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Curso Gratuito Introdução à 
Tutoria 
 na Educação à Distância 
Carga horária: 35 hs 
Conteúdo programático: 
Educação a Distância: Prática de Tutoria 
A EAD no contexto mundial e no Brasil 
Educação a Distância 
Conceitos e características 
Componentes da organização do sistema em EAD 
Estrutura e Organização de cursos em EAD 
Definição dos cursos 
A - “Clientela” 
B - Viabilidade econômica e significância social 
C - Perfil dos candidatos 
D - Princípios de abordagem 
E - Indicação de elementos curriculares 
Desenvolvimento do curso 
Processo de Aprendizagem 
Organização 
Centro de EAD 
Equipe de professores-especialistas 
Meios Técnicos 
A - Quanto à produção do material didático 
B - Quanto aos meios de comunicação 
Equipe Pedagógica e Administrativa 
Alunos 
A tutoria 
Os processos avaliativos 
Os custos 
Guia para elaboração de uma proposta de curso através da EAD 
Guia para elaboração de uma proposta de curso através da EAD 
Etapas do desenvolvimento de um curso 
Referências 
 
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA: Prática de Tutoria 
 
 
 
 
As transformações produzidas durante estes últimos anos no Brasil são o 
reflexo da aceleração no ritmo das mudanças que vêm ocorrendo, sobretudo a partir 
da década de 50, nos países do chamado primeiro mundo, e que estão gerando um 
modelo de sociedade em que a formação é posta como fator estratégico do 
desenvolvimento, da produtividade e da competitividade. Assim, para os governos e 
agentes sociais, as políticas relacionadas com a qualificação dos recursos humanos 
merecem o máximo de interesse e prioridade e os processos formativos devem 
caracterizar-se por sua continuidade, permanente atualização e renovação em seus 
conteúdos. E isso deve atingir o maior número possível de pessoas adultas e ao longo 
de toda sua vida. 
Por outro lado, existe uma crescente demanda social de formação, devido às 
exigências de níveis mais elevados de formação, aos avanços tecnológicos, à 
insuficiência de qualificação e às novas tendências demográficas. A diminuição da 
natalidade, constatada também no Brasil nesta última década (IBGE, 1991), a entrada 
cada vez mais significativa de mulheres no mundo do trabalho, o intenso 
processo migratório de mão-de-obra do campo em direção aos grandes núcleos 
urbanos e de regiões menos desenvolvidas para as mais industrializadas, a 
aposentadoria de uma parcela qualificada da mão-de-obra, especialmente em alguns 
setores como o da educação, diante das mudanças nas regras da aposentadoria, vem 
modificando o mercado de trabalho. Torna-se cada vez mais urgente e necessário 
proporcionar formação a esses novos grupos para que tenham acesso às 
qualificações e conhecimentos requeridos. 
As mudanças tecnológicas da informação também fazem com que grande parte 
das qualificações fiquem defasadas, a um ritmo cada vez mais rápido, diante dos 
aparatos de informação que operam em tempo real. Por outro lado, existe uma 
interdependência maior entre os conhecimentos e a vida econômica. 
Estudos recentes têm comprovado que o crescimento econômico e a 
competitividade das economias mais avançadas dependem primordialmente da 
capacidade para inovar nos produtos e nos processos, e que esta capacidade está 
baseada num elevado nível de conhecimentos profissionais dos trabalhadores 
(MEC/CIDEAD, 1995). 
Na atualidade, existe um nível de desemprego e uma insuficiência de 
qualificações. Há uma divergência entre as capacidades exigidas nos novos trabalhos 
e os conhecimentos que dispõe o conjunto dos trabalhadores. Por isso, torna-se 
imperativo aumentar o nível de formação dos jovens que chegam ao mercado do 
trabalho e, ao mesmo tempo, atualizar e melhorar as qualificações da mão-de-obra 
existente mediante uma educação e uma formação contínua e permanente. 
Em 1972, a UNESCO, ao traçar algumas diretrizes para o ensino, afirmava que 
“a educação deve ter por finalidade não apenas formar as pessoas visando uma 
profissão determinada, mas sobretudo colocá-las em condições de se adaptar a 
diferentes tarefas e de se aperfeiçoar continuamente, uma vez que as formas de 
produção e as condições de trabalho evoluem: ela deve tender, assim, a facilitar as 
reconversões profissionais” (UNESCO, 1972) 
Portanto, a crescente demanda por educação, devida não somente à expansão 
populacional como sobretudo às lutas das classes trabalhadoras por acesso à 
educação, ao saber socialmente produzido, concomitantemente com a evolução dos 
conhecimentos científicos e tecnológicos está exigindo mudanças a nível da função e 
da estrutura da escola e da universidade. 
Os atuais sistemas educativos formais, porém, têm-se apresentados incapazes 
de atender às necessidades massivas, diversificadas e dinâmicas de educação e 
formação de adultos. Por outro lado, o aumento de atendimento instrucional e as 
mudanças nos aspectos pedagógicos e tecnológicos implicariam o consequente 
aumento de custos, sobretudo nos níveis médio e superior. 
Como atender às demandas crescentes por formação e atualização de 
conhecimentos e práticas profissionais, diante da situação de crise financeira que 
atravessam os países em desenvolvimento, como o nosso, com reflexo imediato nas 
instituições de ensino superior? 
O século XX encontrou na Educação a Distância /EAD uma alternativa, uma 
opção às exigências sociais e pedagógicas, contando com o apoio dos avanços das 
novas tecnologias da informação e da comunicação. A EAD passou a ocupar uma 
posição instrumental estratégica para satisfazer as amplas e diversificadas 
necessidades de qualificação das pessoas adultas. 
 
