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A base legal da educação básica no Brasil

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A Base Legal da Educação Básica 
no Brasil – Parte 1 
 
A lei de diretrizes e bases da educação (LDB) e os princípios da educação 
escolar 
A LDB inicia conceituando o que é educação em seu artigo 1º afirmando que a 
educação abrange os processos formativos desenvolvidos: 
 
 
 
Portanto, entende a educação em seu aspecto ampliado, podendo ser adquirida 
em vários espaços sociais, sendo o primeiro dele a família. A família tem um papel 
fundamental na vida da criança, pois é nela que a pessoa inicia o seu contato com as 
pessoas e com o mundo. O relacionamento familiar precisa oferecer um espaço de 
convivência no qual as crianças sejam educadas com base em valores sociais 
positivos, para facilitar o convívio delas com outras pessoas. 
A lei tem como finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo 
para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. O artigo 3º da LDB 
reforça essa educação de valores, pois afirma que o ensino nas escolas brasileiras 
será ministrado com base nos princípios da igualdade, liberdade, pluralismo de ideias 
e respeito. 
 
 
Na vida familiar
Na convivência 
humana
No trabalho
Nas instituições 
de ensino e 
pesquisa
Nos movimentos 
sociais e 
organizções civis
Nas 
manifestações 
culturais
A estrutura e as modalidades da educação básica no Brasil 
O sistema de educação no Brasil e a educação escolar brasileira são compostos 
pela Educação Básica e pelo Ensino Superior (art. 21/LDB). Além de ter como 
finalidade o desenvolvimento integral do estudante e assegurar à toda a criança uma 
formação para o exercício da cidadania, orientação ao trabalho e estudos posteriores, 
a LDB prevê os direitos à educação e o dever de educar. 
O Estado tem o dever de prover educação escolar pública e garantir educação 
básica obrigatória e gratuita dos 4 aos 17 anos de idade. Os governos municipais 
deverão oferecer educação para crianças de 0 a 5 anos de idade, com apoio dos 
estados e do governo federal. Após os 5 anos terá acesso público e gratuito aos 
ensinos fundamental e médio, inclusive para aqueles que não conseguiram concluir 
esses níveis na idade adequada, é o Ensino de Jovens e Adultos (EJA). 
A escola deve oferecer condições especiais para o público EJA. Para crianças 
que precisam de atendimento especial, o Estado deve prover atendimento 
educacional especializado gratuito em casos de transtornos globais do 
desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação. Esse atendimento deve ser 
feito, preferencialmente, na rede regular de ensino. 
Também é oferecido, pela LDB, como direito dos estudantes, o acesso aos níveis 
mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, de acordo com a 
capacidade de cada um. Para aqueles que possuem dificuldades de frequentar às 
aulas durante o dia, a LDB também confere o direito ao estudo no turno da noite 
regular e que esse período seja adequado às condições desses estudantes. A lei 
estabelece que sejam criados programas suplementares de transporte, bem como 
de material didático-escolar, alimentação e assistência à saúde a todos os alunos da 
Educação Básica no Brasil. 
 
Sobre a qualidade de ensino, a LDB afirma que “padrões mínimos de qualidade 
de ensino, definidos como a variedade e quantidade mínimas, por aluno, de insumos 
indispensáveis ao desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem”. 
 
Os sistemas de ensino são organizados em regime de colaboração pela União, 
pelos estados, pelo Distrito Federal e pelos municípios. Para a União cabe a 
responsabilidade de coordenar a política nacional de educação e articular os níveis e 
sistemas de ensino. A função da União é normativa, redistributiva e supletiva em 
relação aos demais governos. Mas, os estados, os municípios e o Distrito Federal têm 
total liberdade para organizar seus sistemas de ensino de acordo com o que prevê a 
LDB. As escolas, sejam elas públicas ou privadas, também têm compromissos 
afirmados na LDB. 
Todos os sistemas de ensino da rede pública devem seguir as normas da gestão 
democrática no ensino público na educação básica. Para isso, as escolas públicas 
precisam seguir regras fundamentais que permitam a participação dos profissionais 
da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola e no envolvimento das 
comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes. Os diretores 
das escolas públicas possuem autonomia pedagógica e administrativa para gerir 
pedagógica e financeiramente suas unidades, de acordo com as normas gerais. Já as 
escolas privadas poderão escolher se querem ou não aplicar a gestão democrática 
em sua administração. Todas as escolas deverão cumprir carga horária mínima anual 
de 800 horas tanto para o ensino fundamental como para o ensino médio, distribuídas 
por um mínimo de 200 dias letivos. 
 
