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22/06/2021 OneNote https://onedrive.live.com/redir?resid=31E8E5B4D458889%21526&page=Edit&wd=target%28LMF.one%7Cde69dc5c-e5c9-4bce-93e3-1bc6eaf86… 1/6 09/11- HISTOFISIOLOGIA quinta-feira, 5 de novembro de 2020 14:38 1. Os alimentos são misturas complexas, sendo formado por constituintes com valor nutricional e ainda constituintes sem valor nutricional. Para que os nutrientes essenciais cheguem aos tecidos alvo é necessário que o sistema de absorção seja também complexo e adaptado para garantir a retirada das substâncias essenciais. O intestino delgado realiza importante função na absorção, sendo diferentes tipos de transportes aplicados para esta finalidade, conforme tabela abaixo: Sabendo que o transporte por difusão passiva é um dos mais comuns na entrada de toxicantes no organismo e que este tipo de transporte é passivo, dependendo da concentração, lipossolubilidade e grau de ionização, sendo que o grau de ionização é dependente do pH e do pKa. Assim, defina pH e pKa, e a relação entre eles trazendo a equação de Hendersson- Hasselbach. A forma ionizada de ácidos ou bases orgânicas fracas, em geral, tem baixa lipossolubilidade e não atravessa prontamente a porção lipídica das membranas. Em contraste, a forma não ionizada é mais lipossolúvel e difunde-se através das membranas a uma taxa que é proporcional a sua lipossolubilidade. O pH ao qual uma base ou um ácido orgânico fraco é 50% ionizado é chamado de pKa ou pKb. Como o pH, tanto o pKa quanto o pKb são definidos como o logaritmo negativo da constante de ionização de uma base ou um ácido orgânico fraco. Com a equação pKa = 14 – pKb, pKa pode, também, ser calculado para bases orgânicas fracas. Um ácido orgânico com um pKa baixo é um ácido relativamente forte, enquanto um com um pKa alto é um ácido fraco. O oposto é verdadeiro para bases. O conhecimento da estrutura química é necessário para distinguir entre ácidos e bases orgânicas, uma vez que o valor numérico do pKa não indica essa característica. O grau de ionização de uma substância química depende do seu pKa e do pH da solução. A relação entre o pKa e o pH é descrito pelas equações de Hendersson- Hasselbach: <Livro Fundamentos em Toxicologia Klaassen> 2. A respeito do processo de absorção intestinal de nutrientes, diferencie quais produtos são absorvidos pelo intestino delgado e pelo intestino grosso. Ainda, sobre a absorção intestinal, explique como ocorre a absorção dos nutrientes a seguir: 22/06/2021 OneNote https://onedrive.live.com/redir?resid=31E8E5B4D458889%21526&page=Edit&wd=target%28LMF.one%7Cde69dc5c-e5c9-4bce-93e3-1bc6eaf86… 2/6 a. Fluidos e eletrólitos b. Carboidratos Todos os carboidratos são absorvidos como monossacarídeos. A capacidade do pequeno intestino para absorver monossacarídeos é enorme - cerca de 120 g / h. Como resultado, todos carboidratos da dieta que são digeridos normalmente são absorvidos, deixando apenas indigestíveis celulose e fibras nas fezes. Monossacarídeos passam do lúmen através da membrana apical via difusão facilitada ou transporte ativo. Frutose, um monossacarídeo encontrado em frutas, é transportado por difusão facilitada; glicose e a galactose são transportadas para as células epiteliais das vilosidades via ativo secundário transporte que é acoplado ao transporte ativo de Na +. O transportador tem ligação locais para uma molécula de glicose e dois íons de sódio; a menos que todos os três sites sejam preenchidos, nenhuma substância é transportada. A galactose compete com a glicose para andar na mesma transportador. (Como o Na + e a glicose ou galactose se movem na mesma direção, este é um symporter). O mesmo tipo de simportador de Na + glicose reabsorve filtrado glicose no sangue nos túbulos dos rins. Monossacarídeos, em seguida, movem-se para fora do células epiteliais através de suas superfícies basolaterais via difusão facilitada e entrar os capilares das vilosidades. c. Aminoácidos