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Manuela Campos Piancastelli – 75B 1 - NEUROANATOMIA MÉDICA - Sistema Nervoso Autônomo (Visceral) Introdução: Este sistema regula certos processos do corpo, como pressão arterial e a frequência respiratória Inerva as vísceras: glândulas, músculos lisos, e músculo cardíaco! Funciona automaticamente (de forma autônoma), sem esforço consciente da pessoa O caminho de um nervo autônomo envolve duas células nervosas Uma delas está localizada no tronco cerebral ou na medula espinhal, é conectada por fibras nervosas à outra célula, localizada em um grupo de células nervosas (chamada gânglios autônomos) As fibras nervosas desses gânglios se conectam com os órgãos internos A maioria dos gânglios para a divisão simpática está localizada bem do lado de fora da medula espinhal, dos dois lados Os gânglios para a divisão parassimpática estão localizados próximos ou nos órgãos a que estão conectados Divisões: O sistema nervoso autônomo é a parte do sistema nervoso que alimenta os órgãos internos, incluindo os vasos sanguíneos, estômago, intestino, fígado, rins, bexiga, órgãos genitais, pulmões, pupilas, coração e as glândulas digestivas, salivares e sudoríparas O sistema nervoso autônomo visceral é composto por dois sistemas: o Simpático o Parassimpático Depois que o sistema nervoso autônomo recebe informações sobre o corpo e o ambiente externo, ele responde estimulando os processos corporais, geralmente pela divisão simpática, ou inibindo-os, pela divisão parassimpática Sistema Nervoso Autônomo Aferente: O sistema nervoso autônomo aferente conduz impulsos dos viscerorreceptores, por fibras sensitivas que penetram no SNC e tornam-se ou não conscientes Vísceras mandam informações ao nosso cérebro Estímulos conscientes: sede, fome, estado de enchimento retal ou da bexiga, dores decorrentes de inflamações (amigdalite, apendicite, gastrite) Ou estímulos inconscientes: tensão de gases no sangue, contração de alças intestinais, esvaziamento da vesícula biliar Manuela Campos Piancastelli – 75B 2 - NEUROANATOMIA MÉDICA - Sistema Nervoso Autônomo (Visceral) Sistema Nervoso Autônomo Eferente: Ao nos referirmos ao sistema nervoso autônomo, estamos relatando sobre o sistema nervoso autônomo visceral na maior parte das vezes O sistema nervoso autônomo eferente é responsável pela motricidade visceral e pelo funcionamento adequado de glândulas, resultando na secreção de substâncias vitais para a manutenção da HOMEOSTASE O HIPOTÁLAMO é a origem das fibras descendentes Leva estímulos do cérebro às vísceras Sistema Nervoso Autônomo Eferente é dividido em SIMPÁTICO E PARASSINMPÁTICO!!! SISTEMA NERVOSO AUTONOMO SIMPÁTICO: Ele causa reações de luta ou fuga o Para isso, o sistema simpático aumenta a frequência cardíaca e a força das contrações do coração e aumenta (dilata) as vias respiratórias para facilitar a respiração o Faz o corpo liberar a energia armazenada o Aumenta também a força muscular, esta divisão também faz a palma da mão suar, as pupilas dilatarem e o cabelo ficar em pé o Reduz os processos do corpo que são menos importantes em emergências, como digestão e urina Manuela Campos Piancastelli – 75B 3 - NEUROANATOMIA MÉDICA - Sistema Nervoso Autônomo (Visceral) O sistema nervoso simpático tem origem desde T1 até L2 ou L3 Sua principal característica é a formação de gânglios paravertebrais e pré-vertebrais Desses gânglios, onde se situam os corpos celulares dos neurônios, saem às fibras nervosas que inervam as estruturas viscerais, órgãos e tecidos, regulando o funcionamento respiratório, circulatório, digestivo, metabólico, controlando a pressão arterial, a temperatura corporal... Ramos comunicantes cinzentos e brancos: o Os ramos comunicantes brancos (neurônios simpáticos pré-ganglionares) são curtos segmentos de nervo Manuela Campos Piancastelli – 75B 4 - NEUROANATOMIA MÉDICA - Sistema Nervoso Autônomo (Visceral) mielinizados que conectam os nervos espinhais aos gânglios simpáticos paravertebrais. Estes últimos parecem contas em um colar, e cursam ao longo das vértebras por uma significativa extensão da coluna torácica o O ramo branco entra no tronco simpático, onde ele termina, se dirige superior ou inferiormente, eles formam sinapses com os corpos celulares dos neurônios simpáticos pós-ganglionares localizados no gânglio simpático o O ramo comunicante branco irá então formar sinapse com o ramo comunicante cinzento o Em