A organização e oferta do ensino entre os entes da federão ficou assim 
estabelecida: 
 
• Distrito Federal e municípios devem oferecer a Educação Infantil em creches e 
pré-escolas, mas têm o dever prioritário de ofertar o Ensino Fundamental a todas 
as crianças brasileiras. 
• Estados e Distrito Federal devem assegurar a todas as crianças, o Ensino 
Fundamental e oferecer, com prioridade, o Ensino Médio. 
 
As diretrizes curriculares nacionais para a Educação Básica 
As Novas Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica (DCNs) estão 
dispostas em documento elaborado pelo Ministério da Educação (MEC) e engloba 
todos os níveis da educação básica, bem como resoluções destinadas às modalidades 
da educação básica. Todo o documento é permeado pela perspectiva dos direitos 
humanos, da educação ambiental e da educação das relações étnico-raciais, 
especialmente as matrizes indígena, africana e europeia. 
Uma das grandes preocupações das DCNs é a questão curricular. Os currículos 
do Ensino Fundamental e Médio, de acordo com os marcos legais da Educação no 
Brasil, devem ter uma base comum nacional, que precisa ser incrementada de acordo 
com o sistema de ensino ou estabelecimento escolar, e uma parte diversificada que 
comportará as peculiaridades regionais de cada escola, comunidade e cultura local. 
A parte comum nacional deve ser compreendida como os conhecimentos, 
saberes e valores produzidos culturalmente, expressos nas políticas públicas e 
produzidos: 
• Nas instituições produtoras do conhecimento científico e tecnológico; 
• No mundo do trabalho; 
• No desenvolvimento das linguagens; 
• Nas atividades desportivas e corporais; 
• Na produção artística nas suas mais variadas formas; 
• No exercício da cidadania; 
• Nos movimentos sociais. 
 
A parte comum curricular nacional deve abranger também o ensino da Arte e suas 
expressões regionais como uma disciplina ou um componente curricular obrigatório, 
em todos os anos da Educação Básica, com a finalidade de desenvolver o nível 
cultural dos alunos. Outro componente obrigatório é a Educação Física, sendo 
facultativa se o aluno cumprir alguns requisitos. 
Acerca do ensino de história brasileira, o currículo precisa considerar as 
contribuições das diversas culturas e etnias que formaram o povo e a nação 
brasileira, especialmente as matrizes indígena, africana e europeia, como tratamos 
anteriormente. Em todas as escolas do ensino fundamental e do ensino médio é 
obrigatório o estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena, de modo a tratar 
e resgatar a contribuição desses dois grupos étnicos para a formação do povo 
brasileiro e o desenvolvimento da economia nacional. 
O ensino religioso consta na parte obrigatória do currículo, no entanto, é 
facultativo ao aluno, mas se constitui como “parte integrante da formação básica do 
cidadão, sendo disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino 
fundamental, assegurado o respeito à diversidade cultural religiosa do Brasil, 
vedadas quaisquer formas de proselitismo” (BRASIL, 1996). 
Todas as escolas deverão inserir, obrigatoriamente,a partir do 6º ano do ensino 
fundamental, pelo menos, o ensino de uma língua estrangeira moderna. A escolha da 
língua será da escola e da comunidade escolar. E, cada escola, de acordo com o 
interesse da comunidade local e seu projeto político pedagógico poderá incrementar 
o currículo com componentes curriculares específicos. 
 
A LDB e sua aplicação no contexto escolar 
A LDB propõe que a Educação Básica deva ter por finalidade o desenvolvimento 
do aluno, de modo a assegurar-lhe formação comum para que exerça sua cidadania, 
e que a educação escolar forneça meios para progressão no trabalho e nos estudos 
posteriores. Para isso, as escolas organizarão os estudos em séries anuais, períodos 
semestrais, ciclos ou grupos não seriados, com base na idade, na competência ou em 
diversos outros critérios. 
 
A Educação Infantil é a primeira etapa da Educação Básica e tem como objetivo 
desenvolver integralmente a criança de até cinco anos nos aspectos físico, 
psicológico, intelectual e social. Nessa etapa o Estado deverá disponibilizar creches 
para crianças de até 3 anos e pré-escolas para atender aquelas de 4 a 5 anos. A 
avaliação deve ser mediante acompanhamento e registro do desenvolvimento das 
crianças, mas não para aprovar ou reprovar. A carga horária é de 800 horas divididas 
em 200 dias letivos. 
 
