conhecimento e transformador da atividade humana no mundo. Assim, abordaremos, primeiramente 
a fundamentação teórica, em os gêneros discursivos: contribuições teóricas de autores, no que diz 
respeito ao ensino de Língua Materna, logo nos Resultados e Discussão teremos a relevância do 
gênero discursivo na sala de aula. 
 
 
 
3 
 
 
 
 
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
 
 2.1 Gêneros Discursivos: Contribuições Teóricas 
 
 Segundo Todorov (1980), a palavra gênero tem sido usada desde Platão, com a finalidade de 
distinguir o lírico, na qual o autor apenas falava; o épico, o autor e personagem falam; o dramático , 
apenas a personagem falava, sendo uma constante temática, interessava aos antigos, tanto na 
retórica quanto às pesquisas em semiótica literária e teorias lingüísticas. (BRANDÃO 2001, apud 
Santos, 2004) 
 Considera-se o texto oral ou escrito como a manifestação concreta do discurso, em qualquer 
passagem, falada ou escrita, que forma um todo significativo e independente de suas extensão, uma 
unidade de sentido ou um contínuo comunicativo contextual caracterizada como um conjunto de 
relações responsáveis pela estrutura do texto, uma unidade de análise inserida numa perspectiva 
sócio-semiótica, na qual conforme Koch (2003) “os significados são entendidos como criados a 
partir de escolhas de unidades discretas significativas, que são estruturalmente organizadas, 
disponíveis no sistema lingüístico e motivadas socialmente”. 
 Segundo Kress (1985) discurso é constituído por: 
jogos sistematicamente organizados de declarações que dão expressão aos 
significados e valores de uma instituição. Um discurso provê um jogo de possíveis 
declarações sobre uma determinada área... Nisso provê descrições, regras, 
permissões e proibições sociais e ações individuais. 
 
 Percebe-se que o discurso e gêneros são formados nas estruturas e processos sociais, na qual 
deriva-se das instituições e gênero das ocasiões sociais em que a vida social acontece. Os textos são 
determinados pelos sentidos do discurso que aparecem no texto e pelas formas, significados e 
construções de um gênero específico. Trata-se de aspectos que são constituídos da natureza 
empírica, sejam inseparáveis ou extrínsecos da língua, refere-se à situação realizada no campo do 
discurso, ou seja, a uma situação discursiva, como o contexto alude o seu aspecto sócio-
comunicativo. (MARCUSCHI 2008, p. 29-30) 
Os gêneros do discurso não podem ser considerados como formas que se 
encontram à disposição do locutor a fim de que este molde seu enunciado nessas 
formas. Trata-se, na realidade, de atividades sociais que, por isso mesmo, são 
submetidas a um critério de êxito. (MAINGUENEAU 2001, p. 37) 
 
 Para Marcuschi o gênero está entre o discurso, como uma atividade mais universal e o texto, 
como uma peça empírica particularizada e configurada numa determinada composição observável 
sendo visto como prática social e prática textual-discursiva, pois os gêneros são modelos 
4 
 
 
 
correspondentes a formas sociais reconhecíveis nas situações de comunicação em que ocorrem, 
sendo relativa ao momento histórico-social em que surge e circula. (MARCUSCHI 2008, p. 84) 
O gênero é uma escolha que leva consigo uma série de consequências formais e 
funcionais. A própria seleção da linguagem segue a decisão do gênero e seu 
funcionamento discursivo no contexto pretendido. Na realidade, se observamos 
como agimos nas nossas decisões na vida diárias, dá-se o seguinte: primeiramente, 
tenho uma atividade a ser desenvolvida e para a qual cabe um discurso 
característico. Esse discurso inicia com a escolha de um gênero que por sua vez 
condiciona uma esquematização textual. (MARCUSCHI 2008, p. 85) 
 
