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Diarreia: Causas, Sintomas e Diagnóstico

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ANA CAROLINA ALVES DOS SANTOS 
 
Diarreia – palestra 
O que é diarreia? 
É a eliminação de fezes com consistência pastosa ou 
liquida acompanhada de 
• Aumento do número de evacuações diárias 
• Aumento da massa fecal 
Por que ocorre? 
Redução da absorção e/ou aumento da secreção 
Infecção aguda ou crônica- intuito de eliminar o 
agente agressor 
Por isso que não deve ser usado remédio para cortar a 
diarreia, pois o corpo está tentando eliminar 
DIARREIA AGUDA 
Em 90% dos casos é de causa infecciosa, outras 
causas: drogas, alergia alimentar, isquemia, doenças 
autoimunes como doença de chron 
Instalação súbita e curso auto-limitado- 14 dias 
Prevalência 3 a 5 bilhões de casos/ano 
Mortalidade: 5 a 10 milhoes/ano 
Sem ser por infecciosidade 
VIRAL BACTERIANA PROTOZOARIA 
Rotavírus * Shigella * Giárdia* 
Vírus Norwalk* Salmonella * E. histolytica * 
Calicivirus Campylobacter cryptosporidium 
Astrovírus E. coli * 
Coronavírus Yersinia* 
Herpes simples C. difficile e C. 
perfringens 
 
CMV S aureus 
 Bacillus cereus 
 Vibrio cholerae* 
 
Classificação 
Quanto ao local de origem: local do agente, ciclo, 
mecanismo de ação do agente 
Intestino delgado Colón 
Alta Baixa 
Aquosa Pastosa 
Volumosa Pouco volumosa 
Ph menor que 5,5 Ph maior que 5,5 
Poucas vezes ao dia e 
cessa com jejum 
Esteatorreia- presença de 
gordura nas fezes 
Restos alimentares 
Várias vezes ao dia 
Disenteria (diarreia com 
muco e sangue) 
Tenesmo = faz força ao 
evacuar e nada sai 
Prolapso 
Leva uma sindrome 
diabsortiva 
Urgência fecal 
Dor anorretal 
Virus 
Bactéria E. cole EPEC, 
ETEC, clostridium, 
perfringens, V.cholerae 
Parasitas; giárdia, 
cryptoporidium, tenias, 
ancilostomose, áscaris e 
strongioidose 
Bactéria – E coli (EIEC, 
EHEC) shigella, 
salmonella, 
campylobacter, yersinia, 
C. difficile, Aeromosas 
Parasitas- entamoebas, 
oxiurus, trichuris 
 
 
Aguda, persistente ou cronica? 
Aguda: até 2 semanas 
Protraída ou persistente: 2-4 semanas 
Cronica: mais de 4 semanas 
Características clínicas das parasitoses 
Dor abdominal: epigástrica (giardíase, 
estrongiloidiase, teníase) periumbical (ascaridíase), 
fossa ilíaca direita ( tricocefaliase, oxiuriase) 
Disenteria: amebíase, ancilostomose, estrongiloidose, 
tricuriase 
Diarreia cronica: giardíase, amebíase, tricuriase 
maciça 
Sindrome de Loeffer: ascaridíase, estrongiloidiase, 
ancilostomose, toxocariase 
RESPOSTA IMUNOLOGICA 
A resposta imunológica é Th2, que e protetora nas 
infecções por helmintos que vivem na luz intestinal 
Diarreia para eliminar o helminto 
 
