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Apostila_Saude_e_Seguranca_no_Trabalho_Completa

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Prévia do material em texto

___________________________________________________________________________ 
 
 
 
 
Nome da Disciplina 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Saúde e Segurança do Trabalho 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Elaborado por Marcelo Loutfi 
2015 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
É com satisfação que a Unisa Digital oferece a você, aluno(a), esta apostila de Saúde e 
Segurança do Trabalho, parte integrante de um conjunto de materiais de pesquisa voltado ao 
aprendizado dinâmico e autônomo que a educação a distância exige. O principal objetivo desta 
apostila é propiciar aos(às) alunos(as) uma apresentação do conteúdo básico da disciplina. 
 
A Unisa Digital oferece outras formas de solidificar seu aprendizado, por meio de recursos 
multidisciplinares, como chats, fóruns, aulas web, material de apoio e e-mail. 
 
Para enriquecer o seu aprendizado, você ainda pode contar com a Biblioteca Virtual: 
www.unisa.br, a Biblioteca Central da Unisa, juntamente às bibliotecas setoriais, que fornecem 
acervo digital e impresso, bem como acesso a redes de informação e documentação. 
 
Nesse contexto, os recursos disponíveis e necessários para apoiá-lo(a) no seu estudo são o 
suplemento que a Unisa Digital oferece, tornando seu aprendizado eficiente e prazeroso, 
concorrendo para uma formação completa, na qual o conteúdo aprendido influencia sua vida 
profissional e pessoal. 
 
A Unisa Digital é assim para você: Universidade a qualquer hora e em qualquer lugar! 
 
 
 
Unisa Digital 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Introdução ............................................................................................................................ 1 
Unidade 1 Trabalho, Saúde e Segurança ................................................................................ 2 
1.1 Legislação .................................................................................................................................. 2 
1.2 Normas Regulamentadoras ...................................................................................................... 8 
1.3 Documentos e Treinamentos ................................................................................................... 27 
Unidade 2 Atividades de Risco .............................................................................................. 32 
2.1 Os riscos ambientais ................................................................................................................ 32 
2.2 Avaliações de riscos ................................................................................................................. 48 
Unidade 3 Adicionais de Risco .............................................................................................. 57 
3.1 A insalubridade ........................................................................................................................ 57 
3.2 A periculosidade ....................................................................................................................... 63 
Unidade 4 Equipamentos de Proteção .................................................................................. 68 
4.1 Proteção Individual .................................................................................................................. 68 
4.2 Proteção coletiva ..................................................................................................................... 72 
4.3 Proteção contra incêndio ......................................................................................................... 74 
Unidade 5 Departamentos de Segurança e Saúde ................................................................. 79 
5.1 A CIPA ....................................................................................................................................... 79 
5.2 O SESMT ................................................................................................................................... 84 
Unidade 6 Documentação Previdenciária ............................................................................. 89 
6.1 Documento do PPP .................................................................................................................. 89 
6.2 Orientação geral do PPP .......................................................................................................... 93 
Respostas Comentadas das atividades propostas ......................................................................... 97 
Referências .................................................................................................................................... 111 
 
 
 
 
 
1 
 
 
 
 INTRODUÇÃO 
 
 
Bem vindos ao curso de Saúde e Segurança do Trabalho! 
Este é um tema vasto e necessário a todos os profissionais. Na atualidade não podemos 
imaginar alguém sem conhecimentos mínimos de prevenção e segurança. 
Neste trabalho, procuramos ilustrar ao máximo as diversas situações em que é 
necessária a intervenção de um gestor. 
Começamos pela legislação básica de segurança e procuramos resumir os principais 
itens que devem ser atendidos. 
As atividades de risco são um caso aparte onde é necessária uma observação apurada 
para avaliar e entender o que realmente se passa nas atividades. 
Lembre-se sempre que a melhor forma de obter sucesso, neste ponto, é conversando 
com os trabalhadores. O diálogo é a melhor solução. 
Claro que não podíamos deixar de falar dos equipamentos de proteção individual e nem 
da proteção coletiva. Colocamos um breve destaque sobre a prevenção de incêndio, entendendo 
que é útil nas nossas atividades. 
Dois órgãos preconizados na legislação, a CIPA e o SESMT, tiveram especial atenção, até 
porque quase sempre estes departamentos são subordinado ao RH. 
Finalmente falamos um pouco sobre o tópico do perfil profissiográfio relativo à 
legislação previdenciária. 
O principal é que você conheça um pouco dos diversos assuntos e possa, na medida do 
necessário e dentro do seu campo de atuação, aprofundar nos temas. 
 
 
Boa sorte! 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
 
 1 Trabalho, Saúde e Segurança 
 
 
 
Nesse capítulo será apresentada uma breve visão sobre o mundo do trabalho e as 
implicações relacionadas com a saúde e segurança de quem trabalha. O trabalhador é o foco 
principal deste tópico e veremos ainda que a saúde e a segurança do trabalhador são amparadas 
por leis e normas específicas. 
 
 
 1.1 Legislação 
 
 
Todos desejam o bem estar físico e psíquico. O trabalho não é apenas um meio de 
conseguir este objetivo, mas também uma forma de realização pessoal e de por vezes de grande 
satisfação social. 
Ao longo do tempo observamos, entretanto que o esforço físico intenso os ambientes que 
são por vezes adversos, com presença de agentes nocivos à saúde tornam o trabalho uma fonte de 
prejuízo à integridade física dos trabalhadores. 
Saúde e segurança passaram a ser então um compromisso cada vez mais intenso e 
necessário para que o trabalho se desenvolva de forma a evitar estes agravos, ou melhor, estas 
implicações danosas ao trabalhador. O objetivo será sempre o mais absoluto bem estar do 
trabalhador. 
Esta é a posição inclusive da Organização Internacional do Trabalho, OIT. 
A OIT foi criada em 1919, fazendo parte do sistema das Organizações das Nações Unidas 
(ONU) com estrutura composta por governos e organizações de trabalhadores emitindo 
documentos visando permanente justiça e paz universal. 
Um dos principais documentos que são emitidos é de chamada convenção e cada uma 
delas recebe uma numeração. 
Uma vez que a convenção é aceita pelo país membro, ou seja, um país que participa da OIT 
como o Brasil, por exemplo, a convenção ganha força de Lei neste país. 
 
 
 
3 
 
 
No caso conforme a Convenção 155 da OIT “o termo saúde, com relação ao trabalho, 
abrange não só a ausênciade afecções ou doenças, mas também os elementos físicos e mentais 
que afetam a saúde e estão diretamente relacionados com a segurança e a higiene no trabalho”. 
Nada menos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Na definição, aparece o termo higiene do trabalho, sendo que internacionalmente se usa 
como sinônimo o termo higiene ocupacional para definir “a ciência que se dedica ao estudo dos 
ambientes de trabalho e à prevenção das doenças causadas por eles” (FUNDACENTRO, 2004). 
Higiene e saúde ocupacionais são conceitos importantes e coligados. Não estamos falando 
da higiene como limpeza de sujeiras apenas, mas de todo contaminante existente, como por 
exemplo, produtos químicos e outros. Queremos chamar atenção para o fato do ambiente, qundo 
contaminado por algum produto poderá causar alguma doença. 
Esta preocupação, não é de hoje, já em 1700 foi publicado um livro importante na história 
da higiene e medicina do trabalho, chamada de “De Morbis Artificum Diatriba”, do médico 
Bernardino Ramazzini. 
 
 
 
 
Atenção 
 
A Convenção 155 das OIT foi promulgada pelo Brasil transformando-se em 
Lei, conforme Decreto 1.254 de 29 de setembro de 1994. Portanto no Brasil 
“o termo saúde, com relação ao trabalho, abrange não só a ausência de 
afecções ou doenças, mas também os elementos físicos e mentais que 
afetam a saúde e estão diretamente relacionados com a segurança e a 
higiene no trabalho”. 
 
 
 
4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Neste livro o médico relaciona uma doença diretamente com o trabalho que é feito. Por 
exemplo, se o trabalhador apresenta palidez cutânea (pele branca), dores gástricas e outros 
sintomas, e trabalhava com chumbo, provavelmente tinha uma doença chamada de saturnismo 
que é uma intoxicação por chumbo, um metal pesado. 
 
Importante notar que, foi Ramazzini o primeiro a introduzir na anamnese (entrevista) 
médica, a pergunta: Qual é o seu trabalho? Dessa forma conseguiu identificar a doenças e de 
pronto iniciar o tratamento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cabe, portanto, à higiene do trabalho fazer melhorias no ambiente para que este 
contaminante, no caso anterior o chumbo, não agredisse o trabalhador causando a perda da 
saúde do mesmo, e de seus companheiros, que por hora, podem não estar doente. 
Figura 1: Livro “De Morbis Artificum Diatriba” 
de Bernardino Ramazzini. Fonte: Capa Livro da 
Fundacentro. 
Figura 2: Médico fazendo anamnese, ou seja, 
a primeira entrevista do médico com o 
paciente (WIKIPEDIA). 
 
 
 
5 
 
Relembrando, então, que a higiene é a maneira de conservar o ambiente em condições 
dignas de trabalho e sem apresentar contaminantes ou agentes agressores, promovendo a saúde 
ocupacional, ou seja, a saúde no trabalho. 
Para alcançar este objetivo, a sociedade como um todo percebeu que seria necessário 
impor Leis que apoiassem os trabalhadores na luta por melhores condições de higiene saúde e 
trabalho. No Brasil, além de vários decretos como o que promulgou a Convenção 155 da OIT, 
foram emitidos, mas a principal Lei é sem dúvida a Constituição Brasileira, vejamos o que diz a 
constituição. 
 