 Para apoiar a concepção de tratar os gêneros textuais como elementos discursivos, inclui-se o 
texto nas práticas discursivas sem dissociá-lo de sua historicidade e de suas condições de produção, 
de modo que o gênero textual pode ser entendido como a diversidade socioculturalmente 
discursivas humanas e a separação do textual e do discursivo é metodológica, levando em conta os 
aspectos textuais e discursivos do gênero, optando pelo uso do termo gênero textual sem diferenciá-
lo do termo gênero discursivo. (Adam 1999 apud MARCUSCHI 2008, p. 83) 
Trata-se de reiterar a articulação entre o plano discursivo e textual, considerando o 
discurso como o “objeto de dizer” e o texto como o “objeto de figura”. O discurso 
dar-se-ia no plano do dizer (a enunciação) e o texto no plano da esquematização (a 
configuração). Entre ambos, o gênero é aquele que condiciona a atividade 
enunciativa. (MARCUSCHI 2008, p. 81-82) 
 
 O domínio dos gêneros discursivos como instrumento possibilita aos agentes produtores e 
leitores uma melhor relação com os textos, pois, ao compreender como utilizar o texto de um 
determinado gênero, deduz que a linguagem será de forma mais eficaz, mesmo diante de textos de 
gêneros ainda desconhecidos, de modo que no gênero discursivo a linguagemé instrumento 
mediador do sujeito e o mundo, não é externo ao sujeito como argumenta Schneuwly, mas interno a 
ele, pois para Schneuwly: 
o gênero sendo um instrumento tem duas faces: por um lado, há o artefato material 
ou simbólico, o produto material existente fora do sujeito, materializando por sua 
própria forma e as operações que esta torna possíveis os fins aos quais o 
instrumento é destinado; por outro lado o do sujeito, há os esquemas de utilização 
do objeto que articulam suas possibilidades às situações de ação (por exemplo, 
tarefas a resolver). O instrumento, para se tornar mediador, ou seja, para tornar-se 
transformador da atividade, precisa ser apropriado; ele não é eficaz senão à medida 
que se constroem, por parte do sujeito, os esquemas de sua utilização. Estes 
esquemas de utilização são plurifuncionais: através deles, o instrumento faz ver o 
mundo de uma certa maneira e permite conhecimentos particulares do mundo, 
definindo classes de ação possíveis através das finalidades que se pode atingir 
graças a ele, na qual guia e controla a ação durante seu próprio desenvolvimento. A 
apropriação do instrumento pode ser vista como um processo de instrumentalização 
que provoca novos conhecimentos e saberes, que abre novas possibilidades de 
ações, que sustenta e orienta estas ações. 
 
 Conforme Vigotski (1991), os processos de interação social são constituintes de práticas 
internalizadas, o desenvolvimento da linguagem e do pensamento tem origens sociais, externas, 
5 
 
 
 
estabelecido através da transformação do processo interpessoal em um processo intrapessoal, ou 
seja, primeiro, as funções do desenvolvimento do indivíduo aparecem no nível social, para somente 
depois aparecer no nível individual, onde as relações reais entre as pessoas são constitutivas dos 
processos de internalização. Por sua vez é através da interação e da linguagem que o indivíduo 
desenvolve-se social e individualmente, estabelecendo a relação de seu conhecimento de mundo 
com o outro, conclui-se que a linguagem como gênero discursivo é uma ação que já está 
internalizada ao indivíduo, apenas deve resgatar para sua utilização, dependendo do contexto no 
qual será inserido. 
 Marcuschi acredita que é na classificação que surgirá a noção precisa de gênero, contribuindo 
para o entendimento da relação entre a fala e a escrita, dos processos de contextualização, lexical e 
estilística, pois os gêneros são modos de organização da informação que representariam as 
potencialidades as língua, as rotinas retóricas ou formas convencionais que o falante tem à sua 
disposição na língua quando quer organizar o discurso.” (MARCUSCHI 1996, p.4) 
a língua é fundamentalmente um fenômeno sociocultural que se determina na 
relação interativa e contribui de maneira decisiva para a criação de novos mundos e 
para se tornar definitivamente humanos. (BUIN 2002, p.125) 
 