e peptídeos A maioria das proteínas são absorvidas como aminoácidos por meio de processos de transporte ativo que ocorrem principalmente no duodeno e jejuno. Cerca de metade dos aminoácidos absorvidos estão presentes nos alimentos, enquanto a outra metade vem das proteínas dos sucos digestivos e células mortas que se desprendem da superfície da mucosa! Normalmente, 95% -98% da proteína presente no intestino delgado é digerido e absorvido. Vários transportadores carregam diferentes tipos de aminoácidos. Alguns aminoácidos entram nas células epiteliais de as vilosidades por meio de processos de transporte ativo secundário dependentes de Na + que são semelhantes a o transportador de glicose; outros aminoácidos são transportados ativamente por si próprios. Pelo menos um simportador traz dipeptídeos e tripeptídeos junto com H +; a os peptídeos são então hidrolisados em um único aminoácido dentro das células epiteliais. Amino os ácidos saem das células epiteliais por difusão e entram nos capilares das vilosidades. Tanto os monossacarídeos quanto os aminoácidos são transportados no sangue para o fígado por meio do sistema portal hepático. Se não forem removidos pelos hepatócitos, eles entram no circulação geral. https://www.passeidireto.com/arquivo/40722617/tutoria-metabolismo-de-macronutrientes d. Lipídios Todos os lipídios da dieta são absorvidos por difusão simples. Os adultos absorvem cerca de 95% de os lipídios presentes no intestino delgado; devido à menor produção de bile, recém-nascido os bebês absorvem apenas cerca de 85% dos lipídios. Como resultado de sua emulsificação e na digestão, os triglicerídeos são decompostos em monoglicerídeos e ácidos graxos. Lembre-se que as lipases linguais e pancreáticas removem dois dos três ácidos graxos do glicerol durante a digestão de um triglicerídeo; o outro ácido graxo permanece ligado ao glicerol, formando assim um monoglicerídeo. A pequena quantidade de ácidos graxos de cadeia curta (com menos de 10- 12 átomos de carbono) na dieta passa para as células epiteliais por via simples difusão e segue a mesma rota percorrida pelos monossacarídeos e aminoácidos em um capilar sanguíneo de uma vilosidade. 3. Sobre transtornos na absorção de nutrientes, descreva os seguintes quanto ao mecanismo, sintomas e formas de tratamento: a. Intolerância à lactose (e diferencie da alergia à proteína do leite) Diagnóstico https://www.passeidireto.com/arquivo/40722617/tutoria-metabolismo-de-macronutrientes 22/06/2021 OneNote https://onedrive.live.com/redir?resid=31E8E5B4D458889%21526&page=Edit&wd=target%28LMF.one%7Cde69dc5c-e5c9-4bce-93e3-1bc6eaf86… 3/6 Clínico É feito por meio da sintomatologia e da relação com a ingestão de lactose (lembre-se: pode não ser referida). Na intolerância secundária, o diagnóstico da doença de base é essencial. Laboratorial Não é necessário na intolerância secundária. No entanto, a medida de pH e substâncias redutoras nas fezes pode ser útil, desde que seguidas as recomendações necessárias (fezes recém-emitidas, separadas de urina, porção líquida). Na hipolactasia do adulto, o ideal seria a investigação laboratorial, já que se trata de alteração para toda a vida. Se não for possível, pode- se realizar o teste terapêutico de retirada de lactose e observação por duas a três semanas e provocação se houver regressão de sintomas. Os dois testes laboratoriais mais utilizados são o teste de tolerância à lactose através da curva glicêmica e o teste do H2 no ar expirado. O último é considerado o padrão ouro. Tratamento Intolerância secundária Nesses casos, a lactose deve ser retirada por cerca de quatro semanas, esperando-se recuperação da mucosa neste período, pelo tratamento da doença de base. Na doença celíaca com lesão intestinal grave, pode ser necessária restrição mais prolongada. https://www.spsp.org.br/site/asp/recomendacoes/Rec_61_Gastro.pdf b. Doença de Crohn: A Doença de Crohn é uma doença inflamatória séria do trato gastrointestinal. Ela