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1 Aline David – ATM 2025/B PATOLOGIA – AULA 10 REVISÃO DA CASCATA DE COAGULAÇÃO ❖ Lesão endotelial (exposição de colágeno, FT, FvW) ❖ Vasoconstrição ❖ Adesão plaquetária (hemostasia primária) ❖ Rede de fibrina (tampão secundário (coágulo) VASOCONSTRIÇÃO ❖ É a diminuição do fluxo sanguíneo e como consequência, perdas sanguíneas. ❖ Lesão endotelial: endotélio e células musculares lisas → gerar a contração. ❖ Ativação plaquetária → tromboxano (COX-2, ácido aracdônico). ❖ Serotonina HEMOSTASIA ❖ Hemostasia primária: adesão e agregação plaquetária. ❖ Iniciado pelo dano vascular: exposição de fatores ativadores de plaquetas. ❖ Plaquetas + colágeno + FvW = adesão (inicialmente essa adesão é muito fraquinha que é promovida por uma glicoproteína chamada de Gp Ib). ❖ Ativação plaquetária: aumenta o tamanho e a conformação das plaquetas. Nesse estado elas liberam mais grânulos do seu interior (grânulos alfa: ADP (indutor de agregação plaquetária e recrutamento), tromboxano (vasoconstritor, ativação de plaquetas, agregação). • VPM e PDW. ❖ Expressão da Gp IIb IIIa (permite a ligação do fibrinogênio). ❖ Distúrbios hemorrágicos: - Doença de von Willebrand - Trombostenia de Glanzman: Gp IIb IIIa - Síndrome de Bernard-Soulier: Gp Ib ❖ Utilização de aspirina: inibe a COX-2 (diminui a produção de tromboxano, inibindo a agregação plaquetária). CASCATA DE COAGULAÇÃO ❖ Fator plaquetário III (FPIII) ❖ Liberação de grânulos: Fator V → Ativam a cascata de coagulação. ❖ Via Intrínseca: trauma, exposição de colágeno. - Ativação do fator XII → converte o plasminogênio em plasmina. • Deficiência: trombose - Fator XIa - Fator IXa - Fator Xa + FVa = complexo protrombinase. - Fator Xa + FVa = complexo protrombinase. - Protrombina → trombina (II) - Fibrinogênio → Fibrina ❖ Via Extrínseca: trauma, células endoteliais ativadas, contato com o fator tecidual – tromboplastina FIII). 2 Aline David – ATM 2025/B - FIII + FVII - FXa, FV: complexo protrombinase - Fibrinogênio → fibrina ❖ Via Comum: estabilização do coágulo. - Fator estabilizador de coágulo (FXIII) - Potencializa a ligação entre os monômeros de fibrina → contração do coágulo. FATORES IMPORTANTES PARA QUE A COAGULAÇÃO ACONTEÇA: - Ca++ → serve como catalisador enzimático → ativação de fatores. • Diminuição → Hemorragia. - Vitamina K → protrombina em trombina. • Diminuição → hemorragia - Protrombina e Fibrinogênio - Proteínas plasmáticas - Produzidos no fígado (hepatopatias podem diminuir a síntese e contribuir para eventos hemorrágicos). FIBRINÓLISE ❖ Destruição do coágulo → gera D – dímeros (esse exame pode ser solicitado para saber quanto de coágulo está sendo gerado). DEFEITOS NA HEMOSTASIA PRIMÁRIA ❖ Doença de Von Willebrand. ❖ Defeitos plaquetários (trombocitopenia). DEFEITOS NA HEMOSTASIA SECUNDÁRIA ❖ Defeitos dos fatores de coagulação - Sangramentos nos tecidos das partes moles (musculares ou arteriais). • Hemofilia SIGNIFICÂNCIA CLÍNICA DA HEMORRAGIA ❖ Volume → choque hipovolêmico. ❖ Velocidade → quão rápido o sangue está sendo perdido. ❖ Local → Pele X cérebro (aumento da pressão intracraniana). TROMBOSE ❖ Formação do coágulo em vasos íntegros. ❖ Causas: - Lesões endoteliais; - Estase ou fluxo sanguíneo turbulento; - Hipercoagulabilidade do sangue; Tríade de Virchow ❖ Base mais comum em doenças cardíacas. LESÃO ENDOTELIAL ❖ Início da trombose: FvW e fator tecidual. ❖ Inflamação: - Alteração do padrão habitual de expressão gênica do endotélio → padrão pró-trombótico. - Agressão por agentes químicos, físicos, infecciosos, fluxo sanguíneo anormal, mediadores inflamat´roios, hipercolesterolemia. ❖ Mecanismo: 3 Aline David – ATM 2025/B - Maior ativação da trombina; - Limitação da fibrinólise; ALTERAÇÃO NO FLUXO SANGUÍNEO NORMAL ❖ Estase: - Normalmente: fluxo sanguíneo laminar → células centrais e plasma na periferia. - Estase e turbulência: ativação endotelial com atividade pró-coagulante. • Adesão de leucócitos; • Plaquetas em contato com o endotélio (sem fluxo laminar) → ficam muito tempo em contato com os fatores teciduais fazendo com que eles possam ser ativados mais facilmente. • Estase permite maior tempo de contato com o endotélio. ❖ Placas ateroscleróticas: - Exposição do FvW e fator tecidual; - Turbulência; ❖ Aneurisma: - Dilatação aórtica e das artérias em geral; • Estase local → propensão à trombose. ❖ Policitemia vera: - Hiperviscosidade – estase. ❖ Anemia falciforme: - Dificuldade do fluxo sanguíneo – estase HIPERCOAGULABILIDADE - TROMBOFILIA ❖ Distúrbios primários: genéticos. ❖ Mutações + fatores de risco adquiridos: - Aumento significativo na frequência de trombose venosa profunda (TVP). ❖ Distúrbios secundários: adquiridos. EVOLUÇÃO DA TROMBOSE ❖ Após um evento trombótico inicial, o trombo pode evoluir para: - Propagação; - Embolização; - Dissolução; - Organização e recanalização; PROPAGAÇÃO ❖ O trombo aumenta por acréscimos de plaquetas adicionais e fibrina, que aumentam a margem de oclusão ou embolização pulmonar. EMBOLIZAÇÃO ❖ O trombo (todo ou parte) se desloca e é transportado para outra parte na vasculatura. DISSOLUÇÃO ❖ Se um trombo é recém-formado, pode ativar fatores fibrinolíticos. ❖ Trombos antigos: resistência à lise. 4 Aline David – ATM 2025/B ORGANIZAÇÃO E RECANALIZAÇÃO ❖ Trombos antigos: podem ser formados canais capilares, restabelecendo a continuidade do lúmen original. IMPORTÂNCIA CLÍNICA DA TROMBOSE ❖ Obstrução de veias e artérias; ❖ Trombos venosos: - Congestão e edema; - Tendência de embolizar os pulmões; ❖ Artérias: - Embolia (menos comum); - Oclusão de artéria coronária ou cerebral; EXAMES FEITOS PARA AVALIAR A CASCATA DE COAGULAÇÃO ❖ Tempo de Sangramento (TS): - Útil para detectar qualquer alteração nas plaquetas. - O sangramento é avaliado a cada 30 segundos por meio de um papel filtro, tendo fim quando o filtro não absorve mais sangue. - Por meio desse teste é possível avaliar a hemostasia e a presença ou ausência do FvW. - Técnica de Ivy (do braço): tempo normal de sangramento 6 a 9 minutos. - Técnica de Duke (orelha): 1 a 3 minutos. - Se o tempo for superior ao padrão quer dizer que o processo de coagulação demoro mais tempo do que o normal, podendo ser indicativo de Doença de von Willebrand, uso de medicamentos anticoagulantes ou trombocitopenia. - Não é um teste seguro, pois o tamanho do corte pode mudar, bem como a profundidade e a pressão. ❖ Tempo de Protrombina (TP): - Fator II da coagulação (promove a conversão do fibrinogênio em fibrina, formando o tampão secundário). - Verifica o funcionamento da via extrínseca de coagulação, pois avalia o tempo em que o sangue demora para formar o tampão secundário após a exposição à tromboplastina cálcica (reagente). - Em condições normais, quando o sangue entra em contato com a tromboplastina cálcica ocorre a ativação da via extrínseca, ativando os fatores VII e X da cascata de coagulação, e consequentemente o fator II que é a própria protrombina, que converte fibrinogênio em fibrina parando o sangramento. esse processo leva cerca de 10 a 14 segundos. - Em condições em que o TP detecta tempo alargado, os valores aumentados do TP geralmente indicam caso de uso de anticoagulantes, deficiência de vitamina K, deficiência do fator VII e problemas no fígado, pois a protrombina é produzida lá. - Se o TP estiver diminuído, como em casos de suplementação de vitamina K ou de anticoncepcionais com estrogênio. - Avalia todos os fatores da via extrínseca e da via comum. ❖ Tempo de Tromboplastina Parcial Ativado (TTPA): - Permite que seja verificado a presença ou aausência de fatores de coagulação presentes na via intrínseca da cascata de coagulação. - O sangue coletado é colocado em contato com reagentes e é calculado o tempo que o sangue leva para coagular. - Em condições normais o TTPa é de 21 a 32 segundos. Se a pessoa faz uso de anticoagulantes, heparina, ou possui deficiência de fatores específicos da via intrínseca, como os fatores XII, XI ou VIII e IX, que são indicativos de hemofilia, o tempo normalmente é superior ao de referência, indicado quando o tempo de TTPA está alargado. ❖ Tempo de Trombina (TT): - Corresponde ao tempo necessário para que o coágulo seja formado após a adição de trombina, que é o fator necessário da coagulação para que haja a ativação do fibrinogênio em fibrina, que garante a estabilidade do coágulo. Esse teste é muito sensível e é feito a partir da adição da trombina em baixas concentrações no plasma sanguíneo, sendo o tempo de coagulação 5 Aline David – ATM 2025/B influenciado pela quantidade de fibrinogênio presente no plasma. ❖ Quantidade de Plaquetas: - Quanto mais plaquetas, mais fácil é de formar o coágulo. - Quanto menos plaquetas, mais difícil é de formar o coágulo. Heparina Varfarina
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