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Memoriais em Prática Penal

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PRÁTICA PENAL
MEMORIAIS
PROF. GILMAR MADALOZZO
MEMORIAIS NO RITO ORDINÁRIO, SUMÁRIO, SUMARÍSSIMO E RITOS PROCEDIMENTAIS ESPECIAIS
As alegações finais, em regra, são apresentadas oralmente. No entanto, quando o caso for complexo, possuir grande número de acusados (art. 403, § 3º,CPP) ou pedido de diligências pelas partes deferido pelo juiz (art. 404, § único, CPP), este pode determinar a apresentação de alegações finais escritas, em forma de memoriais.
1.FUNDAMENTO LEGAL
Art. 403, § 3º ou 404, § único do CPP, conforme for o caso.
É o mesmo fundamento para todos os ritos processuais.
2. PRAZO
É de 5 dias a contar da intimação – art. 403, § 3º do CPP.
A intimação da defesa será feita logo após o MP apresentar os seus memoriais, logo o prazo é sucessivo.
3. ENDEREÇAMENTO
Ao juiz que mandou intimar a defesa.
4. QUESTÕES PRELIMINARES
- Causa extintiva de punibilidade – art. 107, CP
- causa extintiva de punibilidade específica. Ex. art. 181; 342,§ 2º ; art. 168-A; art. 121,§ 5º; art. 129,§ 8º, todos do CP.
- Nulidades do art. 564, CPP 
- Suspensão condicional do processo (sursi processual) – art. 89 da Lei 9099/95.
- Desentranhamento de provas ilícitas – art. 107, CPP.
- Outras teses como do art. 400, CPP (inversão da ordem da oitiva das testemunhas); art. 5º, LV, CF/88 (indeferimento de testemunhas arroladas); art. 185, caput, CPP (interrogatório do acusado sem presença de seu defensor constituído ou nomeado) e outras.
5.TESES PRINCIPAIS DE MÉRITO NO RITO ORDINÁRIO, SUMÁRIO, SUMARÍSSIMO E RITOS ESPECIAIS
Devem ser utilizadas uma das teses do art. 386, CPP, que melhor se amoldar ao caso em análise.
É a tese principal, que busca a absolvição do seu cliente quando for proferida a sentença. 
6. TESES SUBSIDIÁRIAS DE MÉRITO EM MEMORIAIS NO RITO ORDINÁRIO, SUMÁRIO SUMARÍSSIMO E PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
Se o juiz condenar o réu, passará a aplicar a pena. Neste caso, as teses subsidiárias em memoriais são aquelas que buscam melhorar de qualquer modo eventual condenação.
- afastamento de qualificadoras do tipo penal.
-afastamento de agravantes – art. 61, CP.
- reconhecimento de atenuantes – art. 65, CP. 
- aplicação da pena base no mínimo – art. 59, CP.
- afastamento de causa de aumento de pena ou aplicação da mesma ao mínimo legal, for o caso, ou sua redução para o mínimo legal.
- aplicação da suspensão condicional da execução da pena – art. 77, CP..
- regime inicial aberto ou semi-aberto – art. 33, § 2º, CP.
- aplicar as súmulas do STF: 718 e 719
- aplicar as súmula do STJ: 231, 241, 444, 545, 442, 269 e 440.
7. PEDIDOS
Cada preliminar, tese principal de mérito e tese subsidiária de mérito deve corresponder a um pedido, pois alegar e não pedir é o mesmo que não alegar.
- pedir aplicação das preliminares alegadas;
- pedido principal: pedir absolvição com fundamento no art. 386, CPP;
- pedidos subsidiários: qualquer situação alegada nas teseS subsidiárias de mérito que possam melhorar a situação do réu na condenação.
MEMORIAIS DO RITO DO JÚRI
1. FUNDAMENTO LEGAL
Art. 43, § 3º, CPP
2. PRAZO
O legal será de 5 dias para interposição dos memoriais – art. 403, § 3º, CPP.
3. ENDEREÇAMENTO
Será para o mesmo juiz que ordenou intimar a defesa para redigir os memoriais. 
4. PRELIMINARES 
Podem ser utilizadas as mesmas preliminares indicadas para o rito ordinário.
 
5. TESES PRINCIPAIS DE MÉRITO
A defesa deve buscar a absolvição sumária do réu, com fundamento no art. 415, do CPP.
Também podem ser utilizadas como tese principal de mérito as tese de desclassificação do art. 419, CPP.
6. TESES SUBSIDIÁRIAS DE MÉRITO
Será geralmente as teses de impronuncia do art. 419 do CPP. 
Também poderá ser utilizada como tese subsidiária de mérito o afastamento de uma qualificadora ou causa de aumento de pena contida na denúncia. 