 Segundo Geraldi o sujeito que fala pratica ações que não conseguiria levar a cabo, a não ser 
falando, estando relacionada à competência linguística internalizada, ou seja, ao conjunto de regras 
que é dominado pelos falantes e que lhes permite o uso normal da língua, de modo que se reconhece 
que a língua está em constante adaptação, por isso, organiza-se em gêneros discursivos 
relativamente estáveis de comunicação, na qual circulam em sociedade e presentes nas aulas de 
língua portuguesa. (GERALDI 2006, p 41) 
 Volochínov ao criar sua teoria da interação verbal, destacou os diferentes tipos de discurso 
praticados nas mais diversas situações da vida corrente, encontradas nas trocas de discurso 
cotidianas e são reforçadas pelos usos e pelas circunstâncias, seja numa conversa espontânea com 
um amigo, ou entre marido e mulher, ou seja, as esferas sociais são reguladas por discursos 
organizados, por gêneros linguísticos ou gêneros da fala. (VOLOCHÍNOV 2010, p. 130) 
Para falar utilizamo-nos sempre dos gêneros do discurso, em outras palavras, todos 
os nossos enunciados dispõem de uma forma padrão e relativamente de 
estruturação e um todo. Possuímos um rico repertório dos gêneros do discurso orais 
(e escritos). Na prática, usamo-los com segurança e destreza, mas podemos ignorar 
totalmente a sua existência teórica.[...]...falamos em vários gêneros sem suspeitar 
de sua 37 Work. pap. linguíst., 10 (1): 33-43, Florianópolis, jan. jun., 2009 
existência.[...] As formas da língua e as formas típicas de enunciados, isto é, os 
gêneros do discurso, introduzem-se em nossa experiência e em nossa consciência 
conjuntamente e sem que sua estreita correlação seja rompida. Aprender a falar é 
aprender a estruturar enunciados (porque falamos por enunciados e não por orações 
isoladas e, menos ainda, é óbvio, por palavras isoladas). Os gêneros do discurso 
organizam nossa fala da mesma maneira que a organizam as formas gramaticais 
(sintáticas) (BAKHTIN 2010, p. 301-302). 
6 
 
 
 
 
 Para Bakhtin os gêneros aparecem na fala e na escrita dentro de um continuo tipológico das 
práticas sociais de produção textual, onde a enunciação é um produto da relação social, além de 
completar qualquer enunciado que faz parte de um gênero, onde a utilização da língua se realiza em 
enunciado oral e escrito. Classifica os gêneros em primários que estão relacionados com o cotidiano 
e os secundários que se referem ao discurso científico, teatro, entre outros, por sua vez explica que 
os gêneros são aprendidos no decorrer da vida, como participantes de um determinado grupo social, 
funcionando como modelos comunicativos na sociedade de forma concreta. 
Os gêneros secundários do discurso – o romance, o teatro, o discurso científico, o 
discurso jornalístico, etc. - aparecem em circunstâncias de uma comunicação 
cultural mais complexa e relativamente mais evoluída, principalmente escrita: 
artística, científica, sociopolítica. (BAKHTIN 2003, p. 281) 
 
 Segundo Campos o filósofo Bakhtin propõe um estudo da linguagem enquanto atividade 
comunicativa, não comprometida somente com forma ou classificação, mas como um campo 
interativo formado por gêneros de diferentes esferas da atividade humana, ao abordar os signos 
verbais, seja na sua dimensão oral ou escrita, a orientação para o outro e o diálogo entre 
consciências estabelecem como elementos indispensáveis aos estudos da linguagem, entende-se que 
a linguagem é elemento fundamental na interação entre sujeitos social e historicamente situados, ou 
seja o sujeito se constitui na e pela linguagem, através da interlocução que estabelece com o outro. 
(CAMPOS 2016, p. 127) 
Aprendemos a moldar nossa fala às formas do gênero e, ao ouvir o falado por 
outro, sabemos de imediato, bem nas primeiras palavras, pressentir-lhe o gênero, 
adivinhar-lhe o volume (a extensão aproximada do todo discursivo), a dada 
estrutura composicional, prever-lhe o fim, ou seja, desde o início, somos sensíveis 
ao todo discursivo que, em seguida, no processo da fala, evidenciará suas 
diferenciações. (BAKHTIN 2010, p.302) 
 