ANA CAROLINA ALVES DOS SANTOS 
 
Apresentação do antígeno -> produção IgE -> 
liberação de mastócitos -> liberação de grânulos 
imediatamente/ prolongado 
No caso da histamina é mais imediato: faz 
vasodilatação, provoca o edema, provoca a perda de 
liquido para a luz intestinal aumentando o volume 
intestinal fazendo com que a a diarreia aconteça. 
Diarreia cronica não é mais a histamina, mas sim o 
leucotrieno que assume essa função. 
Liberação de mediadores 
• Efeitos farmacológicos: vasodilatação, perda 
de líquidos e celulas, aumento da produção 
de muco em vias aeres e fluido intestinal 
• Efeitos clínicos: asma, rinite, anafilaxia, 
expulsão dos vermes da luz intestinal 
Vermes maiores – IgE e os eosinófilos – liberar os 
grânulos que tenta corroer a parada desse verme e 
consequentemente destruir 
Diarreia – diagnostico 
Anamnese 
Saber as condições de vida do paciente e a 
epidemiologia do local 
Exame físico no diagnóstico da diarreia 
• Sinais vitais 
• Febre 
• Emagrecimento 
• Adenomegalias 
• Massa/distensão abdominal 
Estudo das fezes 
• Exame parasitológico (EPF – mostra se tem 
parasitas) e coprocultura (ver se tem 
bactérias). Para vírus tem um kit de teste 
rapido pra ver se tem rotavírus ou não no 
exame parasitológico 
• Sangue oculto nas fezes 
• Leucócitos ou lactoferrina fecal (marcador de 
leucócitos) – pode indicar uma infecção 
bacteriana 
Detalhes desses testes – NÃO PRECISA SABER 
Métodos gerais 
• HOFFMAN- coloca as vezes e deixa 
sedimentar, e pegar do sedimento para 
analisar 
• MIFC: Filtrar, Centrifugar o material, pegar o 
sedimento e olhar para analisar 
Métodos específicos EPF 
• Método de faust ou técnica de willis que 
evidencia cistos e ovos leves 
• Tamizacao – larvas peneira as vezes 
• Baerman e Moraes- água aquecida 45 graus – 
strongyloides stercoralis 
• Kato-katz- schistossoma mansoni 
Consistência das fezes 
 
Diarreia aguda Escheria coli 
Enteropatogênica = diarreia não inflamatória - EPEC 
Enterotoxigenica = diarreia não inflamatória-ETEC 
Enteroaderente e de adesão difusa = diarreia não 
inflamatória -EAEC 
Enterohemorragica = diarreia inflamatória -EHEC 
Enteroinvasiva = diarreia inflamatória - EIEC 
Diarreia baixa inflamatória – diarreia aguda baixa, 
inflamatória – Shigella – S. dysenteriae – pode 
precipitar a sindrome hemolítica urêmica ( 
insuficiência renal aguda, plaquetopenia, anemia) 
não se trata com antibiótico – via de regra, tem que 
monitorar o paciente, tem que perceber como esta 
evoluindo, se o sistema imune não der conta, tem 
uma toxina shiga que pode ser afetado demias 
diarreia aguda, baixa inflamatória Salmonella 
Bactéria pode estar no ovo, maionese, comida 
estragada, causa também uma diarreia aguda 
inflamatória, com muco e sangue 
Diarreia bacteriana é autolimitada quase - se hidratar 
e monitorar vai ceder sozinha, não precisa usar 
antibiótico 
ANA CAROLINA ALVES DOS SANTOS 
 
 
Intoxicação alimentar x infeccao 
Doenças causas por toxinas produzidas por bactérias 
contaminantes presentes no alimento antes do 
consumo. A bactéria em si não causa diarreia, mas 
libera uma enderotoxina que causa a diarreia - 
diarreia que vem e vai rapidamente. 
S aureus, B. cereus – toxinas resistentes ao calor e a 
acao de enzimas digestivas 
C. botulinum – toxinas resistentes à acao de enzimas 
difestivas, porem pode ser inativadas a 80ºC após 30 
min – botulismo infantil e de feridas: os esporos são 
ingeridos ou fixados na ferida, germinam, 
microrganismos se multiplicam e produzem a toxina in 
vivo 
A intoxicação por Clostridium botulinum 
O agente etiológico é o Clostridium botulinum que é 
uma bactéria anaeróbica, gram positiva, cujo habitat 
natural é o solo. 
Produz uma neurotoxina potente e tem capacidade de 
esporulação, o que lhe confere resistência ao calor e 
mantém a sua sobrevivência em alimentos não 
processados 
associados ao consumo de alimentos caseiros, 
especialmente vegetais, frutas e peixes 
inadequadamente conservados. Rararamente a 
alimentos processados, porem os alimentos 
enlatados, defumados ou em conserva, cujo 
tratamento térmico não permitiu a destruição dos 
esporos, também podem ser também fontes de 
contaminação 
Os sintomas gastrointestinais tendem a anteceder as 
manifestações neurológicas e são descritos como 
náuseas, vômitos, cólica intestinal e diarreia. Após a 
absorção intestinal da toxina, esta se dissemina por 
via hematogênica, atingindo as sinapses nervosas 
colinérgicas periféricas, bloqueando 
irreverssívelmente a liberação de acetilcolina, 
causando portanto uma parasilia flácida 
descendente, aguda e simétrica com ausência de 
febre, iniciando na musculatura bulbar. 
Os pacientes acometidos pelo botulismo geralmente 
apresentam dificuldade para enxergar, falar ou engolir 
e os achados mais proeminentes são representados 
por ptose, diploplia, visão turva, midríase, pupilas 
lentamente reativas à luz, disartria, disfonia e disfagia 
Os reflexos tendinosos desaparecem na evolução da 
doença, e o paciente cursa com constipação intestinal. 
O diagnóstico laboratorial é feito através da detecção 
da toxina botulínica em amostras fecais, aspirado 
gástrico, soro do paciente e nos alimentos suspeito. 
O tratamento dobotulismo consiste em oferecer a 
imunização passiva com a imunoglobulina eqüina anti-
toxina, que deve ser administrada precocemente. O 
uso da imunoglobulina irá minimizar a lesão nervosa 
subseqüente e atenuar a gravidade da doença, mas 
não reverte a paralisia já instalada 
toxina estafilocócica - Stafilococcus aureus 
Os principais alimentos relacionados à contaminação 
com as toxinas estafilocócicas são os cremes, bolos e 
coberturas de bolo, produtos feitos com ovos, 
carnes, frangos, atum e maionese. 
Geralmente a contaminação ocorre por intermédio 
dos cozinheiros, que são na maioria das vezes 
portadores da bactéria nos dedos e narinas. Este tipo 
de intoxicação não está relacionada a alimentos 
industrializados. 
O mecanismo pelo qual a toxina estafilocócica causa 
sintomas ainda não está claramente definido, mas 
parece que a mesma estimula o sistema nervoso 
autônomo e não é absorvida sistemicamente. Os 
sintomas principais da intoxicação ocorrem dentro de 
6 horas após a exposição, com o aparecimento de 
náuseas, vômitos, dor abdominal e diarréia, sendo a 
febre e a dor de cabeça um achado ocasional. 
Intoxicação pelo Bacilus cereus 
bactéria aeróbica, gram positiva, formadora de 
esporos e capaz de produzir toxina 
 Esta toxina é encontrada facilmente como 
contaminante de alimentos crus e processados, tais 
como arroz, condimentos, leites, vegetais, carnes, 
farináceos, sobremesas e bolos 
ANA CAROLINA ALVES DOS SANTOS 
 
