Prévia do material em texto
U ni da de c ur ric ul ar d e O cl us ão , A TM e D or O ro fa ci al João Carlos Pinho ARTICULADORES ARTICULADORES THE GLOSSARY OF PROSTHODONTIC TERMS Ninth Edition - (GPT-9). The Academy of Prosthodontics . J prosthet dent.2017;117:e1-e105 Instrumento mecânico que reproduz as articulações temporomandibulares, bem como os maxilares, aos quais são adaptados modelos da maxila e da mandíbula, para simular alguns ou todos os movimentos mandibulares Um articulador é um dispositivo mecânico articulado ao qual são fixados os modelos maxilar e mandibular, e que se destina a reproduzir, com maior ou menor grau, a relação da maxila com a mandíbula de um doente, na posição de oclusão cêntrica ou intercuspidação máxima e movimentos de lateralidade e protrusão da mandíbula. Klineberg I, Jagger R. Occlusion and clinical practice. Na evidence-based approach. Edinburgh. Elsevier. 2004 ARTICULADORES O articulador é um instrumento que duplica diagnósticos e movimentos bordeantes da mandíbula. O articulador é um meio auxíliar valioso na terapia oclusal; no entanto, deve sempre ser considerado apenas um meio auxiliar e nunca uma forma de tratamento. Pode ajudar a acumular informações e, quando usado corretamente, pode ser útil nalguns métodos de tratamento. O médico dentista deve ter um conhecimento completo das capacidades, vantagens, desvantagens e manuseio do articulador, para poder tirar o máximo benefício deste instrumento na terapia oclusal. The articulator: a tool, not the answer Okeson JP. Management of Temporomandibular disorders and Occlusion. St. Louis. Elsevier.2020 Roberson TM, Heymann HO, Swift Jr EJ. Art & Science of operative dentistry. 4th ed. St. Louis. Mosby. 2002 ARTICULADORES O articulador é utilizado para simular o movimento da mandíbula. O plano axio-orbitário é usado como referência para a montagem do modelo de gesso maxilar por transferência do arco facial. O modelo mandibular é montado em relação ao arco superior por meio de registos de mordida Klineberg I, Jagger R. Occlusion and clinical practice. Na evidence-based approach. Edinburgh. Elsevier. 2004 Os articuladores são um componentes essenciais da medicina dentária reabilitadora. Quando os modelos de gesso das arcadas dentárias de um doente são colocados num articulador, podem ser usados para avaliar a oclusão dentária e permitir a confecção das superfícies oclusais de próteses dentárias e restaurações indiretas. Existem vários tipos e cada um, em maior ou menor grau, reproduz a relação da maxila com a mandíbula do doente, nas posições estáticas e durante os movimentos mandibulares. ARTICULADORES O articulador pode ser útil em muitos aspectos da medicina dentária. Com modelos de diagnóstico precisos que foram montados corretamente, pode ser usado no diagnóstico, planeamento de tratamento e tratamento. ARTICULADORES Okeson JP. Management of Temporomandibular disorders and Occlusion. St. Louis. Elsevier.2020 The cost of improperly mounted casts is too high a cost to pay . . . in wasted time, expense, frustration, and lost quality. Dawson PE. Functional Occlusion: From TMJ to Smile Design. St. Louis. Mosby. 2007 ARTICULADORES - CLASSIFICAÇÃO Simulação ideal Simulação possível Simulação mecânica • Parte móvel – base superior • Movimentos centrífugos Instrumentos mecânicos que simulam, total ou parcialmente os movimentos mandibulares Posição dos maxilares relativamente ao crânio Oclusão dentária Cinemática mandibular Oclusão estática / abertura e fecho Ka Vo E le kt ro te ch ni sc he s W er k G m bH , L eu tk irc h Movimento protrusivo Ka Vo E le kt ro te ch ni sc he s W er k G m bH , L eu tk irc h Movimento protrusivo e de abertura Ka Vo E le kt ro te ch ni sc he s W er k G m bH , L eu tk irc h Movimento de lateralidade Ka Vo E le kt ro te ch ni sc he s W er k G