 A linguagem é a expressão de um com outro num determinado momento sócio-
historicamente e marcado como um evento único e irrepetível, sendo uma interação verbal, na qual 
só por existir objetiva-se na realidade concreta compartilhada entre o eu e o outro e sendo um 
fenômeno real e concreto, realizado num determinado espaço e momento únicos se dá o nome de 
enunciado concreto. (MOLON e VIANNA 2012, p. 148-149) 
 Para Bakhtin (2010) a língua vive e evolui historicamente na comunicação concreta, onde o 
sujeito que se utiliza de um sistema linguístico, redistribui suas regras a fim de concretizar seus 
propósitos comunicativos, pois há aprendizagem com a linguagem por meio do uso que fazemos 
dela na interação oral ou escrita na qual estabelecemos com o outro sendo real ou virtual. 
(FARACO 2006, p.2) 
O locutor não é um Adão, e por isso o objeto deseu discurso se torna, 
inevitavelmente, o ponto onde se encontram as opiniões de interlocutores imediatos 
(numa conversa ou numa discussão acerca de qualquer acontecimento da vida 
7 
 
 
 
cotidiana) ou então as visões do mundo, as tendências, as teorias, etc. (na esfera da 
comunicação cultural). A visão, a tendência, o ponto de vista, a opinião tem sempre 
sua expressão verbal. [...] O enunciado está voltado não só para o seu objeto, mas 
também para o discurso do outro acerca desse objeto. (BAKHTIN 2010, p. 319-
320) 
 
 Entende-se que todo texto é elaborado a partir de outro texto, pois o texto é o lugar de 
encontro das diversas vozes, opiniões e ideologias, visto que a produção da enunciação está sempre 
voltada para o discurso do outro, sendo uma resposta a outro enunciado. Para Marcuschi (2008) “o 
texto é uma (re) construção do mundo e não uma simples refração ou reflexão, mas sim, um tecido 
estruturado, uma entidade significativa, uma entidade de comunicação e um artefato sócio-histórico 
e em relação aos gêneros discursivos, é uma ação social tipificada que se dá na recorrência de 
situação que torna o gênero reconhecível, sendo os gêneros artefatos socioculturais utilizados pelos 
falantes/escritores em diversas situações sócio-comunicativas”. (MARCUSCHI 2008, p. 19) 
 Conforme Bakhtin “se os gêneros do discurso não existissem e nós não tivéssemos seu 
domínio e se fosse preciso cria-los pela primeira vez em cada processo de fala, se nos fosse preciso 
construir cada um de nossos enunciados, a troca verbal seria impossível, onde cada enunciado 
particular é individual, mas cada campo de utilização da língua elabora seus tipos relativamente 
estáveis de enunciados, onde a riqueza e a diversidade dos gêneros do discurso são infinitas porque 
são inesgotáveis as possibilidades da multiforme atividade humana”. (BAKHTIN 2010, p. 302) 
 Conclui-se que os gêneros estão disponíveis em sociedade e servem para que se estabeleça 
interações com o outro, por conseguinte as manifestações linguísticas são organizadas em 
determinados gêneros desde o momento em que a criança começa a falar e vai aprendendo a utilizar 
a linguagem no processo de enunciação, adequando seus enunciados em gêneros a diferentes 
situações de comunicação”. (SHOMOLLER 2009, p. 34) 
 Os gêneros do discurso são apropriados pelos indivíduos, pois é por meio de enunciações 
concretas que se assimila as estruturas sintáticas, lexicais, morfológicas da língua, visto que todos 
os indivíduos que participam de uma cultura compartilham de um repertório de gêneros, na qual 
permite a comunicação, mesmo sem haver o conhecimento dos gêneros ou em relação às formas da 
língua, impedirá o sujeito de participar de uma situação de interação verbal, seja ela oral ou escrita. 
(BAKHTIN, 2003 p. 283) 
 Os gêneros do discurso se constituem como um elo entre a história social e a história 
lingüística, pois registram e refletem as mínimas mudanças que ocorrem nas práticas e valores 
diários, pois nenhum fenômeno novo, o fonético, léxico e o gramatical integra o sistema da língua 
sem ter percorrido um caminho de experimentação e elaboração dos gêneros e estilos. (BAKHTIN 
2003, p. 268). 
8 
 
