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DEFINIÇÃO A importância das etapas e da elaboração do planejamento escolar a fim de reforçar os processos, as estratégias e a participação coletiva. PROPÓSITO Obter conhecimentos acerca dos processos de planejamento escolar, destacando suas funções e etapas, para compreender os modos de organização escolar, assim como sua importância ao desenvolvimento do trabalho na escola. OBJETIVOS MÓDULO 1 Definir planejamento escolar, suas etapas e funções MÓDULO 2 Distinguir os processos de planejamento escolar MÓDULO 3 Identificar as características e os usos dos planejamentos, estratégico e participativo, nas escolas INTRODUÇÃO Toda instituição de ensino precisa realizar um planejamento. Acontece que em muitas instituições esse planejamento se limita a “fazer o horário” para que professores e alunos conheçam a sua “grade” do ano letivo e, a partir dela, sobretudo os professores, possam organizar sua vida. Essa ideia advém de uma compreensão do planejamento educacional como uma mera administração dos docentes e a organização do funcionamento dos “horários” das escolas, perspectiva atualmente superada, já que o planejamento passou a ser considerado indispensável, e relacionado a muitos e diferentes aspectos do funcionamento escolar. O planejamento, de uma maneira geral, está intimamente relacionado com a capacidade de o ser humano criar soluções para problemas que surgem e exigem ação para organizar os objetivos estabelecidos a fim de que possam ser atingidos satisfatoriamente, ou para organizar e estruturar ações a partir de normas, metas e objetivos anteriormente definidos. A ação a ser desenvolvida precisa ser planejada para que ocorra de modo eficaz, e a solução ou estruturação pensada possa, de fato, ser útil. Vamos, então, conhecer o planejamento escolar, as suas etapas, funções, seus diferentes processos e abordar o planejamento estratégico e o planejamento participativo, com suas características e peculiaridades. Fonte: Indypendenz/Shutterstock MÓDULO 1 Definir planejamento escolar, suas etapas e funções PLANEJAMENTO PARA SOLUÇÃO DE PROBLEMAS Assista ao vídeo a seguir para saber mais sobre Processo do planejamento escolar. Podemos dizer que um bom planejamento para a solução de problemas parte de uma situação concreta (o passado), que pretende ser aprimorada ou modificada (o presente), com vistas ao desenvolvimento de ações, de uma maneira melhorada ou diferente do que se fazia antes (o futuro). É necessário que todo planejamento seja avaliado em seus resultados, para identificar problemas nas ações pensadas e buscar novas soluções, ou, no caso da estruturação do trabalho, para avaliar se aquilo que foi planejado conseguiu ser realizado satisfatoriamente, sempre com vistas ao replanejamento. Nas escolas é preciso, portanto, obedecer a esses critérios. Fonte: fizkes/Shutterstock Os esquemas abaixo trazem os processos de planejar – para resolver problemas ou para ajudar a organizar – permitindo perceber a circularidade que caracteriza o planejamento. Fonte: Autor Planejar para um processo que forneça um ambiente mais propício de trabalho, de aprendizagem e de integração permitirá uma escola mais eficiente. É importante integrar diferentes atores no processo: a gestão, a equipe pedagógica, os discentes e a comunidade. Mas sempre sabendo que quem lidera o planejamento estruturado na escola é a equipe pedagógica. Fonte: Autor Fonte: Matej Kastelic/Shutterstock O planejamento teve uma mudança importante em sua perspectiva. Foi componente obrigatório nos cursos de Pedagogia, primeiro nas habilitações de gestão, na supervisão e na orientação, depois na formação plena do pedagogo. Houve uma importante mudança quando o conteúdo foi incluído pela Resolução CNE/CP 02, de 2015, como componente obrigatório para todos os cursos de formação de professores, tendo sido mantido na reforma na Resolução CNE/CP 02, de 20 de dezembro de 2019. O motivo é que parte do papel do docente é conhecer, se integrar, e principalmente entender que o professor faz parte do compromisso de buscar soluções para a constituição de um ambiente de qualidade e propício para fortalecer os processos de ensino-aprendizagem. É função vital ao pedagogo perceber a preponderância do seu papel na liderança do ciclo apontado acima, e também no próximo, conforme observaremos a seguir. PLANEJAMENTO PARA ESTRUTURAÇÃO DO TRABALHO Fonte: Autor O planejamento é movimento constante, fazendo da escola um organismo vivo, dinâmico, em contínuo processo de mudança.. Essa mobilidade permite que a escola se atualize e se adapte, a cada instante, às necessidades que emergem da realidade, interna e externa, acompanhando a dinamicidade do mundo contemporâneo. A importância do planejamento é: Permitir que experiências do passado sejam aprimoradas, pois as soluções pensadas para problemas que emergem da realidade podem permitir esse aperfeiçoamento. Planejar a manutenção daquilo que foi bem-sucedido, melhorando pequenos aspectos e estratégias, evitando repetir as falhas, buscando aprimorar e encontrar novas ferramentas e metodologias de trabalho. Pode-se dizer que planejar, em sentido amplo: É UM PROCESSO QUE VISA DAR RESPOSTAS A UM PROBLEMA, PELO ESTABELECIMENTO DE FINS E MEIOS QUE APONTEM PARA A SUA SUPERAÇÃO, PARA ATINGIR OBJETIVOS ANTES PREVISTOS, PENSANDO E PREVENDO NECESSARIAMENTE O FUTURO, MAS SEM DESCONSIDERAR AS CONDIÇÕES DO PRESENTE E AS EXPERIÊNCIAS DO PASSADO. HOUAISS, 2011 PLANEJAMENTO ESCOLAR O planejamento escolar, do ponto de vista institucional, objetiva encontrar soluções para problemas enfrentados, mas não é essa a sua única função. Além de identificar problemas, o planejamento também diz respeito à organização do desenvolvimento do trabalho escolar, da escola como um todo e, mais especificamente, dos professores nas salas de aula. Um bom planejamento escolar começa muito antes do início do ano letivo, e não se reduz àquela semana que antecede às aulas. As diretrizes e ações para o ano letivo partem de uma boa avaliação de todos os pontos (positivos e negativos), dos anos anteriores, com o objetivo de aparar as arestas e reestruturar ações e metas. Ele busca caminhos para organizar e melhorar, sempre em diálogo com o Projetos Políticos-Pedagógicos (PPP). PROJETOS POLÍTICOS-PEDAGÓGICOS São os regimentos e as normas gerais de cada sistema escolar levando em conta a realidade local, de alunos e a comunidade escolar como um todo. javascript:void(0) Fonte: Rawpixel.com/Shutterstock Por isso se diz que o planejamento vai muito além daquelas reuniões que normalmente acontecem antes do início do ano letivo, quando se definem acertos nos planejamentos de disciplinas e seus conteúdos, calendário e horários, fechamento de turmas etc. O planejamento começa nos processos de formulação do projeto político-pedagógico ou das normas de funcionamento e filosofia de educação assumida pela instituição, que deverão balizar todas as ações, não só de ensino, mas também de funcionamento geral da escola. Do ponto de vista pedagógico, as políticas curriculares e as normas que trazem o que deve ser ensinado já existem quando o planejamento local começa a ser feito. Por isso a estruturação do currículo da escola, assim como de seu PPP (Projeto Político-Pedagógico) , deve anteceder àquele planejamento feito antes de iniciar as aulas, pois é isso que vai definir a distribuição de conteúdo por meses (as aulas) e os métodos e o processo. ATENÇÃO O planejamento escolar deve ser considerado o eixo condutor para o trabalho da instituição, baseando-se nos limites externos (as normas) e nos limites internos da instituição (as possibilidades locais e os desejos coletivos e de seus sujeitos, expressos na filosofia de trabalho definida no PPP (Projeto Político-Pedagógico) ). O trabalho pedagógico, que é a atividade-fim das escolas, faz parte desse todo, devendo receber atenção especial. Mais especificamente dentro da escola, portanto,cabe ao planejamento assegurar a coerência entre: Fonte: Autor Fonte: Autor Como vimos, o planejamento prevê ações em diferentes dimensões e atores, como: gestores, professores e profissionais de educação não docentes, a comunidade escolar e as normas que cada escola precisa seguir, tanto as definidas em instâncias externas como as internas por meio de seu PPP que é formulado pela comunidade escolar. No que diz respeito ao planejamento pedagógico, podemos também identificar níveis que vão desde a definição da proposta curricular — o que a escola pretende ensinar — até os planos de aula específicos para cada momento de prática pedagógica. Entre um e outro, são definidos programas de disciplinas, sequências de conteúdo, planos anuais, semestrais, mensais e semanais. Assim, também no caso do planejamento pedagógico, há etapas e funções específicas de cada momento e instância de planejamento. Não se pode esquecer de que cada etapa precisa ser avaliada quanto ao atingimento de seus objetivos para haver elementos suficientes ao replanejamento, completando o ciclo que vimos no início deste módulo. PLANEJAMENTO E OS ANSEIOS DA COMUNIDADE O planejamento escolar é, também, instrumento fundamental para a comunidade escolar. Isso porque ele determina ações que envolvem e comprometem toda a escola e o seu entorno, interferindo nas relações internas (direção, supervisão, professores, funcionários e alunos) e nas relações externas (familiares dos alunos, professores, funcionários e gestores). As escolas se inserem em contextos sociais específicos e é preciso que o seu planejamento considere essa realidade, articulando normas gerais e programas curriculares definidos pelo Ministério da Educação, pelas