m bH , L eu tk irc h • Concepção • Potencial de precisão da simulação ARTICULADORES Classificação - Concepção • ARCON Mantém as referências anatómicas por intermédio de analogia com a ATM (côndilos na mandíbula e fossa mandibular na maxila) • NÃO ARCON Os trajectos que simulam as fossas mandibulares situam-se na parte inferior, enquanto que os elementos referentes aos côndilos se encontram na parte superior The glossary of prosthetic terms (7ª ed.) - 1999 Arcon – Protar Não Arcon – Dentatus ARTICULADORES Classificação - Concepção A = B A B A = B – ângulo da trajectória condílea com o plano oclusal ARTICULADORES - ARCON A ≠ B = 8º A B A ≠ B – ângulo da trajectória condílea com o plano oclusal ARTICULADORES - NÂO ARCON ARTICULADORES Classificação – potencial de precisão da simulação • Montagem com arco facial Articuladores anatómicos • Montagem sem arco facial ARTICULADORES Montagem com arco facial O modelo do maxilar superior é colocado no articulador segundo um plano de referência (plano axio-orbitário), obtido através de um arco de transferência (arco facial) • PAO – plano axio-orbitário • EC – eixo de rotação do articulador • PIO – ponto infra-orbitário EC PIOPAO Os movimentos de abertura e fecho, no articulador, para serem correctos têm que estar relacionados com o eixo de rotação dos côndilos Um arco facial relaciona a maxila com o eixo condilar. Na transferência para o articulador mantem aquela relação do modelo de gesso superior com o eixo de rotação do articulador. O modelo de gesso inferior é montado com um registo de mordida em RC, de modo que também esteja relacionado com o eixo de rotação do articulador. Dawson PE. Functional Occlusion: From TMJ to Smile Design. St. Louis. Mosby. 2007 Direcção do arco de fecho de modelos montados em com articulador com arco facial e oclusor (articulador de Galetti)) ARTICULADORES Montagem sem arco facial ARTICULADORES Montagem sem arco facial Uma análise oclusal que ignora as ATM é tão incompleta como uma mandíbula sem ATM Dawson PE. Functional Occlusion: From TMJ to Smile Design. St. Louis. Mosby. 2007 ARTICULADORES Classificação • Articuladores de eixo de charneira • Articuladores sem arco facial • Articuladores com arco facial Cabot LB. Using Articulators to enhance clinical practice. BDJ1998;184:272-276 • Oclusores (eixo de charneira) • Articuladores pré-programados • Articuladores semi-ajustáveis • Articuladores totalmente ajustáveis • Articuladores não ajustáveis • Articuladores semi-ajustáveis • Articuladores totalmente ajustáveis Okeson JP. Management of Temporomandibular disorders and Occlusion. St. Louis. Elsevier.2020 • Classe I - Não ajustável • Classe II – Movimentos horizontais e verticais sem relação com as ATM • Classe III - Semi–ajustável • Classe IV – Totalmente ajustável. THE GLOSSARY OF PROSTHODONTIC TERMS Ninth Edition - (GPT-9). The Academy of Prosthodontics . J prosthet dent.2017;117:e1-e105 O articulador não-ajustável é o tipo mais simples disponível. Não é possível nenhum ajuste para adaptá-lo o mais próximo dos movimentos condilares específicos do doente. A duplicação precisa de um movimento excen̂trico de um doente específico é impossível. A única posição precisa e reproduzível que pode ser usada num articulador não-ajustável é uma posição específica de contato oclusal (intercuspidação máxima). Quando os modelos são montados nessa posição no articulador não-ajustável, eles podem ser separados repetidamente e fechados apenas nessa posição, que se torna a única posição precisa e reprodusvel que pode ser usada. Mesmo a trajectória de abertura e fecho dos dentes não reproduz com precisão as trajectórias dos dentes dos doentes porque a distância dos con̂dilos para as cúspides específicas não é transferida, de forma precisa, para o articulador. A intercuspidação máxima é reproduzida apenas quando os modelos são montados no articulador nessa posição. Classe I - Articulador não ajustável (oclusor) Klineberg I, Jagger R. Occlusion and clinical practice. Na evidence-based approach. Edinburgh.Elsevier. 