A EAD no contexto mundial e no Brasil 
 
Experiências educativas as distâncias já 
existiram no final do século XVIII, se 
desenvolveram com êxito a partir da segunda 
metade do séc. XIX, para qualificação e 
especialização de mão de obra face às novas 
demandas da nascente industrialização, da 
mecanização e divisão dos processos de 
trabalho. Alcançaram uma rápida expansão no 
séc. XX, sobretudo a nível de estudos 
superiores. Porém, é a partir da década de 60 e 70, “num momento de expansão 
econômica e de entusiasmo dos governos em relação à educação” (MEDIANO, 1988) 
e devido aos graves problemas enfrentados pelo sistema formal de educação 
(monopolista, fechado, ritualista, expulsador e de exclusão), ao processo de 
democratização da sociedade e ao desenvolvimento das técnicas de comunicação, 
que se vem caminhando, de maneira mais rápida e expansiva, para novas formas, 
abertas, de educação: 
“Em mais de 80 países do mundo o ensino a distância vem sendo empregado 
em todos os níveis educativos, desde o primeiro grau até a pós- graduação, assim 
como também na educação permanente” (LISSEANU, 1988). 
Na Europa, são oferecidos mais de 700 programas de diferentes níveis, nos 
mais variados campos do saber. Segundo o Conselho Internacional de Ensino a 
Distância /CIED, em 1988, mais de 10 milhões de estudantes acompanhavam seus 
cursos a Distância (apud KAYE, 1988) e, em nível superior e de pós-graduação, essa 
formação é reconhecida legal e socialmente (IBAÑEZ, 1989). A universidade de 
Hagen (Alemanha) e a Open University são reconhecidas internacionalmente e 
caracterizadas pela excelência de seus cursos. Nos países socialistas do Leste 
europeu desenvolveu-se uma política coerente para assegurar a formação dos 
trabalhadores. Somente na Rússia, 2.500.000 estudantes (mais da metade dos 
inscritos nas universidades) estudavam a distância antes da ruptura do bloco 
socialista. 
O Parlamento Europeu reconheceu a importância da EAD para a Comunidade 
Europeia ao adotar uma Resolução sobre as Universidades Abertas (10/07/87) e ao 
desenvolver diversos programas comunitários, a partir de 1991, utilizando a 
modalidade da EAD. É o caso dos programas Sócrates, Leonardo da Vinci e ADAPT 
(do Fundo Social Europeu). 
Na China, a televisãocultural universitária, desde 1977, oferece cursos a 
distância, enquanto na África os programas educativos a distância ainda é incipiente, 
face às limitações de recursos econômicos. A Austrália, por outro lado, é o país que 
mais desenvolve programas a distância integrados com as universidades presenciais. 
Na América Latina há países tomando a iniciativa de consolidação e 
institucionalização de programas de EAD, como a Universidad Nacional Abierta de 
Venezuela, a Universidad Estatal a Distância de Costa Rica e o Sistema de Educación 
Abierto y a Distância de Colombia. No Brasil, a EAD começa a ser posta como uma 
alternativa já “possível e viável” para solucionar a “falta” de instrução e educação da 
maioria da população adulta e trabalhadora. 
Porém, a expansão quantitativa (mais alunos e mais instituições) foi sempre 
acompanhada pela busca do incremento qualitativo. Existe toda uma gama variada de 
estudos e pesquisas sobre as experiências de EAD no mundo que vêm apontando ser 
esta uma modalidade de educação eficaz para atender não somente 
à população que, embora não o seja legalmente, na prática é excluída do ensino 
presencial, como também a todos os cidadãos que em algum momento de sua vida 
ativa necessitam de formações distintas ou pretendem ter acesso a uma educação 
continuada e permanente. A EAD, pois, oferece serviços educativos aos quais não 
tiveram acesso diversos setores ou grupos da população, por inúmeros motivos, tais 
como: localização geográfica ou situação social, falta de oferta de determinados níveis 
ou cursos na região onde moram ou ainda questões pessoais familiares ou 
econômicas, que impossibilitavam o acesso ou continuidade do processo educativo. 
A educação a distância é, pois, uma modalidade não-tradicional, típica da era 
industrial e tecnológica, cobrindo distintas formas de ensino-aprendizagem, dispondo 
de métodos, técnicas e recursos, postos à disposição da sociedade. A maioria de seus 
alunos apresenta características particulares, tais como: são adultos inseridos no 
mercado de trabalho, residem em locais distantes dos núcleos de ensino, não 
conseguiram aprovação em cursos regulares, são bastante heterogêneos e com 
pouco tempo para estudar no ensino presencial. Esses estudantes buscam essa 
modalidade porque nela encontram facilidade para planejar seus programas de estudo 
e avaliar o progresso realizado, e até mesmo porque preferem estudar a sós a em 
classes numerosas. 
A eficácia da Educação a Distância está, hoje, inegavelmente comprovada, o 
que não significa falta de questionamentos e estudos contínuos sobre essa 
modalidade. Há uma significativa produção internacional que aponta aspectos 
positivos e negativos referentes ao sistema. O importante é que se conceba a 
Educação a Distância como um sistema que pode possibilitar atendimento de 
qualidade, acesso ao ensino de 3o grau, além de se constituir em forma de 
democratização do saber. 
Em muitos países já ganhou seu espaço de atuação, reconhecida pela sua 
qualidade e inovações metodológicas e considerada como a educação do futuro, da 
sociedade mediatizada pelos processos informativos. 
No Brasil, com a fundação da Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, em 1923, 
por um grupo de membros da Academia Brasileira de Ciências, doada posteriormente, 
em 1936, ao Ministério da Educação e Saúde, BORDENAVE (1987) localiza as raízes 
da Educação a Distância, da Teleducação. Porém, será somente na década de 60 
que ela tomará vulto e expressão significativa, visto que em 1965 começou a funcionar 
uma Comissão para Estudos e Planejamento da Radiodifusão 
Educativa que acabou criando, em 1972, o Programa Nacional de Teleducação 
(PRONTEL), com o objetivo de integrar todas as atividades educativas dos meios de 
comunicação com a Política Nacional de Educação. Posteriormente, em 1972, o 
governo federal criaria a Fundação Centro Brasileiro de Televisão Educativa que, em 
1981, passaria a ser denominar FUNTEVE e que viria fortalecer o Sistema Nacional 
de Radiodifusão Educativa (SINREAD) colocando no ar programas educativos, em 
parceria com diversas rádios educativas e canais de Televisão. Paralelamente ao 
caminho percorrido pelo governo federal, encontramos instituições privadas ou 
governos estaduais ousando projetos educativos próprios, utilizando-se da 
modalidade de Educação a Distância. Vejamos alguns, que tiveram significado 
histórico particular quanto à modalidade. 
• Em 1956, a diocese de Natal, no Estado do Rio Grande do Norte, tendo 
como referência a experiência da Rádio Sutalenza (Colômbia) iniciou o Movimento de 
Educação de Base (MEB), "o maior sistema de educação a distância não formal até 
agora desenvolvido no Brasil" (BORDENAVE, 1987). 
• Em 1967, o governo do Estado do Maranhão, na tentativa de resolver os 
graves problemas educacionais diagnosticados, decidiu utilizar a TV Educativa e 
através do Centro Educativo do Maranhão, em 1969, começou a emitir programas, em 
circuito fechado, para alunos das 5ª a 8º séries. 
• A TVE do Ceará, nesta mesma época, também desenvolveria o 
programa TV Escolar, para atender a alunos da 5ª a 6ª séries das regiões mais 
interioranas, onde estas séries terminais do 1º grau inexistiam. 
• O Estado da Bahia, em 1969, negando-se a participar do projeto nacional 
MINERVA, fundou o Instituto de Radiodifusão do Estado da Bahia (IRDEB), que 
passaria a oferecer, até 1977, uma variedade de programas (pré- escolar, 1º e 2º 
graus e formação de professores), aproveitando-se da experiência dos MEBs. 
• A Fundação Brasileira de Educação (FUBRAE), em acordo com o MEC, 
criou, em 1965, o Centro de Ensino Técnico de Brasília (CETEB), com a finalidade de 
formar e treinar recursos humanos. Mas somente a partir de 1973 é que passaria 
oferecer seus cursos utilizando-se da modalidade a Distância. 
• A FUBRAE também criou o Centro Educacional de Niterói (CEN), que 
atuaria mais no Estado do Rio de Janeiro, oferecendo cursos a nível de 1º e 2º graus 
a alunos fora da faixa etária regular para frequentar tais cursos. 
• A Fundação Padre Anchieta, uma organização criada em 1967 e mantida 
pelo Governo do Estado de S. Paulo, deu início, em 1969, a atividades educativas e 
culturais junto a populações faveladas e a diversos tipos de coletividades organizadas 
e, ainda, a secretarias municipais de educação, utilizando- se de repetidoras para 
atingir milhões de habitantes. 
• Em 1967, a Fundação Educacional Padre Landall de Moura, uma 
instituição privada instalada na cidade de Porto Alegre, também iniciou programas de 
educação de adultos, através de teleducação multimeios. Destacou-se o Programa de 
Teleextensão Rural, desenvolvido na Amazônia, em parceria com a EMATER. 
• Em 1978, a Fundação Padre Anchieta (TV Cultura) e a Fundação 
Roberto Marinho (TV Globo) lançaram o Telecurso de 2º Grau, combinando 
programas televisivos com material impresso vendido nas bancas de jornais. 
• A Associação Brasileira de Tecnologia Educacional, fundada em 1971 
com o nome de Associação Brasileira de Teleducação, também vem dando sua 
contribuição na difusão do significado e da importância da Educação a Distância no 
país, organizando Seminários Brasileiros e publicando a revista Tecnologia 
Educacional. 
Durante a ditadura militar o Governo Federal iria implementar programas, a 
nível nacional, para atender a demandas emergenciais. Vejamos sumariamente: 
 
• O Projeto Minerva, composto por diversos cursos (Capacitação Ginasial, 
Madureza Ginasial, Curso Supletivo de 1º Grau) transmitidos, desde 1970, em cadeia 
nacional por emissoras de rádio. 
• O Curso João da Silva, com formato de telenovela, voltado para o ensino 
das quatro primeiras séries e que se desdobraria no Projeto Conquista, também com 
formato de telenovela, voltado para as últimas séries do 1º grau. Foi uma inovação 
pioneira no Brasil e no mundo. (BORDENAVE, 1987) 
• O Movimento Brasileiro de Alfabetização (MOBRAL)também acabou 
utilizando, em caráter experimental, a partir de 1979, os recursos da TVE para emitir 
60 programas em forma de teleaula dramatizada, com duração de 20 minutos cada 
um e eram apoiados por material impresso. 
• O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), em 1973, iniciou, 
em caráter experimental no estado do Rio Grande do Norte, o Projeto SACI (Sistema 
Avançado de Comunicações Interdisciplinares) com o objetivo de estabelecer um 
sistema nacional de teleducação via satélite. Voltado para as primeiras três séries do 
1º grau foi, porém, logo abandonado. 
• O Programa LOGOS que, em 13 anos de existência (1977 a 1991), 
atendeu a cerca de 50.000 professores, qualificando aproximadamente 35.000 em 
17 estados brasileiros. Em 1990 foi desativado e substituído pelo Programa de 
Valorização do Magistério que começou a funcionar somente em 1992, seguindo o 
mesmo formato do Logos e atendendo a professores desde sua formação para as 
séries iniciais até à formação específica para o Magistério. 
• POSGRAD (Pós-graduação Tutorial a Distância), implantado em caráter 
experimental (1979) pela Coordenação de Aperfeiçoamento do Pessoal de Ensino 
Superior (CAPES-MEC), mas administrado pela Associação Brasileira de Tecnologia 
Educacional (ABT). Seus resultados foram positivos, mas o MEC, sem explicações 
plausíveis, não daria continuidade. 
• A Universidade de Brasília, através de seu Centro de Educação a 
Distância (CEAD), vem desde 1980 oferecendo cursos de educação continuada. 
• Mais recentemente os Programas Um Salto para o Futuro, uma iniciativa 
do governo federal em parceria com a Fundação Roquette Pinto (1991) e o Telecurso 
2000, em parceria com a Fundação Roberto Marinho (1995). 
 