afeta predominantemente a parte inferior do intestino delgado (íleo) e intestino grosso (cólon), mas pode afetarqualquer parte do trato gastrointestinal. A doença de Crohn habitualmente causa diarréia, cólica abdominal, às vezes febre, e sangramento retal. Também pode ocorrer perda de apetite, e de peso subsequente. Os sintomas podem variar de leve à grave,mas em geral, as pessoas com doença de Crohn podem ter vida ativa e produtiva. De <https://www.abcd.org.br/sobre-a-doenca-de-crohn/> Sintomas Estomatites (inflamações na boca), diarréia, dor no abdômen, perda de peso e febre são características mais comuns. A inflamação do intestino delgado (principalmente do íleo terminal, em 80% dos casos) e do intestino grosso (colite) provoca diarréia com ou sem muco (secreção) e/ou sangue nas fezes. Apenas 1/3 dos casos apresenta doença restrita ao íleo terminal. Pode ocorrer estreitamento (estenose), em especial no intestino delgado. É comum apresentar distensões do abdome, dor do tipo cólica, com dificuldade para a eliminação de gases intestinais. É freqüente ocorrer uma obstrução parcial ao esvaziamento do conteúdo intestinal, com necessidade de internações com hidratação venosa, uso de antibióticos venosos e de corticosteróides, além de restrição temporária à ingestão de alimentos, para ajudar na recuperação. É possível também a ocorrência de fístulas. Um terço dos doentes com Crohn tem manifestações no anis e região perianal. Esses trajetos fistulosos podem ser múltiplos e com grande destruição tecidual extensa, pela reação inflamatória própria da doença de Crohn e pela infecção secundária que ocorre na área afetada, prejudicando significativamente a qualidade de vida do enfermo. Outros problemas podem surgir fora do tubo digestivo afetando a pele, articulações, olhos, fígado e vasos, conhecidos por manifestações extraintestinais. Diagnóstico A colonoscopia com biópsia e avaliação do íleo terminal é o melhor recurso para o diagnóstico da doença. O exame histopatológico do material colhido na biópsia pode confirmar a suspeita. A tomografia computadorizada do abdome pode ser útil na identificação de fístulas entre alças intestinais e outras alterações. Outros exames como radiografias do abdome, exame contrastado do intestino delgado podem ajudar. Os exames laboratoriais também são importantes no diagnóstico e controle da enfermidade. Evolução, Tratamento e Controle O curso da doença pode variar de acordo com as manifestações intestinais e/ou extraintestinais. É comum a desnutrição em adultos e crianças, podendo provocar atraso no crescimento quando a doença surge na infância. O tratamento depende da forma de apresentação da doença e do grau de gravidade, é iniciado quase sempre com medicamentos. O corticosteróide é a medicação mais usada. Várias outras medicações podem ser associadas com o objetivo de fazer regredir a inflamação dos tecidos como os aminosalicilatos, os imunossupressores e a terapia biológica. Alguns casos necessitam de intervenção cirúrgica para tratamento de complicações. A indicação mais comum de cirurgia é o tratamento das estenoses (estreitamento) intestinais. A investigação, tratamento e acompanhamento desses enfermos envolvem quase sempre um médico clínico (gastroenterologista) e um cirurgião (coloproctologista ou do aparelho digestivo), na maior parte das vezes, de acordo com a forma de apresentação, localização e extensão da doença. Os pacientes que evoluem com doença por mais de 10 anos precisam ser controlados através de colonoscopia periódica, porque possuem um maior risco maior de apresentar displasia e neoplasia intestinal. https://www.sbcp.org.br/pdfs/publico/crohn.pdf 4. Como ocorre e quais são os efeitos da absorção das seguintes substâncias: a. Álcool https://www.spsp.org.br/site/asp/recomendacoes/Rec_61_Gastro.pdf https://www.abcd.org.br/sobre-a-doenca-de-crohn/ https://www.sbcp.org.br/pdfs/publico/crohn.pdf 22/06/2021 OneNote