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aula 05 dolo e culpa

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Direito Penal Aplicado I
Aula 5 - Dolo e Culpa
INTRODUÇÃO
Nesta aula, analisaremos as espécies de condutas, aprofundando cada particularidade da conduta dolosa e culposa.
Vamos veri�car também quais as suas espécies e teorias existentes.
Além disso, analisaremos o resultado do crime, bem como o nexo causal entre a conduta e o resultado.
OBJETIVOS
Identi�car e diferenciar as condutas dolosas e culposas;
Reconhecer cada elemento das condutas dolosas e culposas;
Identi�car teorias e espécies dessas condutas;
Veri�car os principais aspectos do nexo causal e do resultado do crime.
CONDUTAS DOLOSAS E CULPOSAS
Fonte da Imagem: iDesign | Shutterstock
No plano dos estudos das condutas, devemos observar que ela pode ser praticada de fora dolosa ou culposa.
O código penal, em seu art. 18, estabeleceu que o crime pode ser doloso ou culposo.
A regra é que todos os crimes sejam dolosos (em sua maioria os crimes são de fato dolosos), salvo os que a lei
expressamente a�rmar serem culposos.
Dessa regra contida no art. 18 do CP se extrai a conclusão de que, se a lei for silente em relação à conduta do crime,
aplica-se a regra e o crime será doloso, do contrário a responsabilidade por crime culposo apenas ocorrerá se estiver
expressa na lei.
Para melhor compreensão do tema, vamos ver as diferenças entre essas duas condutas e analisar o conceito de dolo
e culpa a partir de agora.
CONDUTA CULPOSA
O conceito de culpa não é pací�co. Então, utilizaremos como parâmetro para formar um conceito aceitável o que
está disposto no próprio artigo 18, II, do Código Penal: “diz-se
crime culposo quando o agente deu causa ao resultado, por imprudência, negligência ou imperícia”.
Dessa forma, é culposa a conduta voluntária que produz resultado ilícito, não desejado, mas previsível,
e excepcionalmente previsto (porque para haver responsabilidade por culpa tem que estar expresso), que podia, com
a devida atenção, ser evitado (não foi evitado porque o agente agiu com imprudência, negligência ou imperícia).
ELEMENTOS DA CONDUTA CULPOSA
A culpa é falta de cuidado do agente, em uma situação em que ele poderia prever um resultado danoso, que ele não
deseja, nem aceita, e, às vezes, nem prevê, mas que, com seu comportamento, produz e que poderia ter sido evitado.
Da análise do art. 18 do CP podemos extrair os seguintes elementos da conduta culposa:
A voluntariedade está relacionada à ação, e não ao resultado.
O agente atua em desacordo com o que é esperado pela lei e pela sociedade. São formas de violação
do dever de cuidado, ou mais conhecidas como modalidades de culpa, a imprudência, a negligência e a
imperícia.
Não haverá crime culposo se, mesmo havendo falta de cuidado por parte do agente, não ocorrer o
resultado lesivo a um bem jurídico tutelado. Assim, em regra, todo crime culposo é um crime material.
É a possibilidade de conhecer o perigo. Na culpa consciente (que estudaremos a seguir), mais do que a
previsibilidade, o agente tem a previsão (efetivo conhecimento do perigo). É o chamado homem médio
(homo medius).
O Art. 18 do CP dispõe da seguinte forma:
Parágrafo único - Salvo os casos expressos em lei, ninguém pode ser punido por fato previsto como
crime, senão quando o pratica dolosamente.
Logo deve haver previsão em lei para a responsabilização de uma conduta culposa, do contrário será
típica a conduta.
Podemos citar como exemplo a conduta de dano causado por meio de uma conduta culposa.
Imaginemos que uma pessoa durante a visita em uma loja de cristais esbarre em uma taça que venha
a cair no solo e se quebrar. Trata-se de conduta totalmente atípica porque não há previsão legal para o
dano causado de forma culposa, em que pese restar o ilícito civil e o dever de indenizar, mas certo que
crime não tem.
MODALIDADES DA CULPA
Veja as formas de violação do dever de cuidado objetivo:
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Imprudência
É a ação descuidada (afoiteza). Sempre por ação.
Observação
, A diferença prática entre as modalidades é muito tênue. Na verdade, tudo parte de uma negligência
inicial, de modo que quem é imprudente agiu sem precaução; e quem é imperito também agiu sem
precaução.
ESPÉCIES DE CULPA
Baseia-se na previsão do agente acerca do resultado naturalístico, provocado por sua conduta.
CULPA INCONSCIENTE
Sem previsão.
É aquela em que o agente não prevê o resultado objetivamente previsível.
CULPA CONSCIENTE
Com previsão.
É a que ocorre quando o agente, após prever o resultado, objetivamente previsível, realiza a conduta acreditando em
sua habilidade, crendo que não ocorrerá.
Essa espécie de culpa representa o estágio mais avançado da culpa, aproximando-se do dolo eventual.
Na culpa consciente o sujeito não quer o resultado, nem assume o risco de produzi-lo. Ele espera, sinceramente, que
não ocorra, apesar de saber que é possível.
Já no dolo eventual o agente não somente prevê o resultado, mas, apesar de não querer, o aceita como uma das
alternativas possíveis. A diferença, portanto, reside no subjetivo do agente.
Se constitui em um “fazer” de forma exagerada ou equivocada.
Exemplo: Atravessar pela placa “Pare” sem parar e atropelar alguém; passar sinal vermelho etc.
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Negligência
É a falta de precaução, falta de cautela. Sempre por omissão.
Exemplo: Omissão de cautela e deixar arma ao alcance de crianças.
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Imperícia
É a falta de aptidão técnica para o exercício de pro�ssão, arte ou ofício.
Tem diploma, mas o caso concreto demonstra que não possui perícia para tanto.
Exemplo: Atirador de elite que mata; médico que amputa a perna equivocadamente etc.
CONDUTA DOLOSA
Conceito de dolo
Toda ação consciente é conduzida pela decisão da ação, quer dizer, pela consciência de que se quer ― o momento
intelectual ─ e pela decisão a respeito de querer realizá-lo — o momento volitivo. Ambos os momentos,
conjuntamente como fatores con�guradores de uma ação típica real, formam o dolo (=dolo do tipo).
Outro especialista a�rma que o dolo é a vontade determinada que, como qualquer vontade, pressupõe um
conhecimento determinado. Dito de outra forma, o dolo é a vontade e consciência dirigida a realizar a conduta
prevista no tipo penal incriminador.
OUTRAS TEORIAS
Com intenção de explicar o dolo e seus elementos surgiram algumas teorias:
TEORIA DO DOLO
Teoria da vontade
Dolo é tão somente a vontade livre
e consciente de querer praticar a
infração penal, isto é, de querer
levar a efeito a conduta prevista no
tipo penal incriminador.
Teoria do assentimento
Atua com dolo aquele que,
antevendo como possível o
resultado lesivo como a prática de
sua conduta, mesmo não o
querendo de forma direta, não se
importa com a sua ocorrência,
assumindo o risco de vir a produzi-
lo.
Teoria da representação
Fala-se em dolo toda vez que o
agente tiver tão somente a
previsão do resultado como
possível e, ainda assim, decidir
pela continuidade de sua conduta.
Para essa teoria, não há distinção
entre dolo eventual e culpa
consciente, é tudo dolo.
Observação
, Percebe-se que o código, pela simples leitura do art. 18 do CP, adotou duas teorias: a da vontade (dolo
direto) e do assentimento (dolo indireto – dolo eventual).
Espécies de dolo
Dolo direto
Ocorre quando o autor, efetivamente, cometer a conduta descrita no tipo querendo alcançar
o resultado.
Essa espécie está descrita na 1ª parte do inciso I, art. 18 do CP.
O dolo direto ainda se divide em:
1. Dolo direto de primeiro grau
O agente direciona sua ação única e
exclusivamente para alcançar o seu �m.
Então, ele estabelece os meios para
consumar o delito atingindo o bem
jurídico que visava atingir.
Exemplo: Fulano desfere tiros e mata
beltrano.
 