 
 
 Para Rojo “conteúdo temático são conteúdos ideologicamente conformados, que se tornam 
comunicáveis (dizíveis) através dos gêneros, isto é, conjunto de temáticas que um certo gênero 
abrange, conclui-se naquilo que pode ser dito numa dada forma típica de enunciado em determinado 
campo da comunicação discursiva”. (ROJO 2005, P. 196) 
 Conforme Bakhtin (2003) “os gêneros correspondem a situações típicas da comunicação 
discursiva, a temas típicos, por conseguinte, a alguns contatos típicos dos significados das palavras 
com a realidade concreta em circunstâncias típicas”. 
 O conteúdo temático vincula-se ao contexto de produção do gênero e constitui a intenção do 
produtor do modelo discursivo, bem como a função social de tal produção, pois para identificar o 
tema de um enunciado e do gênero é preciso recuperar o contexto de produção sem confundi-lo com 
o assunto, pois o tema é sempre inédito e não repetível, visto que o tema aborda todo o aspecto 
discursivo do enunciado e não pode ser compreendido se não ultrapassar os limites linguísticos. 
(COSTA-HÜBES e ESTEVES 2015, p. 92) 
 A dimensão estilo corresponde à seleção dos recursos lexicais, fraseológicos e gramaticais da 
língua, estando relacionada ao gênero discursivo, no qual o enunciado se materializa. Para Bakhtin 
(2003), “cada esfera da atividade humana é permeada por gêneros que correspondem às 
especificidades de um dado campo, e a esses gêneros correspondem determinados estilos”. 
 O estilo diz respeito às escolhas linguísticas, enunciativas e discursivas realizadas pelo 
produtor do gênero discursivo, está vinculado ao contexto de uso da língua, pois é o contexto que 
determinada os recursos apropriados para retratar a realidade, estabelecendo uma relação 
indissolúvel com o gênero. (COSTA-HÜBES e ESTEVES 2015, p. 91) 
 O terceiro elemento, a forma composicional, compreende os elementos das estruturas 
comunicativas e semióticas compartilhadas pelos textos pertencentes ao gênero, corresponde a 
estrutura e organização característica dos diferentes enunciados. (ROJO 2005, p.196) 
 Conforme Bakhtin há uma mútua determinação entre todos esses elementos: 
O emprego da língua efetua-se em formas de enunciados...Esses enunciados 
refletem as condições específicas e as finalidades de cada referido campo não só 
por seu conteúdo (temático) e pelo estilo da linguagem, ou seja, pela seleção dos 
recursos lexicais, fraseológicos e gramaticais da língua mas, acima de tudo, por sua 
construção composicional. Todos esses três elementos – o conteúdo temático, o 
estilo, a construção composicional – estão indissoluvelmente ligados no todo do 
enunciado e são igualmente determinados pela especificidade de um determinado 
campo da comunicação discursiva. (BAKHTIN 2003, p. 261) 
 
 Para Barbosa (2001) “ a forma composicional pode ser compreendida como um conjunto de 
restrições às formas de dizer que são impostas pelas situações recorrentes e específicas da 
comunicação discursiva, comparada ao estilo, se apresenta como uma categoria mais fechada, 
embora não seja estática”. 
9 
 
 
 
 Em relação à construção composicional, trata da forma como determinado gênero 
discursivo/textual se organiza, isto é, a forma padrão relativamente estável de estruturação de um 
todo, mas esta pode modificar-se de acordo com as alterações nos projetos enunciativos e nas 
relações dialógica. (COSTA-HÜBES e ESTEVES 2015, p. 91) 
 