https://onedrive.live.com/redir?resid=31E8E5B4D458889%21526&page=Edit&wd=target%28LMF.one%7Cde69dc5c-e5c9-4bce-93e3-1bc6eaf86… 4/6 A absorção do etanol depende de vários fatores. Ela é mais rápida quando a bebida tem uma concentração de álcool de 20 a 30% e também quando o estômago está vazio (os alimentos, especialmente os ricos em carboidratos, retardam a absorção). Bebidas com teor alcoólico ao redor de 20% (ex.: vinho do porto) aumentam a concentração de etanol no sangue mais rapidamente do que bebidas com uma concentração de 3 a 8% (ex.: cerveja). Por ser solúvel em água, o etanol é livremente distribuído pelos órgãos. O coração, o cérebro e os músculos estão sujeitos às mesmas concentrações de álcool do sangue. A exceção é o fígado, que fica sujeito a concentrações maiores, já que recebe o etanol absorvido do estômago e do intestino. Pelo fato do etanol não ser solúvel em gorduras, uma porcentagem muito pequena do álcool ingerido é retido no tecido gorduroso do organismo. Logo, as concentrações nos tecidos e no sangue são maiores nas mulheres já que as mesmas têm mais tecido subcutâneo (rico em gorduras) e menor volume de sangue que os homens. As mulheres também podem ter níveis menores de desidrogenases (enzimas que metabolizam o etanol). De <https://cisa.org.br/index.php/pesquisa/artigos-cientificos/artigo/item/90-a-absorcao-do-alcool-pelo-organismo> b. Cafeína destinados à perda de peso e manutenção do estado de alerta (GRAHAM, 2001). Após sua ingestão, a absorção da cafeína no trato intestinal acontece de forma rápida e completa, atingindo geralmente o pico médio de concentração plasmática entre 30 a 45 minutos (DURLAC et al., 2002), com uma meia vida plasmática de aproximadamente 3 a 7 horas. https://www.scielo.br/pdf/rbce/v34n2/a15v34n2.pdf c. Canabinóides O sistema nervoso humano contém receptores canabinóides CB1 que diminuem as funções do trato GI. Os receptores CB1 deprimem a motilidade gastrointestinal por inibindo a liberação contínua do transmissor contrátil. Isso resulta em um relaxamento de os esfíncteres do esôfago inferior que, por sua vez, retarda o esvaziamento gástrico e inibição do trânsito de materiais pelo intestino delgado. O inibitório efeito dos agonistas do receptor canabinoide no esvaziamento gástrico e trânsito intestinal são mediados, em certa medida, por receptores CB1 no cérebro e por CB1 receptores entéricos. A produção de ácido no estômago também é inibida pela ativação de CB1 receptores. Em ensaios clínicos, descobriu-se que a maconha ajuda no funcionamento do cólon, disfunção intestinal e diarreia. No futuro, os canibinoides podem ser usados para ajuda a tratar disfunção gastrointestinal, diarreia, vômito, náuseas, câncer de cólon e inflamação dos intestinos. As evidências também indicam que os agonistas dos receptores canabinóides podem suprimir aumentos na atividade gastrointestinal precipitada pela naloxona em dependentes de morfina animais. Ä9-THC (mas não canabidiol) produz um bloqueio relacionado à dose de sinais induzidos por naloxona de atividade gastrointestinal elevada (diarreia e aumento da defecação) e outros sinais de abstinência em ratos dependentes de morfina. Esses achados indicam que os canabinóides podem ter potencial para o manejo de abstinência de opióides em ambientes clínicos humanos. d. Nicotina A fumaça do cigarro é inalada para os pulmões, distribuindo-se para o sistema circulatório fazendo com que a nicotina chegue de sete a 19 segundos ao cérebro. Além disso, o fluxo sanguíneo capilar pulmonar é rápido, e todo o volume de sangue do corpo percorre os pulmões em um minuto. Dessa forma, as substâncias inaladas pelos pulmões espalham-se pelo organismo com uma velocidade quase igual à de substâncias introduzidas por uma injeção intravenosa. A fumaça do charuto e cachimbo é absorvida pela mucosa oral. Dessa forma, não há a necessidade de tragá-la, pois da cavidade oral a nicotina atinge rapidamente o cérebro. https://www.inca.gov.br/en/node/1472 