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2. Dolo direto de segundo grau
Nessa espécie ocorrem efeitos colaterais,
representados como necessários.
É a consequência necessária para se
atingir um �m.
Exemplo: Homem-bomba que visando
matar determinada pessoa não se
importa em matar todos que estão ao seu
redor. Sendo esses danoscolaterais
aceitáveis para ele.
 
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Dolo indireto
O agente não quer diretamente o resultado, mas aceita os danos que pode advir de sua
conduta. Logo, ele assume o risco de sua produção e, mesmo assim, (diante desse risco) é
indiferente.
Se subdivide em:
1. Dolo indireto alternativo
Quando a vontade do agente se encontra
direcionada de maneira alternativa, seja
em relação ao resultado ou em relação à
pessoa.
Exemplo 1: O autor joga um martelo na
cabeça de sua vítima, tanto querendo
matá-la quanto querendo lesioná-la
(alternativo quando o resultado pode ser
tanto a morte quanto uma lesão corporal)
(em relação ao resultado).
Exemplo 2: Fulano dispara contra uma
multidão, pouco importando que acerte
um ou outro indivíduo, o que ele quer é
acertar uma pessoa. Acontece também
quando um motorista impaciente que
pega manifestação de ciclistas e sai
atropelando (em relação à pessoa).
 