2004 Dawson PE. Functional Occlusion: From TMJ to Smile Design. St. Louis. Mosby. 2007 Okeson JP. Management of Temporomandibular disorders and Occlusion. St. Louis. Elsevier.2020 Classe I - Articulador não ajustável (oclusor) • Intercuspida os modelos maxilar e mandibular entre si sem orientação das referências anatómicas • Não permite a replicação dos movimentos mandibulares (excepto abertura e fecho) • Articulador de eixo de charneira • Registo estático Estes articuladores têm um valor limitado na medicina dentária restauradora e na prótese dentária, mas podem permitir uma avaliação preliminar do arranjo estático dos dentes em modelos de estudo. Klineberg I, Jagger R. Occlusion and clinical practice. Na evidence-based approach. Edinburgh. Elsevier. 2004 O erro substancial no arco de fecho devido à alteração do eixo condilar, como acontece num articulador Galetti Articuladores simples (oclusores) Estes articuladores têm um valor limitado na medicina dentária restauradora e na prótese dentária, mas podem permitir uma avaliação preliminar do arranjo estático dos dentes em modelos de estudo. Classe I - Articulador não ajustável (oclusor) Instrumento mecânico que permite movimentos verticais e horizontais sem referências espaciais relativamente às ATM § Não há orientação das trajectórias condileas relativamente aos planos de referência § As trajectórias condileas são rectilineas § Trajectórias pré-programadas Classe II – Articulador com Movimentos horizontais e verticais sem relação com as ATM Estes articuladores efectuam uma aproximação dos movimentos condilares e são frequentemente usados para projetar e preparar próteses totais e restaurações simples Klineberg I, Jagger R. Occlusion and clinical practice. Na evidence-based approach. Edinburgh. Elsevier. 2004 Dawson PE. Functional Occlusion: From TMJ to Smile Design. St. Louis. Mosby. 2007 Okeson JP. Management of Temporomandibular disorders and Occlusion. St. Louis. Elsevier.2020 Articulador pré-programado - Montagem com arco facial Maxilar superior montado de acordo com eixo de referência, através de arco facial Valores médios § Trajectória condilea (30º) § Ângulo de Bennett (15º) § Trajectórias curvilíneas Protar 3 Classe III – Articulador Semi-ajustável Esses articuladores são recomendados para a maioria das restaurações dentárias. A articulação do modelo de gesso maxilar com arco facial relaciona o modelo de gesso maxilar com o eixo condilar e permite uma aproximação razoável do arco de rotação da mandíbula em RC e também permite um aumento da DVO ao elevar a altura do pino do articulador, pois o eixo condilar é igual ao eixo de rotação do articulador. Articular os modelos usando um registro em RC, permite o exame correcto da oclusão. A decisão de usar um articulador arcon ou não arcon é, em grande parte, uma questão de preferência do médico dentista. Todos os articuladores semi-ajustáveis são mais precisos do que articuladores de classe I e classe II, mas são menos precisos do que articuladores totalmente ajustáveis. Klineberg I, Jagger R. Occlusion and clinical practice. Na evidence-based approach. Edinburgh. Elsevier. 2004 Dawson PE. Functional Occlusion: From TMJ to Smile Design. St. Louis. Mosby. 