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Esporotricose em animais

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FACIMP – Faculdade de Imperatriz
Disciplina: Doenças infecciosas
Docente: Auricélio
Esporotricose
Acadêmicos: Alexandre Palmeira Lima; Artur Rosa Silva Gomes; Décio Luis; Jarbas Diógenes; Jéssica Almeida de Aguiar; João Wictor de Lima Almeida; Kalyanne Soares de Araujo; Lennylde Cantanhede do Vale Ferreira Leal; Laryssa Silva de Santos; Maria Luiza; Nelson Fernandes de Lima Júnior; Otavio Michel Alves Nascimento; Ricardo Cardoso; Sabrina Martins da Silva; Taiza Moraes Oliveira; Ubaldo Chaves Franco Neto. 
Medicina Veterinária / 2021
Definição
Zoonose
Micose subcutânea 
Sporothrix schenckii (fungo)
Solo, substrato de plantas, casca de arvores, vegetais e material em decomposição
Cosmopolita (tropicais e subtropicais)
Conidias de
Sporothrix schenckii – 
Forma de “charuto”.
Etiologia
Complexo Sporothrix:
Sporothrix schenckii sensu stricto
S. globosa 
S. brasiliensis
S. mexicana 
S. lurei
Fonte: A - BARROS, 2011 e B - CEMM, 2013.
A. Macromorfologia em ágar BHI que exibe colônias de cor branca, com superfície irregular; 
B. Micromorfologia em lactofenol azul-algodão com leveduras apresentando células redondas.
Histórico 
Brasil: -Primeiro relato de Esporotricose em animais (ratos): 1907
Brasil: -Primeiro relato de Esporotricose felina: 1950
Epidemiologia
• Doença ocupacional
 -“Doença dos jardineiros” , exploração de madeira, mineração, veterinários e proprietários.
 -Inoculação por espinhos, mordidas, arranhões e outros ferimentos pequenos.
• Distribuição mundial 
 - Clima tropical e subtropical
.
Fonte: A - BARROS, 2011 e B - CEMM, 2013.
Estados retratados em cinzento que apresentaram casos de esporotricose , e aqueles marcados com asteriscos têm humano e / ou casos animais de esporotricose relatado na pesquisa.
 
Epidemiologia
Inoculação direta do agente;
Escoriações, perfuração por espinhos, mordeduras e arranhaduras de animais doentes;
Contato da pele ou mucosa com as secreções das lesões de animais doentes;
Raramente a transmissão resulta da inalação dos “fungos”, provenientes da terra ou vegetais em decomposição.
Sinais clínicos
• As lesões mais comuns em cães e gatos são nódulos e úlceras na pele, com frequentes envolvimento das mucosas;
• Cães e gatos podem ter sinais extracutâneos, principalmente respiratórios, como espirros, corrimento nasal, e dispneia, seguido por linfadenomegalia;
• Outros sinais clínicos que podem ser observados são anorexia, vômitos, perda de peso, tosse, febre e desidratação. 
Fonte: Laboratório de Pesquisa Clínica em Dermatozoonoses em Animais Domésticos do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas / Fundação Oswaldo Cruz, (2017).
Felinos 
• É infectado ao arranhar árvores e troncos onde estão localizados os fungos os felinos contraem com facilidade;
• As manifestações se agravam devido as arranhaduras e ao habito de se lamber possibilitando uma disseminação da doença por todo o corpo;
• Sinais clínicos:
Cutânea: crostas, nódulos ulcerados, abcessos na cabeça, membros e região na base da cauda;
Linfocutânea;
Disseminada.
Fonte: Lloret et al. Journal of Feline Medicine and Surgery, 2013 - Courtesy of Dr Larsson
Cães 
• Pouco frequente (Imunocomprometidos);
• Sinais clínicos:
Forma cutânea: multinódulos -tronco, membros e região cefálica ( principalmente focinho);
Forma cutâneo-linfática: origina-se de lesão primitiva e ascende pelo trajeto linfático, gerando nódulos secundários e linfangite.
 
Fonte: Schubach et al. Medical Mycology. 2006
Diagnóstico 
Diagnóstico: baseia-se no histórico relatado pelo tutor, exame físico e dermatológico feito pelo médico veterinário, além de exames laboratoriais para sua confirmação.
Diagnostico diferencial: micobacteriose atípica, criptococose, Histoplasmose, neoplasias, leishmaniose tegumentar e infecções parasitarias (Demodex).
Tratamento 
A terapêutica de escolha para os animais é o antimicótico de uso sistêmico (via oral), fármaco itraconazol e deve ser receitado pelo médico veterinário;
A medicação deve ser administrada misturada ao alimento palatável de consistência pastosa (patês ou ração úmida, por exemplo) para evitar a manipulação e risco de infecção dos tratadores no momento de medicar.
Fonte: Drogaria minas-Brasil, 2021.
Fonte: Silva et al. BEPA, 2015 
Profilaxia 
• Tratamento e isolamento de animais doentes: Sempre recomendar aos proprietários não abandonar os animais doentes – fonte de dispersão da doença;
 • Castração de animais;
 • Incineração de cadáveres;
 • Usar luvas e roupas mangas compridas durante atividades com vegetação e manipulação de animais doentes;
 • Utilizar EPI quando manipular gato suspeito.
Referências 
BARROS, M. B. L.; SCHUBACH, T. P.; COLL, J. O.; GREMIÃO, I. D., WANKE, B., SCHUBACH, A. Esporotricose: a evolução e os desafios de uma epidemia. Revista Panamericana de Salud Pública, v. 27, n. 6, p. 455–460, 2010. Acessado em 02 de Junho. 
SILVA, Elisabete Aparecida da et al. Surto de esporotricose em gatos investigação e ações de controle, município de São Paulo/SP. Bepa-Boletim Epidemiológico Paulista, p. 1-16, 2015. Disponível em: https://docs.bvsalud.org/biblioref/ses-sp/2015/ses-36285/ses-36285-6191.pdf. Acessado em 31 de maio de 2021. 
SILVA, Natalya Fechine. Estratégias de estocagem de sporothrix spp. e análise da sensibilidade das cepas ante aos derivados terpênicos farnesol e terpinen-4-ol in vitro. 2014. Disponível em:http://www.repositorio.ufc.br/bitstream/riufc/11703/1/2014_dis_nfsilva.pdf. Acessado em 01 de junho de 2021.

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