Secretarias Estaduais e Municipais de Educação ou pela administração central específica do sistema no qual ela se inscreve. Fonte: Wikipédia Sede do Ministério da Educação ATENÇÃO É de fundamental importância o contexto social e cultural onde cada escola se insere, uma vez que as estratégias definidas para a ação docente precisam ser concebidas e implantadas de acordo com esse contexto. Para isso, há que se conhecer o local, o perfil dos moradores e possíveis alunos para que sejam sistematizadas as informações disponíveis, a fim de que possam se tornar úteis. O planejamento pedagógico não pode ser uma ação mecanizada e única, não pode ser um modelo pré-fabricado e imposto de modo vertical e imperativo. Cabe à direção da escola o papel de observar o contexto amplamente, competindo também aos professores e demais profissionais ligados com a dinâmica pedagógica (a partir de suas vivências e convivências) a construção do planejamento. É evidente que esses elementos não nascem de um momento para outro, e muito menos naquele instante em que se inicia o planejamento escolar. Surgem muito antes, nos registros e nas experiências locais, observados e guardados ao longo dos anos letivos anteriores, mas sempre em mudança seguindo o que a dinâmica social exige. Isso significa que, mesmo em situações em que o planejamento e as ações desenvolvidas a partir dele foram bem-sucedidos, é necessário replanejar sempre! É prática comum, em algumas escolas, atrelar-se ao planejamento escolar uma semana de formação acadêmica (ou capacitação profissional), na qual são discutidos temas inerentes aos desafios da instituição, questões do dia a dia da escola e outros temas de interesse. Isso se dá porque o planejamento escolar tem a finalidade de esboçar intenções educacionais das escolas, os motivos desse pensamento e como isso será convertido em ações no processo de ensino-aprendizagem. O PORQUÊ DO PLANEJAMENTO ESCOLAR O planejamento escolar é uma das principais ferramentas da gestão pedagógica e, por isso mesmo, deve considerar as especificidades das diferentes funções de profissionais e das comunidades do entorno. Deve levar para o cotidiano da sala de aula objetivos claros e uma organização definida para que se possa atingi-los, propiciando aos profissionais da educação o conhecimento das ações e metodologias que garantam maior eficiência do processo ensino-aprendizagem por parte de todo o corpo docente. É necessário trazer para o currículo escolar a expressão de seus objetivos, sempre definidos, observando as realidades locais. ATENÇÃO O planejamento escolar é um instrumento essencial para a coordenação e para a atualização dos métodos de ensino e de avaliação. É pelo planejamento escolar que os professores se organizam para desenvolver o seu papel dentro da sala de aula, definindo sua postura em relação à instituição e aos alunos, utilizando da melhor maneira possível os recursos disponíveis para as práticas educativas esperadas. Fonte: Rido/Shutterstock É ainda no âmbito do planejamento escolar institucional que pode ser pensada e definida a introdução de novas tecnologias no ensino, como plataformas digitais, aplicativos educativos e outros, sempre em diálogo com o avanço dos usos destas pelos alunos e pela comunidade escolar. Durante a pandemia de Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, algumas tecnologias passaram a ser ainda mais utilizadas, como, por exemplo, o uso de smartphones e o trabalho online. O replanejamento de atividades e da gestão foi abrupto, exigindo muito dos diferentes sujeitos das escolas, e permite supor que, no futuro, algumas das inovações trazidas pelos problemas causados pela pandemia serão consolidadas como alternativas válidas aos processos de ensino-aprendizagem. Apesar de tudo, os desafios enfrentados durante a pandemia ajudam a compreender o fluxo do planejamento/replanejamento e expõem a necessidade de adaptação das escolas ao mundo exterior, mesmo que isso ocorra de modo diferente em circunstâncias normais. Se traçarmos um panorama histórico da sala de aula, perceberemos que os últimos anos foram bastante desafiadores para a escola em si e para os professores mais especificamente. Em um curto espaço de tempo, o papel da instituição foi fortemente questionado como espaço quase único de aprendizagem no qual professores são detentores dos conhecimentos necessários aos alunos. A escola agora precisa dizer ao que veio, pois seu tradicional espaço como lócus do saber está fragilizado por tantas novas fontes de acesso à informação e aos conhecimentos e o crescimento de alternativas educativas não presenciais. Professores perdem seu status de fonte única de conhecimento e passam a ter que dialogar com aprendizagens com as redes sociais, com os aplicativos de busca e outras fontes de fácil acesso aos alunos. Assim, as competências deles exigidas os levam a atuar como mediadores, organizadores dessas informações mais do que como transmissores exclusivos delas. Fonte: Stockfour/Shutterstock Esses novos tempos passaram a exigir planejamentos cada vez mais flexíveis e concatenados entre si, igualmente exigindo muita agilidade no acesso a novos mecanismos, dispositivos e outras inovações tecnológicas. Um planejamento escolar bem definido e atualizado, incorporado por cada educador, pode se tornar um processo fundamental para a assimilação das muitas práticas pedagógicas que advêm das novas tecnologias da informação e comunicação aplicadas ao ensino ou que são atualizadas por estas. Compete ao planejamento escolar não só se adaptar às realidades do cotidiano, mas, também, funcionar a partir da sensibilidade dos responsáveis por ele e, quando possível, antecipar possíveis acontecimentos e apontar os melhores caminhos. Isso fará com que muitos imprevistos não gerem consequências ruins, pois poderão ser administrados agilmente, contribuindo para a integração e adaptação das escolas às necessidades da realidade na qual está inscrita. VERIFICANDO O APRENDIZADO 1. O PROFISSIONAL QUE TRABALHARÁ COM A GESTÃO ESCOLAR DEVE PLANEJAR, EXECUTAR, ACOMPANHAR E AVALIAR PROJETOS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS. NESTE SENTIDO, CABE À EQUIPE PEDAGÓGICA, AINDA COM A COPARTICIPAÇÃO ATIVA DOS DOCENTES DA ESCOLA/PROJETOQUE ATUA: AVALIAR A PRODUTIVIDADE DA INSTITUIÇÃO. IDENTIFICAR COMPETÊNCIAS E HABILIDADES DOS FUNCIONÁRIOS DA INSTITUIÇÃO. AUMENTAR A PRODUTIVIDADE DA INSTITUIÇÃO. ELABORAR PROGRAMAS DE CAPACITAÇÃO. AVALIAR O RESULTADO DAS AÇÕES FORMATIVAS. A) I, II e IV B) II, IV e V C) I, III e V D) II, III e IV E) I, IV e V 2. A ESCOLA DEVE SER ENTENDIDA COMO UMA INSTITUIÇÃO VOLTADA PARA A REALIZAÇÃO PESSOAL E SOCIAL, PORTANTO DEVE ATENDER A TODOS SEM DISCRIMINAÇÃO. NESSE SENTIDO, UMA ESCOLA DEMOCRÁTICA, EM TERMOS DE PLANEJAMENTO, PRECISA: ORGANIZAR O ESPAÇO DA SALA DE AULA PARA OPORTUNIZAR A APRENDIZAGEM DE TODOS DE ACORDO COM AS LIMITAÇÕES DE CADA ALUNO. PREVER E ACOMPANHAR AÇÕES QUE CONTEMPLEM AS DIFERENÇAS E OS VARIADOS RITMOS DE APRENDIZAGEM. PLANEJAR MOMENTOS DE INTEGRAÇÃO, EM QUE OS ALUNOS POSSAM INTERAGIR E TROCAR EXPERIÊNCIAS. ACOMPANHAR O DESENVOLVIMENTO E A APRENDIZAGEM DOS ALUNOS, VIABILIZANDO PARA TODOS AS MESMAS OPORTUNIDADES. ADEQUAR O PROCESSO AVALIATIVO DE ACORDO COM A REALIDADE DA SALA DE AULA, PROMOVENDO O AGRUPAMENTO POR NÍVEL DE CONHECIMENTO. MARQUE A OPÇÃO QUE APRESENTA AS AFIRMATIVAS CORRETAS. A) II – III – IV – V B) II – III – IV C) I – II – III D) I – III E) I – II – III – IV – V GABARITO 1. O profissional que trabalhará com a gestão escolar deve planejar, executar, acompanhar e avaliar projetos e programas educacionais. Neste sentido, cabe à equipe pedagógica, ainda com a coparticipação ativa dos docentes da escola/projeto que atua: Avaliar a produtividade da instituição. Identificar competências e habilidades dos funcionários da instituição. Aumentar a produtividade da instituição. Elaborar programas de capacitação. Avaliar o resultado das ações formativas. A alternativa "B " está correta. A afirmativa II está correta porque envolve o potencial dos funcionários das escolas, não só professores, para que os projetos sejam integrados e a formação seja contínua, permitindo o fortalecimento dos docentes para resolução de problemas; a IV está correta, pois, para consolidação de um planejamento, é necessário contar com professores capazes de executá-lo e, principalmente, estruturar a necessidade de formação continuada, sem improviso, sem incômodo ao profissional que se sinta atropelado, mas como algo estruturado e recorrente de sua formação; e a V, uma vez que devem estar atentos aos resultados e desenvolvimentos estabelecidos na busca de soluções. 