e. Cocaína Historicamente, a cocaína era utilizada pelos nativos americanos e outros povos indígenas por causa de sua capacidade de suprimir a fome e era ingerida por via oral mastigando as folhas da planta.Os dados atuais sugerem um aumento no número de mortes atribuídas à cocaína por via oral. Um meio popular de contrabando de drogas envolve engolir vários balões, preservativos ou pequenos frascos contendo cocaína. Essa prática é comumente chamada de “embalagem corporal” e também é usada para contrabandear outras drogas de adição, como cannabis e heroína. No entanto, a maioria das pesquisas sobre os efeitos da embalagem corporal foi realizada em indivíduos que traficam cocaína. No passado, presumia-se que a cocaína era inofensiva quando ingerida por via oral, mas os estudos atuais mostram o contrário. Ocasionalmente, um vaso engolido pode romper no estômago de um body packer e pode causar complicações graves de digestão e funcionamento gástrico normal. Trinta minutos após a ingestão, a cocaína começa a ser absorvida pelo trato gastrointestinal e torna-se ionizada devido ao ácido do estômago. A cocaína pode passar pelo estômago, mas não é absorvida de forma apreciável até atingir o intestino delgado, mais alcalino. Depois que um pacote rompido é descoberto por meio de raio-X ou ultrassonografia, https://cisa.org.br/index.php/pesquisa/artigos-cientificos/artigo/item/90-a-absorcao-do-alcool-pelo-organismo https://www.scielo.br/pdf/rbce/v34n2/a15v34n2.pdf https://www.inca.gov.br/en/node/1472 22/06/2021 OneNote https://onedrive.live.com/redir?resid=31E8E5B4D458889%21526&page=Edit&wd=target%28LMF.one%7Cde69dc5c-e5c9-4bce-93e3-1bc6eaf86… 5/6 uma exploração cirúrgica de emergência pode ocorrer ou, na ausência de complicações, o indivíduo pode receber laxantes. As complicações devido à ingestão de cocaína podem incluir estado de mal epiléptico, bradiarritmias complexas amplas e estreitas, arritmias ventriculares e hipertermia retardada Embora a aplicação mais comum de cocaína seja através da passagem nasal, um estudo conduzido por van Dyke e colegas concluiu que a administração oral produziu o efeito mais rápido (15 a 60 minutos) em comparação com a aplicação intranasal (45 a 90 minutos). Os picos experimentados por usuários que optaram pela aplicação intranasal podem ser atribuídos à passagem da cocaína pela nasofaringe para o trato gastrointestinal. <Livro Toxicologia do Trato Gastrointestinal Gad, 2006> 5. Descreva pelo menos 5 fatores que podem interferir na absorção gastrointestinal de xenobióticos. Alguns dos principais fatores são: Tempo de esvaziamento gástrico → Menos tempo no estômago significa mais tempo no intestino delgado. Obstruções no trato gastrointestinal podem afetar o tempo de esvaziamento gástrico, assim como vários outros fatores, incluindo a cirurgia de bypass gástrico, às vezes usada como tratamento para a obesidade mórbida. Motilidade intestinal → O aumento da motilidade GI pode facilitar a absorção por misturar melhor o conteúdo GI e trazer mais tóxico em contato com a mucosa. A diminuição da motilidade GI dá ao tóxico mais tempo para ser absorvido. Danos por descamação da mucosa → A descamação das células da mucosa que reveste os intestinos pode ser causada por ações tóxicas de um xenobiótico, radiação ionizante e danos físicos. A remoção e a formação de cicatrizes desse revestimento podem resultar em má absorção de xenobióticos e nutrientes. Diarreia → Esta condição dilui e aumenta a motilidade de forma eficaz e pode resultar em absorção diminuída de um xenobiótico ou absorção ao longo de uma extensão do intestino maior do que o normal. Doença → Síndrome de má absorção, radiação gama e substâncias tóxicas podem afetar o trato gastrointestinal de maneiras que podem reduzir a absorção de xenobióticos, especialmente se a condição causar descamação da mucosa e diarreia, conforme observado acima. Alimentos → Geralmente, a presença de alimentos reduz a absorção de