7. PEDIDOS
Cada preliminar, tese principal de mérito e tese subsidiária de mérito deve corresponder a um pedido, pois alegar e não pedir é o mesmo que não alegar.
- pedir aplicação das preliminares alegadas;
- pedido principal: pedir absolvição com fundamento no art. 415, ou 419, CPP;
- pedidos subsidiários: qualquer situação alegada nas teses subsidiárias de mérito que possam melhorar a situação do réu na condenação, como o caso de impronuncia do art. 414, CPP.
ESTRUTURA DOS MEMORIAIS NO RITO ORDINÁRIO, SUMÁRIO E SUMARÍSSIMO E PROCEDIMENTOS ESPECIAIS (EXCETO JÚRI)
· Endereçamento: Para o juízo onde tramita o processo;
· Qualificação: Basta mencionar o nome do Réu “já devidamente qualificado na inicial”
· Fundamentação: Art. 403, §3º, CPP;
· Dos fatos: Breve resumo dos fatos;
· Das preliminares: Verificar a possibilidade de cabimento de alguma preliminar citada (art. 107, CP; art. 157, CPP; art. 564, CPP; art. 89 da Lei 9.099/95 e alguma nulidade surgida na audiência);
· Do mérito: Verificar a possibilidade de tese de absolvição no art. 386, CPP. Subsidiariamente, busca melhoria de pena: afastamento de qualificadora, pena base no mínimo legal, afastamento de agravantes, reconhecimento de causas de diminuição de pena, fixação de regime inicial mais favorável, substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos, suspensão condicional da execução da pena.
· Dos pedidos: Pedir o reconhecimento das preliminares, se houver. No mérito, o pedido principal é o de absolvição do 386 do CPP e os pedidos subsidiários são o afastamento de qualificadora, pena base no mínimo legal, afastamento de agravantes, reconhecimento de atenuantes, afastamento de causas de diminuição de pena, substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos, suspensão condicional da execução da pena.
ESTRUTURA DOS MEMORIAIS NO RITO DO TRIBUNAL DO JÚRI
· Endereçamento: Para o juiz onde tramita o processo;
· Qualificação: Basta mencionar o nome do Réu “já devidamente qualificado na inicial”
· Fundamentação: Art. 403, §3º, CPP;
· Dos fatos: Breve resumo dos fatos;
· Das preliminares: Art. 107, CP; art. 157, CPP; art. 564, CPP; art. 98 da Lei 9.099/95 e nulidades ocorridas na audiência;
· Do mérito: A tese principal é a de absolvição do art. 415 do CPP ou a desclassificação do art. 419 do CPP. A tese subsidiária é a impronúncia do art. 414 do CPP. Pode ser desclassificação, dependendo do caso, no art. 419, CPP;
· Dos pedidos: O principal é o de absolvição do 415 do CPP ou o de desclassificação do art. 419 do CPP. O subsidiário será o de impronúncia do art. 414 do CPP. Pode ser desclassificação, dependendo do caso, no art. 419, CPP;
MODELO DA PEÇA
EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA __ VARA CRIMINAL DA COMARCA DE__ (Regra Geral);
Processo nº....
EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ FEDERAL DA __ VARA CRIMINAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE __ (Crimes de competência da Justiça Federal);
Processo nº....
EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA __ VARA DO TRIBUNAL DO JÚRI DA COMARCA DE __ (Regra Geral);
Processo nº....
EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA __ VARA DO TRIBUNAL DO JÚRI DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE __ (Crimes de competência da Justiça Federal);
Processo nº....
			ESPAÇO DE 10 (DEZ) LINHAS
NOME, já qualificado nos autos, vem perante Vossa Excelência, por seu advogado abaixo assinado, conforme procuração em anexo, apresentar
MEMORIAIS
com fundamento no art. 403, parágrafo 3º, do Código de Processo Penal, pelos fato e fundamentos que passa a expor e ao final requerer:
DOS FATOS
Fazer uma síntese, trazer os fatos de forma resumida.
DAS PRELIMINARES
Verificar a possibilidade de cabimento de uma das seguintes preliminares:
· Art. 107, CP – Causas extintivas de punibilidade;
· Art. 564, CPP – Nulidades;
· Art. 89 da Lei 9.099/95 – Ausência de proposta de suspensão condicional do processo (sursis processual);
· Art. 157, CPP – Desentranhamento das provas ilícitas;
· Verificar nulidades que eventualmente surgiram na audiência; 
DO MÉRITO
	Deve-se buscar uma das hipóteses do art. 386 do CPP, fundamentando em um de seus incisos. Se a tese for de direito material, deve-se discorrer sobre os institutos demonstrando os requisitos do instituto.