A ideia de institucionalização das estruturas organizacionais vem se fazendo 
presente nas discussões sobre a EAD no país. Em 1986 houve a iniciativa de se criar 
uma comissão de especialistas do MEC e Conselho Federal de Educação, para a 
viabilização de propostas em torno da Universidade Aberta. Esta comissão foi 
coordenada pelo conselheiro Arnaldo Niskier e produziu um documento denominado 
Ensino a Distância uma opção - proposta do Conselho Federal de Educação, onde a 
modalidade é tida como uma alternativa viável à democratização das oportunidades 
educacionais no país, compreendendo a democratização como acesso, permanência 
e qualidade de ensino. 
Apesar de resultados quantitativos “aparentemente” positivos de muitos 
programas implementados nestes últimos 20 anos, a maioria deles foi desativada com 
as mudanças de governos que não deram continuidade e estabilidade aos programas 
iniciados. Sua ineficácia, porém, se deveu muito à desatualização dos materiais 
didáticos, à falta de um atendimento sistematizado aos alunos, ao não 
desenvolvimento de sistemas de avaliação da formação oferecida e à não 
consideração das diferenças regionais, por serem, quase sempre, impostos de cima 
para baixo. 
Existe também uma não credibilidade quanto ao produto desta modalidade, 
quanto a sua seriedade, a sua eficiência e eficácia, diante do entendimento de que 
nos países do terceiro mundo não existe uma “cultura de autodidatismo”. Há um certo 
"pré-conceito" difuso em relação a EAD. Resistências e não compreensão clara e 
exata do que seja Educação a Distância são encontradas no seio das próprias 
universidades. 
O que se percebe é uma grande diversidade de propostas, cujo sentido é de 
responder a problemas específicos. Esta forma de se pensar a EAD tem excluído 
sistematicamente a ideia de criação de sistemas de EAD em caráter permanente que 
pudessem atender a projetos e programas diferenciados. Ou seja, para cada um dos 
projetos e programas são criadas "estruturas" organizacionais que não subsistem à 
revisão ou à finalização das propostas de formação. Este é um problema que poderá 
ser "solucionado" à medida em que instituições "assumam" a coordenação e o 
desenvolvimento de propostas. 
Neste momento existem duas propostas concretas quanto a utilização da EAD 
no âmbito das Universidades. A primeira se refere à nova Lei de Diretrizes e Bases 
que incentiva a criação de sistemas cuja base seja o ensino individualizado. A 
segunda proposta diz respeito ao Consórcio Interuniversitário de Educação 
Continuada e a Distância / BRASILEAD, que vem se consolidando, desde novembro 
de 1993, quando da assinatura do Convênio entre o MEC e as Universidades Públicas 
Brasileiras, com o objetivo de implantar um sistema público de EAD. 
Há hoje consenso entre as universidades brasileiras quanto à necessidade de 
criação de alternativas de atendimento a um contingente expressivo da população que 
ainda não tem acesso ao ensino de 3º grau. Novas formas devem ser pensadas e 
implementadas urgentemente, conforme as possibilidades e 
demandas regionais, expandindo sua ação e buscando uma maior atuação sem que 
isto acarrete perda de qualidade. 
 
Educação a Distância 
 
 
Mas o que é Educação a Distância? O que caracteriza e diferencia esta 
modalidade de outras? Como ela se estrutura e funciona? 
 
 
Conceitos e características 
 
 
Diversas são as denominações e as conceptualizações que encontramos 
relacionadas com essa modalidade. Fala-se, frequentemente, em Ensino a Distância 
e Educação a Distância como se fossem sinônimos, expressando um processo de 
ensino aprendizagem. Ensino representa instrução, socialização de informação, 
aprendizagem etc., enquanto Educação é “estratégia básica de formação humana, 
aprender a aprender, saber pensar, criar, inovar, construir conhecimento, participar 
etc.” (MAROTO, 1995). É nesta segunda acepção que pretendemos discutir o 
significado e as dimensões que abarcam a EAD. 
A situação sócio-econômico-cultural dos países da América Latina, marcada 
pelas desigualdades sociais, contrasta com as mudanças tecnológicas e as exigências 
de qualificação no mundo de trabalho. Por exemplo, frente ao aumento de usuários 
dos meios de comunicação cresce, paradoxalmente, o número de analfabetos, 
acentua-se a “desigualdade” entre os que têm formação muito 
especializada e os que se encontram cada vez mais desqualificados para atender às 
exigências da sociedade atual. 
A EAD, enquanto prática educativa, deve considerar esta realidade e 
comprometer-se com os processos de libertação do homem em direção a uma 
sociedade mais justa, solidária e igualitária. Enquanto prática mediatizada, deve 
fazer recurso à tecnologia, entendida como “um processo lógico de planejamento, 
como um modo de pensar os currículos, os métodos, os procedimentos, a avaliação, 
os meios, na busca de tornar possível o ato educativo” (MAROTO, 1995). Exige-se, 
pois, uma organização de apoio institucional e uma mediação pedagógica que 
garantam as condições necessárias à efetivação do ato educativo. 
Para Lorenzo GARCÍA ARETIO (1995), a EAD distingue-se da modalidade de 
ensino presencial por ser “um sistema tecnológico de comunicação bidirecional que 
pode ser massivo e que substitui a interação pessoal na sala de aula entre professor 
e aluno como meio preferencial de ensino pela ação sistemática e conjunta de 
diversos recursos didáticos e o apoio de uma organização e tutoria que propiciam uma 
aprendizagem independente e flexível”. 
 
São, pois, elementos constitutivos da Educação a Distância: 
 
 
* a “distância” física professor-aluno: a presença física do professor ou do 
autor, isto é do interlocutor, da pessoa com quem o estudante vai dialogar não é 
necessária e indispensável para que se dê a aprendizagem. Ela se dá de outra 
maneira, “virtualmente”; 
* de estudo individualizado e independente: reconhece-se a capacidade 
do estudante de construir seu caminho, seu conhecimento por ele mesmo, de se tornar 
autodidata, ator e autor de suas práticas e reflexões; 
* um processo de ensino-aprendizagem mediatizado: a EAD deve 
oferecer suportes e estruturar um sistema que viabilizem e incentivem aautonomia 
dos estudantes nos processos de aprendizagem. E isso acontece 
“predominantemente através do tratamento dado aos conteúdos e formas de 
expressão mediatizados pelos materiais didáticos, meios tecnológicos, sistema de 
tutoria e de avaliação” (MAROTO, 1995); 
* o uso de tecnologias: os recursos técnicos de comunicação, que hoje 
têm alcançado um avanço espetacular (correio, rádio, TV, áudio cassette, hipermídia 
interativa, Internet), permitem romper com as barreiras das distâncias, das 
dificuldades de acesso à educação e dos problemas de aprendizagem por parte dos 
alunos que estudam individualmente, mas não isolados e sozinhos. Oferecem 
possibilidades de se estimular e motivar o estudante, de armazenamento e divulgação 
de dados, de acesso às informações mais distantes e com uma rapidez incrível; 
* a comunicação bidirecional: o estudante não é mero receptor de 
informações, de mensagens; apesar da distância, busca-se estabelecer relações 
dialogais, criativas, críticas e participativas. 
 
A essência, pois, da EAD é a relação educativa entre o estudante e o professor 
que não é direta, mas “mediada e mediata” (SEBASTIÁN RAMOS, 1990), pois se vale 
de meios diversos e diferentes da explicação e a relação cara a cara, que se realiza 
em momentos e lugares diferentes da presencial, fazendo uso de uma organização 
de apoio. 
 
São suas características: 
 
 
* na abertura: uma diversidade e amplitude de oferta de cursos, com a 
eliminação do maior número de barreira e requisitos de acesso, atendendo a uma 
população numerosa e dispersa, com níveis e estilos de aprendizagem diferenciados, 
para atender à complexidade da sociedade moderna; 
* a flexibilidade: de espaço, de assistência e tempo, de ritmos de 
aprendizagem, com distintos itinerários formativos que permitam diferentes entradas 
e saídas e a combinação trabalho/estudo/família, favorecendo, assim, a permanência 
em seu entorno familiar e laboral; 
* a adaptação: atendendo às características psicopedagógicas de alunos 
que são adultos; * a eficácia: o estudante, estimulado a se tornar sujeito de sua 
aprendizagem, a aplicar o que está apreendendo e a se auto avaliar, recebe um 
suporte pedagógico, administrativo, cognitivo e afetivo, através da integração dos 
meios e uma comunicação bidirecional; 
* a formação permanente: há uma grande demanda, no campo 
profissional e pessoal, para dar continuidade à formação recebida “formalmente” e 
adquirir novas atitudes, valores, interesses etc.
* a economia: evita o deslocamento, o abandono do local de trabalho, a 
formação de pequenas turmas e permite uma economia de escala. 
 