Constituição Federal de 1988 em seu Artigo 7º: 
 
“São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à 
melhoria de sua condição social: XXII - Redução dos riscos inerentes aos 
trabalhos, por meio de normas de saúde, higiene e segurança do trabalho;” 
 
Vemos no artigo 7º da Constituição Federal de 1988 (CF88), que a relação de trabalho 
encontra-se amparada no mais alto nível legal de nosso país. 
Manda a CF88 que se emitam Leis e Normas de segurança e saúde do trabalho para redução 
dos riscos que são impossíveis de serem eliminados (inerentes aos trabalhos) e que se for possível 
evidentemente seja totalmente retirado do ambiente de trabalho. Devemos deixar claro que a 
redução é apenas para o que é inerente, ou seja, impossível, pela tecnologia existente, de ser 
retirado do ambiente. 
Se for possível eliminar o risco devemos eliminá-lo. Isto fica claro inclusive pela Lei que 
apresentamos a seguir, Lei 10.406 de 2002, que é outra importante Lei a ser lembrada. 
 
Código Civil Brasileiro Lei 10.406/02: 
 
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou 
imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que 
exclusivamente moral, comete ato ilícito. 
 
 
 
6 
 
Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, 
excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou 
social, pela boa-fé ou pelos bons costumes. 
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, 
fica obrigado a repará-lo. Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o 
dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou 
quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, 
por sua natureza, risco para os direitos de outrem. 
 
Se não bastasse ainda incorre em penas criminais aquele coloca alguém em perigo, 
independente da consequência, conforme segue. 
 
Art. 132 - Expor a vida ou a saúde de outrem a perigo direto e iminente: 
Pena - detenção, de três meses a um ano, se o fato não constitui crime mais 
grave. Código Penal Brasileiro 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atenção 
 
O artigo 927, do Código Civil Brasileiro (CCB), manda a empresa reparar o dano, ou 
seja, pagar ao trabalhador ou sua família pela doença ou acidente que o 
trabalhador possa sofrer fruto do trabalho. Para a segurança a melhor forma de 
evitar o dano e, portanto a reparação com conseqüentes gastos financeiros é 
cumprindo rigorosamente os preceitos das chamadas Normas Regulamentadoras 
(NRs). Somente dessa forma a empresa poderá ter alguma defesa em relação aos 
acidentes e doenças do trabalho. 
 
 
 
7 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
As Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho são então a chave para preservar 
a saúde do trabalhador e também evitar gastos desnecessários para a empresa. Este será o 
próximo tópico de estudo. 
 
 
 
 
 
 
 
Saiba Mais 
 
“Somente na região da Grande São Paulo, tramitam hoje nos tribunais algumas 
centenas de ações contra empresas. Muitos empresários, industriais ou 
comerciantes poderão, no decorrer dessas ações, vir a ser obrigado a prestar 
contas, pessoalmente, nos tribunais criminais, o que era inimaginável até há 
pouco. Com as alterações que vêm ocorrendo tanto na legislação acidentária 
como na prevencionista, nos últimos anos, a empresa que não cumprir as 
normas de Segurança e Higiene no Trabalho fica passível de sofrer, pelo 
Ministério Público, uma ação civil pública, de caráter fulminante, porque 
possibilita, através de liminar, a imediata interdição de máquina, setor de obra 
ou fábrica ou até mesmo da fábrica toda. 
Pode ainda o Ministério Público mover uma ação penal pública contra a 
empresa, enquadrando-a em contravenção penal. Se o descumprimento 
culposo das normas de Segurança e Higiene resultar em acidente do Trabalho, 
a empresa passa a ficar passível de sofrer mais três ações judiciais: uma ação 
indenizatória, proposta pelo acidentado; uma ação penal contra o 
empregador ou contra os responsáveis pela empresa, movida pelo Ministério 
Público; e uma ação regressiva, de iniciativa da Previdência” (THAME, 1992). 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aqui você deverá indicar textos complementares, fatos 
que estejam relacionados aos temas e conteúdos, ofereça 
novas informações que irão agregar conhecimento ao 
aluno. 
 
 
 
8 
 
 
 1.2 Normas Regulamentadoras 
 
 
A Segurança do Trabalho é o conjunto de atividades relacionadas com a prevenção de 
acidentes, doenças e com a eliminação de condições inseguras de trabalho. A finalidade, 
portanto, é de criar ambientes saldáveis, seguros e produtivos. Para alcançar esses objetivos 
desenvolveu-se uma série de técnicas, procedimentos e principalmente aschamadas Normas 
Regulamentadoras (conhecida como NR ou no plural NRs) que tem sua obrigatoriedade amparada 
pela força de Lei N.º 6.514/77. 
Referida Lei 6514/77 nada mais fez que alterar o capítulo 5 da CLT. Daí então surgiu as 
Normas Regulamentadoras. A Lei diz o que se deve fazer, mas nem sempre diz como se faz, então 
é importante em alguns casos dizer como fazer. O como fazer é justamente o que se encontra 
prescrito nas chamadas Portarias, ato do poder executivo que diz como fazer para atender tal Lei. 
Exemplificando. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CLT = Consolidação das Leis Trabalhistas 
Decreto 5.452 de 01-05-1943 
Capítulo V: Artigos 154 até 201 
LEI 6.514 de 22-12-1977 
Capítulo V: Artigos 154 até 201 
“O que se deve fazer” 
Portaria 3.214 de 08-06-1978 
Normas Regulamentadoras de 1 a 36 
“Como se deve fazer” 
 
 
 
9 
 
A seguir de forma resumida vamos explicitar o que trata cada Norma Regulamentadora (NR) 
conforme consta na Portaria 3.214/77. 
 
 
NR1 - Disposições Gerais: Campo de aplicação de todas as 
Normas Regulamentadoras de Segurança e Medicina do 
Trabalho, bem como os direitos e obrigações do Governo, dos 
empregadores e dos trabalhadores no tocante a este tema 
específico. A fundamentação legal, ordinária e específica, que 
dá embasamento jurídico à existência desta NR, são os artigos 
154 a 159 da Consolidação das Leis Trabalhistas - CLT. 
 
 
 
 
 
 
 
NR2 - Inspeção Prévia: Estabelece as situações em que as 
empresas deverão solicitar ao MTE a realização de 
inspeção prévia em seus estabelecimentos, bem como a 
forma de sua realização. A fundamentação legal, ordinária 
e específica, que dá embasamento jurídico à existência 
desta NR, é o artigo 160 da Consolidação das Leis 
Trabalhistas - CLT. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Norma Regulamentadora 1. Fonte (DOVER ELECTRONIC PICTORIAL AND DESIGN, 1995). 
Norma Regulamentadora 2. Fonte (SESMT). 
 
 
 
10 
 
 
 
NR3 - Embargo ou Interdição: Paralisação de serviços, 
máquinas ou equipamentos, pela não observancia dos 
procedimentos trabalhista, podendo ser adotada medidas 
punitivas no tocante à Segurança e a Medicina do Trabalho. 
A fundamentação legal, é o artigo 161 da Consolidação das 
Leis Trabalhistas - CLT. 
 
 
 
 
 
 
 
NR4 - Serviços Especializados em Engenharia de 
Segurança e em Medicina do Trabalho: Estabelece a 
obrigatoriedade das empresas públicas e privadas, que 
possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis 
Trabalhistas – CLT a contratarem pessoas especializadas 
em segurana e medician do trabalho. A fundamentação 
legal, ordinária e específica, que dá embasamento 
jurídico à existência desta NR, é o artigo 162 da 
Consolidação das Leis Trabalhistas - CLT. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Norma Regulamentadora 3. Fonte (SESMT). 
Norma Regulamentadora 4. Fonte (DOVER ELECTRONIC PICTORIAL AND DESIGN, 1995) 
 
 
 
11 
 
 
NR5 - CIPA: Estabelece a obrigatoriedade nas empresas 
organizarem e manterem em funcionamento, uma comissão 
constituída exclusivamente por empregados com o objetivo 
de prevenir infortúnios laborais, eliminando as possíveis 
causas de acidentes do trabalho e doenças ocupacionais. A 
fundamentação legal, que dá embasamento jurídico, são os 
artigos 163 a 165 da Consolidação das Leis Trabalhistas - 
CLT. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NR6 - EPI: Estabelece e define os tipos de EPI’ s a que as 
empresas estão obrigadas a fornecer a seus empregados, 
sempre que as condições de trabalho o exigir, a fim de 
resguardar a saúde e a integridade física dos 
trabalhadores. A fundamentação legal, que dá 
embasamento jurídico, são os artigos 166 e 167 da 
Consolidação das Leis Trabalhistas - CLT. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Norma Regulamentadora 5. Finte (SESMT) 
Norma Regulamentadora 6. Fonte (SESMT). 
 
 
 
12 
 
 
 
NR7 - PCMSO: Estabelece a obrigatoriedade de 
elaboração e implementação, por parte de todos os 
empregadores e instituições que admitam 
trabalhadores como empregados, do Programa de 
Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO, com 
os respectivos exames ocupacionais: Admissional, 
demissional, mudança de função, retorno ao trabalho e 
periódico. A fundamentação legal, desta NR, são os 
artigos 168 e 169 da Consolidação das Leis Trabalhistas 
- CLT. 
 
 
 
 
NR8 - Edificações: requisitos técnicos mínimos que 
devem ser observados nas edificações para garantir 
segurança e conforto aos que nelas trabalham. A 
fundamentação legal, ordinária e específica, que dá 
embasamento jurídico à existência desta NR, são os 
artigos 170 a 174 da Consolidação das Leis 
Trabalhistas - CLT. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Norma Regulamentadora 7. Fonte (SESMT) 
Norma Regulamentadora 8. Fonte (Pixbay). 
 
 
 
13 
 
 
NR9 – PPRA (Programa de Prevenção de Riscos 
Ambientais): Estabelece a obrigatoriedade de elaboração, 
implementação, do Programa de Prevenção de Riscos 
Ambientais, visando à preservação da saúde e da 
integridade física dos trabalhadores, através da 
antecipação, reconhecimento, avaliação e consequente 
controle da ocorrência de riscos ambientais existentes ou 
que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em 
consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos 
naturais. A fundamentação legal, ordinária e específica, 
que dá embasamento jurídico à existência desta NR, são os 
artigos 175 a 178 da CLT. 
 
 
 
 
 
NR10 - Segurança em Instalações e Serviços em 
Eletricidade: Trata da segurança dos trabalhadores 
que se ativam em instalações elétricas de baixa ou alta 
tensão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Norma Regulamentadora 9. Fonte (Pixbay). 
Norma Regulamentadora 10. Fonte (Pixbay). 
 