2. A escola deve ser entendida como uma instituição voltada para a realização pessoal e social, portanto deve atender a todos sem discriminação. Nesse sentido, uma escola democrática, em termos de planejamento, precisa: Organizar o espaço da sala de aula para oportunizar a aprendizagem de todos de acordo com as limitações de cada aluno. Prever e acompanhar ações que contemplem as diferenças e os variados ritmos de aprendizagem. Planejar momentos de integração, em que os alunos possam interagir e trocar experiências. Acompanhar o desenvolvimento e a aprendizagem dos alunos, viabilizando para todos as mesmas oportunidades. Adequar o processo avaliativo de acordo com a realidade da sala de aula, promovendo o agrupamento por nível de conhecimento. Marque a opção que apresenta as afirmativas corretas. A alternativa "B " está correta. O planejamento deve promover formas de integração e melhorar, por definição, o ambiente para propiciar as relações de ensino-aprendizagem. Então, na II, quando tratamos de prever e acompanhar ações (previstas no planejamento); na IIII, quando são previstas maneiras de integração e partilha de experiências; e, na IV, avaliar e replanejar buscando fortalecer a aprendizagem são ações que fazem parte da definição de planejamento. MÓDULO 2 Distinguir os processos de planejamento escolar RETOMADA Vimos que o planejamento escolar é necessário e permanente, que se justifica em função da dinamicidade do mundo e das escolas e que se dá em três níveis complementares: INSTITUIÇÃO Mantém diálogo com as normas e demandas externas. ADMINISTRATIVO OU LOGÍSTICO Abrange o funcionamento geral da escola. PEDAGÓGICO Envolve os docentes, coordenadores pedagógicos e as normas curriculares gerais. Agora, vamos começar a refletir sobre cada uma dessas instâncias e como há diferentes possibilidades de desenvolvimento desses processos, tanto no que se refere às escolhas institucionais quanto administrativas e pedagógicas. Cabe lembrar que a dimensão pedagógica, envolvendo a atividade-fim da escola, deve ocupar um lugar de relevância, apesar de ser mais focal, pois é para o sucesso dela que demais níveis e instâncias precisam atuar. ESCALAS DO PLANEJAMENTO Assista ao vídeo a seguir para saber mais sobre os processos e as escalas de planejamento. O planejamento escolar é mais amplo que se imagina, na medida em que, para chegarmos a ele, temos que conhecer e dialogar com as bases do sistema educacional do qual cada escola faz parte. No caso do Brasil, a colaboração entre a União, os estados e os municípios impõe às escolas leis que se complementam, normas definidas em diferentes instâncias governamentais e exigências locais. É preciso, para realizar um bom planejamento, conhecer e considerar todos esses elementos e os modos como se relacionam. Em âmbito federal, temos as seguintes normas gerais: Lei de Diretrizes e Bases (LDB). Base Nacional Comum Curricular. Financiamento do sistema educacional. Outras definições de caráter amplo. Em cada estado, normas mais precisas são produzidas e nos municípios também, seja em torno de normatizações curriculares, administrativas ou mesmo gerais. As redes pública e privada estão mais próximas do que poderíamos supor, pois a maioria dessas normas se aplica a ambas, embora seja dever do Estado apenas definir mais especificamente o funcionamento da rede pública, deixando sempre alguma margem de liberdade às escolas, para que as especificidades sejam consideradas nos momentos locais de planejamento e ação. Esse planejamento institucional, portanto, já é, ele mesmo, inscrito em uma esfera maior, das normas gerais dos sistemas educacionais de que cada escola participa. ATENÇÃO Em uma escala intermediária, entre o planejamento da instituição e os processos de ensino- aprendizagem, encontramos o que deve ser o funcionamento da escola, de modo que suas atividades- meio concorram para ajudar as atividades-fim, ou seja, que seu planejamento possa atender tanto às especificidades e particularidades como também às normas e leis. Trata-se, nesse ponto, de prever como a logística da escola contribui para o bom desenvolvimento dos processos de ensino-aprendizagem. Então, vejamos algumas medidas que estruturam o funcionamento cotidiano das escolas e circunscrevem o processo pedagógico: Organização da entrada e da saída de alunos. Calendário escolar. Organização das turmas e dos horários das diferentes disciplinas. Horários e funções dos empregados. Recreação. Lanche ou merenda. Ocupação de espaços comuns. Embora, cronologicamente, essas ações precedam o processo pedagógico, pode-se afirmar que o integram, de alguma maneira, e que devem se dedicar ao sucesso dele. PRODUZINDO O PLANEJAMENTO Pode-se dizer que o planejamento escolar envolve múltiplos aspectos, complementares e interdependentes. Resulta, portanto, de decisões a respeito de tudo o que envolve um ano letivo. Em geral, na semana que antecede o início das aulas, as escolas reúnem seus profissionais para planejar. Nem sempre o fato de estarem todos presentes significa que a participação nas decisões seja compartilhada. Diferentes escolas e estilos de gestão adotarão modos de planejar mais ou menos democráticos e participativos. Globalmente, e correndo o risco de algum esquecimento, afirma-se que o planejamento escolar deve incluir: Fonte: Autor Revisão e, se necessário, reestruturação do projeto político-pedagógico. Metas para o ano letivo e estratégias de ação para atingi-las. Direcionamentos a respeitoda organização e administração escolar. Normas gerais de funcionamento, direitos e deveres de cada membro da comunidade escolar. Calendário de atividades com definição do período de avaliações e sistema de notas. Grade de horários e definição de usos de espaços comuns. Trabalho psicopedagógico, relações interpessoais e parcerias com as famílias. Atividades coletivas dos professores. lanejamento das atividades. Organização do trabalho com temas transversais a serem executados juntamente com o currículo básico. Avaliação dos projetos realizados no ano anterior. Definição de novos projetos para o presente ano letivo. Estruturação de atividades extraclasse, oficinas e projetos adjacentes. O mais específico domínio do planejamento escolar é o planejamento de ensino, que envolve o planejamento curricular, os conteúdos e as metodologias; e o planejamento específico do ensino, no qual já são organizados os conteúdos anteriormente definidos em unidades menores. Aqui, mais uma vez, temos complementaridade entre as duas esferas, a curricular e a de ensino. Como norma geral, há a Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Alguns estados e municípios definiram, a partir da Base, currículos mínimos para suas escolas, outros não. Na rede privada, há escolas autônomas, que só precisam seguir normas federais, mas aquelas que integram sistemas de ensino também recebem, da gestão da rede, os currículos com os quais devem trabalhar. O planejamento do ensino é um fragmento do planejamento curricular. Os professores definem, conjuntamente ou não e sob alguma chefia específica ou não, dependendo da escola, a distribuição dos javascript:void(0) conteúdos, dos métodos que pretendem utilizar e dos resultados que almejam, sempre em consonância com os objetivos mais amplos da escola ou da rede. É nesse momento que os professores se debruçam sobre os próprios programas de trabalho e estabelecem as abordagens mais adequadas, verificam os recursos disponíveis, reveem o que foi feito e, se necessário, adotam mudanças nos seus projetos de ensino. Em função desse constante olhar para as necessidades e para a realidade da escola e de seus alunos, os professores organizam seus planos de ações de modo coerente, orgânico e flexível o suficiente para poderem ser atualizados sempre que necessário. Em linhas gerais, o planejamento do ensino deve conter quatro pontos básicos: BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR (BNCC) É um documento normativo para as redes de ensino e suas instituições públicas e privadas, referência obrigatória para elaboração dos currículos escolares e propostas pedagógicas para o ensino infantil, ensino fundamental e ensino médio. 1 - Objetivos específicos resultantes do detalhamento dos objetivos gerais. 2 - Conhecimentos a serem aprendidos pelos alunos, conforme determinação do projeto pedagógico e das necessidades de certa disciplina em cada série escolar. 3 - Mapa de ações, de recursos e de procedimentos para um ensino focado na obtenção do melhor desempenho dos alunos. 4 - Métodos e instrumentos de avaliação que cumpram a função didático-pedagógica de diagnosticar e de compreender o processo de ensino-aprendizagem. ETAPAS GERAIS DO PLANEJAMENTO ESCOLAR A CHEGADA À ESCOLA PARA PLANEJAR Nesse primeiro momento, em reunião com a presença de todos os sujeitos da escola, devem ser avaliados os resultados do ano anterior, tanto no que se refere ao PPP (Projeto Político-Pedagógico) , quanto à organização geral da escola e ao processo ensino-aprendizagem. Em um esforço conjunto envolvendo a gestão, os docentes e os demais profissionais de educação da escola, busca-se valorizar o que foi positivo, os mecanismos de aperfeiçoamento daquilo que deve ser mantido, mas pode ser melhorado, e corrigir os rumos daquilo que não saiu bem. É importante haver tempo para que as conversas possam dar conta de todos os aspectos, o que tenderá a produzir uma avaliação mais fiel ao ocorrido e, com isso, levar a um planejamento mais apropriado para o trabalho ao longo do ano letivo. A presença de especialistas externos à escola, nesse e em outros momentos, pode contribuir, mas é preciso cuidar para que perspectivas generalizantes não se sobreponham às necessidades específicas da unidade escolar. É fundamental, neste processo, que os resultados aferidos quanto ao rendimento escolar dos alunos nos anos anteriores sejam examinados, bem como as taxas de matrículas comparativas, avaliando se houve evasão escolar e em que medida. Todas essas análises devem ser consideradas na etapa seguinte, a do efetivo planejamento do ano letivo. PLANEJAMENTO GERAL DO ANO LETIVO E O PLANO DE ENSINO As mudanças de rumo, permanências e inovações consideradas necessárias precisam ser incorporadas ao planejamento pedagógico da escola, sempre com base na avaliação do ano anterior e das novas questões colocadas à escola. Equipamentos novos, conteúdos e métodos, projetos e articulações precisam ser pensados para o enfrentamento dos desafios do novo ano letivo. Embora sejam tarefas de caráter diferente, o planejamento da ação geral da escola não pode ocorrer à revelia dos professores, já que calendários, grades curriculares, horários