A EAD é, pois, uma alternativa pedagógica de grande alcance e que deve 
utilizar e incorporar as novas tecnologias como meio para alcançar os objetivos das 
práticas educativas implementadas, tendo sempre em vista as concepções de homem 
e sociedade assumidas e considerando as necessidades das populações a que se 
pretende servir. 
A EAD coloca-se, então, como um conjunto de métodos, técnicas e recursos, 
postos à disposição de populações estudantis dotadas de um mínimo de maturidade 
e de motivação suficiente, para que, em regime de autoaprendizagem, possam 
adquirir conhecimentos ou qualificações a qualquer nível. A EAD cobre distintas 
formas de ensino aprendizagem em todos os níveis que não tenha a continua 
supervisão imediata de professores presentes com seus alunos na sala de aula, mas 
que, no entanto, se beneficiam do planejamento, guia, acompanhamento e avaliação 
de uma organização educacional. 
A Educação a Distância, porém, não deve ser simplesmente confundida com o 
instrumental, com as tecnologias a que recorre. Deve ser compreendida como uma 
prática educativa situada e mediatizada, uma modalidade de se fazer educação, 
de se democratizar o conhecimento. É, portanto, uma alternativa pedagógica que 
se coloca hoje ao educador que tem uma prática fundamentada em uma racionalidade 
ética, solidária e compromissada com as mudanças sociais. 
Componentes da organização do sistema em EAD 
 
 
 
Pensar na formação do profissional, do trabalhador para atender às novas 
formas de organização do trabalho no atual processo de globalização da economia, 
pensar fazê-la recorrendo a uma nova modalidade de educação é pensar também em 
novo tipo de educador que vai atuar a distância. Formados em sistemas educativos 
convencionais, devemos ser preparados para desempenhar funções outras dentro do 
sistema de EAD. 
“ espera-se do professor uma atuação técnica, ligada ao desenho dos cursos e 
a sua avaliação; uma atividade orientadora, capaz de estimular, motivar e ajudar o 
aluno, além de estimulá-lo à responsabilidade e à autonomia; um comportamento 
facilitador do êxito e não meramente controlador e sancionador da aprendizagem 
alcançada, e a utilização eficaz de todos os meios para a informação e o ensino” 
(SEBASTIÁN RAMOS, 1990). 
Para tal, este “novo educador” deverá conhecer as características, 
necessidades e demandas do alunado, formar-se nas técnicas específicas do modelo 
a distância, desenvolver atitudes orientadoras e de respeito à personalidade dos 
estudantes e dar-se conta de que sua função é formar alunos adultos para uma 
realidade cultural e técnica em constante transformação. E isso só será possível se 
toda a equipe envolvida no processo de EAD reconhecer suas limitações, estiver 
aberta ao diálogo e disposta a construir caminhos, reconhecendo falhas e desvios. O 
trabalho cooperativo, portanto, será a base da construção deste novo educador e da 
consolidação dos trabalhos e experiências em EAD. Mas, a partir dos caminhos 
percorridos por instituições, que há décadas vêm desenvolvendo programas a 
distância, pontos de referências e parâmetros podem ser extraídos e utilizados por 
quem vai “ousar” nesta modalidade. 
A EAD, pois, faz recurso a suportes administrativo, pedagógico, cognitivo, 
meta cognitivo, afetivo e motivacional que propiciam um clima de auto- aprendizagem 
(aliás, ninguém aprende por nós!) e oferecem um ensino de qualidade. São suportes 
que interagem, se influenciam reciprocamente e se completam, dando ao processo 
ensino aprendizagem o senso e a direção na formação do cursista como cidadão que 
atua nos mais diferentes campos onde se situa (profissional, familiar, social, religioso, 
etc.). 
Para que uma universidade ofereça um saber atualizado (filtrando o mais válido 
das recentes produções científicas), dando prioridade aos conhecimentos 
instrumentais (“aprender a aprender”), visando uma educação permanente do cidadão 
e estando compromissada com o meio circundante, torna-se necessária uma 
organização, em EAD, que atente e atenda a todos os componentes: 
 
 O aluno: que é um adulto que irá aprender a distância; 
 Os professores especialistas: cada um responsável por seu curso ou 
disciplina, à disposição de alunos e tutores; 
 Os tutores: que poderão ser ou não especialistas daquela disciplina ou 
área de conhecimento, com a função de acompanhar e apoiar os 
estudantes em sua caminhada; O material didático: o elo de diálogo do 
estudante com o autor, com o professor , com suas experiências, com 
sua vida mediando seu processo de aprendizagem; 
 O Centro de Educação a Distância \ CEAD: composto por uma equipe 
de especialistas em EAD, Tecnologia Educacional, Comunicação e 
Multimídia, para oferecer todos os suportes necessários ao 
funcionamento do sistema de EAD. 
 
Para tal, teve estar presente constantemente: 
 
 
A comunicação: que deverá ser bidirecional, com diferentes modalidades e vias 
de acesso. A comunicação multimídia, com diversos meio e linguagens, exige, 
como qualquer aprendizagem, uma implicação consciente do aluno, uma 
intencionalidade, uma atitude adequada, as destrezas e conhecimentos prévios 
necessários etc. Os materiais utilizados também devem estar adequados aos 
interesses, necessidades e nível dos alunos. Esta capacidadede adaptação aos 
interesses dos alunos é uma das características dos recursos multimeios interativos 
bem desenhados. Ainda que a comunicação multimídia favoreça a aprendizagem, ela 
não a garante. A comunicação multimídia se produz entre o mediador (professor, 
orientador acadêmico, tutor, autor) e o aluno com a ajuda dos diversos meios e 
diversas linguagens, embora seu principal meio seja ainda a escrita. É necessário que 
o mediador conheça as novas tecnologias para direcionar sua utilização e 
aplicabilidade em seu trabalho diário, junto aos seus alunos. 
 
 
A estrutura organizativa, composta por: concepção e produção de materiais 
didáticos, distribuição deles, direção da comunicação, condução do processo de 
aprendizagem e de avaliação, centros ou unidades de apoio. 
A organização de um sistema de Educação à Distância é mais complexa, às 
vezes, que um sistema tradicional presencial, visto que exige não só a preparação de 
material didático específico, mas também a integração de "multimeios" e a presença 
de especialistas nesta modalidade. O sistema de acompanhamento e avaliação do 
aluno requer, também, um tratamento especial. Isso significa um atendimento de 
expressiva qualidade. Apesar das dificuldades na organização desse sistema, os 
resultados já conhecidos de experiências realizadas incentivam aqueles, que ainda 
não o desenvolvem, a fazê-lo. 
Através da figura nº 1, talvez, seja mais fácil visualizar como esses 
componentes se a EAD, portanto, como modalidade, pressupõe a otimização e 
intensificação não só do atendimento aos alunos, mas também dos recursos 
disponíveis para ampliação de ofertas de vagas, sem que isto represente a instalação 
de grandes estruturas físicas e organizacionais. Esta otimização de recursos humanos 
e financeiros, com a consequente relação baixa de custos- benefícios, talvez seja o 
aspecto que mais interessa a administradores e governantes e faça com que apoiem 
experiências em Educação a Distância. 
No entanto, não deverá ser pensada como algo à parte da organização de 
ensino, é necessário que se compreenda que Educação a Distância é educação 
permanente, contínua e que, dada a sua característica, se faz imprescindível a 
organização de um sistema que ofereça ao aluno as condições para que o mesmo 
efetue sua formação. 
 
Estrutura e Organização de cursos em EAD 
 
 
Os cursos, tanto a nível de graduação, pós-graduação lato sensu e/ou stricto 
sensu como cursos de aperfeiçoamento, reciclagem etc. podem ser oferecidos à 
comunidade utilizando-se a modalidade de EAD. 
Como fazer isto? Que critérios utilizar e quais os passos a serem seguidos? 
 
 
 
Definição dos cursos 
 
 
Inicialmente, a instituição, através de seus departamentos, centros, faculdades 
ou institutos tem que se colocar algumas questões básicas: quais são as reais 
necessidades sentidas na região ou no estado no sentido de formação de profissionais 
em diferentes áreas? Para que oferecer cursos formativos 
/profissionais? Qual a função da instituição junto ao seu entorno? 
Esta problematização deverá ser posta a nível da direção da instituição e das 
diferentes equipes que coordenam cursos de graduação e pós-graduação. Uma 
comissão composta por representantes destes setores, a partir de pesquisas de 
mercado, de diagnóstico e de solicitações advindas externamente, analisará e decidirá 
que cursos oferecer. 
Mencionaremos aqui, alguns aspectos a serem considerados neste processo 
de definições. 
 
A - “Clientela” 
 
 
Através de um diagnóstico junto a empresas, a entidades de classes 
organizadas, a centros educativos, a secretarias e órgãos públicos e à comunidade 
poderão ser detectadas áreas onde urge uma atuação da instituição a distância no 
sentido de qualificar profissionalmente contingentes expressivos de trabalhadores que 
atuam sem a devida preparação ou com uma qualificação deficiente. 
 
 
B - Viabilidade econômica e significância social 
 
 
Para que esta modalidade se viabilize economicamente e faça sentido 
socialmente é importante oferecer cursos em áreas onde há potencialmente uma 
grande demanda e uma aceitação expressiva. Que sejam, portanto, cursos com uma 
certa significância e viabilidade. 
 
C - Perfil dos candidatos 
 
 
O diagnóstico permitirá, além de identificar qual a “clientela” a ser atingida, 
definir o perfil profissional de referência do candidato, para que este possa ter, 
posteriormente, uma ação e intervenção em seu respectivo campo de trabalho que 
atenda tanto a seus interesses particulares como aos de sua instituição ou empresa e 
às necessidades sociais do seu entorno. 
 