 
 
14 
 
NR11 - Transporte, Movimentação, Armazenagem e 
Manuseio de Materiais: Estabelece os requisitos de 
segurança a serem observados nos locais de trabalho, 
no que se refere ao transporte, à movimentação, à 
armazenagem e ao manuseio de materiais, tanto de 
forma mecânica quanto manual, objetivando a 
prevenção de infortúnios laborais. A fundamentação 
legal, ordinária e específica, que dá embasamento 
jurídico à existência desta NR, são os artigos 182 e 183 
da Consolidação das Leis Trabalhistas - CLT. 
 
 
 
 
 
 
 
NR12 - Máquinas e Equipamentos: Estabelece as 
medidas prevencionistas de segurança e higiene do 
trabalho a serem adotadas pelas empresas em relação 
à instalação, operação e manutenção de máquinas e 
equipamentos, visando à prevenção de acidentes do 
trabalho. A fundamentação legal, ordinária e 
específica, que dá embasamento jurídico à existência 
desta NR, são os artigos 184 e 186 da CLT. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Norma Regulamentadora 11.Fonte (Pixbay) 
Norma Regulamentadora 12. Fonte (Pixbay) 
 
 
 
15 
 
 
NR13 - Caldeiras e Vasos de Pressão: Estabelece todos 
os requisitos técnico-legais relativos à instalação, 
operação e manutenção de caldeiras e vasos de 
pressão (compressores), de modo a se prevenir a 
ocorrência de acidentes do trabalho. A fundamentação 
legal, ordinária e específica, que dá embasamento 
jurídico à existência desta NR, são os artigos 187 e 188 
da Consolidação das Leis Trabalhistas - CLT. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NR14 - Fornos: Estabelece as recomendações 
técnico-legais pertinentes à construção, operação e 
manutenção de fornos industriais nos ambientes de 
trabalho. A fundamentação legal, ordinária e 
específica, que dá embasamento jurídico à existência 
desta NR, é o artigo 187 da Consolidação das Leis 
Trabalhistas - CLT. 
 
 
 
 
 
 
Norma Regulamentadora 13.Fonte (Pixbay) 
Norma Regulamentadora 14. Fonte (Pixbay). 
 
 
 
16 
 
 NR15 - Atividades e Operações Insalubres: As 
atividades, operações e agentes insalubres, as 
situações que, quando vivenciadas nos ambientes de 
trabalho pelos trabalhadores, ensejam a 
caracterização do exercícioinsalubre, e também os 
meios de proteger os trabalhadores de tais 
exposições nocivas à sua saúde. A fundamentação 
legal, ordinária e específica, que dá embasamento 
jurídico à existência desta NR, são os artigos 189 e 
192 da Consolidação das Leis Trabalhistas - CLT. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NR16 - Atividades e Operações Perigosas: 
Regulamenta as atividades e as operações 
legalmente consideradas perigosas. A 
fundamentação legal que dá embasamento jurídico 
à caracterização da periculosidade é a NR16, para 
atividades com explosivos, inflamáveis, energia 
elétrica, vigilância patrimonial e radiação ionizante, 
sob determinadas condições. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Norma Regulamentadora 15. Fonte (Pixbay). 
 Norma Regulamentadora 16. Fonte (Pixbay). 
 
 
 
17 
 
NR17 - Ergonomia: Visa estabelecer parâmetros 
que permitam a adaptação das condições de 
trabalho às condições psicofisiológicas dos 
trabalhadores, de modo a proporcionar um 
máximo de conforto, segurança e desempenho 
eficiente. A fundamentação legal, que dá 
embasamento jurídico, são os artigos 198 e 199 da 
Consolidação das Leis Trabalhistas - CLT. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NR18 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na 
Indústria da Construção: Estabelece diretrizes de 
ordem administrativa, de planejamento de 
organização, que objetivem a implementação de 
medidas de controle e sistemas preventivos de 
segurança nos processos, nas condições e no meio 
ambiente de trabalho na indústria da construção 
civil. A fundamentação legal, ordinária e específica, 
que dá embasamento jurídico à existência desta NR, 
é o artigo 200 CLT. 
 
 
 
 
 
 
 
 Norma Regulamentadora 17. Fonte (Pixbay). 
Norma Regulamentadora 18. Fonte (Pixbay). 
 
 
 
18 
 
 
 
NR19 - Explosivos: Estabelece as disposições 
regulamentadoras acerca do depósito, manuseio e 
transporte de explosivos, objetivando a proteção da 
saúde e integridade física dos trabalhadores em 
seus ambientes de trabalho. A fundamentação legal, 
ordinária e específica, que dá embasamento jurídico 
à existência desta NR, é o artigo 200 inciso II da 
Consolidação das Leis Trabalhistas - CLT. 
 
 
 
 
 
 
 
 
NR20 - Líquidos Combustíveis e Inflamáveis: 
Estabelece as disposições regulamentares acerca do 
armazenamento, manuseio e transporte de líquidos 
combustíveis e inflamáveis, objetivando a proteção 
da saúde e a integridade física dos trabalhadores em 
seus ambientes de trabalho. A fundamentação legal, 
que dá embasamento jurídico, é o artigo 200 inciso II 
da Consolidação das Leis Trabalhistas - CLT. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Norma Regulamentadora 19. Fonte (Pixbay). 
 Norma Regulamentadora 20. Fonte (DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM, 2005) 
 
 
 
19 
 
 
 
NR21 - Trabalho a Céu Aberto: Tipifica as medidas 
prevencionistas relacionadas com a prevenção de 
acidentes nas atividades desenvolvidas a céu aberto, 
A fundamentação legal, ordinária e específica, que 
dá embasamento jurídico à existência desta NR, é o 
artigo 200 da Consolidação das Leis Trabalhistas - 
CLT. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NR22 - Segurança e Saúde Ocupacional na 
Mineração: Estabelece métodos de segurança a 
serem observados pelas empresas que desenvolvem 
trabalhos subterrâneos de modo a proporcionar a 
seus empregados satisfatórias condições de 
Segurança e Medicina do Trabalho. A fundamentação 
legal, ordinária e específica, que dá embasamento 
jurídico à existência desta NR, são os artigos 293 a 
301 e o artigo 200 inciso III, todos da Consolidação 
das Leis Trabalhistas - CLT. 
 
 
 
 
 
 
 Norma Regulamentadora 21. Fonte (SESMT). 
Norma Regulamentadora 22. Fonte (Pixbay). 
 
 
 
20 
 
 
 
NR23 - Proteção Contra Incêndios: Estabelece as 
medidas de proteção contra Incêndios, que devem 
dispor os locais de trabalho, visando à prevenção da 
saúde e da integridade física dos trabalhadores. A 
fundamentação legal, jurídica, é o artigo 200 inciso 
IV da Consolidação das Leis Trabalhistas - 
Consolidação das Leis Trabalhistas - CLT. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NR24 - Condições Sanitárias e de Conforto nos 
Locais de Trabalho: Disciplina os preceitos de 
higiene e de conforto a serem observados nos locais 
de trabalho, especialmente no que se refere a: 
banheiros, vestiários, refeitórios, cozinhas, 
alojamentos e água potável, visando à higiene dos 
locais de trabalho e a proteção à saúde dos 
trabalhadores. A fundamentação legal, ordinária e 
específica, que dá embasamento jurídico à existência 
desta NR, é o artigo 200 CLT. 
 
 
 
 
 
 
 
 Norma Regulamentadora 23. Fonte (Pixbay). 
Norma Regulamentadora 24. Fonte (Pixbay). 
 
 
 
21 
 
 
 
NR25 - Resíduos Industriais: Estabelece as medidas 
preventivas a serem observadas, pelas empresas, 
no destino final a ser dado aos resíduos industriais 
resultantes dos ambientes de trabalho de modo a 
proteger a saúde e a integridade física dos 
trabalhadores. A fundamentação legal, ordinária e 
específica, que dá embasamento jurídico à 
existência desta NR, é o artigo 200 inciso VII da 
Consolidação das Leis Trabalhistas - CLT. 
 
 
 
 
 
 
 
 
NR26 - Sinalização de Segurança: Estabelece a 
padronização das cores a serem utilizadas como 
sinalização de segurança nos ambientes de trabalho, 
de modo a proteger a saúde e a integridade física dos 
trabalhadores. A fundamentação legal, que dá 
embasamento jurídico, é o artigo 200 inciso VIII, da 
Consolidação das Leis Trabalhistas - CLT. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Norma Regulamentadora 25. Fonte (Pixbay). 
Norma Regulamentadora 26. Fonte (DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM, 2005). 
 
 
 
22 
 
 
 
NR27 - Registro Profissional do Técnico de 
Segurança do Trabalho no Ministério do Trabalho: 
Estabelece os requisitos a serem satisfeitos pelo 
profissional que desejar exercer as funções de 
técnico de segurança do trabalho, em especial no 
que diz respeito ao seu registro profissional como 
tal, junto ao Ministério do Trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NR28 - Fiscalização e Penalidades: Estabelece os 
procedimentos a serem adotados pela fiscalização 
trabalhista de Segurança e Medicina do Trabalho. A 
fundamentação legal, ordinária e específica, tem a 
sua existência jurídica assegurada, em nível de 
legislação ordinária, através do artigo 201 da 
Consolidação das Leis Trabalhistas – CLT. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Norma Regulamentadora 27. Fonte (Pixbay). 
 Norma Regulamentadora 28. Fonte (Pixbay). 
 
 
 
23 
 
NR29 - Normas Regulamentadoras de Segurança e 
Saúde no Trabalho Portuário: Regular a proteção 
obrigatória contra acidentes e doenças profissionais, 
facilitar os primeiros socorros a acidentados e 
alcançar as melhores condições possíveis de 
segurança e saúde aos trabalhadores portuários. A 
sua existência jurídica está assegurada em nível de 
legislação ordinária, através da Medida Provisória n° 
1.575-6, de 27/11/97, do artigo 200 da Consolidação 
das Leis Trabalhistas - CLT, o Decreto n°99.534, de 
19/09/90 que promulga a Convenção n° 152 da 
Organização Internacional do Trabalho - OIT. 
 