de disciplinas e recreação, entre outras coisas, interferem no planejamento de ensino e nos processos ensino-aprendizagem. A escola se mobiliza para se organizar e aos seus processos de ensino, sempre considerando a complementaridade entre as diferentes esferas e a prioridade dos planejamentos curricular e de ensino. PLANOS DE CURSO, PLANOS DE AULA E AVALIAÇÃO Uma vez estruturados planos institucionais, organizacionais e curriculares, cabe aos docentes especificar seus projetos de trabalho, o que é feito nos planos de curso e de aula. Nesses planos constam objetivos gerais e específicos para diferentes disciplinas, séries e momentos do ano. As relações entre diferentes conteúdos precisam ser consideradas para um sequenciamento correto. Datas comemorativas, possibilidades de ações interdisciplinares e de trabalho com temas transversais devem ser consideradas e incluídas, bem como os momentos das avaliações e o que se espera obter como resultado no rendimento escolar dos estudantes. AVALIAÇÃO, ADAPTAÇÃO E REPLANEJAMENTO: O PAPEL DO FEEDBACK NO PLANEJAMENTO ESCOLAR Mesmo depois de pronto, o planejamento pode e deve ser suficientemente flexível para sofrer adaptações e mudanças ao longo do desenvolvimento das ações planejadas. O planejamento é dinâmico, como também o são as realidades escolares. Por isso, o planejamento precisa ser constantemente revisitado e avaliado, para dar margem a ajustes e alterações necessários. Para que os alunos se mantenham interessados e envolvidos, para que as aprendizagens almejadas sejam efetivadas, é preciso atenção permanente e agilidade na ação. O planejamento terá sucesso não por ter acertado tudo de primeira, mas por ter sabido mudar e se adaptar na hora certa. Se lacunas ou arestas forem detectadas, o planejamento deve ser sensível e rápido para se adaptar. O planejamento da escola deve visar ao seu objetivo e, na medida em que novos elementos apareçam, precisa ser ágil o suficiente para acompanhar tais mudanças. Quando falamos de planejamento, com frequência utilizamos uma linguagem de mercado. Uma noção importante para a avaliação e replanejamento do trabalho nas escolas também vem desse campo, que é a noção de feedback e o reconhecimento de sua importância para qualquer replanejamento. FEEDBACK Permite estimar o que precisa ser mantido ou redirecionado no trabalho escolar, por meio da adaptação e alteração do planejamento inicial. Seu objetivo, portanto, é contribuir para a melhoria do desempenho da escola e de seus sujeitos, pela obtenção de informações, críticas e orientações novas que permitam redirecionar as ações de modo a alcançar melhores resultados. É o processo (parte de uma cadeia de causa e efeito), onde a informação sobre o passado influencia um mesmo fenômeno no presenteou no futuro, permitindo ajustes que mantenham um sistema funcionando corretamente. javascript:void(0) RELAÇÃO PLANEJAMENTO PÚBLICO E PLANEJAMENTO ESCOLAR Em artigo científico recente, Travitzki (2020) afirma, com a ajuda de outros autores, que há também limitações inerentes à avaliação externa de modo geral. Para Chirinéa e Brandão (2015), a avaliação externa é importante por fornecer informações para a tomada de decisão. Essa análise dialoga com o que estudamos sobre a necessidade de um feedback mais completo do que os resultados das avaliações externas para o replanejamento escolar. Todas as secretarias e todos os sistemas de governo geram proposições, planos e formas, e isso impacta necessariamente a escola e seus sistemas de planejamento. CHIRINÉA E BRANDÃO (2015) É preciso repensar seu escopo e aliá-la a uma autoavaliação institucional e ao diagnóstico das fragilidades, com a perspectiva de articulação entre as esferas macro, meso e micro do processo de avaliação […]. É preciso integrar os resultados do desempenho escolar com os contextos ou dinâmicas intra e extraescolares, na medida em que esta integração dará condições para a gestão escolar traçar suas próprias metas e estratégias. EXEMPLO Um excelente exemplo da escala dessas relações é das avaliações e o orçamento. A base do Índice de Desenvolvimento Educacional Brasileiro (IDEB) impacta os índices e valores repassados pelo Fundo Nacional de Educação Básica, logo, dialoga por necessidade. Vamos entender melhor. As avaliações externas e o IDEB de uma escola precisam ser trabalhados em sua relação com as possibilidades e metas específicas de cada instituição, não devendo ser absolutizados nem apenas fonte de críticas. Variáveis locais, internas e circunstanciais precisam, também, integrar a avaliação para que o feedback da análise dos resultados corresponda melhor às necessidades efetivas de replanejamento escolar. javascript:void(0) Fonte: Wikipédia Desenvolvimento da Educação Básica no muro da rua em uma escola em Campo Maior, no Piauí VERIFICANDO O APRENDIZADO 1. DO PONTO DE VISTA DO PLANEJAMENTO ESCOLAR, SUAS ETAPAS E INSTÂNCIAS, COMO PODEMOS PENSAR O ENFRENTAMENTO DA CRISE CAUSADA PELO NOVO CORONAVÍRUS E O ISOLAMENTO SOCIAL QUE FECHOU AS ESCOLAS NO BRASIL E EM OUTROS PAÍSES DO MUNDO? QUAIS AÇÕES ABAIXO DEVEM SER EXECUTADAS EM TERMOS DE PLANEJAMENTO? A SUSPENSÃO DAS AULAS EXIGIU DAS ESCOLAS UM REPLANEJAMENTO IMEDIATO DE SUAS AÇÕES, TANTO ADMINISTRATIVAS QUANTO PEDAGÓGICAS, E UMA SÉRIA ADAPTAÇÃO NOS PLANOS DE ENSINO E NOS PRÓPRIOS CONTEÚDOS A MINISTRAR. ESTRUTURAR FORMAS E MÉTODOS PARA DISPONIBILIZAÇÃO DE CONTEÚDO ONLINE, SUBSTITUINDO E MANTENDO O PLANEJAMENTO EXATAMENTE IGUAL AO QUE JÁ ESTAVA. NÃO É FUNÇÃO TÍPICA DO PLANEJAMENTO ESCOLAR PREOCUPAR-SE COM O USO DE EQUIPAMENTOS POR PARTE DO DOCENTE. EXIGIRAM MUITAS MUDANÇAS NOS PLANEJAMENTOS ANTERIORES NOS NÍVEIS ADMINISTRATIVO E PEDAGÓGICO. FORAM NECESSÁRIOS FEEDBACKS RÁPIDOS SOBRE O FUNCIONAMENTO DO QUE SE TENTOU FAZER E UMA INTERLOCUÇÃO AINDA MAIOR COM FAMÍLIAS E AUTORIDADES, EDUCACIONAIS E SANITÁRIAS, ESFERA DO DIÁLOGO DA INSTITUIÇÃO COM A SOCIEDADE. ESTÃO CORRETAS SOMENTE AS AFIRMATIVAS: A) I e II B) I e III C) I e IV D) II e III E) III e IV 2. SOB A ÓTICA DO PLANEJAMENTO ESCOLAR, PRECISAMOS RECONHECER SUAS DIVERSAS FUNÇÕES E RELAÇÕES. NESTE SENTIDO, O PLANEJAMENTO DIALOGA COM AS AVALIAÇÕES DE RENDIMENTO ESCOLAR QUE IMPACTAM A ESCOLA E SUAS PREOCUPAÇÕES COM RELAÇÃO À APRENDIZAGEM E À EVASÃO ESCOLAR. A RESPEITO DA AÇÃO DO PLANEJAMENTO, QUAL ALTERNATIVA ABAIXO ESTÁ CORRETA? OS RESULTADOS DOS ALUNOS NAS AVALIAÇÕES FUNCIONAM TAMBÉM COMO UM FEEDBACK PARA A ESCOLA, NO QUE DIZ RESPEITO AO SEU PLANEJAMENTO PEDAGÓGICO E SUAS RELAÇÕES COM AS DEMAIS INSTÂNCIAS. O BOM RENDIMENTO SÓ SERÁ OBTIDO SE A ESTRUTURAÇÃO ADMINISTRATIVA ESTIVER CONTRIBUINDO PARA O BOM DESEMPENHO DO PLANEJAMENTO PEDAGÓGICO E A FILOSOFIA DE TRABALHO DA ESCOLA ESTIVER COMPATIBILIZADA COM SEUS PLANOS DE ENSINO. EM CASOS DE MAU RENDIMENTO, HÁ QUE SE PESQUISAR, PORTANTO, NÃO SÓ DO LADO DO PLANEJAMENTO PEDAGÓGICO, MAS DE SUA COERÊNCIA COM O MODO COMO A ESCOLA ESTÁ ESTRUTURADA E SE ESSA ORGANIZAÇÃO FAVORECE O ENSINO E, TAMBÉM, BUSCAR PERCEBER SE HÁ COERÊNCIA ENTRE O QUE SE VALORIZA NOS COTIDIANOS DO ENSINO E NAS AVALIAÇÕES. OS RESULTADOS DAS AVALIAÇÕES NÃO INTERFEREM NO PLANEJAMENTO ESCOLAR, UMA VEZ QUE SÃO UTILIZADOS APENAS PARA VERIFICAR O CONHECIMENTO DOS ALUNOS. ESTÃO CORRETAS AS AFIRMATIVAS: A) Apenas I e II B) Apenas I e III C) Apenas I e II e IV D) Apenas I, II e III E) Apenas a II, III e IV GABARITO 1. Do ponto de vista do planejamento escolar, suas etapas e instâncias, como podemos pensar o enfrentamento da crise causada pelo novo coronavírus e o isolamento social que fechou as escolas no Brasil e em outros países do mundo? Quais ações abaixo devem ser executadas em termos de planejamento? A suspensão das aulas exigiu das escolas um replanejamento imediato de suas ações, tanto administrativas quanto pedagógicas, e uma séria adaptação nos planos de ensino e nos próprios conteúdos a ministrar. Estruturar formas e métodos para disponibilização de conteúdo online, substituindo e mantendo o planejamento exatamente igual ao que já estava. Não é função típica do planejamento escolar preocupar-se com o uso de equipamentos por parte do docente. Exigiram muitas mudanças nos planejamentos anteriores nos níveis administrativo e pedagógico. Foram necessários feedbacks rápidos sobre o funcionamento do que se tentou fazer e uma interlocução ainda maior com famílias e autoridades, educacionais e sanitárias, esfera do diálogo da instituição com a sociedade. Estão corretas somente as afirmativas: A alternativa "C " está correta. A questão da pandemia permitiu o reconhecimento prático da função do planejamento. Ele deve ser compreendido com as relações sociais e o cotidiano escolar, atendendo e dialogando com as demandas sociais. Em demandas de crise, o planejamento deve ser norteador, direcionador das necessidades, e passa por aspectos diversos, como equipamentos, bem-estar dos envolvidos e o preceito máximo da melhora das relações de ensino-aprendizagem. 