2007 Okeson JP. Management of Temporomandibular disorders and Occlusion. St. Louis. Elsevier.2020 Classe III – Articulador Semi-ajustável Ângulo da trajectória condilea • Registo oclusal em protrusão • Registo axiográfico • Valor médio (30º ) Classe III – Articulador Semi-ajustável Trajectórias rectilíneas As caixas condíleas só permitem movimentos em linha recta Classe III – Articulador Semi-ajustável - Trajectórias curvilíneas As caixas condileas permitem movimentos curvilíneos Protar SAM Ângulo da trajectória condilea Ângulo formado pela secante à trajectória protrusiva com o plano de referência áxio-orbitário Plano de referência axio-orbitário Esfera condílea Trajecto real de protrusão Trajecto da esfera condílea do articulador semi-ajustável A Classe III – Articulador Semi-ajustável Ângulo de Bennett • Registo oclusal em lateralidade • Registo axiográfico • Valor médio 15º CINEMÁTICA MANDIBULAR Movimento de trabalho – ângulo de Bennett Ângulo de Bennett Ângulo, medido no plano horizontal, que resulta da intersecção da trajectória do côndilo de não trabalho e um plano paralelo ao plano sagital CINEMÁTICA MANDIBULAR Movimento de trabalho – ângulo de Bennett Movimento de lateralidade Ângulo de Bennett (Crânio) (Vista superior) Ângulo de Bennett (Articulator) Lateralidade (Vista frontal) Ângulo de Bennett KaVo Elektrotechnisches Werk GmbH, Leutkirch Ângulo de Bennett Ângulo formado pela secante à trajectória de lateralidade não trabalhante, com um plano para-sagital que passa pelo côndilo de não trabalho, no início do movimento Trajectória da esfera condílea do articulador semi-ajustável Trajectória real da lateralidade não trabalhante Pl an o pa ra ss ag ita l Esfera condílea Plano de referência axio-orbitário B CINEMÁTICA MANDIBULAR - Movimento lateral imediato (ISS) O deslocamento lateral imediato é um deslocamento centrípto, repentino e transversal, do côndilo de não trabalho, seguido de um deslocamento progressivo de 5 a 7º ARTICULADORES - Deslocamento lateral imediato (ISS) O deslocamento lateral imediato é um deslocamento centrípto, repentino e transversal, do côndilo de não trabalho, seguido de um deslocamento progressivo de 5 a 7º Trajectória real da lateralidade não trabalhante Pl an o pa ra ss ag ita l Trajectória da esfera condílea do articulador semi-ajustável Eixo de charneira Deslocamento lateral imediato Esfera condílea 5 a 7º Ângulo Shift e ISS Ângulo Shift ISS KaVo Elektrotechnisches Werk GmbH, Leutkirch Movimento no lado de trabalho - ângulo Shift - Lateroretrusão Laterotrusão Lateroprotrusão KaVo Elektrotechnisches Werk GmbH, Leutkirch CINEMÁTICA MANDIBULAR - Movimento do côndilo de trabalho PROTAR 5 Classe III – Articulador Semi-ajustável • Trajectória condilea ajustável (-15º; +75º) • Ângulo de Bennett valores médios (15º) • Trajectórias curvilíneas KaVo Elektrotechnisches Werk GmbH, Leutkirch Classe III – Articulação Semi-ajustável – Protar 5-B - • Trajectória condílea ajustável (-15º; +75º) • Ângulo de Bennett ajustável (4º; 30º) • Trajectórias curvilíneas KaVo Elektrotechnisches Werk GmbH, Leutkirch PROTAR 7 Articulador classe III – Semi-ajustável - Protar 7 - § Contenções cêntricas de alta precisão § Trajectória condílea ajustável (-15º; +75º) § Ângulo de Bennett ajustável (4º; 30º) § ISS – 0 a1,5 mm § Ângulo shift § Trajectórias curvilíneas KaVo Elektrotechnisches Werk GmbH, Leutkirch Casse III – Articulador Semi-ajustável Relação entre o plano de Frankfort, o plano de Camper, o plano oclusal e o plano de trabalho KaVo Elektrotechnisches Werk GmbH, Leutkirch Classe IV – Articulador Totalmente ajustável Os articuladores totalmente ajustáveis permitem a replicação precisa das relações da mandíbula com a maxila e do movimento mandibular lateral e protrusivo da mandíbula. São instrumentos complexos que são sensíveis à técnica. Utilizam-se principalmente em prótese fixa extensa e nas reabilitações orais complexas. Klineberg I, Jagger R. Occlusion and clinical practice. Na evidence-based approach. Edinburgh. Elsevier. 2004 Dawson PE. Functional Occlusion: From TMJ to Smile Design. St. Louis. Mosby. 