 
 
NR3O - Normas Regulamentadoras de Segurança e 
Saúde no Trabalho Aquaviário: Aplica-se aos 
trabalhadores de toda embarcação comercial 
utilizada no transporte de mercadorias ou de 
passageiros, na navegação marítima de longo curso, 
na cabotagem, na navegação interior, no serviço de 
reboque em alto-mar, bem como em plataformas 
marítimas e fluviais, quando em deslocamento, e 
embarcações de apoio marítimo e portuário. A 
observância desta Norma Regulamentadora não 
desobriga as empresas do cumprimento de outras 
disposições legais com relação à matéria e outras 
oriundas de convenções, acordos e contratos 
coletivos de trabalho. 
 
 Norma Regulamentadora 29. Fonte (Pixbay). 
Norma Regulamentadora30. Fonte (Pixbay). 
 
 
 
24 
 
NR31 - SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO NA 
AGRICULTURA, PECUÁRIA SILVICULTURA, 
EXPLORAÇÃO FLORESTAL E AQÜICULTURA: Esta 
Norma Regulamentadora tem por objetivo 
estabelecer os preceitos a serem observados na 
organização e no ambiente de trabalho, de forma a 
tornar compatível o planejamento e o 
desenvolvimento das atividades da agricultura, 
pecuária, silvicultura, exploração florestal e 
aquicultura com a segurança e saúde e meio 
ambiente do trabalho. Esta Norma 
Regulamentadora se aplica a quaisquer atividades 
da agricultura, pecuária, silvicultura, exploração 
florestal e aquicultura, verificadas as formas de 
relações de trabalho e emprego e o local das 
atividades. 
 
 
 
NR32 - SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO EM 
SERVIÇOS DE SAÚDE: Esta Norma Regulamentadora - 
NR tem por finalidade estabelecer as diretrizes básicas 
para a implementação de medidas de proteção à 
segurança e à saúde dos trabalhadores dos serviços de 
saúde, bem como daqueles que exercem atividades de 
promoção e assistência à saúde em geral. 
 
 
 
 Norma Regulamentadora 31. Fonte (Pixbay). 
Norma Regulamentadora 32. Fonte (Pixbay). 
 
 
 
25 
 
NR33 - SEGURANÇA E SAÚDE NOS TRABALHOS EM 
ESPAÇOS CONFINADOS: Esta Norma tem como 
objetivo estabelecer os requisitos mínimos para 
identificação de espaços confinados e o 
reconhecimento, avaliação, monitoramento e 
controle dos riscos existentes, de forma a garantir 
permanentemente a segurança e saúde dos 
trabalhadores que interagem direta ou 
indiretamente nestes espaços. 
 
 
 
 
 
NR34 - CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE 
TRABALHO NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO E 
REPARAÇÃO NAVAL: Esta Norma Regulamentadora 
- NR estabelece os requisitos mínimos e as medidas 
de proteção à segurança, à saúde e ao meio 
ambiente de trabalho nas atividades da indústria de 
construção e reparação naval. Consideram-se 
atividades da indústria da construção e reparação 
naval todas aquelas desenvolvidas no âmbito das 
instalações empregadas para este fim ou nas 
próprias embarcações e estruturas, tais como navios, 
barcos, lanchas, plataformas fixas ou flutuantes, 
dentre outras. 
 
 
 
 Norma Regulamentadora 33. Fonte (SESMT). 
 Norma Regulamentadora 34. Fonte (Pixbay). 
 
 
 
26 
 
NR35 - TRABALHO EM ALTURA: Esta Norma 
estabelece os requisitos mínimos e as medidas de 
proteção para o trabalho em altura, envolvendo o 
planejamento, a organização e a execução, de forma 
a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores 
envolvidos direta ou indiretamente com esta 
atividade. 
 
 
 
NR36 - SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO EM 
EMPRESAS DE ABATE E PROCESSAMENTO DE 
CARNES E DERIVADOS: O objetivo desta Norma é 
estabelecer os requisitos mínimos para a avaliação, 
controle e monitoramento dos riscos existentes nas 
atividades desenvolvidas na indústria de abate e 
processamento de carnes e derivados destinados ao 
consumo humano, de forma a garantir 
permanentemente a segurança, a saúde e a 
qualidade de vida no trabalho, sem prejuízo da 
observância do disposto nas demais Normas 
Regulamentadoras - NR do Ministério do Trabalho e 
Emprego. 
 
 
 
 
 
 
 
 Dica 
 
Recomendamos acessar o site www.mte.gov.br. 
 
 
 Norma Regulamentadora 35.Fonte (Pixbay). 
Norma Regulamentadora 36. fonte (MINISTÉRIO 
PÚBLICO DO TRABALHO, 2013). 
http://www.mte.gov.br/
 
 
 
27 
 
 
 1.3 Documentos e Treinamentos 
 
 
 
Para facilitar a aplicação das NRs faremos uma tabela das principais preocupações que 
devem nortear nossa gestão. Assim quando você iniciar os trabalhos poderá fazer um check list da 
condição de trabalho conforme a legislação. Alguns destes itens você terá maiores informações na 
NR específica e também nesta apostila. 
 
 
Exigência Norma Regulamentadora Recomendações 
Elaborar Ordem de Serviço 
(Instruções de Segurança) 
NR1 Sempre que necessário, para todas as 
atividades. 
 
Declaração de Instalações 
 
NR2 Sempre que solicitado 
Antes do empreendimento 
Registro do SESMT NR4 Se for necessário pelo dimensionamento do 
Grau de Risco e Número de Funcionários 
Implantação da CIPA NR5 Se necessário 
Treinamento dos membros da CIPA NR5 Treinamento de 20 horas. Renovado a cada 
gestão de CIPA (Anual) 
Registro do fornecimento de EPI NR6 Revisar mensalmente 
Verificação do CA 
Certificado de Aprovação do EPI 
NR6 A cada compra. 
Revisar anualmente 
Programa de Controle Médico 
Ocupacional - PCMSO 
NR7 Revisar Anualmente. 
Manter o documento básico a disposição da 
fiscalização. Sempre deve ser elaborado por 
Médico do Trabalho 
 
Exames Médicos 
 
 
NR7 
Conforme a determinação do Médico do 
PCMSO 
Manter cópia do ASO (Atestado de saúde 
ocupacional) no registro do funcionário 
Programa de Prevenção de Riscos 
Ambientais – PPRA 
NR9 Revisar Anualmente 
Manter o documento a deposição da 
fiscalização. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
28 
 
 
 
 
Exigência Norma Regulamentadora Recomendações 
Manter um prontuário de Instalação 
Elétrica e Diagrama Unifilar 
NR10 Uma vez e sempre que houver alguma 
modificação, ou a critério do engenheiro 
eletricista que fez o prontuário. 
Treinamento aos eletricistas da 
empresa 
NR10 Inicial e reciclagem a cada dois anos. Manter 
certificado no prontuário 
Treinamento de operador de 
Empilhadeira 
NR11 Inicial e Reciclagem anual. 
Se habilitado (CNH) emitir crachá de 
identificação interna. Exame médico especial. 
Capacitação para trabalho em 
máquinas 
NR12 Treinamento periódico e antes d iniciar o 
trabalho 
Inspeção de Máquinas e 
Equipamentos 
NR12 Ter um relatório de inspeção antes da 
máquina entrar em funcionamento. 
Manter atualizado o prontuário de 
caldeiras e Vasos sob Pressão 
NR13 Abrir prontuário e fazer a revisão conforme 
apontado pelo engenheiro mecânico no 
prontuário. 
Fazer laudo de Insalubridade NR15 Rever sempre que houver modificações no 
ambiente ou locais novos ou funções novas. 
Fazer laudo de Periculosidade NR16 Rever sempre que houver modificações no 
ambiente ou locais novos ou funções novas. 
Fazer laudo de ergonomia NR17 Rever sempre que houver modificações no 
ambiente ou locais novos ou funções novas. 
Fazer o PCMAT de uma obra NR18 Sempre que a obra atingir ou for atingir vinte 
funcionários. Deve ser feito por Engenheiro de 
Segurança do Trabalho 
Para trabalhos com explosivos deve 
ter análise da condição de segurança 
no PPRA. 
 
NR19 
 
Elaboração diferenciada do PPRA 
Para trabalhos com inflamáveis deve 
ter análise da condição de segurança 
no PPRA. 
 
NR20 
 
Elaboração diferenciada do PPRA 
Treinamentos em locais com 
inflamáveis. 
NR20 Vários treinamentos de 4h até 32h 
dependendo da instalação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
29 
 
Exigência Norma Regulamentadora Recomendações 
Elaborar Programa de 
Gerenciamento de Risco em Minas 
NR22 Programa sob a supervisão de engenheiro de 
segurança para atender toda a norma. 
Treinamento de Brigada de incêndio NR23 Fazer treinamento conforme determina o 
Copo de Bombeiros Estadual. 
Inspeção e Relatório dos locais de 
trabalho 
NR24 Verificação do ambiente conforme as 
prescrições da NR24, sobre número de 
banheiros, vestiários, bebedouros, etc. 
Verificação dos resíduos e poluentes 
gerados. Fazer relatório. 
NR25 Verificar normas Municipais e Estaduais sobre 
meio ambiente. 
Utilizar sinalização de segurança NR26 Fazer um relatório ou projeto de sinalização 
do ambiente. Atentar para as normas do copo 
de bombeiros. 
Para trabalhos em hospitais com 
explosivos deve ter análise da 
condição de segurança no PPRA. 
 
NR32 
 
Elaboração diferenciada do PPRA 
Treinamento em espaço Confinado 
 
NR33 Treinamento de 8h ou de 40h para o 
supervisor de entrada. Reciclagem anual. 
Treinamento para trabalho em 
altura. 
 
NR35 Treinamento de 8h e reciclagem anual. 
 