2. Sob a ótica do planejamento escolar, precisamos reconhecer suas diversas funções e relações. Neste sentido, o planejamento dialoga com as avaliações de rendimento escolar que impactam a escola e suas preocupações com relação à aprendizagem e à evasão escolar. A respeito da ação do planejamento, qual alternativa abaixo está correta? Os resultados dos alunos nas avaliações funcionam também como um feedback para a escola, no que diz respeito ao seu planejamento pedagógico e suas relações com as demais instâncias. O bom rendimento só será obtido se a estruturação administrativa estiver contribuindo para o bom desempenho do planejamento pedagógico e a filosofia de trabalho da escola estiver compatibilizada com seus planos de ensino. Em casos de mau rendimento, há que se pesquisar, portanto, não só do lado do planejamento pedagógico, mas de sua coerência com o modo como a escola está estruturada e se essa organização favorece o ensino e, também, buscar perceber se há coerência entre o que se valoriza nos cotidianos do ensino e nas avaliações. Os resultados das avaliações não interferem no planejamento escolar, uma vez que são utilizados apenas para verificar o conhecimento dos alunos. Estão corretas as afirmativas: A alternativa "D " está correta. As alternativas I, II e III ofertam aspectos diversos da organização e da maneira como o planejamento funciona. A dinâmica do planejamento busca resolver um problema, de modo constante, mas passamos a desenhar sua prática a partir das novas demandas e do que é valorizado e necessário à própria comunidade, identificando todas as suas possibilidades e escalas. MÓDULO 3 Identificar as características e os usos dos planejamentos, estratégico e participativo, nas escolas A IMPORTÂNCIA DAS PESSOASAssista ao vídeo a seguir para saber mais sobre o planejamento democrático. Fonte: Aelitta/Shutterstock O planejamento escolar, pensado como nos módulos 1 e 2, envolve desde instâncias normatizadoras externas às escolas até a comunidade escolar, também externa, atravessando a vida de todos aqueles que participam do cotidiano da escola: gestores, coordenadores (quando e onde os há), professores e alunos, profissionais de educação não docentes, pessoal de secretaria, merendeiras, inspetores, porteiros, pessoal de limpeza e outros que porventura a escola contrate para apoio ao ensino, como bibliotecárias, nutricionistas etc. É importante compreender que é a ação bem articulada e coerente de todos esses profissionais que vai gerar qualidade no trabalho escolar. E para tornar essa ação possível, é preciso que todos tenham consciência dessa rede que formam, do lugar que ocupam em seu bom funcionamento, bem como a função dos demais, a quem cada um deve pedir ajuda em caso de dificuldade, ou oferecer ajuda pertinente àqueles que dela necessitarem. Para tornar possível essa boa articulação entre todos, faz-se necessário trabalhar com a conscientização de cada um em relação a essa interdependência entre o que faz e as atividades de outros que viabilizam, contribuem ou interferem na sua própria. Essa consciência depende do bom conhecimento coletivo do planejamento global da escola – desde o PPP (Projeto Político-Pedagógico) e as normas que deve obedecer, passando pela organização geral do funcionamento da estrutura escolar, até os planos de ensino e de aulas. Cada profissional ou colaborador – caso de responsáveis que atuam na mediação entre os coletivos de pais e a unidade escolar – tem suas funções e deve se aprofundar no conhecimento do que se espera dele na escola e de como pode atender, da melhor maneira possível, às demandas que recebe. Não é positivo, porém, que o conhecimento de cada um sobre a escola como um todo se limite às suas próprias funções, já que isso afeta a compreensão da interdependência entre cada um e sua função e o funcionamento geral da escola. EXEMPLO Uma escola pode ser percebida como uma engrenagem, que precisa do bom desempenho e do encaixe adequado entre todas as suas peças para funcionar corretamente, e ainda de uma boa lubrificação, que, quando se trata de pessoas, pode ser pensada como a preocupação com a construção de relações amistosas e positivas entre as diferentes “peças”. Fonte: Arthimedes/Shutterstock Com isso afirmamos que, longe de considerar a escola uma máquina, a imagem da engrenagem aqui utilizada pretende evidenciar a interdependência entre todos, e a lubrificação é a responsabilidade de cada um com o cuidado com as demais peças, que precisam se encaixar e se movimentar com leveza e facilidade, sem que rusgas possam emperrar qualquer uma delas, travando, por consequência, toda a engrenagem. Neste módulo, vamos identificar dois dos principais processos de planejamento escolar e avaliar as características de ambos em relação à contribuição que podem trazer para o bom funcionamento da engrenagem: o planejamento estratégico e o planejamento participativo. PLANEJAMENTO ESCOLAR ESTRATÉGICO O planejamento estratégico, que vem se desenvolvendo desde a Revolução Industrial como meio de gestão de empresas, ganha um grande impulso depois da Segunda Guerra Mundial (1939-1945) e passa a ser pensado e aplicado em um número crescente de setores, incluindo a Educação. Vejamos algumas características principais desse modelo de planejamento: CENTRALIZAÇÃO DECISÓRIA NAS MÃOS DOS GESTORES ADMINISTRAÇÃO E PLANEJAMENTO OBJETIVOS, ESTRATÉGIAS E AÇÕES PERSPECTIVA VERTICAL A direção de uma escola, composta por apenas um diretor ou por uma equipe, é, portanto, a representante desse centro de onde emanam as decisões sobre a organização e o funcionamento de cada escola. Imperar a percepção de que é preciso definir a direção a ser seguida pela escola em sua atuação, considerando a interferência sobre ela das políticas públicas e educacionais, da filosofia de educação assumida e de seus objetivos gerais sempre visando a uma maior interação com o ambiente de entorno. A percepção é menos de uma interação interpessoal com a realidade local e seus sujeitos e mais centrada em uma análise técnico-política das características do ambiente que representam possibilidades e ameaças à instituição e suas metas. Possibilitar, no caso das escolas, a melhoria de índices de rendimento e performances de alunos e professores, ou seja, são balizados mais pela visibilidade que a escola pode obter e menos pelos interesses e pelas necessidades dos seus sujeitos. Uma vez tomada a decisão, cabe aos profissionais da escola segui-las e “implantá-las”. Trata-se de uma perspectiva vertical, de cima para baixo, de conceber a gestão e o planejamento que orientam as ações. Mesmo envolvendo todos os membros da comunidade escolar e seus profissionais – como não pode deixar de ser –, essa perspectiva os envolve como executores de algo planejado sem sua participação ou seu conhecimento. Ao considerar as instâncias do planejamento escolar, a prática de um planejamento estratégico tende a quebrar a unidade entre o trabalho docente e o dos demais profissionais que atuam na ação organizacional. As ordens de caráter acadêmico relacionadas ao processo ensino-aprendizagem e de caráter administrativo, por serem executadas por profissionais distintos, não precisam envolver aqueles a quem não se destinam. Ainda é correto compreender que as hierarquias também atingem as relações entre profissionais mais graduados, que gerenciam e controlam o trabalho dos prestadores de serviços mais básicos e manuais, como merendeiras, porteiros, inspetores e pessoal de limpeza. No que se refere aos processos ensino- aprendizagem, a comunidade escolar (alunos e responsáveis) também não opina, já que professores ensinarão conforme o planejado pelos gestores e exercerão sua autoridade de executores sem, necessariamente, estabelecerem diálogo com os responsáveis. A esquematização desse modo de planejamento ficaria assim estruturada: Fonte: Autor Embora se possa perceber o quanto essa forma de planejamento rompe com o funcionamento cooperativo, bem lubrificado, da engrenagem escolar e fere a articulação entre as partes, que defendeu- se até aqui como necessária, muitos são os casos de escolas que funcionam e buscam funcionar desse modo, sem que os profissionais envolvidos se queixem ou avaliem negativamente essa hierarquização. Por que isso acontece? A tradição do “manda quem pode, obedece quem tem juízo” é uma realidade no Brasil, e atinge a cultura escolar, mesmo nas escolas públicas, onde deveria ser praticada a gestão democrática, conforme prevê a LDB. Acostumamo-nos a ver, apenas nas autoridades instituídas, a responsabilidade pela gestão daquilo que comandam, sejam empresas ou escolas. O que parece um privilégio dos gestores, que podem mandar, é, no entanto, uma “faca de dois gumes”, porque a centralização decisória traz com ela a responsabilização pelos resultados apenas de quem decidiu. COMENTÁRIO Talvez esteja nessa possibilidade de isenção de responsabilidade pelo planejamento e, portanto, pelos resultados, o que leve muitos profissionais (docentes incluídos) a se sentirem à vontade com sua não participação nas decisões que envolvem o seu trabalho. Não sendo responsável pelo planejamento escolar, o docente fica incumbido apenas por suas turmas, suas salas de aula e sua disciplina. Não deixa de ser uma posição confortável. Porém, essa atitude é bastante problemática e se consolidou na cultura escolar como norma, porque a centralização decisória vem sendo padrão na nossa realidade educacional mesmo antes da adesão ao planejamento estratégico que, concretamente, chega a uma realidade já centralizadora e por isso se encaixa nela tão facilmente e recebe tanta adesão. A grande questão que a consciência do que deveriam ser as característicasdo planejamento escolar nos coloca é a respeito das consequências possíveis desse isolamento e dessa fragmentação do trabalho escolar, e da hierarquização que a centralização decisória produz. Vejamos os principais problemas dessa divisão e hierarquização das tarefas de planejar em relação ao trabalho pedagógico: Uma porta aberta para a não cooperação, o isolamento, a atuação individual à revelia da totalidade da escola e do sucesso geral do trabalho, não só em relação ao processo ensino-aprendizagem de conteúdos, mas também para uma formação geral do aluno, que muito tem a ganhar quando se dá em um ambiente cooperativo. Os professores entendem sua função como sendo apenas a de receber um plano pronto e