3. RESULTADOS E DISCUSSÕES 
 
 Percebe-se que durante as nossas atividades cotidianas há a interação com outros 
participantes e papéis e é ai que os gêneros discursivos desempenham as funções de representação 
do mundo e constituições de papéis e relações, visto que quando o ensino de língua portuguesa 
apoiado nos gêneros discursivos contribui na formação de leitores e escritores, pois os alunos 
podem sim ter o contato com as práticas sociais de linguagem, materializadas nos gêneros. 
(MOTTA e ROTH 2008, p. 249) 
 Nos PCNs (Parâmetros Curriculares Nacionais) de Língua Portuguesa percebe-se a 
linguagem como: 
ação interindividual orientada por uma finalidade específica, um processo de 
interlocução que se realiza nas práticas sociais existentes nos diferentes grupos de 
uma sociedade, nos distintos momentos de sua história, onde todo texto se organiza 
dentro de determinado gênero em função das intenções comunicativas, como parte 
das condições de produção dos discursos, as quais geram usos sociais que os 
determinam, pois os gêneros discursivos/textuais são determinados historicamente, 
constituindo formasrelativamente estáveis de enunciados, disponíveis na cultural. 
(PCNs 1998, p. 20-21) 
 
 Conforme a visão crítica dos Parâmetros Curriculares Nacionais, percebe-se a 
importância dada às mudanças qualitativas dos paradigmas para o processo de ensino aprendizagem 
de línguas. A escola deve trabalhar a linguagem numa perspectiva sócio-interacionista, pois o 
objetivo principal é a interação, a comunicação com o outro, dentro de um contexto social, pois o 
estudo dos gêneros discursivos e como se articulam irá proporcionar aos alunos e ao professor uma 
visão ampla das possibilidades de usos da linguagem, de modo que a atividade verbal é interposta 
por interações sócio-verbais, fazendo com que a linguagem adquira uma conceição comunicativa. 
 Ao estudar a linguagem a partir de textos reais há a introdução de uma concepção de texto 
como uma resposta a outros textos, que tratam do mesmo princípio do discurso, na qual se 
relaciona, de modo que é ainda uma resposta orientada ao seu interlocutor. Conclui-se que cada 
texto é uma língua, que sendo única, um lugar de sentidos, ao ser reproduzida por um sujeito será 
sempre um acontecimento novo. (CAMPOS 2016, p. 127) 
 O professor de língua materna ao seguir a noção de texto como algo concreto, onde está 
presente na sociedade, com propósitos discursivos específicos, irá contribuir na formação crítica de 
10 
 
 
 
seus alunos, pois a produção de um discurso, conforme Campos (2016) “ao apoiar-se na filosofia 
materialista bakhtiniana será sempre um acontecimento em resposta/ativa a outro discurso”. 
 Os professores devem abordar os gêneros em sala de aula de forma que aflore para ser 
produzido a ligação entre quem e o que se quer dizer, para quem se quer dizer, com que intenção e 
em que momento, especificamente nos níveis fundamental e médio, visto que é nesses níveis de 
ensino que os alunos estão se constituindo como leitores e produtores de texto. (SCHOMOLLER 
2009, p. 34) 
 A organização da linguagem dentro dos gêneros discursivos é de forma social e histórico-
culturais, na qual é nesse contexto em que se dá a interação verbal, de modo que o professor tem 
papel importante na mediação entre os alunos e a variedade de modelos discursivos, visto que a 
escola é o espaço em que se dá a transformação da linguagem oral e escrita do sujeito. 
(SCHOMOLLER 2009, p. 37) 
 Conforme Swales: 
um gênero engloba uma classe de eventos comunicativos, cujos membros 
compartilham algum conjunto de objetivos comunicativos. Esses objetivos são 
reconhecidos pelos membros peritos da comunidade discursiva de origem, e dessa 
forma constituem a razão para o gênero. Essa razão formata a estrutura 
esquemática do discurso e influencia e delimita a escolha de conteúdo e estilo 
(SWALES 1992, p. 58) 
 