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2. Dolo eventual
Signi�ca que o autor considera seriamente como possível a realização do tipo legal e se
conforma com ela, ou seja, aceita a real possibilidade de produzir o resultado sendo
indiferente a essa produção.
O autor sabe, mesmo não desejando diretamente, que o resultado poderá ocorrer. Contudo,
ele não se importa, ou seja, ele é indiferente à produção do resultado.
Dolo geral (hipótese de erro sucessivo)
Conhecido como dolus generalis:
Ocorre quando o autor pratica uma ação dolosa visando alcançar determinado �m. Contudo,
sem que saiba que o resultado não se concretizou (o crime não se consumou).
Entretanto, no mesmo contexto, o autor pratica uma segunda ação como complemento da
primeira (como, por exemplo, encobrir provas) e apenas a segunda ação leva de fato à
consumação.
Nessa circunstância, temos duas ações. Sendo que, como o resultado por ele inicialmente
pretendido foi alcançado, as ações que antecedem são abrangidas pelo dolo inicial dele.
Exemplo:
O autor FULANO, com o objetivo de matar BELTRANO, desfere 5 facadas nas costas, vindo a
vítima a cair no solo desmaiada.
O autor, acreditando que teria alcançado o seu resultado com essa primeira ação (morte de
BELTRANO), pratica outra ação, jogando o corpo do alto de um precipício.
Apenas no segundo evento é que a vítima vem a falecer.
Nesse caso, o dolo do agente, como é geral, compreende todas as ações que ele praticou
contra o bem jurídico, no caso aqui a vida.
Neste exemplo, o autor deve ser responsabilizado por um único fato, ou seja, um único dolo
(ainda que geral), respondendo pelo delito de homicídio (se fosse dividir o dolo do agente,
nesse caso, ele deveria responder por homicídio tentado e homicídio culposo consumado.
Entretanto, esse não é o entendimento que prevalece.
Dolo genérico e dolo especí�co
Neste ponto, diferenciaremos duas espécies de dolo, sendo que esta classi�cação fazia mais
sentido quando ainda se adotava a teoria causalista.
1. Dolo  genérico
Era aquele em que no tipo penal não havia
indicativo algum do elemento subjetivo do
agente ou, melhor dizendo, não havia
indicação alguma da �nalidade da
conduta do agente.
Exemplo: matar alguém - artigo 121 do
CP.
 
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2. Dolo especí�co
Era aquele que, no tipo penal, podia ser
identi�cado, o que denominamos de
especial �m de agir.
Exemplo: extorsão mediante sequestro
em que o agente priva a vítima de sua
liberdade para obter a vantagem
indevida. Artigo 159 do CP.
Observação: Com a adoção da teoria
�nalista, a distinção perdeu sua força.
Toda conduta é �nalisticamente dirigida à
produção de um resultado qualquer, não
importando se a intenção do agente é
mais ou menos evidenciada no tipo penal.
 