aplicá-lo nos horários que também lhes serão fornecidos, tendem a atuar isoladamente e a responsabilizar aqueles que estão abaixo dele na hierarquia (alunos e responsáveis) pelos problemas que enfrenta para ensinar. Os alunos são desatentos, levados, desobedientes, desinteressados, pouco inteligentes ou mal- educados. Os responsáveis são ausentes, incapazes, ou apresentam desvios de conduta em suas vidas pessoais que acabam “pagando a conta” daquilo que a escola, verticalmente organizada, fragmentada, hierarquizada e pouco dialógica, produz ao quebrar a engrenagem da responsabilidade coletiva e da interação entre todos os responsáveis pelos processos ensino-aprendizagem. Essa hierarquização proposta e promovida pelo uso das perspectivas estratégicas de planejamento produz desconhecimento dos diferentes profissionais e usuários das escolas em relação às metas e aos processos de desenvolvimento de ações apropriados para atingi-las e, com isso, são também frágeis os feedbacks que podem fornecer à gestão, já que desconhecem a totalidade. Isso produz, ainda, outro problema: a fragilidade e precariedade das informações a serem usadas no replanejamento. Vejamos: DESCONHECIMENTO DOS GESTORES As realidades situacionais vividas pelos profissionais “subalternos” podem levar à produção de ordens impossíveis de cumprir, de organização de horários imprópria aos objetivos do ensino e outros problemas, tornando impossível para os profissionais fazer o desejado e imposto pelos gestores. IMPREVISIBILIDADE O que acontece nos cotidianos das escolas, a dinamicidade que lhes é própria e a permanente interferência de fatores externos sobre o que se passa internamente sugerem que as bases de um bom planejamento estratégico não se aplicam a escolas. OBJETIVOS E METAS Definidos a partir de métodos quantitativos e qualitativos de análise da realidade, seus pontos fracos e suas oportunidades, bem como as restrições do ambiente, não são possíveis sem que os sujeitos, atuantes no cotidiano, saibam e possam opinar sobre os princípios que regem tais metas e objetivos envolvendo a educação que eles devem oferecer aos seus alunos. A missão, visão do futuro e os valores que norteiam essa perspectiva precisam ser de conhecimento coletivo e, mais do que isso, os indicadores que vão mensurar o sucesso do planejamento e do javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) funcionamento da instituição, quanto ao atingimento de suas metas e possibilidades de desenvolvimento futuro, só serão suficientemente sólidos se as interações entre os sujeitos da escola forem consideradas, o que a hierarquia fragmentadora não permite contemplar. Fonte: Rawpixel.com/Shutterstock COMENTÁRIO Pode-se finalizar essa crítica ao uso do modelo estratégico de planejamento nas escolas com uma máxima musical do compositor Beto Guedes, que diz: “um mais um é sempre mais que dois”, isto é uma forma de dizer que, tão importante quanto a ação de cada sujeito da escola no cotidiano de seu trabalho, é a relação entre essas partes, que constitui a engrenagem escolar. Rodas separadas não produzem o movimento da engrenagem, fragilizando os resultados do processo de escolarização. Mesmo em estruturas verticalizadas e centralizadas, profissionais interagem e produzem outras possibilidades de trabalho. Isso significa que nenhum modelo se encontra em estado puro e único nas realidades escolares. A apresentação e crítica do modelo estratégico de planejamento, embora necessárias, não pretendem afirmar que as escolas funcionam apenas de acordo com aquilo que guia seu planejamento geral, mas apontar modelos que orientam esses planejamentos deixando a cargo de cada um identificar, nas escolas que conhece ou nas quais atua, em que medida a lógica seguida é a de um ou de outro modelo. PLANEJAMENTO ESCOLAR PARTICIPATIVO Fonte: Monkey Business Images/Shutterstock O modelo alternativo ao estratégico de planejamento escolar é o do planejamento participativo, que busca não só envolver todos os profissionais na escola em seu planejamento, como estabelece, como um de seus princípios, intervir na própria sociedade, criando e desenvolvendo modos de gestão favoráveis à democratização da própria sociedade e à ampliação da consciência coletiva da importância da cooperação. É importante lembrar o que diz a LDB sobre o princípio da gestão democrática, em função da relevância dele no estudo do modelo participativo de planejamento. Assim como no item anterior, trataremos do caso da escola, pois é o que nos interessa, mas os princípios e a organização do planejamento participativo não são exclusivamente propostos para escolas, podendo ser usados em outras empresas e instituições. Vejamos: ARTIGO 12 Os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as do seu sistema de ensino, terão a incumbência de: I – elaborar e executar sua proposta pedagógica. ARTIGO 13 Os docentes incumbir-se-ão de: I – participar da elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de ensino; II – elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo a proposta pedagógica do estabelecimento de ensino. ARTIGO 14 Os sistemas de ensino definirão as normas de gestão democrática do ensino público na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme os seguintes princípios: I – participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola; II – participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes. ARTIGO 15 Os sistemas de ensino assegurarão às unidades escolares públicas de educação básica que os integram progressivos graus de autonomia pedagógica e administrativa e de gestão financeira, observadas as normas gerais de direito financeiro público. A ideia de um planejamento participativo segue a determinação legal de uma gestão democrática da escola. Devemos compreender que nesse planejamento não estarão apenas elementos burocráticos da gestão. A concepção que concorre para o atendimento ao dispositivo legal da gestão democrática entende: Planejamento escolar como o primeiro passo da construção de um modelo de educação em que, coletivamente, se ergue a própria identidade da escola. Reuniões gerais e pedagógicas de planejamento devem ocorrer, a comunidade escolar precisa estar presente e trazer suas demandas. Projetos pedagógicos e definições de responsabilidades de cada sujeito da escola; eventos e projetos associados ao período abordado precisam ser pensados. Enfim, uma quantidade significativa de ações voltadas à relação e à articulação entre o projeto de escola e de educação que se tem; a estrutura e o funcionamento da escola e os processos ensino- aprendizagem devem permanecer articulados. ATENÇÃO Devemos dedicar um tempo importante para os conselhos de classe. Essa criação fez parte da LDB e tem como foco central a ideia de que mesmo o acompanhamento e o entendimento do aluno deve escapar a subjetividade e a relação com o professor. Isso visa romper um “ranço” autoritário que herdamos das relações escolares, desfazendo o poder da “nota”, passando o sujeito a ser percebido pelas peculiaridades e as múltiplas visões sobre ele. A resistência é compreensível, mas, neste ponto, identificamos o passo fundamental para uma escolamais democrática e participativa. A QUESTÃO DA PARTICIPAÇÃO Danilo Gandin (2001), um dos maiores especialistas do país no tema do planejamento participativo, considera fundamental, para discuti-lo, compreender de que participação se trata quando propomos essa perspectiva de planejamento. Ele diferencia três níveis: PARTICIPAÇÃO NO NÍVEL DA COLABORAÇÃO Esse tipo de participação não se coaduna com o modelo de planejamento participativo, sendo mais usado em circunstâncias em que um planejamento estratégico, centralizado, está em curso, mas precisa de alguma legitimação do coletivo, a quem chama para participar na execução daquilo que foi decidido por outros. É o nível mais frequente na prática concreta hoje (...). É o nível em que a “autoridade” chama as pessoas a trazerem sua contribuição para o alcance do que esta mesma “autoridade” decidiu como proposta. (...) Seu grande mal é ser entendido como o único modo de se fazer participação e, assim, impedir que nasçam outros processos mais profundos. (GANDIM, 2001) PARTICIPAÇÃO NO NÍVEL DE DECISÃO Com frequência, opõe-se a essa forma de participação, a que Gandin elenca como um segundo nível, a participação decisória, que, segundo o autor, tem uma aparência democrática mais acentuada que a anterior, mas também pode ser enganosa, na medida em que é o chefe quem decide que todos vão decidir a respeito de questões menores, sem conexão com a proposta mais ampla da escola “e a decisão se realiza como escolha entre alternativas já traçadas, sem afetar o que realmente importa” (GANDIN, 2001, p. 89). O problema, nesta forma de participação, é que, apesar de participarem da decisão, os sujeitos da escola que não são gestores, não exercem poder efetivo sobre o quê, o como, o porquê e para o que será feito. PARTICIPAÇÃO NO NÍVEL DE UMA CONSTRUÇÃO EM CONJUNTO DO PLANEJAMENTO Necessária para que um planejamento participativo se instale. Construção em conjunto, que exige uma ruptura com o próprio imaginário social em torno da desigualdade entre sujeitos em virtude de sua formação ou de seu conhecimento acumulado sobre um tema qualquer. A necessária convivência igualitária entre todos é de difícil construção, ao mesmo tempo em que só é possível por meio de sua experimentação. Sem desconsiderar essa dificuldade, o autor afirma a necessidade dessa forma de participação para que possamos considerar um planejamento efetivamente participativo. Para ele, “a construção em conjunto acontece quando o poder está com as