2007 Okeson JP. Management of Temporomandibular disorders and Occlusion. St. Louis. Elsevier.2020 PROTAR 9 Classe IV – Articulador Totalmente ajustável Permite a orientação dos modelos relativamente às ATM e simula os movimentos mandibulares tridimensionais com grande precisão • Contenções cêntricas de alta precisão • Trajectória condílea ajustável (-15º; +75º) • Ângulo de Bennett ajustável (4º; 30º) • ISS – 0 a1,5 mm • Ângulo shift • Protrusão, retrusão e distracção condílea • Trajectóriascurvilíneas KaVo Elektrotechnisches Werk GmbH, Leutkirch ARTICULADORES - Utilização • Diagnóstico • Planificação do tratamento • Tratamento ARTICULADORES - Diagnóstico Análise de modelos de estudo • Modelos de boa qualidade devem ser montados num articulador semi-ajustável, ou totalmente ajustável, usando um arco facial e um registro em RC. • As configurações condilares são ajustadas através de registos laterais e protrusivos. Verificação da precisão da articulação dos modelos • É importante garantir que os modelos articulados reproduzam com precisão a oclusão do doente, pois são várias as causas de erros na montagem dos modelos. • Erros comuns são um registo oclusal incorreto, moldes imprecisos e erros de montagem. Klineberg I, Jagger R. Occlusion and clinical practice. Na evidence-based approach. Edinburgh. Elsevier. 2004 Dawson PE. Functional Occlusion: From TMJ to Smile Design. St. Louis. Mosby. 2007 Okeson JP. Management of Temporomandibular disorders and Occlusion. St. Louis. Elsevier.2020 ARTICULADORES - Diagnóstico Avaliação oclusal • Verificar os contactos oclusais em OC ou posição de referência (RC adaptada, posição terapêutica) - prematuridades • Verificar os contactos oclusais em lateralidade (interferências em trabalho e não trabalho) e protrusão (interferências trabalhantes e não trabalhantes) • Analisar a curva de Spee e a curva de Wilson • Estudar o plano oclusal com o plano de Fox. Klineberg I, Jagger R. Occlusion and clinical practice. Na evidence-based approach. Edinburgh. Elsevier. 2004 Dawson PE. Functional Occlusion: From TMJ to Smile Design. St. Louis. Mosby. 2007 Okeson JP. Management of Temporomandibular disorders and Occlusion. St. Louis. Elsevier.2020 ARTICULADORES - Diagnóstico • Melhorar a visualização das inter-relações estáticas e funcionais dos dentes • Facilidade da dinâmica mandibular • Ausência de reflexos neuromusculares ARTICULADORES - Diagnóstico Melhorar a visualização das inter-relações estáticas e funcionais dos dentes KaVo Elektrotechnisches Werk GmbH, Leutkirch Optimização da visão do plano de oclusão a partir da zona posterior ARTICULADORES - Diagnóstico KaVo Elektrotechnisches Werk GmbH, Leutkirch Requerimentos para o uso de um articulador 1. Acesso irrestrito dos côndilos para completar o posicionamento em RC. 2. Fecho sem deflexão em RC. 3. Contatos simultâneos de igual intensidade dos dentes posteriores em harmonia com os côndilos completamente posicionados em RC e oclusão cêntrica dos dentes anteriores. 4. Um plano de oclusão e plano incisal aceitáveis. 5. Uma orientação anterior que está em harmonia com o envelope de função. 6. Desoclusão imediata dos dentes posteriores, quando a mandíbula se move a partir da RC ARTICULADORES - Planificação do tratamento Dawson PE. Functional Occlusion: From TMJ to Smile Design. St. Louis. Mosby. 2007 O primeiro objetivo de um articulador é relacionar o modelo inferior com o modelo superior em RC. Se essa relação é mantida em diferentes níveis de DVO, os modelos também estaô relacionados com o eixo condilar. À medida que a mandíbula abre ou fecha num arco correto de RC, a relação da mandíbula com o eixo condilar é mantida. As relações interdentárias corretas podem ser analisadas com precisão na mesma dimensão vertical do contacto oclusal pretendido, apenas na posição de RC. Dawson PE. Functional Occlusion: From TMJ to Smile Design. St. Louis. Mosby. 