O período de incubação geralmente é curto (média de 
6 a 12 horas) e a principal manifestação clínica é 
representada pelos vômitos persistentes, decorrentes 
da intoxicação pela toxina emética. Esta toxina é 
termoestável, resistente às proteases e aos extremos 
de pH, além de induzir alterações mitocrondriais nos 
linfócitos T helper tipo 2. 
Outros tipos de toxinas produzidas são as 
enterotoxinas, responsáveis pela manifestação de 
diarréia e de dor abdominal; podem ser de três tipos, 
a hemolítica, a não hemolítica e a enterotoxina T e 
FM. 
A febre não está associada à intoxicação pelo Bacilus 
cereus. Raramente ocorrem manifestações extra-
intestinais; 
O diagnóstico depende do isolamento do bacilo nos 
alimentos ou nas excreções dos pacientes. É 
importante lembrar que 10-40% dos indivíduos sadios 
são colonizados naturalmente pelo Bacilus cereus. 6 O 
tratamento consiste em promover hidratação 
adequada e analgesia nos casos que cursam com 
dores abdominais 
 
Prevenção 
Tratamento térmico adequado dos alimentos 
Não consumir ovos crus ou mal cozidos 
Evitar contaminação cruzada ( tabuas de carne) 
Controle dos portadores assintomáticos 
Febre tifoide e entérica – antimicrobianos 
Não usa antimicrobianos em via de regra. 
Não se usa antimicrobianos por que destrói a 
microbiota que esta ali, e pode agravar a infeccao 
bacteriana que esta ali, então so usa quando a 
infecção estiver evoluindo mal – mais ou menos em 7 
dias. 
 
 
Transmissão pela agua 
• Escheria coli 
• Espécies de salmonella 
• Espécies de shigella 
• Especias de campylobacter 
• Espécies de vibrio 
• Yersinia enterocolitica 
Diarreia aguda: tratamento 
Via de regra autolimitada 
Agua 
Dieta 
• De acordo com a aceitação 
• Se náuseas e vômitos: liquidos em pequenas 
quantidades 
• Evitar laticínios – deficiência temporária em 
lactase 
• Evitar cafeína – inibe a fosfodiesterase 
Reposição hidroeletrolítica via oral: 
• Solução para rehidratacao horal: 1 litro de 
agua potável, 3,5 g NaCl + 20 g de glicose + 1,5 
de KCl + 3g de bicarbonato de sódio 
• Soro caseiro 
• Probióticos (floratil): repor a flora 
Pacientes graves hidratação venosa 
CASOS CLINICOS DIARREIA