pessoas, independentemente dessas diferenças menores, e fundamentado na igualdade real entre elas” (GANDIN, 2001). Oferece suas próprias compreensões de educação, de escola, de ensino como elemento para a decisão coletiva que, quando tomada, permite que todos cresçam e aprendam uns com os outros. Esse procedimento torna a escola capaz de uma intervenção transformadora da realidade, criando o novo, com todos e para todos, conforme finaliza o autor. Ainda sobre a participação, e mais especificamente sobre aquela que envolve a comunidade escolar, pode-se dizer que são três as formas de participação que, combinadas, podem ter maior impacto no êxito escolar. Trata-se da participação decisória, avaliativa e educativa, podendo interferir em questões fundamentais da vida escolar e afetar diretamente a aprendizagem e os resultados gerais de um projeto escolar, uma vez que: Facilita a coordenação do discurso entre as famílias, a escola e outros agentes educativos. Possibilita a tomada de decisões conjunta para um mesmo fim: melhorar o rendimento escolar dos alunos e proporcionar aos estudantes a oportunidade de obter êxito acadêmico. Melhora a relação entre família, escola e bairro. Reforça as relações de solidariedade, cumplicidade e amizade entre a escola e a comunidade, beneficiando tanto os alunos quanto a comunidade em geral. Permite uma relação mais igualitária com as famílias e outros agentes, contribuindo para a superação das desigualdades e a prevenção e resolução de conflitos de maneira mais efetiva. Fonte: Comunidade de Aprendizagem Também no que se refere especificamente à participação da comunidade na escola, é importante que esta esteja presente nas diferentes etapas do planejamento, quando se decide como se vai trabalhar e com quais objetivos, como serão pensados e desenvolvidos os processos ensino-aprendizagem e quais os principais aspectos a tratar nos momentos da avaliação para que o feedback que trazem seja usado para o replanejamento. PRINCÍPIOS E ESTRUTURA DO PLANEJAMENTO PARTICIPATIVO A principal característica do planejamento participativo é a necessidade de atuação efetiva de todos os segmentos escolares, em todas as suas etapas e, tanto quanto possível, em igualdade de condições entre si, sem hierarquias. Gestores, profissionais de educação docentes e não docentes e comunidade escolar participam de discussões em todos os níveis e dimensões da escola e, mais do que direito a voto, têm o direito de argumentar em defesa daquilo que acham bom. Fonte: Fizkes/Shutterstock O caráter democrático desse tipo de planejamento se relaciona não só com o voto, mas com o diálogo, com a busca de soluções negociadas para as discordâncias e de entendimento mútuo para a construção coletiva de um projeto de escola no qual todos os participantes possam se engajar. Todos participam da análise, decisão, execução e avaliação das ações e são responsáveis por cada uma delas. O fortalecimento evidente de interações democráticas, que esse tipo de planejamento traz com sua distribuição horizontal do poder da decisão, é um dos elementos que leva a se pensar no planejamento participativo como um meio de se cumprir o princípio da gestão democrática. Diferentemente do esquema do planejamento estratégico, podemos compreender o planejamento participativo como uma superposição dos esquemas abaixo em que, ao mesmo tempo, todos interagem e assumem: Projeto de escola como centro Cada integrante da escola oferece sua própria contribuição a esse projeto Trazemos agora um esquema proposto por Gandin (2001), no qual o autor esclarece as etapas do planejamento participativo. Fonte: Autor Para Gandin (2001), o “marco referencial”, que vai definir a missão da escola, é considerado de suma importância, em virtude de sua dimensão política, de escolha coletiva. Esse marco se compõe de um primeiro momento, em que se tem a compreensão da realidade global da instituição, o chamado marco situacional; e é a proposição do projeto de homem e de sociedade que balizará os debates, o chamado marco doutrinal; e, por fim, a definição de um marco técnico-procedimental sobre como se deve proceder para atingir essa meta educativa no contexto em que a escola se situa, o chamado marco operativo. O segundo momento, de diagnóstico, implica adaptação daquilo que se deseja àquilo que parece possível fazer. Avaliam-se as práticas existentes e propõem-se novas, levando à programação, que assume uma dupla dimensão: a de mudanças no fazer e a de mudanças no ser da escola. Isso porque se entende que “é fazendo coisas novas e sendo diferente que se transforma a realidade existente.” GANDIN, 2001, p. 92 Assim, as quatro categorias dessa programação, a partir da clareza dessas duas dimensões, tornam- se mais claras e mais precisas, permitindo, com isso, uma melhor intervenção sobre a realidade. Essas categorias são: as ações, as rotinas, as atitudes e as regras. Constituindo as novas normas a partir das quais as práticas vão se organizar e serão posteriormente avaliadas, essa programação e o modo como ocorre serão redefinidos a cada feedback dado pela comunidade escolar. ATENÇÃO Com isso, podemos afirmar que, para além do ciclo em cinco etapas que se realimentam sempre, apresentado no início dessa discussão, o planejamento participativo acrescenta uma esfera maior, englobando todas as outras, a do marco referencial, um projeto educativo ancorado na compreensão da sociedade global e em uma intencionalidadepolítica de sua transformação democrática. Fonte: Icon Studio/shutterstock PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO Gestão monocrática Perspectiva vertical Centralização decisória nas mãos dos gestores Hierarquização do trabalho pedagógico Fragilidade e precariedade das informações a serem usadas no replanejamento Feedback inconsistente e frágil Fonte: Brovko Serhii/shutterstock PLANEJAMENTO PARTICIPATIVO Gestão democrática Perspectiva horizontal Reuniões gerais e pedagógicas de planejamento Projetos pedagógicos e definições de responsabilidades Feedback consistente e efetivo PLANEJAMENTO NA ESCOLA DO SÉCULO XXI Fonte: Radachynskyi Serhii/Shutterstock Os processos de planejamento escolar aqui estudados trouxeram para o debate algumas questões a respeito da: Importância do planejamento escolar atual para as escolas. Qualidade dos processos ensino-aprendizagem. Muito mais se pode estudar e ver sobre o tema, mas compreender que, além de importante, o planejamento não é algo que se encerra quando começamos a implantar o que nele foi previsto. O planejamento segue sendo permanentemente avaliado e refeito, em um ciclo que, embora esquematicamente representado como uma coisa de cada vez, é algo mais do tipo “Tudo ao mesmo tempo agora”, como o título do álbum da banda de rock Titãs! A escola é um organismo vivo, dinâmico e mutante, e isso precisa ser compreendido por todos os seus sujeitos para que ela funcione bem e cumpra sua função de ensinar e fazer aprender, respeitando as necessidades e especificidades de todos. Com relação à questão do feedback e de sua importante função no ato de replanejar, é fundamental tratar das questões que envolvem as avaliações externas de larga escala e sua influência sobre a escola e sobre seu planejamento. O realismo que deve prevalecer na hora de se definir, para cada escola, as expectativas de rendimento funciona como balizador da qualidade do trabalho realizado a partir do planejamento. Fonte: TierneyMJ/Shutterstock Forte em Saint Tropez ao por do sol Evidentemente, as escolas já possuem, em cada ano letivo, resultados de avaliações anteriores, e é com base neles que se devem definir metas de melhoria compatíveis com esses resultados e com as condições atuais de trabalho. Isso significa que um índice melhor ou pior não deve ser lido autonomamente em relação à trajetória histórica de cada estabelecimento escolar, sob pena de se comparar situações incomparáveis e se formular críticas equivocadas a resultados às vezes importantes. Fonte: AVIcon/shutterstock ESCOLA 1 De índice 3 para índice 4,5 Fonte: Payuan/shutterstock ESCOLA 2 De índice 4,5 para índice 5 COMENTÁRIO Uma escola que passa de um índice 3 e chega a um índice 4,5, por exemplo, desempenhou mais em seu planejamento de melhoria do que uma escola que saiu de um índice 4,5 para um índice 5, mesmo que a segunda permaneça à frente da primeira em uma lista geral. Embora relevantes, os resultados de avaliações globais precisam ser analisados em função da situação local e de seus significados naquele contexto. É preciso resistir à tentação do ranqueamento aligeirado e das consequências nefastas que podem trazer a um bom trabalho em escolas situadas em regiões e circunstâncias de difícil atuação, investindo na análise do significado dos resultados na situação específica em que se está. Podemos, então, nos perguntar: qual seria o maior objetivo de um planejamento escolar? Se tivéssemos que reduzir os objetivos da escola em um único, certamente seria “fazer o aluno aprender mais e melhor”. Uma escola imaginária, que, ao final do ano letivo, tenha reprovado todos os alunos não cumpriu o seu papel. Isso nos remete a uma das funções do planejamento que é a de estabelecer metas e objetivos visando à melhor formação educacional possível naquele momento, confirmando, ainda, o que dissemos acima sobre o uso de resultados de avaliações em larga escala – como a Provinha Brasil, a Prova Brasil e o ENEM – para avaliar e replanejar o trabalho de cada escola. ATENÇÃO Não há diferenças entre uma escola pública ou privada, uma vez que, em ambas as esferas, as metas do planejamento escolar devem impulsionar ações pedagógicas que objetivam a melhoria no ensino, e