O Ensino Fundamental deve ser ministrado na língua portuguesa, mas será 
assegurada às comunidades indígenas estudarem em suas línguas maternas e ter 
processos próprios de aprendizagem e contemplar conteúdos e assuntos que 
trabalhem os direitos das crianças e dos adolescentes, e devem ser abordados os 
símbolos nacionais como tema transversal. 
O Ensino Médio é a etapa final da Educação Básica e deve ter duração mínima de 
3 anos. Nessa fase muitos adolescentes evadem da escola. Diante desse motivo, a 
qualidade de ensino e a estrutura curricular empregada pela Base Nacional Comum 
Curricular (BNCC) são amplamente discutidas. 
São levantadas questões como: Há excesso de componentes curriculares? A 
abordagem pedagógica conversa com a cultura e interesse dos jovens? 
As áreas de conhecimento definidas pela BNCC são: 
 
• Linguagens e suas tecnologias – Arte, Educação Física, Língua inglesa e Língua 
portuguesa; 
• Matemática; 
• Ciências da Natureza – Biologia, Física e Química; 
• Ciências Humanas e Sociais aplicadas – História, Geografia, Sociologia e Filosofia. 
 
Além disso, a BNCC também é dividida em competências. As competências 
gerais são as mesmas propostas para a Educação Infantil e o Ensino Fundamental 
relacionadas ao pensamento científico, crítico e criativo, diversidade cultural, 
comunicação, cultura digital, trabalho e projeto de vida, argumentação, 
autoconhecimento, cooperação, empatia, responsabilidade para consigo e com o 
outro e cidadania. 
A carga horária foi aumentada para 2.400 horas e, em breve para 3.000 horas. 
No período noturno, a proposta é ampliar a duração do curso para mais de 3 anos, 
com menor carga horária diária e anual, garantido o total mínimo de horas. 
 
Educação profissional técnica de nível médio 
A Educação profissional de nível médio deverá ser desenvolvida de maneira 
articulada com o Ensino Médio ou ocorrer de maneira subsequente à sua conclusão. 
Esses cursos conferem diploma aos estudantes e possibilitam a qualificação 
para o trabalho e são planejados para habilitar o estudando como profissional técnico 
de nível médio. Seus objetivos estão contidos nas diretrizes curriculares nacionais e 
só podem ser oferecidos a quem já tenha concluído o ensino fundamental. 
 
Educação de jovens e adultos (EJA) 
Essa modalidade de ensino é destinada aos estudantes que não conseguiram 
estudar na idade própria e será instrumento para a educação e a aprendizagem ao 
longo da vida. Os sistemas de ensino público deverão assegurar a EJA, de forma 
gratuita, a todo cidadão brasileiro e levar em conta as peculiaridades desse público, 
como: interesses, condições de vida e de trabalho. 
A EJA deve se vincular com a Educação profissional, e os sistemas de ensino 
deverão manter cursos e exames supletivos correspondentes ao currículo comum 
nacional, a fim de habilitar o aluno a prosseguir seus estudos. Esses exames ocorrem 
ao fim do Ensino Fundamental, para maiores de 15 anos, e na conclusão do Ensino 
Médio, para maiores de 18 anos. Além disso, devem ser feitos testes de 
conhecimentos e habilidades adquiridos de maneira informal. 
 
Educação especial 
É a modalidade de educação escolar oferecida preferencialmente na rede regular 
de ensino, para educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento 
e altas habilidades ou superdotação. A Lei 9394/96 (LDB) assegura ao estudante que 
se enquadra na E. I. de ter um serviço de apoio especializado, na escola regular, que 
atenda às suas especificidades enquanto aprendiz. Caso não seja possível a 
integração da criança em classes comuns do ensino regular, esse atendimento 
deverá ser realizado em classes, escolas ou serviços especializados que atendam às 
condições específicas desses alunos, desde a Educação Infantil. 
Para esses alunos, os sistemas de ensino e as escolas precisarão assegurar 
currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específicos, para 
atender às suas necessidades, bem como a terminalidade necessária e específica 
para que concluam o ensino fundamental. As escolas precisam oferecer professores 
especializados para atendimento individual e professores capacitados para a 
integração desses educandos nas classes comuns. Esse requisito está diretamente 
ligado à qualidade da formação docente no Brasil, sendo centro de muitas discussões. 
 