tóxicos. Certos xenobióticos podem complexar com íons Ca2 + em alimentos ou leite, levando a uma redução na absorção. Fluxo sanguíneo esplâncnico → Aumenta durante a alimentação e geralmente aumenta a taxa de absorção de muitas substâncias, incluindo alguns xenobióticos. Metabolismo → Os xenobióticos podem ser inativados ou ativados toxicologicamente pelas enzimas GI ou ácido do estômago antes de serem absorvidos. A microflora GI também pode metabolizar xenobióticos. Dependendo dos metabólitos resultantes, essas ações provavelmente melhorariam a absorção do metabólito, quer ele ainda seja potencialmente tóxico ou não. Também é possível que certas ações metabólicas possam acelerar a eliminação, particularmente aquelas associadas à flora microbiana no trato gastrointestinal inferior. 6. A respeito da intoxicação que pode ocorrer por agentes ingeridos, descreva os mecanismos de intoxicação que ocorrem na salmonelose e no botulismo. Salmonella é uma bactéria que causa doenças em humanos e animais, através do consumo e da ingestão de alimentos contaminados. As espécies desse gênero atravessam a camada epitelial intestinal, alcançam a lâmina própria (camada na qual as células epiteliais estão ancoradas), onde proliferam. São fagocitadas pelos monócitos e macrófagos, resultando em resposta inflamatória, decorrente da hiperatividade do sistema reticuloendotelial. Ao contrário do que ocorre na febre tifóide, nas enterocolites, a penetração de Salmonella spp. fica limitada à lâmina própria. Nestes casos, raramente se observa septicemia ou infecção sistêmica, ficando a infecção restrita à mucosa intestinal. A resposta inflamatória está relacionada também com a liberação de prostaglandinas, que são estimuladoras de adenilciclase, o que resulta em um aumento de secreção de água e eletrólitos, provocando diarréia aquosa22,26,24. O sorotipo predominante causador de infecções alimentares mudou nas últimas décadas de S. agona, S. hadar e S. typhimurium para S. enteritidis, sendo a S. enteritidis a causa predominante de salmoneloses em diversos países27,11. Alterações nos sorotipos refletem mudanças na criação do animal e a disseminação de novos sorotipos devido ao grande fluxo do comércio mundial. A principal grande preocupação na atualidade é o aparecimento de sorotipos do gênero Salmonella multirresistentes a antibióticos A toxina botulínica é uma exotoxina ativa, de ação neurotrópica, e a única que tem a característica de ser letal por ingestão. São sete tipos de neurotoxina , que por serem antigenicamente diferentes, não induzem a proteção cruzada. Ao contrário do esporo, a toxina é termolábil, sendo destruída à temperatura de 65 a 80ºC por 30 minutos ou a 100ºC por 5 22/06/2021 OneNote https://onedrive.live.com/redir?resid=31E8E5B4D458889%21526&page=Edit&wd=target%28LMF.one%7Cde69dc5c-e5c9-4bce-93e3-1bc6eaf86… 6/6 minutos. A toxina botulínica age sobre as terminações nervosas colinérgicas dos sistemas periférico e autônomo. Após sua ingestão, a toxina é absorvida pelo estômago e chega ao intestino delgado, onde é absorvida intacta e ganha a circulação sanguínea pelo sistema porta- hepático. Então a toxina alcança as placas motoras do sistema nervoso: a toxina possui uma cadeia leve com ação neurotrópica e uma cadeia pesada que atua nas placas motoras, esta cadeia pesada se liga aos receptores pré-sinápticos e a cadeia leve se invagina nas terminações nervosas e interage com vesículas contendo acetilcolina, impedindo sua liberação o que provoca uma paralisia flácida do músculo. A toxina não penetra no sistema nervoso central devido à barreira hematoencefálica, permanecendo o suscetível consciente durante a evolução do quadro. A doença evolui produzindo a paralisia progressiva dos nervos motores, e essas lesões nervosas são irreversíveis. https://www.crmvsp.gov.br/arquivo_zoonoses/BOTULISMO.pdf https://www.crmvsp.gov.br/arquivo_zoonoses/BOTULISMO.pdf
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