D - Princípios de abordagem 
 
 
Os cursos a serem propostos para desenvolvimento da formação do 
profissional terão que considerar duas dimensões: 
 
- Dimensão epistemológica: relativa ao desenvolvimento do pensamento 
científico, para que o profissional possa lançar mão de um “esquema conceitual” 
(paradigmático), entendido como uma lógica reconstituída ou maneira de ver, decifrar 
e analisar a realidade na qual está inserido e sobre a qual sua ação interfere; 
- Dimensão profissionalizante: relativa à compreensão de sua ação 
educativa no seio da comunidade onde atua, estabelecendo relações e interrelações 
entre os diferentes campos do saber-fazer, desenvolvendo nele habilidades para o 
desempenho de sua prática. 
Os cursos deverão, pois, primar por oferecer uma formação teórica e prática 
sólida, no sentido de colocar no mercado especialistas preparados, cuja atuação seja 
percebida e reconhecida. 
E - Indicação de elementos curriculares 
 
 
Os cursos desenvolverão conteúdos ligados às respectivas áreas de formação, 
mas tendo como como pressuposto a indissociabilidade da relação teoria- prática dos 
fundamentos, princípios e pressupostos epistemológicos, educativos e ético-políticos 
implicados em seu campo de trabalho profissional. 
Quanto aos aspectos formais na proposição de cada curso indicamos, em 
anexo, um esquema apontando quais os elementos a serem contemplados e 
trabalhados na montagem de cursos. Caberá, porém, a cada departamento definir a 
estrutura curricular dos mesmos. 
 
Desenvolvimento do curso 
 
 
Aqui se coloca o desafio de conduzirmos os cursos tendo presente que se 
darão dentro da modalidade de Educação a Distância e contando com uma equipe 
que também será introduzida nesta nova modalidade, passando por um processo de 
auto formação em Educação a Distância. 
É importante que todos os passos e etapas dos cursos oferecidos sejam 
planejados pela equipe de coordenação com antecedência e que os alunos sejam 
informados desde o início de seu percurso (Fig. 02). Por isso, ao matricular-se, o 
cursista receberá o material didático da primeira disciplina e o Manual do Estudante, 
contendo todas as informações referentes ao curso e à modalidade. Cada disciplina 
terá um primeiro momento a Distância, em que o cursista terá que ler o material 
específico acompanhado por um Guia Didático e apresentar uma síntese ou 
desenvolver uma atividade que evidencie a compreensão dos conteúdos e aplicação 
em seu campo de atuação. 
Num segundo momento, presencial, discutirá o material produzido com os 
colegas, sob a animação do tutor, e apontará dificuldades e/ou sugestões quanto à 
disciplina e ao sistema adotado, que serão valiosas para “redimensionar” o processo 
do próprio curso e fornecerão subsídios úteis à equipe pedagógica encarregada. 
O cursista, durante o momento a distância, poderá entrar em contato com o 
tutor utilizando o sistema de correio, fax, telefone ou Internet obedecendo um 
cronograma de atendimento definido pelo próprio tutor em acordo com a 
coordenação do Centro de EAD. 
Caso o trabalho apresentado ou a avaliação escrita realizada presencialmente 
pelo cursista não atender aos requisitos mínimos exigidos, o tutor, assessorado pelo 
professor especialista, indicará ao aluno uma literatura complementar que o auxiliea 
completar sua compreensão sobre o tema em estudo. Será definida outra data para 
uma segunda avaliação ou, caso o cursista prefira, terá oportunidade até o final do 
semestre ou do curso, para reapresentar seu trabalho, atendendo às reformulações 
solicitadas, ou submeter-se a uma outra avaliação presencial. Por isso, sugere-se que 
haja um espaço mínimo de 3 semanas entre o oferecimento de uma disciplina e a 
seguinte para possibilitar a este cursista uma “recuperação” rápida neste espaço de 
tempo, evitando assim acumular “dependências” de disciplinas ao longo do curso. Ao 
final de cada disciplina, o tutor encaminhará ao professor-especialista os resultados 
da avaliação e uma apreciação pessoal quanto ao material didático que auxiliarão na 
revisão do mesmo. Ao final do curso, será organizado um Seminário para uma 
avaliação do mesmo em todos os seus aspectos, contando com a 
presença do professor-especialista. 
 
 
 
 
ALUNO 
 
 
 
• Matrícula 
• Orientação inicial (manual do estudante / contato com o tutor / 
Seminário) 
• Aquisição do material didático 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Processo de Aprendizagem 
 
Organização 
As coordenações dos respectivos cursos ou institutos, contando com 
orientação do Centro de EAD, desenvolverão atividades de diagnóstico das 
necessidades e demandas reais existentes na região, para propor a implantação de 
cursos, utilizando a modalidade de EAD. Toda a discussão referente a concepção 
curricular deles se dará, porém, nos respectivos Departamentos, em consonância com 
as políticas e diretrizes da Instituição. 
Para a implementação e implantação desses cursos, os Departamentos 
recorrerão à assessoria do Centro para discussão de sua viabilidade e a forma como 
serão oferecidos. O Centro dará todo o suporte típico do sistema em EAD que se 
compõe de diferentes subsistemas intercalados: a concepção, a produção e a 
avaliação. 
 
 
Centro de EAD 
 
 
O Centro de EAD, numa instituição que atua presencialmente, poderá estar 
ligado a este ou aquele órgão da instituição e, à medida que for consolidando sua 
atuação e se expandindo, vir a ser um Instituto ou uma Fundação. O importante é que 
goze de autonomia administrativa e financeira para poder implementar uma política 
de EAD e consolidar seus projetos, sem atrelamentos a interesses particulares. 
É interessante contar com uma organização administrativa, constituída por 
equipes de: Coordenação Geral, Administrativa, Pedagógica, de 
Professores/Especialistas e Secretaria (Fig. 03): 
 
Coordenação Geral - responsável por integrar as diversas atividades internas 
e externas, no sentido de articular e viabilizar uma política institucional em EAD e 
definir operações e tomada de decisões para alcançar os objetivos fundamentais dos 
cursos. Também deverá estabelecer contatos com profissionais e instituições que 
atuam com EAD no Brasil e exterior, divulgar junto aos meios de comunicação cursos 
e eventos relacionados com EAD na sua região como promover e organizar eventos 
em EAD no Estado. 
 
Coordenação Administrativa - responsável pelas atividades estratégicas e 
operacionais, transformando planos gerais em procedimentos e métodos de trabalho, 
alocando recursos disponíveis para o desenvolvimento e funcionamento dos cursos. 
Será também responsável pela impressão e distribuição do material didático e de 
todos os aspectos burocráticos relacionados ao percurso acadêmico dos cursistas. 
 
Equipe Pedagógica - composta, inicialmente, por especialistas em Educação 
a Distância, Tecnologia Educacional, Comunicação e Multimídia, para: 
 
• coordenar os subsistemas de concepção, produção e avaliação dos 
cursos nos processos de ensino-aprendizagem como desenvolver pesquisas que 
permitam um conhecimento da realidade dos cursos e que auxiliem na 
retroalimentação dos mesmos; 
• junto aos demais setores da Instituição relacionados com o sistema de 
EAD e autores dos materiais didáticos, promover discussões pedagógicas para que 
em todas as ações a serem desenvolvidas se tenha presente a função educativa dos 
cursos oferecidos; 
• responsabilizar-se pela formação e acompanhamento dos Tutores; 
• propiciar e dinamizar uma comunicação interativa do Centro de EAD com 
os tutores, os professores-especialistas e os cursistas; 
• cuidar da produção de software que dê suporte eficiente aos cursos, 
possibilitando criar banco de dados; 
• assessorar os professores-especialistas na escolha do material didático 
ou aos autores na produção ou compilação de materiais didáticos para os cursos. 
 
Equipe de professores-especialistas 
 
 
Ao propor um curso, o departamento responsável pelo oferecimento do mesmo 
formará uma equipe de Especialistas na área de conhecimento, composta por um 
professor de cada uma das disciplinas do curso e que terão a responsabilidade da 
escolha ou produção do material didático. 
O professor-especialista receberá assessoria da Equipe Pedagógica no 
processo de concepção e produção do material didático. Caberá ao especialista da 
disciplina assessorar e acompanhar o trabalho dos tutores, quando do oferecimento 
dela, e avaliar o processo ensino-aprendizagem dos alunos em parceria com os 
tutores. Designados pelos respectivos departamentos, de acordo com sua 
disponibilidade e suas competências, ou contratados exclusivamente para elaboração 
do material didático e acompanhamento de sua disciplina no curso, os professores 
especialistas ficarão ligados diretamente ao Centro de EAD, durante o oferecimento 
de sua disciplina, para que este viabilize um trabalho integrado com uma base 
epistemológica comum. Para tal será fundamental criar uma rede interativa para que 
a Coordenação do Centro possa, a distância, manter contatos frequentes com os 
especialistas e promover debates entre eles. 
Secretaria - responsável por desempenhar as funções relativas ao recebimento 
expedição e arquivo de correspondências relativos ao curso, organizar e manter 
atualizado o arquivo relativo ao curso, executar todos os trabalhos de datilografia e 
digitação necessários ao curso. 
 
