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Trabalho de Gestão 06032021

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Trabalho de Gestão 
A- A função social das Organizações
A preocupação com a responsabilidade social é significativa em nossa sociedade e se percebe inclusive com a expansão do chamado terceiro setor, que cuida ações como educação, saúde ou desmatamento. O terceiro setor é formado por organizações que atendem necessidades que não podem ser verificadas pelo primeiro setor [Governo], pois ele está muito longe destes problemas. Em outras palavras, está muito longe do seu cliente [a sociedade] para poder entender e atender suas necessidades. Porém, acredito que tenha se estabelecido uma confusão no que refere às atribuições de responsabilidade social para as organizações privadas.
Quando sobrecarregamos as organizações privadas com responsabilidades difusas, estamos desviando recursos de energia, talentos e riqueza que estão sendo aplicados em ações nas quais estas organizações não têm a habilidade, nem a capacidade e, muitas vezes, nem a vontade de fazer. Drucker alerta que é um ato de irresponsabilidade uma organização aceitar e mais ainda procurar assumir responsabilidades que impediriam sua capacidade de desempenhar sua principal tarefa e missão ou agir onde não tem competência. Apenas o fazem por marketing, para se estabelecerem de maneira mais interessante na mente de seus consumidores. Entendo que esta seja uma forma pouco eficiente de a sociedade aproveitar o potencial destas organizações e tão pouco é eficiente que as empresas façam marketing a partir da responsabilidade social.
Portanto, quando refletirmos sobre a responsabilidade social podemos concluir que ela é extremamente importante como conceito. A sociedade, as organizações, os gestores e as empresas podem e devem refletir sobre qual é a melhor maneira de apresentar uma responsabilidade social. Talvez seja, por exemplo, cumprindo sua missão da forma mais eficiente possível com ética e responsabilidade para com seus clientes e colaboradores. Acredito que esta seja a forma mais adequada pela qual as organizações do setor privado possam praticar a responsabilidade social.
B – Os desafios contemporâneos para o desenvolvimento sustentável nas empresas.
Mudar produtos, processos, hábitos. Mudar o padrão mental e a maneira de fazer negócios. Esse é o desafio que se impõe a indivíduos e empresas em tempos de equações de complexa solução. Conciliar crescimento populacional e aumento do consumo com diminuição de recursos naturais pressupõe, portanto, enfrentar um incrível desafio de gestão.
Por onde começar, então? Há sete anos, Ideia Sustentável - empresa especializada em estratégia e inteligência em sustentabilidade e também editora desta revista - vem tentando responder a essa questão, no enfrentamento dos desafios cotidianos de consultoria, educação e gestão de conhecimento para algumas das mais importantes empresas do Brasil.
Em seu trabalho, utiliza uma metodologia própria, denominada Observatório de Tendências, por meio da qual monitora cerca de 20 organizações globais produtoras de conhecimento em sustentabilidade, e que serve de base para a análise de cenários e de melhores práticas e o desenvolvimento de estratégias e políticas de sustentabilidade corporativas.
Com base nessa expertise, Ideia Sustentável identificou e selecionou dez desafios da gestão sustentável para as empresas. E dedicou-se, também, a encontrar corporações que estejam encarando de frente cada um desses desafios. Um seleto time de especialistas também foi entrevistado para analisar cada caso.
Uma questão recorrente às empresas que se pretendem sócio ambientalmente responsáveis é "por onde começar?". Nada mais natural, diante da proporção dos desafios decorrentes dos efeitos das mudanças climáticas. Entretanto, a dúvida não deve se sobrepor à ação – compreender e enfrentar dilemas requer iniciativa: a primeira delas, o próprio processo de autoquestionamento.
"Perguntar o que a empresa está fazendo para encarar de forma concreta os grandes temas é uma questão simples em sua formulação, mas extremante complexa em sua resposta. Não se pode pensar em sustentabilidade sem desenvolver soluções para esses desafios", destaca Ricardo Voltolini, CEO da consultoria Ideia Sustentável.
A partir dessa pergunta, fundamental, é possível refletir sobre as possibilidades de mudança - avaliar quais os melhores procedimentos, desenvolver sistemas para reduzir impactos socioambientais e utilizar os recursos naturais de maneira adequada. "Evidentemente a empresa deverá olhar para a própria realidade – o tamanho de sua responsabilidade é exatamente proporcional ao tamanho dos impactos gerados. Sendo assim, uma grande corporação tem mais responsabilidades a gerenciar do que pequenas e médias empresas", exemplifica Voltolini.
No caso da Votorantim – cujas atividades envolvem mais de 400 operações industriais – a necessidade de um olhar amplo e estratégico sobre esses grandes temas tornou-se cada vez mais presente nas últimas décadas. A holding Votorantim Participações (VPar), criada em 2001, estruturou equipes para compartilhar melhores práticas e projetos – entre eles, os de meio ambiente. Entretanto, as questões socioambientais passaram a integrar tantas discussões e ações que a consciência de sua transversalidade se expandiu dentro da companhia.
Para inserir definitivamente a discussão na estratégia da empresa foi criada, em 2008, a Gerência Geral de Sustentabilidade. Ligada à área de Planejamento Estratégico, tem com missão oferecer diretrizes ao grupo e desenvolver as grandes questões socioambientais. No relatório de sustentabilidade da VPar, lançado em 2011, são citados nove temas relevantes e 27 compromissos – para os quais cada negócio deve estabelecer metas e propostas.
"Nossa empresa usa grandes extensões de terra, por exemplo, e isso causa impacto ambiental, sim; portanto, toda ação deve ser bem planejada e estruturada. Além disso, grandes operações atingem as comunidades, então a intervenção precisa ser discutida com seus membros. Por outro lado, há também os efeitos positivos. É fundamental gerenciar essa via de mão dupla", destaca David Canassa, gerente de Sustentabilidade da holding e presidente da Câmara Temática de Energia e Mudança do Clima do Conselho Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS).

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