 Ao escolher os gêneros como objeto de ensino tem como vantagens facilitar a compreensão 
de contextos sócio-históricos essenciais para o processo de compreensão e produção de textos, 
permitir ao aluno formas adequadas a se dizer no meio social, compreendendo e produzindo textos 
mais adequados, fornecer ferramentas para que as práticas de uso de linguagem tenham um 
fundamento e uma sequenciação funcional e executável. (SOUZA 2004, p. 163-164) 
 Para Bakhtin, a distinção entre dois gêneros deve ser levada em conta porque: 
ignorar a natureza do enunciados e as particularidades do gênero que assinalam a 
variedade do discurso em qualquer área do estudo lingüístico leva ao formalismo e 
à abstração, desvirtua a historicidade do estudo, enfraquece o vínculo existente 
entre a língua e a vida. A língua penetra na vida através dos enunciados concretos 
que a realizam, e é também através dos enunciados concretos que a vida penetra na 
língua. (BAKHTIN 1992, P. 283) 
 
 A escola deve proporcionar aos alunos a possibilidade de escrever diferentes papéis sociais 
e para diferentes interlocutores com finalidades variadas e é no estudo de gêneros que atenderão às 
necessidades dessas condições de produção, constituindo a reprodução e a transformação de 
sentidos e de sujeitos e é estes sujeitos que podem criar meios e elementos que façam com que a 
produção de textos acadêmicos se transforme de modo significativo em contexto social de 
produção, circulação e recepção, por sua vez devemos priorizar a leitura e produção de textos e 
discursos, pois a principal finalidade da escola, além da competência lingüística aos alunos, é a 
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formação de leitores críticos e competentes produtores de textos, conscientes do lugar que ocupam e 
de sua capacidade de interação social. 
 Conforme no PCN: 
o texto deve ser objeto de ensino privilegiado e deve ser visto como forma 
discursiva que reflete a diversidade de gêneros recorrentes na sociedade, em que o 
objetivo geral é criar condições para que o aluno possa desenvolver sua 
competência discursiva, pois a competência discursiva refere-se a um sistema de 
contratos semânticos responsável por uma espécie de filtragem que opera os 
conteúdos em dois domínios interligados que caracterizam o dizível: o universo 
intertextual e os dispositivos estilísticos acessíveis à enunciação dos diversos 
discursos. (PCN 1997, p. 31) 
 
 Por sua vez para Biasi-Rodrigues (2002) os preceitos do PCN são obedecidos, visto que 
nos inúmeros livros didáticos do ensino fundamental propõe atividade a partir da noção de gêneros, 
mas que nem sempre as propostas contemplam realmente o desenvolvimento de competências 
comunicativas ou a efetiva relação entre teoria e prática, sendo inúmeras vezes o velho 
estruturalismo com roupagem de sócio-interacionismo. 
 Referente as mudanças na disciplina de língua portuguesa, se faz necessário para os 
professores uma mudança de perspectiva, na qual afetaria sua concepção de língua, de gramática, de 
texto, assim na prática pedagógica repensar, redimensionar e refazer as perspectivas e os 
paradigmas, pois os professores sozinhos não conseguiam fazer. (ANTUNES 2002, p. 71) 
 Bakhtin, na obra Questões de estilística e ensino, acerca das formas gramaticais em 
relação à estilística, afirma: 
o aluno aprende em quais condições uma oração subordinada adjetiva pode ser 
transformada em um particípio e quando tal mudança é impossível, além de tomar 
conhecimento da técnica gramatical dessa conversão. Entretanto, nem os 
professores nem o manual explicam ao aluno quando e para quê essa alteração é 
feita. Involuntariamente o aluno se pergunta: para que preciso saber fazer tal 
transformação, se não entendo o seu objetivo? (BAKHTIN 2013, p. 25) 
 