 
 
 
Meios Técnicos 
 
 
Um dos problemas que a Educação a Distância enfrenta é o isolamento físico 
e geográfico do aluno e do tutor. Para estabelecer um contato mais próximo, 
facilitando o processo ensino-aprendizagem e viabilizando uma prática educativa 
situada e mediatizada, recorre-se a vários meios: material didático e as mais diferentes 
tecnologias de comunicação. 
 
A - Quanto à produção do material didático 
 
Segundo IBAÑEZ (1990) e 
SEBASTIÁN RAMOS (1990), apesar da 
tecnologia de comunicações à disposição 
hoje no mundo, a maior parte dos cursos 
de Educação a Distância utiliza o material 
impresso como principal via de 
comunicação e de estudo em seus 
cursos, pois é a ele que o aluno dedica 
mais tempo e o material escrito ainda 
supera em muito os demais 
meios na Educação a Distância. Por isso, na fase inicial de um curso, poderá ser 
privilegiado o material escrito como recurso didático. 
Em parceria com os respectivos departamentos, a que os cursos 
epistemologicamente estão ligados, serão programados encontros para uma 
discussão preliminar sobre os conteúdos a serem trabalhados no curso, no sentido de 
se dar sequência, unidade e bases conceptuais comuns, definindo a direção teórico-
metodológica do curso e estabelecer parâmetros de acompanhamento e avaliação. 
A Coordenação do Centro, em seguida, discutirá com os professores- 
especialistas o material didático a ser utilizado nas respectivas disciplinas. Porém, 
passará a estimulá-los a produzirem material didático específico para o curso e para 
a modalidade. Serão dadas, então, orientações técnicas quanto à produção do 
material para que atenda às peculiaridades do aluno adulto que estuda sem a 
presença física do professor. 
Os professores-especialistas poderão escrever, na sua disciplina, um texto (de 
no máximo 80 páginas) onde sejamapresentados os conteúdos mais significativos e 
relacionados com a prática dos cursistas e sejam propostas atividades a serem 
desenvolvidas no sentido dos cursistas se auto avaliarem na compreensão dos 
conhecimentos aí apresentados e refletirem sobre suas ações nas respectivas 
instituições e/ou comunidades. Este material impresso ou não deverá ser adequado à 
EAD do ponto de vista dos conteúdos, da linguagem, da estrutura do texto, da 
formatação etc., viabilizando uma relação bidirecional, um diálogo entre o cursista e o 
sistema organizado para atendê-lo. 
Outra alternativa, muito utilizada em universidades a Distância, como a 
Téléuniversité du Québéc, no Canadá, é escolher uma obra já publicada que, no 
entender do especialista, dá conta, perfeitamente, dos conteúdos e da linha teórica 
definidos para aquela disciplina. Caberá, então, ao professor-especialista, elaborar um 
Guia Didático, que servirá para orientar o cursista sobre o uso da obra escolhida e seu 
percurso, propondo-lhe momentos de reflexão, de autoavaliação e atividades práticas. 
 
 
 
 
Figura - Materiais Didáticos 
PRETI e SATO, 1996 
 
Na figura, são apontadas as diferentes e variadas possibilidades que o 
professor especialista poderá utilizar na produção do material didático em EAD. 
 
 
B - Quanto aos meios de comunicação 
 
 
A EAD é uma alternativa pedagógica de grande alcance e que deve utilizar e 
incorporar as novas tecnologias como meio para alcançar os objetivos das práticas 
educativas implementadas, tendo sempre em vista as concepções de homem e 
sociedade assumidas e considerando as necessidades das populações a que se 
pretende servir. 
 
 
 
 
 
MATERIAL DIDÁTICO 
 Material 
 Impresso ou 
 a rquivo PDF 
. Um/disciplina 
Fascículo . Auto-avaliação 
. Atividades 
 Material 
Audio-visual 
Vídeo . Já existente, com 
 Guia de orientação 
 
. Livro texto adotado 
Guia Didático . Guia do aluno 
Áudio . Produzido pelos 
 Professores 
Equipe Pedagógica e Administrativa 
 
Alunos 
 
A EAD caracteriza-se pela utilização simultânea de meios. A entrega do 
material relativa ao curso será realizada via correio, diretamente ao cursista. Este 
poderá também utilizar este meio para se comunicar com seu tutor ou com o 
professor-especialista. Porém, o trabalho de tutoria a distância será realizado, 
preferencialmente, utilizando-se o telefone, o fax , o correio ou o correio eletrônico. O 
computador poderá ser utilizado também para intercâmbio entre o Centro e os tutores 
quer do ponto de vista pedagógico quer do ponto de vista administrativo. Os dados 
relativos ao percurso do cursista, bem como das informações de adequações do 
material, das atividades de tutoria, das avaliações, etc. serão todos “armazenados”, 
através de um soft específico, criando-se, assim um Banco de Dados muito útil para 
funções informativas, de análise e de investigação científica. 
O fundamental, porém, não é estar usando este ou aquele meio de 
comunicação, mas que seja estabelecida, efetivada e dinamizada uma rede interativa 
constante e contínua que viabilize o diálogo entre todos os componentes envolvidos 
no processo . 
 
A tutoria 
 
 
No sistema de EAD, o tutor tem um papel fundamental, pois, é através dele que 
se garante a interrelação personalizada e contínua do cursista no sistema e se 
viabiliza uma articulação entre os elementos do processo, necessária à consecução 
dos objetivos propostos. Por isso, cada instituição busca construir seu modelo tutorial 
que atenda às especificidades regionais e aos programas e cursos propostos, 
incorporando as novas tecnologias. Mas, o que caracteriza e diferencia a figura do 
tutor nas universidades a distância é fundamentalmente a concepção manifestada 
quanto à sua função dentro do sistema de EAD. Nas práticas implementadas 
aparentemente não são percebidas grandes diferenças, pois, na estrutura do sistema, 
a tutoria é posta nas instâncias de mediação entre o estudante, o material didático e 
o professor, na busca de uma comunicação cada vez mais ativa e personalizada, 
respeitando-se a autonomia da aprendizagem. 
O subsistema de tutoria, muito mais que uma fórmula de enquadramento e de 
assistência ao estudante, deve ser visto como educação individualizada, 
cooperativa e “uma abordagem pedagógica centrada sobre o ato de aprender que põe 
à disposição do estudante-adulto recursos que lhe permitem alcançar os objetivos do 
curso totalmente desenvolvendo a autonomia em sua caminhada de aprendizagem” 
(DESLISE e outros, 1985). 
A autonomia é algo que se adquire gradualmente, nos diferentes níveis de 
desenvolvimento. O tutor, respeitando a autonomia da aprendizagem de cada 
cursista, estará constantemente orientando, dirigindo e supervisionando o processo 
de ensino aprendizagem dos cursistas. É através dele, também, que se garantirá a 
efetivação da avaliação do curso em todos os níveis. 
 
“Tendo um conhecimento de base do conteúdo, é um facilitador que ajuda o 
estudante a compreender os objetivos do curso, um observador que reflete e um 
conselheiro sobre os métodos de trabalho, um psicólogo que é capaz de compreender 
as questões e as dificuldades do aprendiz e de ajudá-lo a responder de maneira 
adequada e, finalmente, um especialista em avaliação formativa” (DION, 1985). 
 
E a essas podemos ainda acrescentar algumas tarefas administrativas que a 
instituição exige dele. 
Para preencher adequadamente seu papel, portanto, o tutor deve possuir 
previamente um certo número de qualidades, de capacidades ou aptidões. Isso devido 
à importância e à posição que ocupa dentro de um sistema que compreende a EAD 
como sendo uma prática educativa, situada e mediatizada. 
 
A participação do tutor no curso se dará em três momentos: 
 
 
A- na fase de planejamento: o tutor participa e discute com o professor- 
especialista os conteúdos a serem trabalhados no curso, o material didático a ser 
utilizado e o sistema de acompanhamento e avaliação dos alunos. Junto à equipe 
pedagógica do Centro receberá uma formação específica sobre a modalidade de EAD 
e conhecerá em detalhes todo o sistema que dará suporte ao cursista e serão 
definidas suas funções e competências; 
B- na fase de desenvolvimento do curso: o tutor tem a função primordial de 
estimular, motivar e orientar o cursista em acreditar em sua capacidade de organizar 
sua atividade acadêmica e de autoaprendizagem (funções orientadora e motivadora). 
O tutor, pois, deverá dar-lhe os suportes meta cognitivo, afetivo e motivacional 
necessários para superar os problemas que o aluno for encontrando ligados à sua 
compreensão e adaptação a esta modalidade de ensino para que não desanime e 
abandone o curso. 
Deverá também estar à disposição dos cursistas para tirar dúvidas quanto ao 
conteúdo da disciplina (função didática). Por isso um dos critérios de seleção será sua 
qualificação e competência profissional naquela área do conhecimento. 
 