 
Com relação a estas normas nemtodas se aplicam as atividades do local em que você 
trabalha. Por exemplo, se você trabalha em telemarketing com certeza não possui obrigação de 
fazer treinamento de para trabalho altura, conforme determina a NR35, mas certamente terá de 
atender a NR17 que trata de ergonomia. 
Na continuidade do curso progressivamente iremos nos aprofundar em algumas NRs, por 
exemplo, no capítulo 3 trataremos mais de perto o assunto CIPA (NR5) e SESMT (NR4). 
Por hora vamos finalizando este capítulo, que possui muita legislação, fazendo exercícios de 
fixação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Curiosidade 
Veja este vídeo da FUNDACENTRO (Órgão do Ministério 
do Trabalho). Você vai ter mais informações sobre a 
Norma Regulamentadora de N.º 9 o PPRA. Site 
www.youtube.com/watch?v=y7gWkS1lVHo 
 
http://www.youtube.com/watch?v=y7gWkS1lVHo
 
 
 
30 
 
Explore seu Conhecimento 
 
 
 
Capítulo 1 
 
 
1. Faça uma correspondência entre as colunas Norma Regulamentadora NR e o assunto. 
Por exemplo: 
NR32 = ( z ) z) Segurança Hospitalar 
 
Assim por diante conforme o modelo abaixo. 
 
NR 3 = ( ) a) Assunto Eletricidade 
NR 6 = ( ) b) Assunto Exame Médico 
NR 7 = ( ) c) Assunto Embargo e interdição 
NR 9 = ( ) d) Assunto Espaço Confinado 
NR 10 = ( ) e) Assunto Ergonomia 
NR 17 = ( ) f) Assunto Obra de Construção 
NR 18 = ( ) g) Assunto Equipamento de Proteção individual 
NR 33 = ( ) h) Programa de Prevenção de Riscos Ambientais 
 
 
 
2. Diga se é verdadeiro (V) ou Falso (F), as frases a seguir. 
 
( ) As Convenções da OIT podem ser ratificadas e possuem então força de Lei. 
( ) O Brasil não faz parte da OIT. 
( ) Conforme a Convenção 155 da OIT saúde é ausência de doença. 
( ) Conforme a Constituição Federal do Brasil cabe indenização aos acidentes de trabalho. 
 
 
 
3. Complete a frase a seguir. O primeiro medico, conhecido, a usar da anamnese para identificar 
doenças do trabalho foi __________________________. 
 
 
 
 
 
 
 
31 
 
4. O artigo 927 do Código Civil Brasileiro obriga o empregador à indenizar as vítimas de acidente 
desde que tenha havido um ato faltoso. Diga quais são os dois artigos do CCB que tratam do ato 
faltoso. 
Resposta: Artigo n.º _________________ 
Resposta: Artigo n.º _________________ 
 
 
 
5. Complete com o exame médico que o funcionário deve ser submetido e que não consta na lista 
abaixo: 
 
Admissional, Mudança de Função, Demissional, Retorno ao Trabalho e ______________. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
32 
 
 2 Atividades de Risco 
 
 
 
Nesse capítulo será apresentada uma breve visão sobre os riscos existentes no mundo do 
trabalho. Na primeira etapa vimos à legislação, suas Normas Regulamentadoras, Leis, Código Civil 
e Código Penal entre outros detalhes. 
De fato a sociedade exige certas medidas de cautela. 
As Leis e Códigos são as respostas dadas aos problemas de segurança existente no 
ambiente laboral. 
Mas como você já pode perceber nem tudo se aplica e nem tudo se relaciona com a 
atividade que está sob seu amparo como gestor de uma empresa. Em outras palavras as Leis são 
respostas, mas qual é afinal a pergunta? Isto é o que veremos neste capítulo. Qual é o risco que 
existe no ambiente em que trabalho? A partir deste conhecimento poderemos então verificar as 
Normas Regulamentadoras que devem ser aplicada. 
Algumas normas são comuns a todos os ambientes, mas algumas são específicas e para 
sabermos como aplicar precisamos conhecer os riscos do ambiente. Como faremos isto? Através 
da análise de risco. 
Neste capítulo você irá analisar riscos, verificar quais as condições de proteção contra estes 
riscos e também ver como a NR poderá ajudar nesta etapa. 
 
 
 
 2.1 Os riscos ambientais 
 
 
A palavra risco recebe popularmente várias conotações, pode ter um aspecto econômico, 
pode ser usado para representar uma condição ambiental ou de incerteza. 
Na matéria de segurança e saúde do trabalho a palavra risco possui uma definição muito 
clara conforme o quadro a seguir. 
 
 
 
 
33 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Vamos dar um exemplo. Se você trabalha com eletricidade existe uma probabilidade de ter 
um choque elétrico, então existe um fator de risco ou simplesmente risco no seu ambiente de 
trabalho. Vamos chamar de Risco Elétrico. 
Se você não trabalha com eletricidade a probabilidade de choque é praticamente nenhuma 
então o risco é zero, ou seja, não existe o risco elétrico em sua atividade. 
Se o dano também for inexistente, ou seja, vamos supor que você só trabalha consertando 
abajur, mas não liga o abajur, você não faz teste é outra pessoa quem faz esta parte, você 
somente coloca o fio. Então você trabalha com equipamento elétrico, mas a possibilidade de dano 
por choque não existe, logo o risco elétrico é mínimo, não existe para esta tarefa. Óbvio que 
outros riscos podem existir, mas o que queremos observar no momento é que risco é uma medida 
de probabilidade e do dano. 
Uma coisa interessante de ser percebida é que risco é alguma coisa conhecida e que posso 
medir de algum modo, veremos um método no próximo tópico. 
Por outro lado, se eu não conheço o perigo, ou o agente existente, como vou saber qual o 
risco? Então estamos na área da incerteza e não há como saber ou dimensionar o risco. 
Por sorte, a grande maioria dos riscos do ambiente de trabalho foi estudada e nós já 
conhecemos os principais fatores de risco, vamos apresentar estes riscos na figura a seguir. 
 
 
 
Atenção 
 
Risco é definido como uma medida da probabilidade de algo adverso ocorrer 
juntamente com a dimensão do efeito danoso provocado. 
Risco = Probabilidade x Dano 
 
 
 
 
34 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Olhando para a figura três podemos destacar cinco tipos de risco e suas respectivas cores 
que designam a natureza do risco: 
 
Físico - Verde 
Químico - Vermelho 
Biológico - Marrom 
Ergonômico - Amarelo 
Acidente - Azul 
 Figura 3: Riscos Ambientais 
 
 
 
35 
 
Você já deve estar notando a semelhança com os Mapas de Risco. São usadas estas 
mesmas cores em círculos para designar o risco do local. O Mapa de Risco é uma das primeiras 
ferramentas de análise de risco que trataremos no próximo tópico. No momento vamos comentar 
os riscos da tabela e a área que estuda este risco. 
 
a) Riscos Físicos 
 
O ruído ocupacional é mais conhecido dos riscos físicos. Historicamente as fábricas não 
tinham máquinas adequadas e o ruído (vulgarmente chamado de barulho) era excessivo, criando 
uma verdadeira epidemia de surdez na população trabalhadora. 
Atualmente isto melhorou muito. Infelizmente não conseguimos eliminar totalmente este 
agende do ambiente de trabalho. 
O ruído atinge o órgão sensorial que é o ouvido produzindo a sensação auditiva. 
Primeiramente o tímpano recebe as ondas e vibra na mesma frequência da onda sonora 
promovendo um movimento dos ossículos (martelo estribo e bigorna) já na orelha média então 
este movimento mecânico promove o movimento do líquido coclear (líquido que existe no interior 
do ouvido) que ao se movimentar movimenta também os cílios (pequenos capilares) e este envia a 
mensagem ao cérebro (MORAES, 2011). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 4: Ouvido humano recebendo ondas sonoras. Fonte (SESMT). 
 
 
 
36 
 
O ruído acima de certos valores pode causar traumas auditivos e fazer com que o ouvido 
perca ao longo do tempo o seu funcionamento provocando a surdez. No caso surdez ocupacional.Também chamamos pela sigla: PAIRO (Perda Auditiva Induzida por Ruído Ocupacional). 
O limite máximo do ruído é de 85dB(A) para oito horas de trabalho diários. Dizemos que o 
limite é oitenta e cinco decibéis. O decibel, com a sigla “dB(A)” é a unidade em que medimos 
ruído, assim como metro é a medida de distância, “dB” é medida do ruído. Existem aparelhos 
(decibelimetros) que medem estes valores no ambiente. 
Vibração, também é um risco físico. Nada mais é que a alteração de um movimento. Na 
figura 4 vemos um diapasão vibrando, ou seja, alternando seu movimento de um lado ao outro e 
isto gera ondas sonoras. Se o movimento é mais vigoroso, como por exemplo, o de um martelete 
na mão do trabalhador, dizemos que ocorre uma vibração. 
Conforme Moraes (2011) as vibrações podem causar perda do equilíbrio, alteração do 
sistema cardíaco, efeitos psicológicos com falta de concentração no trabalho, distúrbios visuais, 
além da degeneração do tecido muscular e nervoso com perda do tato, esta doença é conhecida 
como síndrome do dedo branco ou síndrome de Raynoud. 
O calor pode causar doenças como exaustão, desidratação, choque térmico, febre. Isto 
ocorre quando o sistema termorregulador do copo humano, ou seja, a transpiração fica 
prejudicada pela ação de um calor excessivo. O problema térmico é função de vários fatores e não 
só da temperatura do ambiente. Temos que ver a ventilação a umidade relativa e também que 
tipo de atividade o trabalhador está fazendo. Um trabalhador sentado gasta menos energia que 
um trabalhador que se encontra em movimento e insto interfere na exata condição de agravo à 
saúde. 
O calor como agente físico deve ser medido por aparelho especial que leva em conta estes 
parâmetros de radiação, temperatura e umidade relativa. Este aparelho é chamado de medidor de 
estresse térmico e a medição é dada pelo Índice de Bulbo Úmido e Termômetro de Globo 
conhecido como o IBUTG. 
 