também envolvem uma boa formação docente e a continuidade de diálogos formadores cotidianamente. Podemos afirmar que o planejamento é um instrumento que gestores, profissionais das escolas e comunidades escolares devem usar juntos na administração das relações internas da escola e na definição de metas e objetivos que ela pretende atingir, e como percebe seu futuro. Não é possível determinar o futuro, mas é possível construí-lo com base em avaliações e proposições apropriadas à sua realidade e àquilo que se pretende que ela se torne. Vamos entender melhor! VIMOS QUE EXISTE A POSSIBILIDADE DE PLANEJAMENTO ESCOLAR COM DIFERENTES VERTENTES, SENDO AS MAIS UTILIZADAS O PLANEJAMENTO PARTICIPATIVO E O PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO. EXISTE DIFERENÇA ENTRE ELES? RESPOSTA Sim, ambos se apresentam com diferentes características e possibilidades. O planejamento participativo é baseado nos princípios democráticos, cuja característica principal é a participação de todos os membros da comunidade escolar nos processos decisórios da escola. Diretores, professores, alunos e funcionários têm direito ao voto nesse modelo. Análise, decisão, execução e avaliação das ações são de responsabilidade javascript:void(0) desses atores sociais. A grande vantagem é a construção de uma cultura de planejamento coletiva, fortalecendo as práticas democráticas e a distribuição horizontal do poder da decisão. No planejamento estratégico, o poder de decisão fica concentrado em uma única pessoa, geralmente, o diretor. Esse modelo se baseia em métodos qualitativos e quantitativos em formato de metas, analisando pontos fracos, oportunidades e restrições do ambiente, que passam a ser medidos por indicadores e um conjunto de metas organizacionais. Missão, visão do futuro e valores norteiam essa realidade. VERIFICANDO O APRENDIZADO 1. (PREFEITURA DE JUAZEIRO DO NORTE – 2019). ACERCA DAS NOÇÕES DE ORGANIZAÇÃO, ESTRUTURA E GESTÃO ESCOLAR NO QUE SE REFERE AO PLANEJAMENTO PARTICIPATIVO, MARQUE A OPÇÃO CORRETA. A) O planejamento escolar deve ser conduzido de maneira autoritária e centralizadora, uma vez que se pretende instituir uma cultura de homogeneidade da sala de aula. B) É essencial que se tenha clareza de que os grandes sistemas de avaliação contribuem para um diagnóstico amplo do sistema e da escola, possibilitando aos políticos a utilização dos resultados para fins de interesse próprio. C) O planejamento e a avaliação devem ser realizados em fina sintonia com os preceitos da gestão curricular, constituída do conjunto de valores, princípios e crenças de uma sociedade competitiva. D) O secretário escolar e os funcionários da escola precisam se familiarizar com os resultados das avaliações do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (SAEB), com a finalidade de saber quem são os melhores alunos da escola. E) É importante que se instale, na escola, a cultura de avaliação de suas atividades, interação com a comunidade e proposição de diagnósticos das principais causas dos resultados satisfatórios ou insatisfatórios do trabalho realizado, fundamentando o planejamento das metas a serem alcançadas. 2. (CONCURSO DE PEDAGOGO – JUAZEIRO DO NORTE – 2019). ANALISE A SEGUINTE AFIRMAÇÃO: MUITAS VEZES, O PROFESSOR É BEM PREPARADO, TEM CONSCIÊNCIA DO SEU PAPEL DE MEDIADOR ENTRE O ALUNO E O SABER HISTORICAMENTE ACUMULADO, PORÉM, ÀS VEZES, SOFRE PRESSÃO PARA EXECUTAR APENAS AS DETERMINAÇÕES DOS ESPECIALISTAS OU GESTORES DIRETAMENTE LIGADOS AO DESEMPENHO DOCENTE. A QUESTÃO DEVE SER RESOLVIDA SE O PROFESSOR COMPREENDER QUE É NECESSÁRIA SUA INTERAÇÃO COM A EQUIPE PEDAGÓGICA. PARA QUE ISSO SEJA POSSÍVEL, UM DOS PRINCIPAIS PONTOS A QUE O PROFESSOR PRECISA ESTAR ATENTO É: A) A defesa de sua autonomiadocente. B) Leitura e implementação do planejamento estratégico para garantir que a escola cumpra suas metas. C) Atuar na gestão compartilhando as demandas escolares no sentido de atender às regras governamentais e aos seus sistemas avaliativos. D) Participar dos planejamentos escolares e difundi-los, tanto aos colegas quanto aos alunos. E) Esmerar-se na formação continuada e capacitação docente, afinal seu papel é estar preparado para as aulas. GABARITO 1. (Prefeitura de Juazeiro do Norte – 2019). Acerca das noções de organização, estrutura e gestão escolar no que se refere ao planejamento participativo, marque a opção correta. A alternativa "E " está correta. Você estudou sobre as relações de construção do planejamento, em especial no que diz respeito à ideia de um planejamento participativo. A forma não é natural ou automática, mas exige constante processo de proposição, avaliação, diagnósticos, debates sobre os desafios e a estruturação de metas. Por isso, a perspectiva de lidar com avaliações externas, interagir com a comunidade, perceber que o processo nunca está finito levam à resposta da letra E. 2. (Concurso de Pedagogo – Juazeiro do Norte – 2019). Analise a seguinte afirmação: Muitas vezes, o professor é bem preparado, tem consciência do seu papel de mediador entre o aluno e o saber historicamente acumulado, porém, às vezes, sofre pressão para executar apenas as determinações dos especialistas ou gestores diretamente ligados ao desempenho docente. A questão deve ser resolvida se o professor compreender que é necessária sua interação com a equipe pedagógica. Para que isso seja possível, um dos principais pontos a que o professor precisa estar atento é: A alternativa "D " está correta. Uma das falhas mais recorrentes é o professor identificar questões de planejamento escolar como funções da gestão e da equipe pedagógica. Sua função é vital, seus planos de curso e sua aula devem dialogar com os planejamentos escolares. Na letra D, vimos como o professor é a mola mestra para um planejamento democrático e participativo. CONCLUSÃO CONSIDERAÇÕES FINAIS O planejamento é repleto de práticas que precisam ser reconhecidas para que a escola possa se tornar um espaço democrático e primar pela qualidade. Sua prática é cíclica e inesgotável tendo atuação primordial da equipe pedagógica, não se esquecendo de que devem ser chamados todos os envolvidos na comunidade escolar. Sua composição incide em regras governamentais e é estruturada para atender o funcionamento das escolas, os seus objetivos, e principalmente ajudar a criar um ambiente propício para as relações de ensino-aprendizagem. É necessário valorizar a ideia de um planejamento participativo, processo complexo, mas fundamental para reafirmar uma sociedade democrática e uma escola plural. Por fim, as características específicas regionais, sua forma pública ou privada não esvaziam a função primordial do planejamento. AVALIAÇÃO DO TEMA: REFERÊNCIAS BRASIL. Lei 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial da União. Brasília: Poder Legislativo, 23 dez. 1996, sec. I, n. 248, p. 27.833. CHIRINÉA, A. M.; BRANDÃO, C. F. O IDEB como política de regulação do Estado e legitimação da qualidade: em busca de significados. In: Ensaio: Avaliação e Políticas Públicas em Educação. Rio de Janeiro, v. 23, n. 87, p. 461-484, abr./jun. 2015 COMUNIDADE DE APRENDIZAGEM. Consultado em meio eletrônico em set. 2020. DICIONÁRIO HOUAISS de sinônimos e antônimos. São Paulo: Publifolha, 2011. GANDIN, D. Escola e transformação social. Petrópolis: Vozes, 1995. GANDIN, D. A prática do planejamento participativo. Petrópolis: Vozes, 2001. GANDIN, D. A posição do planejamento participativo entre as ferramentas de intervenção na realidade. In: Currículo sem Fronteiras, v.1, n.1, p. 81-95, jan./jun. 2001. GANDIN, D.; GANDIN, L. A. Temas para um projeto político-pedagógico. 12. ed. Petrópolis: Vozes, 2011. PARO, V. Por dentro da escola pública. São Paulo: Xamã, 1995. PARO, V. Administração escolar: introdução crítica. São Paulo: Cortez, 1986. TRAVITZKI, R. Qual é o grau de incerteza do Ideb e por que isso importa? In: Ensaio: avaliação de políticas públicas educacionais. v. 28. n. 107. Rio de Janeiro abr./jun. 2020. VASCONCELLOS, C. Planejamento: projeto de ensino-aprendizagem e projeto político-pedagógico. São Paulo: Libertad, 2008. VEIGA, I. P. (Org.) Projeto político-pedagógico da escola. Campinas: Papirus, 2005. WPENSAR. Guia de planejamento escolar. Consultado em meio eletrônico em: 23 ago. 2020. EXPLORE+ O aprofundamento de seus estudos do planejamento escolar pode envolver desde textos acadêmicos até documentos governamentais e escolares. É interessante pesquisar sobre: Plano Nacional de Educação Legislação curricular e relacionada à formação de professores O novo FUNDEB Para saber mais sobre planejamento escolar, uma pesquisa que pode ser útil é: Planejamento escolar: um estudo a partir de produções acadêmicas (1961 – 2005) , de Reynaldo Mauá Junior. Para saber mais sobre o PPP: Assista a vídeos do professor Vasco Moretto, um autor renomado da área. Leia o livro de Ilma Veiga, Projeto político-pedagógico de escola , publicado pela Editora Papirus. Embora seja de difícil acesso, é um excelente instrumento para a compreensão do assunto. Sobre planejamento estratégico na educação, o livro Planejamento Estratégico na Educação , de José Parente, publicado em 2010, pela Editora Liber Livro, é útil e esclarecedor. Ainda sobre planejamento educacional, vale a pena ler o livro Planejamento Educacional , de Sonia Fonseca. Por fim, se você deseja aprender mais sobre a perspectiva das relações entre planejamento e prática, vale consultar o texto de Áurea Thomazi e Thania Asinelli, Prática docente: considerações sobre o planejamento das atividades pedagógicas . CONTEUDISTA Inês Barbosa de Oliveira CURRÍCULO LATTES javascript:void(0);
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