Nesta fase a tutoria pode se dar de duas formas (Fig. 06): 
 
 
- a distância: o cursista, individualmente, entrará em contato com o tutor, 
através de meios de comunicação estabelecidos, nos horários definidos 
anteriormente; ou em pequenos grupos de estudo, poderá formular algumas questões 
ou dúvidas e solicitar ao tutor que os esclareça utilizando-se de um sistema interativo 
de comunicação; 
- presencialmente: o cursista, individualmente ou em pequenos grupos, se 
encontrará no Centro com o seu tutor muito mais para discutir e avaliar seu processo 
de aprendizagem, apresentar os resultados de suas leituras, atividades e trabalhos 
propostos nos materiais didáticos do que somente para tirar dúvidas. 
 
 
 
 
 
 
 
É importante que se estimule e fomente a organização dos estudantes em 
pequenos grupos para estudarem e desenvolverem as atividades solicitadas. Isso 
motiva muito mais o estudante, facilita a compreensão dos conteúdos ao discuti-loscom os colegas, contribuem na superação de dificuldades e faz com que vença melhor 
os momentos de desânimo. 
O trabalho cooperativo, portanto, permite uma interação maior entre os próprios 
estudantes e com o tutor, fazendo com que avancem e cheguem mais longe do que 
sozinhos, evitando também criar uma certa “dependência” do tutor. É um momento 
onde exercitam a exposição, a verbalização, a organização de seus pensamentos e 
aprendem a trabalhar coletivamente. O que é de suma importância para uma prática 
educativa no contexto onde atuam. 
Ao final do curso, poderá promover seminários onde os alunos poderão expor 
seus trabalhos ou discutir temas educativos de atualidade relacionados com seu 
trabalho docente, convidando os professores/ especialista do curso a participarem. O 
contato direto com os professores, com os autores dos materiais didáticos tem-se 
evidenciado motivador para o estudante continuar no curso. 
Caberá também ao tutor avaliar o estudante e informar ao 
professor/especialista sobre a necessidade de textos complementares de apoio, não 
previstos pelo material didático, quando detectadas dificuldades de aprendizagem. 
TUTORIA 
Presencial A Distância 
Individual Coletiva Telefone Correspondê 
FAX, 
ncia Telemática 
 
 
C - na fase posterior ao desenvolvimento do curso: o tutor fará um breve relato, 
avaliando a disciplina (quanto ao material escrito, à modalidade, à participação do 
professor/especialista, ao tipo de avaliações realizadas etc.) bem como o sistema 
posto à disposição para dar suporte ao processo de ensino- aprendizagem. 
 
Contratado em regime parcial de trabalho ou de dedicação exclusiva, 
juntamente com a coordenação do Centro, definirá seu horário de atendimento. 
Poderá ser à noite ou em fins de semana, cumprindo a carga horária estabelecida e 
não tendo mais do que 30 alunos sob sua orientação. O tempo de contratação variará 
de acordo com as necessidades impostas pelas disciplinas, visando o atendimento 
aos alunos. 
O tutor, em síntese, constitui um elemento dinâmico e essencial no processo 
ensino aprendizagem, oferecendo aos estudantes os suportes cognitivos, meta 
cognitivo, motivacional, afetivo e social para que estes apresentem um desempenho 
satisfatório ao longo do curso. Deverá, pois, ter participação ativa em todo o processo. 
Por isso, é importante que se estabeleça uma vinculação dialogal e um trabalho de 
parceria entre o tutor, o professor/especialista e a equipe pedagógica. Isso valorizará 
a figura do tutor, garantirá a qualidade do ensino oferecido e servirá de “exemplo” aos 
alunos ao ver ser posto em prática o processo pedagógico e educativo 
“intencionalmente” proposto no desenho curricular do curso. 
O tutor vem se revelando, na experiência do Núcleo de Educação Aberta e a 
Distância da UFMT, como sendo a figura chave, “a vertente humana da Educação a 
Distância” e “o lado humano do processo de ensino-aprendizagem” (SERRANO, 
1994), não simplesmente porque facilita a compreensão do aluno em relação ao 
material didático tornando mais acessível o processo ensino- aprendizagem, mas 
porque, ao promover a comunicação e o diálogo, supera as limitações da ausência do 
professor educador, rompe com o possível isolamento do estudante e introduz a 
“perspectiva humanizadora” num processo mediado pelo meios tecnológicos. 
A formação do tutor, portanto, nos aspectos acadêmico e profissional, é uma 
das tarefas mais importantes e que tem que receber uma atenção e carinho especial 
por parte da equipe pedagógica na consolidação de qualquer proposta educativa 
através da modalidade de EAD. 
 
Os processos avaliativos 
 
 
Um dos pontos de maior relevância e de maiores cuidados na EAD é o que diz 
respeito aos processos avaliativos, pois é a partir deles que será possível se fazer as 
devidas adequações tanto nos processos de ensino-aprendizagem quanto no sistema 
e na modalidade. Permitirão um constante “feedback” dos encaminhamentos dados 
antes de iniciado o curso e das decisões tomadas ao longo do mesmo, viabilizando, 
assim, uma adequação constante de possíveis pontos percebidos como 
“problemáticos”. 
 
A avaliação poderá dar-se em diferentes níveis: 
 
 
a - Avaliação da aprendizagem: o cursista será avaliado quanto ao seu 
desempenho ao longo de cada disciplina e do curso como um todo. O tutor, através 
de uma ficha individual, acompanhará o desempenho de cada cursista colocado sob 
sua orientação, verificando o nível de dificuldades, sua participação nas entrevistas 
individuais e nos encontros grupais, a apresentação das atividades previstas ou 
sugeridas no material didático. Outro indicador que comporá essa avaliação será 
fornecido pela avaliação escrita presencial ou pelo trabalho conclusivo da disciplina 
que poderá ser solicitado ao cursista como síntese dos conteúdos trabalhados 
naquela disciplina e fazendo a ponte com sua prática profissional e com a realidade 
em que está inserido. Este trabalho será julgado pelo tutor e o professor especialista. 
As formas avaliativas dos processos de aprendizagem deverão ser definidas nas 
propostas curriculares dos cursos, atendendo às especificidades de cada disciplina e 
da modalidade de EAD. 
 
b - Avaliação do material didático: o tutor irá armazenando informações 
sobre os tipos e níveis de dificuldades que os cursistas irão apresentar ao 
manusearem o material escrito e ao utilizarem o complementar. O próprio aluno, ao 
final da disciplina, avaliará o material, através de um questionário. Essas informações 
fornecerão ao professor-especialista um mapeamento dos aspectos problemáticos 
existentes no material que o ajudarão a adequá-lo melhor ao tipo de 
aluno matriculado no curso e poder, assim, oferecer um atendimento cada vez mais 
eficiente àqueles alunos que apresentarem maiores problemas no acompanhamento 
da disciplina. 
 
c - Avaliação da modalidade: tanto o tutor como o cursista irão fornecendo 
dados, ao longo do curso, (informalmente ou quando da aplicação de instrumentos a 
serem elaborados pela Equipe Pedagógica) que auxiliarão a rever constantemente o 
sistema de EAD proposto em seus subsistemas: administrativo e pedagógico. 
 
d - Avaliação da tutoria: ao final de cada disciplina, quando da avaliação 
da mesma, o cursista fará, no mesmo questionário, uma avaliação do sistema de 
autorização adotado. Uma outra fonte que fornecerá à coordenação do Centro 
elementos de avaliação de cada tutor é o próprio percurso do cursista, na ficha 
individual, que apontará as dificuldades manifestadas e como foram atendidas pelo 
tutor. 
 
e - Avaliação do curso: as avaliações anteriores estabelecerão uma “rede” 
de informações suficientes e úteis à avaliação processual do curso. Porém, o que deve 
ser enfatizado e avaliado é em que sentido o curso está modificando a prática dos 
alunos em seus respectivos campos de atuação e qual o impacto ou reflexos disso 
nas suas instituições, empresas e locais de trabalho. Pois, o objetivo principal do curso 
é provocar mudanças (cognitivas e da práxis). 
 
 
Os custos 
 
 
 
O estabelecimento de Formação a Distância tem uma estrutura de custos 
muito diferente dos estabelecimentos educativos tradicionais. Pois nestes, a atividade 
de ensino propriamente dita se apoia geralmente somente no professor e se 
desenvolve em dois momentos: a preparação do curso e a sala de aula. E é a 
remuneração do pessoal docente que constitui o principal componente dos custos 
de ensino. A massa salarial do pessoal docente depende do número de docentes e 
de suas características (formação e tempo de serviço). 
Num sistema de EAD, a atividade de educar implica a produção e difusão dos 
instrumentos didáticos. Isto é, a atividade do professor deve ser “materializada”. Por 
isso, os custos relativos à produção de material didático e de apoio são consideráveis. 
Porém, a diferença nos custos variáveis e fixos é sentida à medida que 
aumenta o númerode estudantes no curso (economia de escala). Na EAD há uma 
amortização dos custos fixos e, por conseguinte, a busca de um “ponto umbral” de 
rentabilidade é alcançado maximizando-se o “custo-eficiência” das funções 
pedagógicas de concepção e produção do material didático. 
Os custos variáveis provêm de gastos relativos às funções de apoio 
pedagógico aos estudantes e de tutoria, assim como à gestão logística de atividades 
de aprendizagem (admissão, contrato dos tutores, divulgação do material etc.). 
Dificilmente os custos variáveis em EAD alcançam o mesmo nível que os do ensino 
tradicional. 
A maior parte dos custos fixos depende em grande medida das somas 
destinadas à concepção e produção de documentos mediatizados, assim como ao 
estabelecimento da infraestrutura destinada à sua difusão. Por outro lado, os custos 
variáveis - que evoluem em função do número de estudantes - são relativamente 
mínimos para a grande maioria dos cursos em EAD. 
Fica claro então que a rentabilidade de um curso em EAD está associada ao 
número de alunos matriculados. Há um investimento inicial na formação de recursos 
humanos que atuarão no Centro e na montagem da estrutura de apoio ao estudante 
(computadores, fax, telefone, soft, produção de material didático), mas que se tornará 
rentável à medida em que os cursos vão se expandindo, com o aumento de matrículas 
e novos cursos vão sendo oferecidos. 
 