 
 
 
 
 
 
 
37 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
As radiações ionizantes são as chamadas de Rx da área médica e áreas nucleares. Podem 
causar câncer e morte dependendo da exposição. 
As radiações não ionizantes são menos agressivas que as ionizantes, são os ultravioletas, 
as microondas e o infravermelho. Por exemplo, das praias e que podem também causas males a 
saúde. O soldador que faz soldas em indústrias está normalmente sujeito a ação da radiação não 
ionizante. 
O frio é também perigoso à saúde. Na primeira fase de resfriamento surge os vasos 
sanguíneos diminuem e, portanto a pressão arterial aumenta. Como tempo ocorre mecanismo de 
lesão nos tecidos que podem levar a necrose dos tecidos internos e não havendo socorre médico 
poderá resultar em morte. Nos frigoríficos este problema, pode ser muito intenso. A legislação 
impõe limites de temperatura e tempo de exposição para trabalhos sujeitos ao frio. A tabela é a 
seguinte. 
Figura 5: Instrumento para medir o calor ocupacional. Possui três 
termômetros. Da esquerda para a direita, termômetro de globo, 
termômetro seco e termômetro de bulbo úmido. Fonte 
(INSTRUTHERM, 2015). 
 
 
 
38 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Já as pressões anormais são típicas de mergulhadores e outras atividades que trabalham 
em locais onde a pressão é artificialmente mantida. Podem causar traumas os chamados 
barotraumas, que são traumas por pressão excessiva. Podem atingir os ouvidos ocasionando 
ruptura de tímpano ou alterações mais graves. O mergulhador quando está na fase de 
descompressão, se não respeitar os tempos prescritos pode sofrer uma baurotrauma pulmonar 
que rompe com os tecidos pulmonares pela expansão de gás (MORAES, 2011). 
O agente físico umidade é devido à grande exposição à água. Veja não é a umidade relativa 
do ar, mas sim de lugares encharcados ou atividades com grande uso de água. 
Devemos lembrar que mesmo a água sem outros elementos pode remover as gorduras 
protetivas da pele ocasionando dermatites que podem se agravar em infecções secundárias com 
fungo e bactérias. 
 
 
 
 
 Figura 6: Artigo 253 da CLT, que impões limitação do tempo para cada temperatura. 
 
 
 
39 
 
b) Riscos Químicos 
 
Considera-se aquentes químicos aqueles que podem penetrar no organismo pelas vias 
aéreas, cutâneas (pela pele) ou serem ingeridos. O principal problema ocupacional é a absorção 
por pele ou o que é ainda pior a absorção pela via respiratória, que é muito mais rápida e 
agressiva. 
De forma genérica os produtos químicos que se encontram na atmosfera são chamados de 
aerodispersoides. São eles: 
 
 Poeiras, ou seja, partículas ou pedaços de sólidos finamente fragmentados. 
 Fumos são partículas sólidas, mas que estão na forma volátil como vapores 
metálicos. 
 Névoas são pedacinhos pequeninos de líquidos. São produzidos 
mecanicamente, como por exemplo, os spray. 
 Neblina são partículas líquidas produzidas por condensações, bem menores 
que as névoas. 
 Gás, portanto não é líquido e nem sólido como os itens acima, são variados 
e sua ação depende de qual é o produto. Exemplos é o gás de cloro, gás 
cianídrico, gás amônia. Cada um com sua característica própria. 
 Ainda existem os produtos químicos que são os solventes, por exemplo, o 
Benzeno, o Tolueno, o Xileno, conhecido pela sigla BTX. Eles são muito 
agressivos. 
 
No mundo existem centenas de agentes químicos a cada momento outros compostos 
estão sendo criados. Para conhecer especificamente o produto é necessário que o fornecedor, ou 
fabricante, nos envie a Fixa de Segurança de Produto Químico (FISPQ). Isto é obrigatório e é 
normalizado pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). 
A FISPQ é assinada pelo químico responsável e possui diversas informações sobre a 
composição e a segurança do produto a norma que trata da FISPQ é a NBR 14725. Caso sua 
empresa tenha laboratórios ou manipule e trabalhe com produtos químicos, por exemplo, uma 
empresa de cosméticos ou até mesmo uma petroquímica. Devemos providenciar treinamentos 
sobre segurança química. Isto se aplica quando é necessário um treinamento mais detalhado. 
 
 
 
40 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
c) Riscos Biológicos 
 
Os riscos biológicos mais comuns são os apresentados na figura 3, vírus, bactérias, fungos. 
Como você pode estar pensando devem Sr extremamente comuns em hospitais. Sem dúvida os 
trabalhadores na área hospitalar devem ter o máximo de cuidado com estes agentes. Existe até 
um órgão interno nos hospitais, chamada de Centro de Controle de Infecções Hospitalares (CCIH) 
que cuida tanto dos pacientes, que são os mais atingidos por estarem já com a saúde debilitada, 
como dos trabalhadores. 
 Figura 7: Imagem de uma FISPQ (BUSCHINELLI & KATO, 2012). 
Saiba Mais 
Veja este filme da FUNDACENTRO sobre transporte de cargas perigosas. 
Site: https://www.youtube.com/watch?v=nqdLT450nd0 
 
 
https://www.youtube.com/watch?v=nqdLT450nd0
 
 
 
41 
 
Mas não é só em hospitais, veja, por exemplo, que em salão de beleza existem inúmeros 
agentes agressivos que podem sim ser transmitido sendo comum a incidência de fungos (muito 
comum nas micoses de unha). 
Um problema adicional nestes agentes é a capacidade de multiplicação. Em poucas horas 
pode ocorrer uma infestação de diversos microorganismos: piolhos, bactérias, fungos. 
No caso de hospitais existe uma norma a NR32, que fornece uma série de detalhes sobre 
estes parasitas sendo que o método de trabalho um importante meio de prevenção, uma vez que 
estes parasitas se encontram em quase todos os locais. A vacinação preventiva pode ser 
necessária, sempre a critério médico, conforme indicará o PCMSO (NR7). 
Também aqueles que trabalham em campo ao ar livre, podem estar sujeito a ação de 
roedores, cobras escorpião, os chamados animais peçonhentos estes são também considerados 
riscos biológicos. 
O livro O Mapa Fantasma mostra a devastaçãode Londres no século XIX pela cólera. No 
trecho, curiosidades, a seguir tentem ver a conexão entre tecnologia, riscos de doenças e a infra-
estrutura do meio ambiente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Curiosidade 
 
 
O MAPA FANTASMA 
No inicio do século XIX a cidade de Londres esteve às voltas com centenas de mortes. Na 
maioria por cólera. Esta doença é transmitida por uma bactéria chamada popularmente de 
vibrião da cólera. Causa perdas de água e pode levar a morte. Na época não se sabia de onde 
vinha esta bactéria. Foi então criado um mapeamento para saber em que região ocorria à 
maioria dos casos. Este mapa chamado o Mapa Fantasma, percebeu que esta doença atingia 
principalmente os que tomavam água em uma das fontes da cidade. Fontes de água do 
subsolo, sempre são consideradas de boa qualidade, mas isto não é verdade. Existem inúmeros 
casos atualmente de poços infectados. O Mapa Identificou a fonte e após várias pesquisas 
soube-se que o poço foi infectado por causa de uma mãe que limpou as roupas de uma criança 
infectada com cólera na água do poço. Esta história passou como um ensinamento das doenças 
transmitidas de forma hídrica (pela água). O bebê ficou conhecido como bebê de Lewis, por 
causa do nome da mãe Sarah Lewis (JOHNSON, 2008). 
 
 
 
42 
 
d) Riscos Ergonômicos 
A palavra Ergonomia é formada pela junção de duas outras palavras gregas: Ergon 
(trabalho) e nomos (regra) sendo então entendida com a regra do trabalho. 
Nos Estados Unidos da América (EU), a chamada ergonomia americana, em oposição à 
francesa, usa-se a denominação de Fatores Humanos (human factors) e não ergonomia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Portanto este ramo da segurança e saúde no trabalho insere o ser humano como essencial 
nas concepções dos processos de trabalho. Esforço físico intenso, como por exemplo, remoção ou 
carregamento de sacos (estivadores), posturas incomodas sendo as piores as posições estáticas, 
em contra ponto da posição dinâmica (ver dica). 
No quadro da figura 3 também encontramos a parte organizacional, quase sempre 
desprezada nos ambientes de trabalho. Trata de como são realizadas as tarefas, a pressões por 
tempo, as jornadas extensas de trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Dica 
 
 
Posição estática é aquela em que o trabalhador fica suportando um peso sem se 
movimentar. Por exemplo, o garçom que fica parado segurando uma bandeja. 
Posição dinâmica é aquela em que o trabalhador fica suportando um peso, mas 
com movimento. Por exemplo, lavando pratos ou panelas. 
OBS: A posição estática é mais prejudicial do que a dinâmica, devido à dificuldade, 
na posição estática, de irrigação sanguínea. 
 
 
 Saiba Mais 
 
Alain Wisner, doutor em medicina, um dos maiores expoentes da ergonomia 
francesa define a ergonomia como: “Ergonomia é o conjunto dos conhecimentos 
científicos relacionados ao homem e necessários à concepção de instrumentos, 
máquinas e dispositivos que possam ser utilizados com o máximo de conforto, 
segurança e eficiência” (Ministério do Trabalho, 2002). 
 
 
 
 
43 
 
Já na NR17, encontramos a obrigatoriedade de analisar os seguintes aspectos: 
 
 
Esforços ou força física necessária. 
Mobiliário de trabalho. 
Atividades com computadores e inserção de dados. 
Condições ambientais: Calor, umidade, ruído, iluminação. 
Organização do trabalho: tempo e forma de trabalho. 
 
 
No caso do levantamento de peso, a ergonomia recomenda no máximo 23kg independente 
do sexo, nos casos de levantamento manual (sem equipamentos) e individual (por uma única 
pessoa). Para se obter, entretanto uma avaliação precisa recomenda-se, conforme o capítulo 
anterior, elaborar o chamado laudo ergonômico que, conforme NR17 cabe ao empregador 
realizar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os principais fatores a serem observados nas atividades são: O peso, a velocidade da tarefa, 
a forma do que está sendo carregado, o trajeto (distância) percorrido. Sempre que possível 
Figura 8: Situações não ergonômicas e possíveis soluções. Fonte (SESMT). 
 