2007 ARTICULADORES - Planificação do tratamento ARTICULADORES - Planificação do tratamento • Desgastes oclusais selectivos • Modelos diagnósticos funcionais em cera • Desenho das prótese fixas • Planificação de tratamento ortodôntico • Relação maxilo-mandibular • Alinhamento dentário • Apinhamento • Extracções • Diastemas • Mesializações ESCOLHA DO ARTICULADOR Critérios de selecção § Manter a rotação pura firme e exacta (posição de referência) § Permitir a transferência do eixo condilar § Programar os determinantes posteriores § Regular a distância inter-condilea § Articuladores intercambiáveis e sincronizados § Permitir evolução § Confecção em materiais resistentes § Peças de esterilização fácil § De manejo fácil § De fácil limpeza § De custo razoável Consultório médico dentário / Laboratório de prótese ARCO DE TRANSFERÊNCIA Arco facial Arco facial Instrumento utilizado para registrar a relação espacial da arcada maxilar com algum ponto ou pontos de referência anatómicos e transferir essa relação para um articulador. - orienta o modelo maxilar na mesma relação do eixo de abertura do articulador; - por norma, as referências anatómicas são o eixo horizontal transversal mandibular e um outro ponto de referência selecionado na zona anterior. THE GLOSSARY OF PROSTHODONTIC TERMS Ninth Edition - (GPT-9). The Academy of Prosthodontics . J prosthet dent.2017;117:e1-e105 Instrumento que registra a relação da maxila com o eixo de rotação de charneira da mandíbula. Permite que o modelo de gesso maxilar seja colocado numa relação equivalente no articulador. Klineberg I, Jagger R. Occlusion and clinical practice. Na evidence-based approach. Edinburgh. Elsevier. 2004 Arco facial Um arco facial relaciona a maxila com o eixo condilar. Na transferência para o articulador mantem a mesma relação do modelo de gesso superior com o eixo de rotação do articulador. O modelo de gesso inferior é montado com um registo de mordida em relação cêntrica, de modo que também esteja relacionado com o eixo de rotação do articulador. O arco facial relaciona o modelo superior com o eixo condilar horizontal, o que é uma necessidade absoluta para a montagem precisa dos modelos no articulador. O registro de mordida em relação cêntrica mais perfeito, torna-se impreciso se não for relacionado com o eixo condilar. Um arco facial é uma necessidade para a precisão da montagem em articulador. Dawson PE. Functional Occlusion: From TMJ to Smile Design. St. Louis. Mosby. 2007 Arco facial Dawson PE. Functional Occlusion: From TMJ to Smile Design. St. Louis. Mosby. 2007 O uso de um arco facial é uma das etapas mais negligenciadas de todos os procedimentos necessários para a precisão na análise e tratamento oclusal. A única explicação para essa negligência é a falta de compreensão das razões da sua importância. Reproduzir o eixo condilar horizontal é o primeiro requisito essencial, visto que a precisão de todas as outras relações depende de um ponto de partida correto. O mais importante de todos os recursos do instrumento pode ser realizado, com a mesma precisão, em qualquer articulador que aceite a transferência de um registo com arco facial. Este requisito pode ser efectuado com a mesma precisão quer num articulador semiajustável, quer no articulador totalmente ajustável mais complexo. Planos de Referência Anatómicos Plano horizontal de Frankfort Plano de Camper Plano Oclusal Tipos de arco facial • Localizador do eixo condilar • Localizador do eixo condilar aproximado (montagem simplificada) • Localização anatómica • Localização arbitrária • Localização estatística • Localização com ponteiras auriculares Tipos de arco facial O uso de um arco facial cinemático requer que o eixo condilar horizontal seja determinado com mais precisão, o que pode ser mais relevante quando houver a necessidade de reproduzir os movimentos precisos