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BCM Digestão e absorção de carboidratos Digestão: A digestão de carboidratos começa na boca: Quando o alimento é mastigado, ele se mistura com a saliva, contendo a enzima digestiva amilase salivar (uma α-amilase), secretada, em sua maior parte, pelas glândulas parótidas. Essa enzima hidrolisa o amido no dissacarídeo maltose e em outros pequenos polímeros de glicose, contendo três a nove moléculas de glicose. pH ótimo = 6,8 a 7,2. Digestão por amilase pancreática: A secreção pancreática, como a saliva, contém grande quantidade de α-amilase, que é quase idêntica em termos de função à α-amilase da saliva, mas, muitas vezes, mais potente. Em geral, os carboidratos são quase totalmente convertidos em maltose e/ou outros pequenos polímeros de glicose, antes de passar além do duodeno ou do jejuno superior. Hidrólise de dissacarídeos e de pequenos polímeros de glicose em monossacarídeos por enzimas do epitélio intestinal: pH ótimo=7,5 Essas enzimas ficam localizadas nos enterócitos que forram a borda em escova das microvilosidades intestinais, de maneira que os dissacarídeos são digeridos, quando entram em contato com esses enterócitos. Enterócitos: são células localizadas no epitélio, voltada para a luz/dentro do intestino. Lactose → glicose + galactose Sacarose → glicose + frutose Maltose→ glicose + glicose Trealose → glicose + glicose Trealose: encontrada naturalmente em cogumelos, frutos do mar, algas e insetos; também presente em produtos alimentícios processados, medicamentos e cosméticos. É constituída por duas unidades de glicose unidas pela ligação α 1-1; é estável em solução a altas temperaturas. O que difere a trealose da maltose é o tipo de ligação: Os produtos finais da digestão dos carboidratos são todos monossacarídeos hidrossolúveis absorvidos imediatamente para o sangue porta. Enzima secretada Função α-amilase pancreática Digerir maltose Lactase Digerir lactose Sacarase Digerir sacarose Maltase Digerir maltose Trealase Digerir trealose Trealose Maltose (α 1-4) Absorção: Glicose e galactose: transporte ativo secundário cotransporte com Na+ (SGLT1). Após a entrada na célula, a glicose passa do citoplasma para a corrente sanguínea, pela proteína GLUT-2 e o sódio vai para a corrente sanguínea pela bomba de sódio e potássio. Frutose: Absorvida pela proteína de canal na membrana apical GLUT-5, depois é passada para a corrente sanguínea pelo GLUT-2. Dentre os transportadores de glicose GLUT, apenas o GLUT-4 é insulinodependente. Km = concentração de glicose que vai tornar o transportador ativo (concentração de substrato onde eu tenho metade da velocidade máxima) – acima dos valores de referência os glut trabalharão em velocidade máxima. mM = milimolar Transportador Km para glicose Localização GLUT1 5-10mM Olhos, placenta, cérebro e testículos GLUT2 20-40mM Fígado, intestino delgado, rins e células B do pâncreas GLUT3 1-5mM Célula do parênquima cerebral e células tumorais GLUT4 2-10mM (ID) Célula muscular esquelética, cardíaca e adipócitos GLUT5 Afinidade com frutose Intestino delgado, rins, cérebro, tecido adiposo e testículos GLUT7 - Retículo endoplasmático Insulina no hepatócito: Regula as diversas vias metabólicas que a glicose pode ter dentro do hepatócito, se vai para glicólise, se vai ser armazenada, se vai para a via das pentoses etc. Células beta e insulina: Quando a concentração de glicose no sangue está baixa, não há a síntese de insulina, pois as moléculas de glicose não entram nas células beta, já que o GLUT2 só é ativado com maiores concentrações sanguíneas de glicose (20-40mM). Concentração de glicose no sangue alta → ativação do GLUT 2 → entrada de glicose dentro da célula beta Geração de ATP → fechado canal de potássio → alteração da carga elétrica na membrana → abertura dos canais de cálcio → influxo de cálcio → liberação de insulina.