 
 
44 
 
devemos manter a carga ou pacote próximo ao copo e se possível usar meios mecanizados como 
carrinhos ou mesmo empilhadeiras. 
Uma das doenças mais disseminada na era moderna é a Lesão por Esforços Repetitivos 
(LER), que é um tipo de Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho (DORT). A ergonomia 
tenta evitar esta grave doença através do melhor dimensionamento dos postos de trabalho bem 
como da organização do ritmo (velocidade) das tarefas. 
Outro fator importante na LER é a rigidez do posto de trabalho sem possibilidade do 
trabalhador efetuar mudanças que propiciem uma adequação melhor a sua condição tanto física 
como cognitiva. Isto é particularmente grave no chamado telemarketing, onde o trabalhador deve 
estar preso a um roteiro rígido e sofre todo tipo de pressão, tanto interna por resultado, como 
externa das pessoas com quem interage, por vezes sendo mal educadas e ríspidas com que as 
atende. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Figura 9: trabalho administrativo muito intenso. Fonte (SESMT). 
 Glossário 
Cognitivo é um termo relacionado ao pensamento a forma de 
pensar sobre os fatos (cognição). 
 
DORT: Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho. A LER é 
um tipo de DORT. 
 
 
 
45 
 
e) Riscos de Acidente 
Os acidentes são um grande desafio para qualquer gestor de RH. A definição usual é de que 
acidente é um fato, danoso, que interrompe o fluxo normal de trabalho. O custo dos acidentes em 
especial os fatais são enormes, tanto devido às indenizações e multas, como também pelo próprio 
impacto no ambiente de trabalho. Imagine um funcionário ter que trabalhar com uma máquina 
que amputou o braço de seu colega? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dessa forma os esforços para combater estes eventos devem ser rigorosos. Máquinas sem 
proteção, pisos escorregadios, fios elétricos desencapados, armazenamento inadequado de 
materiais, pode ser causa de acidentes inclusive graves. 
Alguns ainda acham que o acidente é obra do azar, ou mesmo que o trabalhador é 
normalmente imprudente. Até existem alguns que acreditam que não a nada a fazer uma zes que 
chegou a hora. 
Claro está que existem formulações filosóficas sobre o acidente principalmente o fatal. Mas 
isto não é assunto desta apostila. Pode ser que tudo o que falamos seja verdade e o acidente seja 
uma fatalidade, não sabemos, mas sabemos que se adotarmos algumas providências 
matematicamente os acidentes diminuem. Então é importante fazer um gerenciamento das 
condições ambientais de risco para evitar acidentes. 
 
 
 
 Figura 10: Acidente grave com perda de membro. Fonte (SESMT). 
 
 
 
46 
 
Ao analisar os riscos no trabalho, como no tópico seguinte poderemos identificar e tomar 
providências para diminuir se não até evitar completamente o acidente grave ou fatal, vale à pena 
tentar. 
 
 
 
 
 
Atenção 
 Apre 
 
 
 
 
Devemos separa algumas coisas para poder entende melhor o fenômeno do acidente. O 
acidente, em termos prevencionistas pode não ocasionar lesão corporal. Vejamos os exemplos. 
Quando uma caixa de ferramentas cai no chão e nada se quebra, apenas se perdeu tempo 
(interrupção do fluxo de trabalho) é um acidente sem lesão e sem dano material. 
Se esta caixa ao cair danificar peças, então temos acidente com dano material mas sem 
lesão ao ser humano. 
Se a caixa cair no pé do trabalhador machucando o mesmo, ocorreu uma lesão corporal e 
finalmente se a caixa cair e as peças se quebram e o trabalhador se machucar dizemos que houve 
um acidente com lesão corporal e dano material. Alguns acidentes são tão comuns que existem 
nomes já consagrados. São conhecidos como acidentes tipo ou acidentes típicos. Vejamosa seguir. 
 
 
 
 
 
Atenção 
O risco de acidente (azul) às vezes é confundido com outros riscos. 
Por exemplo, animais peçonhentos podem ferir, ou machucar o 
trabalhador, isto é risco de acidente. Mas as bactérias que ele 
transmite é risco biológico. A iluminação pode levar o trabalhador a 
tropeçar, isto é acidente, mas a fadiga visual é risco ergonômico. 
 
 
 
47 
 
1- Batida contra, ocorre com mais frequência em movimentos bruscos e em lay out 
inadequado. 
2- Batida por, neste caso a pessoa sofre a batida, ocorre por se colocar em locais perigosos. 
3- Prensagem entre, é quando uma pessoa fica com parte do corpo entre objetos fixos ou 
móveis. Ocorre devido a atos inseguros, descansar mão e pés em pontos perigosos, falta 
de proteção coletiva. 
4- Queda de pessoa, a lesão ocorre devido a bater em qualquer objeto durante uma queda. 
A pessoa cai por escorregar, tropeçar, por desequilibrar, normalmente por condições 
inseguras, ou por quebra de escada/proteção. 
5- Esforço excessivo, mau jeito, a pessoa na é atingida não há agente externo o agente é o 
movimento inadequado, evidente que há razões outras estruturais (lombalgias, lesões da 
coluna) posto não ergonômico. 
6- Exposição a, são casos em que apenas a exposição causa um mal (radiações ionizantes, 
temperaturas excessivas. 
7- Contato com produtos químicos, a pessoa aspira ou ingere ou tem contato com 
substância perigosa. Ocorre por desinformação ao perigo ou confusão de produtos. 
8- Contato com eletricidade, as lesões são por conato direto ou indireto, ocorre por 
instalação mal feita ou por negligência pessoal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Saiba Mais 
Algumas características pessoais podem contribuir para os 
acidentes, mas dificilmente são causas únicas. Dentre elas 
sublinhamos: Pessoa displicente, exibicionista, distraído, 
ingênuo, teimoso, gozador. Pessoa que acha que sabe de 
tudo, pessoa curiosa. Estes fatores podem levar ao chamado 
ato inseguro. O ambiente com problemas: buracos nos pisos, 
ausência de guarda copo, fios elétricos expostos são 
considerados como condição insegura. 
 
 
 
48 
 
 
 2.2 Avaliações de riscos 
 
 
Na primeira parte deste capítulo dois, você verificou conforme a figura 3 que existem 
diversos riscos já estudados, então ficará mais fácil reconhecer, ou seja, perceber que estes riscos 
estão presentes no ambiente, após este estudo. Mas agora temos é que avaliar este risco. 
Avaliar é ter uma ideia da importância do risco no ambiente. Se você observar bem é 
evidente que existe ruído em toda parte, mas isto é um problema. Com certeza não, o ruído 
passará a ser problema se superar o limite que dissemos acima, ou seja, 85 dB(A). Para saber é 
necessário usar um aparelho o decibelimetro. Mas mesmo sem ter aparelho, você pode perceber 
com facilidade se o ruído é o não um problema. Como? Basta tentar conversar com outra pessoa, 
num ambiente qualquer. Se você não escuta e nem a pessoa consegue te ouvir, certamente 
estamos diante de um problema como o ruído. 
De outro lado problemas ergonômicos podem ser facilmente identificados, pelo menos os 
mais visíveis, apenas observando as queixas dos trabalhadores. Se eles estão reclamando e a todo 
instante vão a o médico para tratar de dores, é possível que estejamos num ambiente com 
problemas ergonômicos. 
Os acidentes são bem mais visíveis. Se no local existe várias quedas ou mesmo pessoas que 
frequentemente se machucam é evidente que existe sim risco de acidente no local. 
O que queremos mostrar é que a percepção, principalmente do trabalhador, é suficiente 
para reconhecer o risco. Esta é a base para a elaboração do chamado Mapa de Risco. 
O Mapa de risco é uma ferramenta das mais importantes e é obrigatório conforme a NR5. 
 
 
Atenção 
 Apre 
 
 
 
Atenção 
O Mapa de Risco é a percepção que o trabalhador possui dos 
riscos do ambiente e é a primeira fonte de análise que 
devemos ter dos riscos ambientais. 
 
 
 
49 
 
O Mapa de Risco, também avalia o tamanho do risco, ou seja, se o risco é pequeno, médio 
ou grande de forma a podermos priorizar as atividades de prevenção. 
 
Mapeamento de riscos 
 
Não existe definição na legislação atual, de como fazer o Mapa. Entretanto convém adotar a 
metodologia instituída pela Portaria nº 25 de 29/12/94, da SSST, e que consiste numa análise do 
processo de produção e das condições de trabalho. O seu objetivo é reunir informações 
necessárias para que seja estabelecido o diagnóstico da situação de segurança e saúde no trabalho 
da empresa, além de possibilitar, durante a sua elaboração, a troca e a divulgação de informações 
entre os trabalhadores, estimulando a sua participação nas atividades de prevenção e 
contribuindo para a conscientização a respeito dos riscos no ambiente de trabalho. É um 
instrumento que pode ajudar a diminuir a ocorrência de acidentes do trabalho e a incidência de 
doenças ocupacionais, que interessa sobremaneira aos empresários e trabalhadores. 
Para realização do Mapa de Riscos, deve-se contar com a participação dos cipeiros (CIPA) e 
dos trabalhadores além de profissionais de segurança e medicina do trabalho (SESMT). É uma 
metodologia que busca a participação dos envolvidos no processo produtivo para determinar os 
riscos existentes. 
 
As etapas são: 
 
 Identificação dos riscos existentes (figura 3). 
 Identificação das medidas preventivas existentes e verificação de sua eficácia. 
 Conhecimento dos levantamentos ambientais já realizados no local (mapa anterior). 
 Elaboração do mapa de riscos sobre layout da empresa. 
 
O mapa de risco é a representação gráfica do reconhecimento dos riscos existentes nos 
locais de trabalho, por meio de círculos de diferentes tamanhos e cores. 
 
 
 
 
 
 
50 
 
Vamos ver um mapa na figura a seguir. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Observando a figura 11, temos os seguintes riscos identificados. 
Na caldeira o ruído, representado pela cor verde e produtos químicos como óleos 
lubrificantes, representado na cor vermelha. Também um risco menor, ergonômico, representado 
pela cor amarela, uma vez que existe levantamento de peso. Note o número ao lado que 
representa o número de funcionários expostos a cada risco. Na secção da pintura temos ainda o 
risco de acidente e também o risco químico. Assim sucessivamente. 
Este é apenas um exemplo. No ambiente real você, um membro da CIPA, um membro do 
SESMT e o trabalhador deverão juntos identificar os riscos. Para tanto farão o que chamamos de 
roteiro de abordagem. 
Roteiro de abordagem é nada mais que uma planilha contendo os riscos e as opiniões dos 
trabalhadores. Lembre-se o Mapa reflete a percepção do trabalhador. A seguir mostramos um 
exemplo de roteiro. 
 