de abertura e fecho da mandíbula no articulador, como nas reabilitações complexas que envolvem alterações das relações oclusais verticais e horizontais existentes. Localizador do eixo condilar – Arco facial cinemático Banerji S, Shamir B, Mehta SB, Ho CCK. Practical Procedures in Aesthetic Dentistry, First Edition. New Delhi. John Wiley & Sons, Ltd. 2017 Localizador do eixo condilar – arco facial cinemático • Variações da dimensão vertical • Movimentos de lateralidade mais precisos • Controlo da simetria no plano frontal Orthlieb J-D, Brocard D, Schittly J; Maniere-Ezvan a. Occlusodontie pratique. Paris.Editions CdP.2000Pesquisa do eixo condilar (apenas rotação) Plano de referência (três pontos) Localizador do eixo condilar – arco facial cinemático Orthlieb J-D, Brocard D, Schittly J; Maniere-Ezvan a. Occlusodontie pratique. Paris.Editions CdP.2000 • É mais fiável porque não é arbitrária • Localiza-se a nível da depressão pré-auricular originada pela translação do côndilo Os pontos de emergência cutânea do eixo condilar podem ser localizados por palpação dos polos laterais dos côndilos Localizador do eixo condilar aproximado – Localização anatómica Orthlieb J-D, Brocard D, Schittly J; Maniere-Ezvan a. Occlusodontie pratique. Paris.Editions CdP.2000 Localizador do eixo condilar. Localização arbitrária – Localização estatística • Grande variabilidade individual ligada à assimetria condilea • Pontos diferentes de emergência condilea Ponto de Guichet • 13 mm à frente e 5 mm abaixo da linha tragus-ectocanthion Ponto de Duminil • 9,5 mm à frente e 7,5 mm abaixo da linha tragus - ectocanthion Orthlieb J-D, Brocard D, Schittly J; Maniere-Ezvan a. Occlusodontie pratique. Paris.Editions CdP.2000 Localizador do eixo condilar - Localização arbitraria – Ponteiras auriculares Os arcos faciais arbitrários, são menos precisos na maneira como se relacionam com o eixo condilar. No entanto, são adequados (e foi provado que o são) para a maioria dos procedimentos dentários restauradores de rotina. Banerji S, Shamir B, Mehta SB, Ho CCK. Practical Procedures in Aesthetic Dentistry, First Edition. New Delhi. John Wiley & Sons, Ltd. 2017 Arco facial ARCUS® • A relação da posição da arcada dentária do maxilar superior e do eixo de charneira pode ser determinada, arbitrariamente, num curto espaço de tempo. • Podem ser utilizados tanto o plano horizontal de Frankfort (PHF) como o plano de Camper (PC) FH CE Localizador do eixo condilar - Localização arbitraria – Ponteiras auriculares Localizador do eixo condilar - Localização arbitraria – Ponteiras auriculares Ponteiras auriculares Arco facial PROTAR Arco facial SAM Localizador do eixo condilar. Localização arbitraria – Ponteiras auriculares Localizador do eixo condilar - Localização arbitraria - Ponteiras auriculares Uma variação importante da altura da face, implica que o arco seja alinhado pelo ponto sub-orbitário, sem utilizar o apoio nasal Montagem do arco facial Posicionamento definido da cabeça Montagem do arco facial - Transferência de dados § Posição do maxilar superior em relação à ATM • Arco facial § Posição inter-arcadas • Registos oclusais em RC Montagem do arco facial - Transferência de dados Montagem do modelo superior Referências posteriores – pinos na base inferior do articulador Referência. anterior – ponteiro incisal Montagem do arco facial - Transferência de dados • Mesa de transferência • Posição exacta do modelo superior Transferência para o articulador 1 2 Montagem com mesa de transferência ADAPTAÇÃO DO ARCO FACIAL AO CRÂNIO 1 2 3 4 5 Montagem dos modelos em Articulador Efectuar retenções nas bases dos modelos para uma melhor aderência do gesso às bases do articulador • Relação entre as arcadas dentárias • Posição músculo-esquelética estável (RC) • Posição terapêutica • Dimensão vertical • Planos de