 
 
GUIA PARA ELABORAÇÃO DE UMA PROPOSTA DE CURSO ATRAVÉS DA 
EAD 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A - INFORMAÇÕES GERAIS 
 
 
1.0 - Identificação do curso 
 
 
1.1- Título 
1.2 - Departamento ofertante 
1.3 - Natureza do curso 
1.4 - Pré-requisitos exigidos 
1.5 - Clientela 
1.6 - Particularidades para inscrição 
1.7 - Carga horária 
1.8 - Duração do curso 
 
 
2.0 - Resumo da proposta 
 
 
2.1 -Principais características pedagógicas e de suporte tecnológico e 
mediatizado; 
2.2 - Resumo orçamentário dos custos diretos para seu desenvolvimento. 
 
 
 
B - APRESENTAÇÃO DO CURSO 
 
 
3.0 - Histórico E contexto 
 
 
(apresentar os motivos e a importância do curso dentro do panorama da 
realidade social e educacional do estado ou do país. Importância de se realizar um 
diagnóstico e fazer uma projeção) 
 
4.0 - Fim e objetivos gerais 
 
 
5.0 - Clientela 
 
 
(colocar informações quantitativas e qualitativas: clientela potencial a ser 
atendida, pertenças a que tipo de grupo social e profissional, necessidades individuais 
ou coletivas a que o curso poderá responder) 
 
 
Descrição do conteúdo 
 
 
Apresentação 
(indicar as disciplinas e temas a serem contemplados, a abordagem ou 
orientação teórica); 
 
Plano de curso 
(apresentar a estrutura curricular e as ementas de cada uma das disciplinas 
do curso); 
 
Bibliografia básica a ser utilizada pelos alunos 
 
 
Apoio logístico 
 
 
7.0 - Percurso ensino-aprendizagem 
(indicar a natureza da aprendizagem visada e os meios que se pretende 
utilizar); 
7.1 - Modelo de apoio / fórmula de enquadramento (especificar como se dará 
a intervenção junto aos alunos no sentido de apoiá-los em seu processo de 
aprendizagem: a natureza, os meios, a frequência, o momento); 
7.2 - Perfil dos tutores ou de quem irá prestar este apoio e suas tarefas; 
• perfil: nível de formação, área de formação, experiência profissional, 
tarefas particulares, lugar de trabalho, exigências ou aptidões particulares; 
• tarefas: número de horas de trabalho, correção ou não das avaliações, 
animação (de que tipo: oficina, por telefone, seminário, grupos de trabalho etc.), 
explicitação dos conteúdos a dominar; 
 
7.4 - Escolha dos meios técnicos e descrição do material pedagógico 
• Estabelecer uma lista dos elementos que compõem o material do curso, 
indicando a natureza e amplitude (ver quadro 01); 
• Para manuais de base, documentos audiovisuais e informáticos, 
justificar seja a produção original como a utilização de material já escrito; 
7.5 - Percurso do estudante 
Definir as etapas do percurso do estudante; 
 
 
7.6 - Avaliação do estudante 
Indicar a natureza dos instrumentos e critérios de avaliação. Mostrar como a 
escolha dos instrumentos está em função dos objetivos e do conteúdo. Se houver 
trabalhos em equipe caracterizar sua natureza e limitações. 
 
8.0 - Avaliação do material do curso 
 
 
Especificar quais os procedimentos a serem seguidos para avaliar o material 
antes de ser utilizado no curso e durante o mesmo. 
 
9.0 - Plano de execução 
 
 
9.1 - Recursos humanos internos (Identificar estes recursos, suas tarefas, 
o tempo exigido) 
9.2 - Recursos humanos externos ( Identificar quais seriam, suas funções, 
suas tarefas, tempo e competências exigidas. 
9.3 - Calendário de execução (Incluir as etapas de aprovação do dossier às 
diferentes estâncias de análise e aprovação, de concepção e produção do material. 
9.4 - Orçamento 
 
 
 
GUIA PARA ELABORAÇÃO DE UMA PROPOSTA DE CURSO ATRAVÉS DA 
EAD 
(resumido) 
 
 
 
1. 0 - Diagnóstico 
2.0 - Definição do curso 
• para que 
• para quando 
3.0 - Descrição do perfil profissional 
• entrada (de Alunos e dos professores que irão atuar no curso) 
• saída (conhecimentos, interesses, necessidades tanto a nível pessoal 
como para atender à demanda do mercado de trabalho) 
 
4.0 - População/Clientela 
• características sociais, econômicas, geográficas 
• para que atingi-la 
 
 
5.0 - Elementos Curriculares 
• Curso orientado ( conteúdos teóricos e práticos, metodologias) 
• Meios técnicos e econômicos 
 
 
6.0 - Tutoria 
 
 
7.0 - Organização 
• tomada de decisões 
• distribuição do trabalho 
• programa de trabalho 
• Sistema de comunicação 
 
 
8.0 - Cronograma 
 
 
9.0 - Orçamento 
 
 
 
ETAPAS DO DESENVOLVIMENTO DE UM CURSO 
 
 
1. Dossiê preliminar 
2. Dossiê de apresentação 
3. Objetivos pedagógicos - Plano de curso 
4. Concepção do material 
5. Revisão linguística 
6. Formação dos Tutores 
7. Pré-teste 
8. Revisão e correção 
9. Concepção gráfica 
10. Produção 
11. Difusão 
12. Implementação 
13. Avaliação 
REFERÊNCIAS 
 
 
 
ALONSO, K. Morosov; NEDER, Maria L. Cavalli e PRETI, Oreste. Licenciatura Plena 
em Educação Básica: 1ª a 4ª séries do 1º grau, através da modalidade de Educação 
a Distância. Cuiabá: IE/UFMT, 1993. 
ARRUDA, Maricília C. C. de e PRETI, Oreste. Proposta de Política em Educação a 
Distância. Cáceres - MT, Iº Congresso da UNEMAT, abril de 1996. 
BRULOTTE, R. Aspectos económicos de la Formación a Distância. Formación a 
Distância - 2e Cycle - Documento de Referência. Sainte-Foy: Télé-université du 
Québec, s/n. 
MAROTO, Maria Lutgarda Mata. Educação a Distância: aspectos conceituais. CEAD, 
ano 2, nº 08 - jul/set. 1995. SENAI-DR/Rio de Janeiro. 
MARTINS, Onilza B. A Educação Superior a Distância e a democratização do saber. 
Petrópolis: Vozes,1991. 
PRETI, Oreste e ARRUDA, Maricília C. C. de. Licenciatura Plena em Educação 
Básica: 1ª a 4ª séries do 1º grau, através da modalidade de Educação a Distância: 
uma alternativa social e pedagógica. Cuiabá: NEA/UFMT, 1995 (mimeo). 
PRETI, Oreste e SATO, Michéle. Educação Ambiental a Distância. Cuiabá: UFMT, 
1996 (Documento base para o Workshop “Saúde e Ambiente no Contexto da 
Educação a Distância - Projeto EISA). 
SENASTIÁN RAMOS, Araceli. Las funciones docentes del profesor de la UNED: 
programación y evaluación. Madrid: ICE/UNED, 1990. 
SERRANO, Gloria Pérez. El profesor-tutor. Perspectiva humana de la Educación a 
Distância. Revista Iberoamericana de Educación Superior a Distância, VI (2), feb. 
1994:67-95. 
 
	EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA: Prática de Tutoria
	A EAD no contexto mundial e no Brasil
	Educação a Distância
	Conceitos e características
	Componentes da organização do sistema em EAD
	Estrutura e Organização de cursos em EAD
	Definição dos cursos
	A - “Clientela”
	B - Viabilidade econômica e significância social
	C - Perfil dos candidatos
	D - Princípios de abordagem
	E - Indicação de elementos curriculares
	Desenvolvimentodo curso
	Centro de EAD
	Equipe de professores-especialistas
	Meios Técnicos
	A - Quanto à produção do material didático
	B - Quanto aos meios de comunicação
	Equipe Pedagógica e Administrativa
	Alunos
	A tutoria
	Os processos avaliativos
	Os custos
	GUIA PARA ELABORAÇÃO DE UMA PROPOSTA DE CURSO ATRAVÉS DA EAD