seguida ele cursa junto com o nervo espinhal para o alvo periférico. A estrutura em colar de contas (tronco simpático) descrita acima dá origem aos nervos esplâncnicos torácicos o Os nervos esplâncnicos maior (T5-T9), menor (T10-T11) e mínimo (T10-T11) cursam através do diafragma e contribuem para os plexos celíaco, mesentérico superior e renal, respectivamente Fluxo Simpático: o De maneira geral, o fluxo simpático pode ser descrito como "toracolombar", já que é o local onde o nervo se origina. Existem coleções de fibras nervosas simpáticas, e muitas delas coalescem ao redor dos grandes ramos da aorta abdominal o Estas incluem os plexos celíaco e mesentéricos superior e inferior o Estes plexos seguem o curso das artérias e fornecem inervação simpática para as mesmas áreas do intestino que as artérias vascularizam - o plexo celíaco supre o intestino proximal, o plexo mesentérico superior o https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/aorta-pt Manuela Campos Piancastelli – 75B 5 - NEUROANATOMIA MÉDICA - Sistema Nervoso Autônomo (Visceral) intestino médio e o plexo mesentérico inferior o intestino distal Aplicação Clínica: Síndrome de Claude Bernard-Horner SISTEMA NERVOSO AUTONOMO PARASSIMPÁTICO: Controla os processos do corpo durante situações comuns (descanso e digestão - desacelera o coração, promove o peristaltismo) Geralmente, o sistema parassimpático conserva e restaura Reduz a frequência cardíaca e diminui a pressão arterial, estimula o processamento dos alimentos pelo trato digestivo e elimina as excreções, a energia do alimento processado é usada para restaurar e criar tecidos Os sistemas simpático e parassimpático estão envolvidos na atividade sexual, já que fazem parte do sistema nervoso que controla as ações voluntárias e transmite a sensação da pele (sistema nervoso somático) São usados dois mensageiros químicos (neurotransmissores) para se comunicar no sistema nervoso autônomo: o Acetilcolina o Norepinefrina As fibras nervosas que separam a acetilcolina são chamadas colinérgicas As fibras que separam a norepinefrina são chamadas adrenérgicas Em geral, a acetilcolina tem efeitos parassimpáticos (inibidores) e a norepinefrina, simpáticos (estimulantes). Entretanto, a acetilcolina tem alguns efeitos simpáticos. Por exemplo, às vezes, estimula o suor ou deixa o cabelo em pé Inervação: Manuela Campos Piancastelli – 75B 6 - NEUROANATOMIA MÉDICA - Sistema Nervoso Autônomo (Visceral) o O sistema nervoso parassimpático realiza as nossas funções de "repouso e digestão" - reduz a frequência cardíaca, aumenta as contrações intestinais o Seu fluxo pode ser descrito como "crânio-sacral". Isso se deve ao fato de existirem quatro nervos cranianos que fornecem inervação parassimpática (nervos cranianos III, VII, IX e X): Oculomotor: Este nervo inerva o músculo constritor da pupila (que contrai a pupila), e possui um componenteparassimpático Facial: Este nervo inerva as glândulas lacrimais e salivares (submandibular e sublingual), que são ativadas sob controle parassimpático Glossofaríngeo: Este nervo fornece inervação para a glândula salivar parótida, que se encontra na lateral da face, superficialmente ao músculo masseter Vago: Vago significa "aquele que vagueia", e é fácil perceber por que. O nervo fornece inervação parassimpática até a flexura esplênica do intestino grosso o O sistema nervoso parassimpático tem origem nos pares de nervos cranianos III (oculomotor), VII (facial), IX (glossofaríngeo) e X (vago), além dos segmentos nervosos de S2, S3 e S4 o Os três primeiros pares de nervos cranianos (III, VII e IX), dirigem suas fibras nervosas para vários segmentos da cabeça, enquanto os pares nervosos sacrais inervam o cólon descendente, o reto, a bexiga e os órgãos reprodutores o O par X de nervos cranianos, o nervo vago, tem por função integrar o sistema nervoso central aos músculos da faringe, laringe, coração, pulmões e órgãos do abdômen, fazendo a ponte entre os ramos cranianos e os ramos sacrais Esplâncnicos pélvicos: o São diferentes dos esplâncnicos torácicos - eles são parassimpáticos, e não simpáticos o Eles fornecem inervação parassimpática para o restante do intestino grosso, depois que o vago completou a sua inervação Manuela Campos Piancastelli – 75B 7 - NEUROANATOMIA MÉDICA - Sistema Nervoso Autônomo (Visceral) Aplicação Clínica: Síndrome Emergencial de Cannon REVISÃO!
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