	Nos casos do rito do Tribunal do Júri pede-se a absolviçãosumária com base no art. 415 do CPP ou mesmo a desclassificação do art. 419 do CPP.
	Subsidiariamente o afastamento de qualificadora, pena base no mínimo legal (art. 59, CP), afastamento de agravante (art. 61, CP), reconhecimento de atenuantes (art. 65, CP), afastamento de causas de aumento de pena, reconhecimento de causas de diminuição de pena, fixação de regime inicial mais favorável (art. 33, §2, a, b ou c, CP), substituição de pena privativa de liberdade por restritiva de direitos (art. 44, CP), suspensão condicional da execução da pena (art. 77, CP).
	No caso do rito do Tribunal do Júri pede-se, subsidiariamente, a impronúncia do art. 414, do CPP.
DOS PEDIDOS
	Diante do Exposto, requer de Vossa Excelência:
Reconhecimento das preliminares (art. 107, CP, art. 157, CPP, art. 564, CPP, art. 89 da Lei 9.099/95 e alguma nulidade surgida na audiência);
Absolvição do art. 386 do CPP;
Nos casos do rito do Tribunal do Júri pede-se a absolvição sumária com base no art. 415 do CPP ou mesmo a desclassificação do art. 419 do CPP;
Subsidiariamente o afastamento de qualificadora, pena base no mínimo legal (art. 59, CP), afastamento de agravante (art. 61, CP), reconhecimento de atenuantes (art. 65, CP), afastamento de causas de aumento de pena, reconhecimento de causas de diminuição de pena, fixação de regime inicial mais favorável (art. 33, §2, a, b ou c, CP), substituição de pena privativa de liberdade por restritiva de direitos (art. 44, CP), suspensão condicional da execução da pena (art. 77, CP).
No caso do rito do Tribunal do Júri pede-se, subsidiariamente, a impronúncia do art. 414 do CPP.
Termos em que, pede deferimento.
Comarca, data (ver prazo de cinco dias)
Advogado – OAB nº.
1.7 CASO PRÁTICO RESOLVIDO
XIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO (2014.2)
Felipe, com 18 anos de idade, em um bar com outros amigos, conheceu Ana, linda jovem, por quem se encantou. Após um bate-papo informal e troca de beijos, decidiram ir para um local mais reservado. Nesse local trocaram carícias, e Ana, de forma voluntária, praticou sexo oral e vaginal com Felipe. Depois da noite juntos, ambos foram para suas residências, tendo antes trocado telefones e contatos nas redes sociais.
No dia seguinte, Felipe, ao acessar a página de Ana na rede social, descobre que, apesar da aparência adulta, esta possui apenas 13 (treze) anos de idade, tendo Felipe ficado em choque com essa constatação. O seu medo foi corroborado com a chegada da notícia, em sua residência, da denúncia movida por parte do Ministério Público Estadual, pois o pai de Ana, ao descobrir o ocorrido, procurou a autoridade policial, narrando o fato. 
Por Ana ser inimputável e contar, à época dos fatos, com 13 (treze) anos de idade, o Ministério Público Estadual denunciou Felipe pela prática de dois crimes de estupro de vulnerável, previsto no artigo 217- A, na forma do artigo 69, ambos do Código Penal. O Parquet requereu o início de cumprimento de pena no regime fechado, com base no artigo 2º, §1º, da lei 8.072/90, e o reconhecimento da agravante da embriaguez preordenada, prevista no artigo 61, II, alínea “l”, do CP. 
O processo teve início e prosseguimento na XX Vara Criminal da cidade de Vitória, no Estado do Espírito Santo, local de residência do réu. 
Felipe, por ser réu primário, ter bons antecedentes e residência fixa, respondeu ao processo em liberdade. 
Na audiência de instrução e julgamento, a vítima afirmou que aquela foi a sua primeira noite, mas que tinha o hábito de fugir de casa com as amigas para frequentar bares de adultos. As testemunhas de acusação afirmaram que não viram os fatos e que não sabiam das fugas de Ana para sair com as amigas. 
As testemunhas de defesa, amigos de Felipe, disseram que o comportamento e a vestimenta da Ana eram incompatíveis com uma menina de 13 (treze) anos e que qualquer pessoa acreditaria ser uma pessoa maior de 14 (quatorze) anos, e que Felipe não estava embriagado quando conheceu Ana. 
O réu, em seu interrogatório, disse que se interessou por Ana, por ser muito bonita e por estar bem vestida. Disse que não perguntou a sua idade, pois acreditou que no local somente pudessem frequentar pessoas maiores de 18 (dezoito) anos. Corroborou que praticaram o sexo oral e vaginal na mesma oportunidade, de forma espontânea e voluntária por ambos. 