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Ausência de dolo em virtude de erro de tipo
Em algumas situações, uma pessoa pode ter uma percepção equivocada da realidade e isso
pode lhe induzir ao erro, que, por sua vez, vai lhe retirar a consciência da ilicitude de sua
conduta e, assim, o próprio dolo.
O dolo, portanto, é a conjugação da vontade com a consciência do agente, isto é, vontade de
querer praticar a conduta descrita no tipo penal com a consciência efetiva daquilo que
realiza.
Erro é a falsa percepção da realidade, ou seja, é quem incorre em erro imaginando uma
situação diversa daquela realmente existente.
Não há dolo, pois há falta de tipicidade objetiva. Dessa forma, a consequência é o
afastamento do dolo ou desclassi�cação para um delito culposo.
PRETERDOLO
Trata-se na verdade de crime preterdolo ou preterintencional quando a conduta dolosa acarreta a produção de um
resultado mais grave do que o pretendido, de forma culposa.
Nessa espécie de crime, o autor pratica dolo no antecedente e culpa no consequente.
Também é denominado de crime quali�cado pelo resultado, porque esse resultado (ainda que a título de culpa)
quali�ca o crime e aumenta a sua pena.
Exemplo:
1. O autor, com dolo de lesionar a vítima, atira-lhe uma pedra (conduta livre e consciente voltada para a prática de
lesão corporal). No entanto, ele atinge a vítima na cabeça, que se desequilibra e cai de cabeça no chão e morre.
2. O dolo do autor era causar lesão corporal. Contudo, por imprudência (jogou a pedra forte demais e perto da cabeça
da vítima), veio a acertá-la e, por via de consequência, causou-lhe a morte a título de culpa.
Todo crime quali�cado pelo resultado representa crime único e complexo, ou seja, reúne dois tipos penais que por si
só já podem con�gurar crime autônomo.
RESULTADO
A expressão resultado signi�ca a consequência provocada pela conduta do agente.
Possui dois signi�cados distintos em matéria penal:
Resultado naturalístico ou material
Consiste na modi�cação no mundo exterior provocada pela conduta.
Trata-se de um evento que só acontece em crimes materiais, ou seja, naqueles cujo o tipo penal descreve a conduta e
a modi�cação no mundo externo, exigindo ambas para efeito de consumação. É perceptível pelos sentidos humanos.
Resultado jurídico ou normativo
Reside na lesão ou ameaça de lesão ao bem jurídico tutelado pela norma penal.
Todas as infrações devem conter, expressa ou implicitamente, algum resultado, pois não há delito sem que ocorra
lesão ou perigo (concreto ou abstrato) a algum bem penalmente protegido.
Dessa forma, podemos a�rmar que nem todos os crimes terão resultado naturalístico (apenas os crimes materiais).
Entretanto, todos os crimes possuem um resultado jurídico. Tanto os crimes materiais, que além da modi�cação no
mundo exterior apresentam a violação de bens jurídicos, quanto os crimes formais, que possuem resultado jurídico.
CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO RESULTADO
Podemos estabelecer uma classi�cação dos crimes quanto a esse resultado:
Também chamando de crime de consumação antecipada. O resultado se dá no momento exato da
conduta.
Exemplo: Ameaça, artigo 157. Causa resultado imaterial (= jurídico).
Aquele em que se veri�ca a modi�cação no mundo exterior (resultado naturalístico, ou seja, mudança
visível). Sinônimo de concreto.
Quando o crime exige produção de resultado, é material. Se não exige, mas tem consumação, é formal.
Contudo, se não exige nem resultado nem consumação imediata, é crime de mera conduta.
Quando a consumação exige efetiva lesão ao bem tutelado.
Exemplos: homicídio (CP, art. 121); lesão corporal (CP, art. 129); furto (CP, art. 155).
Caso a consumação se dê apenas com a exposição do bem jurídico a uma situação de risco.
Exemplos:
Perigo de contágio venéreo (CP, art. 130); perigo à vida ou saúde de outrem (CP, art. 132).
Se subdividem em:
• Crimes de perigo concreto ou real (o risco �gura como elementar do tipo e, em face disso, exige efetiva
demonstração);
• Crimes de perigo abstrato ou presumido (o perigo não está previsto como elementar, porque o
legislador presume que a conduta descrita é, em si, perigosa, tornando desnecessária a demonstração
concreta do risco).
Nexo Causal
O nexo causal, relação de causalidade ou nexo de causalidade, no art.13 do CP, é tratado como relação
de causalidade e se consubstancia na relação entre a conduta e o resultado.É por meio dessa relação que se conclui que o resultado foi praticado pela conduta e daí se pode
estabelecer, presente os demais requisitos, que estamos diante de um crime.
Esse vínculo, porém, não se fará necessário em todos os crimes, mas somente naqueles em que a
conduta se exigir à produção de um resultado, isto é, de uma modi�cação no mundo exterior. Ou seja,
cuida-se de um exame que se fará necessário no âmbito dos crimes materiais ou de resultado.
Teoria da conditio sine qua non
Para a teoria da conditio sine qua non ou da equivalência dos antecedentes, todo o fator que exercer
in�uência em determinado resultado, ainda que minimamente, será considerado sua causa. Dessa
forma, causa é todo fato humano voluntário sem o qual o resultado não teria ocorrido quando ocorreu
e como ocorreu.
Sob o enfoque da conditio sine qua non, que foi adotada expressamente pelo nosso Código Penal (art.
13, caput, parte �nal), haverá relação de causalidade entre todo e qualquer fator que anteceder o
resultado e nele tiver alguma interferência.
O método utilizado para se aferir o nexo de causalidade é o juízo de eliminação hipotética. Quando se
pretende examinar a relação causal entre uma conduta e um resultado, basta eliminá-la
hipoteticamente e veri�car, após, se o resultado teria ou não ocorrido exatamente como se dera.
Essa teoria já sofreu várias objeções, dentre as quais se podem apontar:
Glossário
HOMO MEDIUS:
Homem normal, médio.
• A de confundir a parte com o todo;
• A de gerar soluções aberrantes, mediante um regresso ao in�nito ou produzindo um ciclo causal
interminável.
Teoria da causalidade adequada
Segundo a teoria da causalidade adequada, somente se reputa causa o antecedente adequado à
produção do resultado.
Para que se possa considerar um resultado como causado por um homem, faz-se imprescindível que
este, além de realizar um antecedente indispensável, desenvolva uma atividade adequada à
concretização do evento.

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