 Para Meurer a importância do estudo do gênero em lingüística aplicada é ser uma forma 
mais atrativa do que o ensino da linguagem humana fundamentada na gramática, coesão, 
modalidades retóricas e coerência, em uma maneira mais adequada a questões relativas aos 
diferentes usos da linguagem e sua interface com o exercício da cidadania, onde a ineficiência da 
abordagem tradicional se deve ao fato de não se preocupar e não dar conta das situações específicas 
em que os indivíduos efetivamente utilizam a linguagem como instrumento de interação, 
reprodução e alteração social. (MEURER 2000, p. 152). 
 Schneuwly e Dolz desenvolvem a ideia de que o gênero deve ser utilizado como meio de 
articulação entre as práticas escolares, no ensino da produção e compreensão de textos, 
considerando o papel central dos gêneros como objeto e instrumento de trabalho para o 
desenvolvimento da linguagem: 
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toda introdução de um gênero na escola é o resultado de uma decisão didática que 
visa a objetivos precisos de aprendizagem, que são sempre de dois tipos: trata-se de 
aprender a dominar o gênero para melhor saber compreendê-lo, para melhor 
produzi-lo na escolaou fora dela; e, em segundo lugar, de desenvolver capacidades 
que ultrapassam o gênero e que são transferíveis para outros gêneros próximos ou 
distantes, pelo fato de que o gênero funciona num outro lugar social, diferente da 
quele em que foi originado, ele sofre, forçosamente, uma transformação. Ele não 
tem mais o mesmo sentido; ele é, principalmente, sempre – gênero a aprender, 
embora permaneça gênero para comunicar. Trata-se de colocar os alunos em 
situações de comunicação que sejam o mais próximas possível de verdadeiras 
situações de comunicação, que tenham um sentido para eles, a fim de melhor 
dominá-las como realmente são, ao mesmo tempo sabendo, o tempo todo, que os 
objetivos visados são (também) outros. O gênero trabalhado na escola é sempre 
uma variação do gênero de referência, construída numa dinâmica de ensino-
aprendizagem, para funcionar numa instituição cujo objetivo primeiramente é 
precisamente este. (SCHNEUWLY e DOLZ 2004, p. 80-81) 
 
 Para Bakhtin (2013) em relação ao estudo do gênero na escola, “desconsiderar a natureza 
do enunciado e as particularidades do gênero leva ao formalismo e à abstração, desvirtua a 
historicidade do estudo, enfraquece o vínculo entre a língua e a vida, que a relevância de se estudar 
gênero também na escola aumentaria a consciência entre o instrumento de trabalho –texto – e vida 
real, diminuindo o formalismo e abstração no estudo da linguagem”. 
 Bonini ao investigar a abordagem de gênero na escola, afirma que: 
Os gêneros discursivos estão dispostos em dois blocos: literária e redacional, na 
qual ambas desconsideram a realidade sociointeracional, apresentando critérios de 
classificação implausíveis e incompletas, como por exemplo a tipologia redacional 
se reduz à narração, descrição e dissertação, não sendo claro que na estruturação do 
texto ou do discurso, existem fenômenos de outra ordem, esquemas de base, 
denominados comumente seqüências textuais ou modalidades discursivas, que não 
se relacionam diretamente às esferas sociais onde a ação linguageira se realiza, mas 
ao texto em que estão inseridas. (BONINI 1998, p. 52) 
 
 De acordo com Bazerman (2005) “os alunos ao terminarem seus estudos, precisam estar 
aptos a produzir muitas diferentes formas de escrita, habilidade e flexibilidade suficientes para se 
adaptar às situações variantes da escrita”, pois os alunos na maior parte mostram-se pouco aptos a 
elaborar textos temáticos argumentativos coesos, coerentes, apresentando dificuldades de organizar 
suas idéias conforme as exigências da norma padrão, sendo necessário a partir da reflexão sobre os 
gêneros discursivos ser instrumento internalizado ao indivíduo, que ao apropriar-se passa a utilizá-
lo como mediador e produtor de sentidos no mundo social, tendo como foco os problemas e 
possibilitem sua superação ou minimização, tendo como domínio dos modos de produção de 
sentido, próprios da escrita e da oralidade. Conforme Biasi-Rodrigues (2002) “as atividades com 
gêneros na sala de aula podem simular a realidade e propiciar um exercício que permita imaginar 
um público ouvinte ou leitor potencial que não inclua o professor”. 
 
 
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