A prova pericial atestou que a menor não era virgem, mas não pôde afirmar que aquele ato sexual foi o primeiro da vítima, pois a perícia foi realizada longos meses após o ato sexual. 
O Ministério Público pugnou pela condenação de Felipe nos termos da denúncia. 
A defesa de Felipe foi intimada no dia 10 de abril de 2014 (quinta-feira). 
Com base somente nas informações de que dispõe e nas que podem ser inferidas pelo caso concreto acima, redija a peça cabível, no último dia do prazo, excluindo a possibilidade de impetração de Habeas Corpus, sustentando, para tanto, as teses jurídicas pertinentes. (Valor: 5,0) 
PADRÃO DE RESPOSTA SUGERIDO:
EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA XX VARA CRIMINAL DE VITÓRIA, ESTADO DO ESPIRITO SANTO.
Processo nº...
ESPAÇO DE 10 LINHAS
Felipe, já devidamente qualificado nos autos, vem perante Vossa Excelência, por intermédio de seu advogado abaixo assinado, conforme procuração em anexo, apresentar
MEMORAIS
com fundamento no art. 403, §3º do Código de Processo Penal, pelos fatos e fundamentos que passa a expor e ao final requerer:
DOS FATOS
Felipe praticou sexo oral e vaginal com uma menina de 13 (treze) nos, que pelas condições físicas e sociais aparentava ser maior de 14 (quatorze) anos.
No dia seguinte, Felipe, ao acessar a página de Ana na rede social, descobre que, apesar da aparência adulta, esta possui apenas 13 (treze) anos de idade, tendo Felipe ficado em choque com essa constatação.
O seu medo foi corroborado com a chegada da notícia em sua residência, da denúncia movida por parte do Ministério Público Estadual, pois o pai de Ana, ao descobrir o ocorrido, procurou a autoridade policial, narrando o fato.
DO MÉRITO
O réu deve ser absolvido nos termos do art. 386, inciso III do Código de Processo Penal, por se tratar de fato atípico, em razão do erro de tipo essencial incriminador, previsto no artigo 20, caput do Código Penal, que exclui o dolo e torna o fato atípico.
Subsidiariamente, deve ser fixada a pena-base no mínimo legal, nos termos do art. 59 do Código Penal, pois o agente possui circunstâncias judiciais favoráveis.
Deve ser afastada a circunstância agravante da embriaguez preordenada, prevista no artigo 61, inciso II, alínea I, do Código Penal, pois o agente não se embriagou para criar coragem para praticar o crime e as testemunhas afirmaram que ele não estava embriagado. 
Deve ser reconhecida a circunstância atenuante da menoridade relativa, prevista no art. 65, inciso I do Código Penal, pois o agente era menor de 21 anos na data dos fatos.
Deve ser afastado o concurso material de crimes, previsto no artigo 69 do Código Penal, pois o tipo penal previsto no artigo 217-A do Código Penal é um tipo penal misto alternativo, onde a prática de uma ou várias condutas descritas no tipo penal, caracteriza crime único.
Deve ser fixado regime inicial semiaberto, nos termos do artigo 33, §2º, alínea b do Código Penal, pois a fixação de regime inicial fechado com base no artigo 2º, §1º da Lei 8.072/90 é inconstitucional, por violar o princípio da individualização da pena.
DOS PEDIDOS
Diante do exposto, requer de Vossa Excelência:
a)Absolvição do réu, nos termos do art. 386, inciso III, do Código de Processo Penal, por se tratar de fato atípico, em razão do erro de tipo essencial incriminador, previsto no artigo 20, caput do Código Penal;
b)Subsidiariamente, deve ser fixada a pena base no mínimo legal, pois o réu possui circunstâncias judiciais favoráveis, nos termos do artigo 59 do Código Penal.
c)O afastamento da circunstância agravante da embriaguez preordenada, prevista no artigo 65, inciso I do Código Penal.
d)O afastamento do concurso material de crimes, previsto no artigo 69 do Código Penal, pois o tipo penal previsto no artigo 217-A do CódigoPenal é um tipo penal misto alternativo, onde a prática de uma ou várias condutas descritas no tipo penal, caracteriza crime único.
e)A fixação do regime inicial semi-aberto, nos termos do artigo 33, § 2º, alínea b do Código Penal, pois a fixação de regime inicial fechado com base no artigo 2º, §1º da Lei 8.072/90 é inconstitucional, por violar o princípio da individualização da pena.
Termos em que, pede deferimento.
Vitória-ES, 15 de abril de 2014.
Advogado – OAB nº

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