Plano Nacional de Educação (PNE) 
Plano elaborado para a educação brasileira, que institui 20 metas gerais, 
divididas em grupos, para a Educação Básica e Ensino Superior. 
O grupo com as metas de 1 a 11 dizem respeito aos objetivos estruturantes para 
que a educação brasileira garanta o direito à Educação Básica com qualidade. O grupo 
com as metas de 12 a 14 abordam o Ensino Superior, seu cotidiano acadêmico e Social. 
Já as metas de 15 a 18 se preocupam com a formação do professor. 
 
Política da Educação no Brasil: da descontinuidade à reforma dos anos 
1990 e sua influência no contexto escolar 
As políticas públicas para a educação começaram a acontecer a partir dos anos 
1990. 
A partir de reformas mundiais e no Brasil, começou um processo de 
descentralização das decisões e das ações públicas e firmou-se a ideia de que a 
Educação precisaria ser observada por meio dos critérios de eficiência e qualidade. 
Foram realizados fóruns, debates e campanhas com a finalidade de discutir e levantar 
propostas para a instituição de políticas educacionais nos países. Dentre as pessoas 
que lideravam esses movimentos, estavam os organismos internacionais, como ONU, 
OMC, OMS, UNESCO, UNIFEC, União Europeia, Greenpeace, Cruz Vermelha e outros. 
Essas agências internacionais afirmavam, na década de 1990, que a Educação é 
uma maneira de o país conseguir ser competitivo e se desenvolver no contexto 
internacional. Por isso, esses organismos internacionais sustentam que deve haver 
uma Agenda Global Estruturada para tratar da Educação em todos os países que 
fazem parte dessas instituições estrangeiras. 
 
No Brasil, o movimento neoliberalista começou no governo do presidente Collor 
de Mello (1990-1992), quando houve processo de reforma econômica, abrindo o 
mercado brasileiro aos produtos internacionais, visando aumentar a competitividade 
dos produtos brasileiros. Esse processo influenciou a indústria nacional a se 
remodelar e causou grande impacto em todos os setores da economia, uma vez que 
a indústria brasileira estava em desvantagem devido a todo o seu processo histórico. 
A competitividade gerou a busca por melhoria e esbarrou na Educação, pois, de 
acordo com os neoliberalistas, a Educação um dos principais e determinanteselementos para a competividade entre os e o desenvolvimento de uma nação. Dessa 
forma, aliou-se a competitividade e a produtividade econômica à qualificação 
profissional dos trabalhadores, ou seja, a Educação é o sustentáculo da economia de 
um país. 
A educação brasileira como estava não dava conta da competitividade, por isso 
necessitava de reformas educacionais que atendessem às exigências da nova 
realidade social, econômica e política. Por essa razão, surgiram os discursos da 
universalização da Educação escolar e da democratização das oportunidades 
educacionais. Atuaram nessa interlocução entre governo e sociedade, os organismos 
internacionais, o Banco Mundial e a ONU. Esses dois órgãos determinaram a 
reestruturação econômica e educacional em toda a América Latina, em que a 
privatização da Educação era um ponto fundamental para que a reforma ocorresse 
de maneira satisfatória. 
 
O Estatuto da Criança e do Adolescente e as políticas públicas dos anos 
1990 
A década de 90 também foi marcada pelo nascimento do ECA. 
 
O Estatuto regulamenta os direitos das crianças e dos adolescentes mediante as 
orientações afirmadas na Constituição Federal de 1988, na Declaração dos Direitos 
da Criança, nas regras de Beijing (regras mínimas que os países precisam seguir 
para cuidar de suas crianças e adolescentes com justiça e equidade) e nas Diretrizes 
das Nações Unidas para prevenção da Delinquência Juvenil. 
Tem a finalidade de proteger integralmente crianças e adolescentes, de forma a 
garantir direitos a esses sujeitos. Mas só funciona plenamente quando o seu teor 
político, social e ético é conhecido e discutido. Sobretudo, quando entendermos que 
a infância e a adolescência representam fases importantes e peculiares do 
desenvolvimento humano e por isso, precisam ter tratamento especial, com bases 
pedagógicas. 
O ECA entende as crianças e adolescentes como cidadãos de direitos que 
precisam ter como prioridade o ensino, lazer e saúde; que necessitam de cuidados 
especiais para não sofrerem nenhum tipo de violência e para não sofrerem 
exploração, como trabalho compulsório; e carentes de políticas públicas de 
atendimento.

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