 
 
Figura 11: Exemplo de Mapa de Risco. Fonte (SESMT). 
 
 
 
51 
 
ROTEIRO DE ABORDAGEM 
 
 
Data: 
Elaborado por: 
 
 
 
Local Risco Quantos estão Expostos Proteção existente 
ou sugerida 
Queixas Tamanho 
Escritório Ergonômico / 
Teclados mal 
posicionados 
10 Funcionários Compra de moveis 
com ajuste 
Dores no pulso Circulo Médio 
Cozinha Acidente / Botijão 
de Gás 
2 Funcionários Retirada do botijão 
de gás 
Não há Círculo Grande 
Cozinha Físico / Calor 2 Funcionários Colocar 
ventiladores 
Não há Círculo Pequeno 
 
 
 
De posse deste levantamento e de um lay out, ou seja, de um desenho do local, ficará fácil 
fazer o Mapa, basta colocar os círculos correspondentes. O Mapa de Risco deve estar sempre 
visível a todos os empregados. Sendo preferencialmente colocado na entrada de cada secção. 
Você deve estar se perguntando como eu sei se o circulo é pequeno médio ou grande? 
Você poderá verificar com o trabalhador o que ele acha, mas pode também aplicar um 
método para diminuir a subjetividade. 
O método que vamos sugerir é o matricial. Este método é derivado da própria definição de 
risco. Vamos simplesmente dividir orisco em duas partes lembrar-se da atenção que inserimos 
anteriormente e repetimos agora: Risco é dano e probabilidade do dano ocorrer. Se separarmos as 
duas partes teremos diminuída a subjetividade da avaliação. Vamos ver a figura a seguir. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
52 
 
Matriz: Dano x Probabilidade 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A matriz diz que o dano pode ser pequeno, quando não temos afastamento do funcionário, 
ou um simples corte sem nenhuma consequência maior. Já quando o dano implica em 
afastamento, mesmo que de apenas um dia, ou então quando o trabalho não pode continuar 
trabalhando após um pequeno socorro, dizemos que o dano é médio. Já para danos irreversíveis, 
como perda de membros, dizemos que o dano é grande. 
Se a possibilidade de ocorrer o fato ou a exposição a este perigo for contínua, dizemos que a 
probabilidade é grande, já se for intermitente, com exposição de vez em quando dizemos que o 
grau de probabilidade é médio. Finalmente se a exposição for eventual, ou seja, raramente a 
exposição é pequena. 
Então se, por exemplo, um trabalhador tem que operar uma máquina todos os dias e a 
prensa não possuem proteção, temos exposição Grande e o dano, perda de membro, é também 
Grande, o que significa: Risco Grande (G). 
Se o trabalho, entretanto, for de vez em quando ou raramente, teremos uma probabilidade 
Pequena, mas o dano continua Grande. Na linha probabilidade é pequeno, na linha dano é grande 
o que significa: Risco Médio (M). 
M G G 
P M G 
P P M 
Grau de Dano 
Grande 
Médio 
Pequeno 
 
Pequeno / Médio / Grande 
Grau de Probabilidade 
 
P 
M 
G 
P M G 
 
 
 
53 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Com isto concluímos a mais importante avaliação de risco que existe. A base é o trabalhador 
que conhece sempre o trabalho que faz. Por certo que esta metodologia pode ser mais apurada. 
Normalmente os Técnicos de Segurança usam o que chamamos de Análise Preliminar de Risco 
(APR). No fundo não é muito diferente. Ocorre que normalmente as APRs são aplicadas a tarefas 
específicas e não a condição ambiental geral. Vamos ver uma planilha de APR. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
M G G 
P M G 
P P M 
Figura 12: Risco médio, se o uso é eventual, raramente usado. Fonte 
do autor. 
 Figura 13: Exemplo d APR para trabalho em altura. 
P 
G 
 
 
 
54 
 
Explore seu Conhecimento 
 Capítulo 2 
 
1. Descreva abaixo o tipo de grupo a que pertence o risco nomeado. Use a figura 3 da apostila. 
 
Por exemplo: 
 
Ruído = Risco Físico 
Umidade = ___________________ 
Eletricidade = _________________ 
Bactérias = ___________________ 
Batida por... = _________________ 
Esforço físico excessivo__________ 
 
2. Diga se é verdadeiro (V) ou Falso (F), as frases a seguir. 
 
( ) Todo EPI deve possuir o respectivo Certificado de Aprovação (CA). 
( ) O grupo A e o Grupo B são respectivamente para proteção de cabeça e de olhos. 
( ) Para avaliar Riscos é necessário reconhecer e dimensionar o seu tamanho. 
( ) Conforme a NR6 todo EPI é de uso coletivo. 
 
 
3. Em 10/07/1976, ocorreu uma falha no processo químico de uma empresa do grupo 
farmacêutico ROCHE, liberando para atmosfera o triclorofenol (produto utilizado na 
composição do agente laranja utilizado na guerra do Vietnan). A intoxicação de centenas de 
pessoa na cidade de Sevezo (Itália) deu origem à chamada diretriz de Sevezo, que influenciou 
várias legislações prevencionistas. No quadro de grupos de risco podemos dizer que. 
 
a) O risco de acidente (azul) é maior que o risco químico (vermelho). 
b) A empresa não precisa se preocupar com estes acidentes, pois sua obrigação é apenas trabalhista e 
previdenciária. 
c) Os profissionais da empresa devem estar preparados para este tipo de acidente químico. 
 
 
 
55 
 
 
4. (ENAD-2011) A preocupação com questões de segurança é crescente nas indústrias 
modernas. Uma empresa que possui baixos índices de acidente tem como grande benefício, a 
disponibilidade de sua força de trabalho, boa imagem junto à sociedade e aos órgãos 
fiscalizadores e conseqüentemente melhor avaliação do mercado. Os departamentos de 
operação e manutenção são os que possuem maior risco devido ao grande efetivo, alteração 
constante da natureza dos trabalhos e o próprio local onde a atividade laboral é 
desenvolvida. A Análise Preliminar de Risco (APR) é uma ferramenta simples e extremamente 
útil para que os aspectos de segurança de uma atividade sejam conhecidos pelos envolvidos. 
Considerando a aplicação da APR para a manutenção de um sistema eletroidráulico realizado 
por equipe mista (própria e terceirizada), analise as afirmações abaixo. 
 
 
I. Somente participa da elaboração da APR, um dos seguintes envolvidos: o 
encarregado ou executante da empresa terceirizada, ou o técnico de segurança da equipe 
de manutenção. 
II. A APR deve conter, no mínimo, informação sobre descrição do evento indesejado 
ou perigoso causa, conseqüência, categoria de risco, medidas de controle e área 
responsável pela ação. 
III. A APR é um documento formal, que pode ser realizado pela equipe terceirizada 
sem o conhecimento e aprovação da equipe de manutenção própria local. 
IV. A APR pode ser utilizada em eventos emergenciais. 
 
É correto apenas o que se afirma em: 
 
a. I. 
b. III. 
c. I e III. 
d. II e IV. 
e. III e IV. 
 
5. Um técnico de segurança do trabalho em sua vistoria rotineira, de campo, encontra um 
funcionário trabalhando em altura, a mais de dois metros do solo. Em conformidade com a 
Portaria 3.214/78 do Ministério do Trabalho e suas NRs, trabalhos em altura devem ser feitos 
 
 
 
56 
 
com o uso de cinto de segurança. Sendo que o funcionário não estava usando o cinto, a 
melhor maneira de agir neste momento é: 
 
a) Rever o planejamento de perigos e risco para identificar o porquê tais fatos acontecem na 
empresa. 
b) Paralisar a atividade e adotar os procedimentos legais cabíveis advertindo o funcionário. 
c) Acionar o plano de atendimento de emergência, para evitar a queda do funcionário. 
d) Não se importar com isso, pois o serviço deve ser feito. 
 
 
6. Em um trabalho onde o funcionário deverá ficar em pé por várias horas segurando uma caixa 
de ferramentas, para o colega e sem poder apoiá-la ou movimentá-la, podemos: 
 
 
a) Trata-se de atividade dinâmica, pois o trabalhador perde calorias. 
b) Trata-se de uma atividade estática, que causa males ao trabalhador por ser monótona. 
c) Trata-se de atividade estática que é pior ao trabalhador que a dinâmica. 
d) Trata-se de atividade estática que é melhor ao trabalhador que a dinâmica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
57 
 
 3 Adicionais de Risco 
 
 
 
Até aqui foi observado que existem várias leis que impões ao empregador a manutenção 
de um ambiente saudável ao trabalhador. Apesar disto verificamos que existe vários riscos que 
podem estar presente e que é necessário reconhecer estes riscos, avaliar os risco e finalmente 
tomar medidas preventivas para neutralizar a ação destes agentes. As medidas preventivas serão 
tratadas no capítulo seguinte, neste vamos falar dos adicionais de risco. São situações onde o 
empregador não adota as medidas de prevenção, como por exemplo, o fornecimento de 
equipamento de proteção individual (EPI) e acaba por ter que pagar um adicional financeiro ao 
trabalhador. 
 
 
 3.1 Insalubridade 
 
 Inicialmente devemos frisar que toda substancia pode ser considerada agressiva 
dependendo das condições de exposição, em nosso caso, em conformidade com a Norma 
Regulamentadora n.º15, serão considerados agentes insalubres as que se desenvolvem. 
 
1. Acima dos limites de tolerância previstos nos Anexos n.º 1, 2, 3, 5, 11 e 12 
2. Nas atividades mencionadas nos Anexos n.º 6, 13 e 14; 15.1.4 
3. Comprovadas através de laudo de inspeção dos Anexos n.º 7, 8, 9 e 10.

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