referência • Plano de Frankfort (porion – ponto orbitário) • Plano de Camper (tragus – espinha nasal anterior) • Plano axio-orbitário (pontos do eixo de rotação do articulador – ponto sub-orbitário) • Plano oclusal • Plano de Frankfort • Plano de Camper • Plano oclusal • Trajectória condílea Ângulos diferentes da trajectória condílea de acordo com o plano de referência Plano de referência – plano de Camper Valores médios • Guia condílea – 30º • Ângulo de Bennett – 15º Protar SAM Artex • Relação entre a posição do eixo de rotação do côndilo e a espessura do registo de articulação. • Os erros de articulação são proporcionais à espessura do registo. • O contacto oclusal só é correcto quando o eixo condilar coincide com o eixo de rotação do articulador. Montagem com arco facial arbitrário é aceitável, desde que o registo de oclusão em relação cêntrica não seja superior a 3 mm. Registo interoclusal Registo interoclusal • Espessura do registo interoclusal • Relação intermaxilar exacta • Eixo condilar coincide com o eixo de rotação do articulador Programação do articulador § Programação com valores médios § Registos intra-orais § Registos extra-orais Programação do articulador com valores médios Valores médios (Sem registos) § Ângulo de Bennett (15º) § Ângulo da inclinação da trajectória condílea: (30º) Hanau não concordou com as teorias "geométricas" do movimento mandibular propostas por Hall, Monson e outros. Acreditava firmemente que um articulador deveria ser programado através de registros efectuados pelo doente. "Devemos ajustar um articulador para se adequar às necessidades anatómicas ... (do doente), ou podemos esperar que os nossos doentes sejam inseridos num articulador programado com valores médios? ” Fórmula de Hanau Engelmeier RL, Belles DM, Engelmeier RL, Starcke EN. The history of articulators: the contributions of Rudolph L. Hanau and his company--part I. J Prosthodont. 2012;19:409-18 Esta fórmula, utilizada no articulador Hanau modelo H tinha, por finalidade, obter valores de lateralidade que eliminavam as prematuridades entre as vertentes distais das cúspides inferiores e as vertentes mesiais das cúspides superiores, para articularem de acordo com o que era teoricamente considerado como uma oclusão anatómica. L – lateral condyle indication in degrees H – horizontal condyle indication in degrees and established by the protrusive relation rest record Engelmeier RL, Belles DM, Engelmeier RL, Starcke EN. The history of articulators: the contributions of Rudolph L. Hanau and his company--part I. J Prosthodont. 2012;19:409-18 L – lateral condyle indication in degrees H – horizontal condyle indication in degrees and established by the protrusive relation rest record As configurações laterais variam consistentemente em torno de 15◦ Fórmula de Hanau Programação do articulador com registos intra-orais Confecção da guia anterior Programação do articulador Confecção da guia anterior Platina incisal com spray de silicone Preenchimento da platina incisal com acrílico autopolimerizável Confecção da guia anterior Platina incisal preenchido com acrílico autopolimerizável Confecção da guia anterior Colocação do pino incisal na posição de OC/IM Confecção da guia anterior Pino incisal a marcar a trajectória protrusiva Confecção da guia anterior Pino incisal a marcar a trajectória lateral direita Confecção da guia anterior Pino incisal a marcar a trajectória lateral esquerda Confecção da guia anterior Confecção da guia anterior Pino incisal a iniciar a duplicação da guia anterior em acrílico autopolimerizável Uma mesa guia anterior personalizada completa Programação do articulador Registos extra-orais PROGRAMAÇÃO DO ARTICULADOR - Registos extra-orais da cinemática condilea qAxiógrafo mecânico qAxiógrafo computadorizado qSistema de ultrassons T-Scan/Articulador